quarta-feira, 30 de junho de 2010

SÓCRATES TEM MAIS UMA VEZ RAZÃO, !!

Quando  na Cimeira dos G 20, já aqui falada há uma semana, e que se realizou há dois dias, ficou aparentemente decidida favoravelmente a proposta europeia ( leia-se Alemã ) de todos os maiores 20 países do Mundo ( com 90% do PIB mundial ) acederem a diminuir para metade o seu déficit orçamental em 50% até finais de 2013, pouca gente percebeu que Portugal vai muito à frente deste objectivo: o nosso país propõe-se passar de um deficit orçamental de  9,4 do PIB para 7,4 este ano e para 4,4 em 2011, já!.

É claro que este controlo não resolve tudo.
Cada vez que num ano há um déficit do orçamento do Estado para esse ano ( este ano foi de 9.4% ) isso quer dizer que vamos acumular esses 9.4% ao que já devíamos ao estrangeiro (déficit do Estado e déficit de empresas ), e que por isso só começaremos a diminuir a tal dívida externa quando no déficit orçamental dum determinado ano estiver inscrito o resultado 0 de deficit já comportando o serviço da dívida portuguesa ao exterior ( os juros do que devemos e temos de pagar todos os anos ).

É por isso que é urgente ter um orçamento de Estado 0, porque só a partir daí estamos a pagar quer os juros quer o capital em dívida. Sócrates é capaz e o Ministro Teixeira dos Santos também. Mas, como´deve ser óbvio vai ser preciso poupar muito em muitas despesas. Mesmo os pobres, porque os ricos que andam muito melhor informados já há dois anos que o fazem por estranho que possa parecer. Vão por mim!

Agora a novidade é que os alemães conseguiram um acordo com países altamente endividados como os USA , a Rússia, a União Sul Africana, o Japão e toda a Europa para contrair o déficit externo começando, como ficou claro do que disse acima, com a contracção brusca do déficit do orçamento anual de cada Estado.

Não sei se é a melhor ideia, mas sei que um dia teria de ser feito o agora acordado, porque há cinco anos o déficit da Bélgica ou da França, ou dos USA , já era enorme e ninguém se importava. Agora com o pêndulo do crescimento a deslocar-se para o Oriente ( apenas China e Índia e Austrália ) já toda a gente se preocupa porque não vamos ( no Ocidente ) poder crescer a uma velocidade tal que o povo não dê pelo aperto que vai viver. Vai viver porque verdadeiramente a " austeridade" só vai ser captada pelo povo ( muitos meus amigos já dizem a POVA quando se referem aos que não querem saber nada disto...) para o ano que vem. Infelizmente.

E já agora : DELENDA CHINA E MADEIRA EST!!!! .

SÓCRATES TEM MAIS UMA VEZ RAZÃO

Escreve Pedro Guerreiro no Jornal de Negócios: “ Se vender a Vivo, a PT ficará mais pequena na proporção em que entregar dividendos. E o que restar para reinvestir dificilmente o será no Brasil, pois esse comboio já passou. O melhor para a PT é não vender. A Vivo esteve quase a engolir a PT no buraco negro do seu défice, foi uma década de sangria perdulária. Agora que finalmente a empresa se vai tornar uma vaca leiteira de dividendos, a PT vende?”



Aparentemente, o Estado subscreveu esta tese do director do Jornal de Negócios e agiu em conformidade, mas Pedro Guerreiro demarca-se do que havia escrito esta manhã: “A utilização da "golden share" é inédita, surpreendente e provavelmente ilegal. Vai contra o mercado, contra a administração e contra a decência. E revela um País próximo do subdesenvolvimento económico. Espanha 2 - Portugal abaixo de 0.”



Os interesses dos accionistas não podem divergir do interesse nacional? E o Estado, que tem meios para intervir, deveria então abster-se? Saber se a participação na Vivo é estratégica pode ser uma discussão interessante, mas ater-se a preconceitos ideológicos é matar a discussão.



