sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DIPLOMACIA PRAGMATICA PORTUGUESA

Por uma vez Portugal anda a jogar um jogo diplomático que só tem paralelo nos anos recentes  com Franco Nogueira ( ministro de Salazar ), e há meio século com a diplomacia de D.João II.
As recentes viagens ao médio oriente e ao oriente, as anteriores à américa do sul, e as próximas ao méxico, mostram uma diplomacia assente em pressupostos económicos declarados logo à partida, e que servem para colocar dilemas ( outros dirão chantagear ) quem nos devia ajudar e realmente nos está a virar costas.
Esta semana a Europa ficou paralizada por um veto português ( com apoio eslovaco ) à condenação do resultado das recentes eleições na Bielorrússia que permitiram a permanência de um ditador na presidência deste país. É a real polityk d'abord !
Por uma vez Portugal faz o que os outros se fartam de fazer : quando vítima de deslealdade de "amigos" solta-se à relação com inimigos. E isto pode muio bem resultar, quando está em questão a sobrevivência de Portugal.
A história mostra como castelhanos, franceses, ingleses e mais recentemente americanos  se fartaram de nos tratar sem qualquer rede moral, ética ou, ao menos de responsabilidade dequada ao direito internacional.
O que o nosso governo está a fazer é a mostrar a alemães , franceses, luxemburgueses e outros que , se quisermos, quando quisermos, podemos usar das mesmas armas amorais que eles usam.
Como já aqui tinha dito , o negócio com a China destina-se , no imediato a arranjar empréstimos e no mediato a ameaçar - é o termo-  as potências europeias com a possibilidade de um cerco não só à Europa mas também à África ( e suas comodities ) por parte da China a partir de Portugal.
Também por isto gosto cada vez mais de Sócrates. E se ele conseguisse, contra o parecer de todos e o desejo da maioria, impedir a vinda do FMI cá ? Era engraçado ver a malta da direita que já saliva com a imagem da sua morte, desorientada.
Quanto à ética, isto é como na guerra , que é o que isto é: ou a têm todos ou não a usamos nós.

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