Ainda que menos mediatizadas, as yields (juros implícitos no mercado secundário) relativas aos títulos alemães (Bunds) a dez anos regressaram desde quarta-feira a valores acima de 3%. Estes juros implícitos são a referência na zona euro.
Se eles sobem, os países com juros mais elevados na zona euro (como Grécia, Irlanda, Hungria e Portugal), aliviam os spreads (diferenças entre os juros), mas é um mau sinal, significando que aumentou o “sentimento” de preocupação dos grandes investidores com a dívida alemã.
Por outro lado, além-Atlântico, nos Estados Unidos, o debate vai quente em torno da questão se as municipalidades – mais até do que os estados – correm para o default.

Um sinal de alarme foi dado pelo facto das yields relativas às obrigações municipais (munis) a 30 anos – que têm notação de rating triplo A, a máxima, acima de qualquer suspeita – terem disparado para 5,01% esta semana, segundo a Thomson Reuters Municipal Market Data (ver gráfico acima publicado pelo The Wall Street Journal). A última vez que as yields subiram para o patamar dos 5% foi em janeiro de 2009, durante a crise financeira.
Entretanto o estado de Illinois ocupa o 9º lugar no TOP 10 mundial do risco. Vários outros estados da federação americana (nomeadamente Califórnia, Nova Iorque, Nova Jersey e Michigão) estão no corredor de acesso a este “clube”, ainda que disputem a subida com vários países europeus (como a própria Espanha, Roménia, Croácia, Bulgária, Letónia, Lituânia e Islândia) e com alguns asiáticos (como o Vietname) e do Médio Oriente (Iraque e Líbano).