ADENDA — Pedro Santos Guerreiro no Twitter: “Estou a ser cilindrado por leitores no Negócios por ser contra a golden share. Sócrates tem a opinião pública consigo?”
ADENDA SEGUNDA _ Cada vez mais me convenço que com o anúncio hoje, de recuo sobre o enceerramento das escolas com menos de vinte alunos, José Sócrates está mesmo decidido a entregar a governança do país ao Senhor Presidente da nossa incrível república e preparadinho para ir a votos..., também com jornalistas imbecis como este a morder na gente todos os dias, quem é que aguenta?

terça-feira, 29 de junho de 2010

À Beira da Crise Política

A minha intuição política raramente me enganou em todo a minha já longa vida ( quando eu nasci em 1950 a esperança de vida à nascença em Portugal era de 60 anos!).
É por isso que quero partilhar com os meus amigos uma preocupação que deve ser tomada em conta por quem faz negócios em Portugal: as eleições podem estar à porta ou um governo de iniciativa Presidencial.

Quem avalia como eu a personalidade do nosso primeiro-ministro José Sócrates não deve ter muitas dúvidas que ele só sairá do Poder se derrotado de forma limpa por outro adversário.
Se achar que houve derrota dele pouco limpa vai ficar na oposição a "morder os tornozelos" a quem o substituir. E este, tanto pode ser Passos Coelho como Cavaco Silva, como ambos.

É para mim claro que José Sócrates vive um dilema íntimo: ir embora apresentando uma moção de confiança nas próximas semanas ( que será não votada pela oposição em bloco ) ou, por patriotismo ( esse sentimento que cada vez anda mais vivo um pouco por todas as geografias ),  aceitar ficar a fazer " o trabalho sujo" ( isto é aquilo que é necessário fazer mas tem enormes custos eleitorais ) para entregar de "bandeja" o poder a outrém.

A gravidade dos ataques do Presidente ao SEU primeiro-ministro só têm sido tolerados por puro patriotismo que não é nada líquido que continue. O presidente pensa em acumular o descontentamento com a austeridade  necessária ( que vai levar ao depauperamenro económico de muito boa gente)  como um capital de votos; o mesmo quer Passos Coelho. Mas ambos sabem que medidas de "austeridade" como as que aí vêm, ou são tomadas pelo PS ou não serão aceites pela população portuguesa. 

Todavia vamos chegar a um ponto em que o partido socialista e os seus orgãos locais vão pôr José Sócrates entre A ESPADA E A PAREDE. Porque o videirismo também existe no PS.

Aqui chegados, aparece a questão das SCUT. O PSD só não tem feito mais fogo contra elas por saber que a seguir vai ter eleições em que precisa de não se comprometer com o seu pagamento para depois governar com o seu pagamento. E é aqui que as coisas começam a ser ameaçadoras: o PSD, se continuar a exigir SCUTS pagas de Norte a Sul do País ( o que eu acho muito bem, mas em TODO o país ) não ganha as eleições; mas pode ser obrigado a disputá-las se José Sócrates dramatizar com este dinheiro que lhe faz falta para poder governar e apresentar uma moção de confiança com esse pretexto. Aposto que daqui a um mês é o que vai acontecer. Se o PSD votar contra, aí temos a crise política com eleições ou governo de iniciativa presidencial - e ministro das finanças para este último? 

E a propósito DELENDA MADEIRA E CHINA EST!

A TERCEIRA DEPRESSÃO

• Paul Krugman (Prémio Nobel da Economia há dois anos). A terceira depressão:

As recessões são vulgares, as depressões são raras. Tanto quanto sei, houve só dois períodos na história económica a que, na altura, se chamou "depressão": os anos de deflação e instabilidade que se seguiram ao pânico de 1873 e os anos de desemprego generalizado que ocorreram na esteira da crise financeira de 1929-31.


(…)


Porquê a opção errada nas medidas a tomar? Os adeptos da linha dura invocam muitas vezes as dificuldades da Grécia e de outros países da periferia da Europa como justificação das suas acções. E é verdade que quem investe em títulos de dívida não gosta de governos com défices incontroláveis. Mas nada aponta para que a austeridade fiscal de curto prazo numa situação de depressão económica tranquilize os investidores. Pelo contrário: a Grécia concordou instituir rigorosas medidas de austeridade e viu os seus spreads de risco crescerem ainda mais. A Irlanda impôs cortes violentos na despesa pública e acabou por ser tratada pelos mercados como um risco pior que Espanha, país que se tem revelado muito mais avesso a engolir a receita da linha dura. É quase como se os mercados financeiros percebessem o que os decisores políticos parecem não entender: que embora a responsabilidade fiscal a longo prazo seja importante, o facto de se cortar na despesa em plena depressão (o que agrava essa depressão e abre caminho à deflação) é, na realidade, um tiro no pé. Por isso não acho que isto tenha que ver com a Grécia, nem sequer com alguma análise realista da dicotomia défice- -emprego. É, sim, a vitória de uma postura ortodoxa, que tem pouco que ver com uma análise racional, cujo dogma central é que a imposição de sofrimento aos outros é a maneira certa de mostrar capacidade de liderança em tempos difíceis.


E quem vai pagar o preço deste triunfo da ortodoxia? Dezenas de milhões de trabalhadores de-sempregados. Destes, muitos ficarão sem emprego durante anos: os restantes nunca mais voltarão a trabalhar.’



FRASES QUE IMPÕEM RESPEITO

" Se tivermos que nos endividar mais, vamos endividar-nos mais!"

      ( Luís Filipe  Vieira, o presidente do glorioso )

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Da SÉRIE : FRASES QUE IMPÕE RESPEITO

‘Quem quiser conhecer a verdade, repito a verdade, insisto a verdade, sobre o que diz e faz o Presidente da República, basta ir à página da Internet da Presidência da República. Lá está a verdade’.


   (  Prof. Doutor Cavaco Silva )

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Ego Substituiu Picasso

 

O ego substitui Picasso

1/12/2010
Numa altura em que os museus públicos têm de reduzir os seus orçamentos, as coleções privadas estão em pleno. Mas a maior parte delas é apenas uma montra individual, em que se perde o papel social das instituições clássicas.







O mês de maio permanecerá como de muito má recordação nos anais dos museus europeus. Na noite de 19 para 20, um desconhecido introduziu-se no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris e aliviou-o tranquilamente de cinco telas de mestres – um Braque, um Léger, um Matisse, um Modigliani e um Picasso –, num valor total de cerca de cem milhões de euros. Depois do roubo, a grande questão era saber porque tinha o ladrão optado por tais obras-primas, impossíveis de vender no mercado corrente.






A resposta para este enigma chama-se “artnapping” [rapto de obras de arte]: os ladrões pressionam o museu ou as seguradoras, que preferem dar uma soma simpática a um “intermediário” em troca do regresso das obras, em vez de compensarem o proprietário das obras por um montante bastante superior. Só que – e aí é que reside o problema –, no caso do Museu de Arte Moderna de Paris, não há uma seguradora. Os quadros estavam expostos sem seguro nem proteção. E o sistema de alarme parece ter começado a funcionar mal em março…






Coleções privadas conferem estatuto social


Este caso revela, antes de mais, uma perigosa falta de dinheiro nos museus europeus. Está-se a produzir uma cisão no mundo da arte: enquanto as instituições públicas sofrem com as restrições orçamentais e a ausência de mecenas, os museus privados estão em pleno desenvolvimento. Assim, o multimilionário François Pinault, proprietário – entre outras – das marcas Gucci e Yves Saint-Laurent, expõe a sua gigantesca coleção privada em dois sumptuosos museus privados da cidade de Veneza.






Bernard Arnault, proprietário da Louis Vuitton, quer mandar construir um edifício especial para albergar a sua fundação em Paris. Também na Alemanha, as instituições privadas nascem como cogumelos reluzentes e a competição entre colecionadores é dura: desde que Christian Boros transformou um antigo "bunker" berlinense em local de exposições, é o despique para ver quem consegue demonstrar maior excentricidade na encenação de si próprio através da arte. As coleções expostas nesses museus privados tornaram-se símbolos imperiosos de um certo estatuto social.






As relações de força mudaram. Enquanto os colecionadores privados se etilizam em champanhe e festas de inauguração, as instituições públicas estão à beira do abismo. O Hamburger Kunsthalle acaba, precisamente, de comunicar que está à procura de soluções para evitar um encerramento temporário da Galeria do Presente, por razões financeiras. A cidade tem de reduzir 220 mil euros ao seu orçamento... Assiste-se, então, ao fim dos museus públicos?


O fim dos museus como instituições?


Hubertus Gassner, diretor do Hamburger Kunsthalle, traça um quadro muito sombrio da situação. Dantes, os colecionadores propunham obras e financiamentos aos museus públicos. Hoje, preferem ter as suas próprias fundações. A dispersão da sociedade civil marcará o fim dos museus como instituições? Uma coisa é certa: os novos templos do gosto privado não poderão substituir os museus públicos. As grandes coleções privadas apresentam frequentemente uma semelhança impressionante entre si: muitos colecionadores seguem os conselhos de galeristas que lhes recomendam as “obras que interessam”, as que estão em disputa no mercado. A bem dizer, estas coleções formatadas têm pouco a ver com museus, entendidos na aceção de locais da memória visual de uma sociedade, albergando peças escolhidas por debates entre especialistas e apresentadas sob a forma de tese.


Museus como o da cidade de Hamburgo, fundado por cidadãos generosos, eram lugares onde a sociedade civil se podia representar fora dos interesses privados de oligarcas. Só uma instituição pública, com diferentes diretores, conservadores e mecenas, tem condições para oferecer uma coleção tão viva e variada como, por exemplo, a da Neue Nationalgalerie de Berlim. Só neste tipo de lugar se pode avaliar a riqueza da corrente moderna da Berlim dos anos 1920.


Por outro lado, a forte expansão do mercado da arte dos últimos anos revelou uma nova geração de pequenos colecionadores e amadores de arte. Se os museus os souberem tratar bem, podem voltar a ser o que já foram: lugares de acolhimento de formas e representações nas quais uma sociedade projeta a imagem que tem de si.

DA SÉRIE OS MELHORES TEXTOS SOBRE O MUNDIAL -MULHERES NÃO!!!

A FIFA devia proibir o mulherio de ver o Mundial


23 de Junho de 2010 por Morgada de V.

As mulheres vêem futebol como os adolescentes fazem amor – com muito fervor e sem técnica nenhuma –, mas gozam bastante menos. Na verdade, sofrem muito, e era uma caridade proibir as que não percebem nada disto (ie, todas menos eu) de verem os jogos. O problema para quem não percebe nada disto é que todos os lances parecem igualmente perigosos; reprimem-se gritos sempre que o adversário tem a bola, mesmo que a bola esteja a 300 km da baliza rodeada dos nossos por todos os lados, o que converte o jogo num filme de terror, mas sem música macabra a avisar quando entra o maluco com a motosserra. Não é exagero, é um susto. A minha mãe, que viu sem pestanejar “A Noite dos Mortos Vivos” e “A Ninhada”, nunca foi capaz de ver um jogo de futebol. Em casa, se jogasse a selecção, o Benfica ou uma equipa portuguesa em campeonatos internacionais, só saía da cozinha quando ouvia “GOLOOOO!”, e vinha no fim do jogo, pálida e sofrida, verificar se estávamos todos vivos e inteiros. Até ao dia em que não lhe deixámos saída e a levámos ao Praterstadion de Viena na final da taça dos campeões europeus. Impedida de sair do estádio até o jogo acabar, e com vergonha de tapar os olhos com tanta gente a ver, a minha mãe passou o Benfica-Milão a memorizar cada folha do passaporte, nós a vermos o tempo passar e a taça a escapar-nos e ela de olhos fixos no passaporte, “estás bem, mãe?”, “estou óptima – olha o carimbo de Marrocos, já viste o carimbo de Marrocos?”, e eu tive pena que os telemóveis ainda não se tivessem generalizado para poder denunciar aquele acto de tortura à Amnistia Internacional. Devíamos proibir as mulheres de ver futebol: as que conseguem ver a bola sem gritar (e sabemos todos que são raras) têm outras manias irritantes: acham sempre que somos a melhor equipa em campo, perguntam se o Cristiano Ronaldo está a jogar, falam durante os momentos cruciais, fazem perder golos e faltas a quem quer ver a bola, não distinguem entre jogadores bons e bons jogadores, perguntam se o Cristiano Ronaldo está a jogar, amam o Nuno Gomes mesmo em dia de mau cabelo, perguntam por que é que o Cristiano Ronaldo não está a jogar, e são geneticamente incapazes de perceber o que é um fora de jogo – que é, caso sejam gajas, o que acontece quando um jogador da equipa A está à frente do jogador mais à frente da equipa B no momento em que se inicia um passe de outro jogador da equipa A, irmãzinha mais nova dixit; mas nós sabemos estes mistérios por interposto irmão, e além das manias todas das gajas a ver futebol, ainda temos a mania-das-gajas-a-ver-futebol-que-acham-que-percebem-alguma-coisa-de-futebol. Eu, por exemplo, para mostrar que distingo os jogadores uns dos outros, digo invariavelmente: “Olha o Tiago! O Tiago é de Viana! A minha madrinha é amiga da mãe do Tiago, ela conhece o Tiago. Gosto taaaanto do Tiago, não tem nada a mania que é estrela. E é benfiquista, o Tiago, já vos disse que é de Viana? (Que foi, golo? Goloooooooo!)”.

A CHINA VISTA PELA AGÊNCIA REUTERS - DA SÉRIE PARA ENTENDER O QUE SE PASSA

Novas greves na China obrigam fábrica da Toyota a parar, Honda preocupada


Por Inês Sequeira




ACONSELHO  OS  MEUS  DOIS  LEITORES  E  MEIO A  RELEREM  O ÚLIMO  POST DA  SÉRIE  PARA ENTENDER  O  QUE  SE  PASSA - couto soares pacheco


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PartilharImprimirComentarEnviarDiminuirAumentarAs greves e a instabilidade social nas fábricas da China voltaram esta semana a afectar a indústria automóvel no país, devido a paragens em empresas fornecedoras onde os trabalhadores exigem uma melhoria dos salários. A Toyota confirmou ontem que foi obrigada a suspender a montagem de viaturas numa fábrica do construtor japonês situada na China, desde a última terça-feira, devido a uma greve de trabalhadores numa unidade de produção de componentes automóveis, localizada no sul do país (província de Guangdong) e ligada à Denso Corporation - que é igualmente de capitais japoneses e afiliada da própria Toyota.



Quanto à fábrica de montagem automóvel do grupo japonês, que actualmente lidera as vendas e a produção mundial do sector, fabrica por ano cerca de 360 mil viaturas, incluindo modelos como o Camrus e o Yaris. "Não há decisão ainda quanto ao retomar da produção", disse uma porta-voz da Toyota, Ririko Takeuchi. Outro grupo estrangeiro presente na China que ontem admitiu novamente dificuldades de produção foi a Honda, devido às paragens realizadas pelos trabalhadores chineses da Denso.



A fábrica chinesa da Denso tem cerca de 1100 empregados, que exigem um aumento salarial dos actuais 1100 a 1300 yuans (131 a 155 euros) por mês para 1800 a 1900 yuans (214 a 226 euros), indicou um trabalhador da fábrica. "Temos uma vida razoável aqui, mas pensamos que o nosso pagamento deve estar ligado à performance da empresa", disse este operário, que pediu para não ser identificado para evitar represálias e adiantou que a greve deverá perdurar até ao final desta semana. "Esta empresa faz imenso dinheiro e devia partilhar os seus lucros."



Nas últimas semanas, houve notícias de paralisações num fornecedor de fechaduras para a Honda, também numa fábrica ligada à Toyota que fabrica componentes para o grupo japonês e ainda na Cervejaria Chongqing, entre outras empresas. Todas foram entretanto resolvidas.



A China é já o número um nas vendas de automóveis e promete continuar a crescer, à medida que os consumidores chineses se tornam cada vez mais virados para novas necessidades. No entanto, a população está também mais exigente quanto ao nível de vida e esta é uma preocupação crescente para o regime - que se comprometeu a incentivar a melhoria de rendimentos, mas não aceita bem esta onda de protestos. Um estudo da confederação oficial de sindicatos chineses diz que dos 260 milhões de trabalhadores, cerca de 100 milhões são jovens migrantes com idades dos 16 aos 30. com Reuters

A ESQUERDA DA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO - DA série os MELHORES TEXTOS SOBRE O MUNDIAL

Publico este texto delicioso  retirado na íntegra de um texto hoje publicado por José Milhases a partir de Moscovo






Quinta-feira, Junho 24, 2010

Comunistas de São Petersburgo exigem repetição de jogo Portugal-Coreia do Norte




Publico abaixo a tradução da carta enviada pela "Organização dos Comunistas de São Petersburgo e da Região de Leninegrado à FIFA. Antes disso, gostaria de lembrar que entre as propostas desta organização está a de beatificação do ditador comunista José Estaline pela Igreja Ortodoxa Russa.







"Estimado Sr. Blatter!

O 19º Campeonato do Mundo de Futebol, cuja fase final se realiza na República da África do Sul entre 11 de Junho e 11 de Julho, está a ser acompanhado, para nossa profunda tristeza, de numerosos escândalos, provocações, ingerência na competição dos serviços secretos imperialistas e, por isso, a competição perdeu a legitimidade aos olhos de milhões de amantes do futebol: partidários da paz e da amizade entre os povos.

Por exemplo, quando da escolha do local de realização, foi afastada do concurso a Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia.

Quando, sob a pressão das forças progressistas do planeta, a República da África do Sul, que derrubou o jugo do apartheid, foi escolhida como local de realização do campeonato, o conhecido revanchista e experiente espião Franz Beckenbauer fez várias tentativas de mudá-lo. Isso estragou os nervos aos jogadores da selecção da África do Sul e dos seus amigos, os comunistas de todo o mundo.

Através de ameaças, chantagem, falsificações e terror moral, foram afastadas da competição as equipas de Cuba, Venezuela, Vietname, Laos, Abkházia, Nicarágua, Síria, Nepal, Zimbabwe, Namíbia, Bielorrússia, ou seja, os países socialistas mais destacados. Não nos satisfazem as explicações ridículas dos burocratas da FIFA de que os países socialistas jogam mal futebol.

A campanha publicitária do torneio, a despeito dos protestos da opinião pública mundial, foi entregue à Coca-Cola, sobre cuja consciência pesam milhões de vidas jovens assassinadas, principalmente na Rússia.

No período de realização do campeonato, os racistas e neocolonialistas submeteram a uma perseguição implacável os apoiantes da República da África do Sul, veteranos do movimento de libertação, pelo emprego do vuvuzel. A campanha desenfreada de ridicularização dessa tradição nacional dos negros levou, no fim de contas, a que a selecção da RAS não tenha pasado aos 1/8 de final. Semelhante discrimação aberta do país que recebe o campeonato ocorreu pela primeira vez na história do futebol mundial.

No período de preparação dos jogos, veteranos, homens da ciência e da cultura, combatentes pela independência da Ásia e da África chamaram a atenção da FIFA para o facto de a nova bola da Adidas: Jabulani, especialmente fabricada para o Campeonato, revelar uma surpresa total da sua trajectória, não obedece às pernas humanas, é controlada de fora. Disso falou, nomeadamente, Fidel Castro.

Mas a FIFA ignora quais críticas das forças progresistas sobre as condições insuportáveis em que decorre o Campeonato. Os acontecimentos em torno da equipa da República Democrática Popular da Coreia do Norte (RDPC) são a apoteose da violação de todas as regras e tradições desportivas, uma prova da ingerência descarada do bloco da NATO na vida desportiva. Inicialmente, antes do jogo decisivo contra o Brasil, desapareceram os melhores quatro jogadores da única equipa socialista que chegou ao campeonato.

Mas, mesmo privada pelos inimigos dos seus melhores filhos, a equipa da Coreia Popular apertou seriamente os brasileiros. Depois de pessoas de boa vontade terem retirado das garras da CIA, a FIFA devia suspender o campeonato até à apuração de todas as circunstâncias do rapto, inspeccionar os estádios, as bolas, as balizas, os próprios desportistas para determinar a sua autenticidade, a correspondência às regras de utilização de meios técnicos. Isso não foi feito! Foi organizado apressadamente o jogo entre a suposta “selecção da RDPC” e a equipa de Portugal, durante o qual a maioria dos observadores viu claramente que no campo estava a ocorrer algo muito pouco parecido com o futebol, o desporto e o desanuviamento da tensão internacional.

“Alguns peritos afirmam que metade dos jogadores da seleção da RDPC foram substituídos por futebolistas da Coreia do Sul...Outros assinalam a trajetória inexplicável da bola, que, com a ajuda de meios técnicos, voava constantemente para a baliza da seleção da RDPC. Além disso,ninguém tem dúvidas de que a seleção portuguesa é constituída por drogados acabados, mas não foram feitos testes de doping. Nenhum comentador conseguiu explicar a diferença na qualidade do jogo da equipa da RDPC nos jogos contra o Brasil e Portugal, tanto mais que brasileiros e portugueses são absolutamente iguais”.

Nestas condições, os Comunistas de Petersburgo e da Região de Leninegrado exigem da FIFA a repetição do jogo entre a RDPC e Portugal, depois de investigar os factos do rapto dos jogadores da Coreia do Norte, inspeccionar a equipa de Portugal sobre o consumo de drogas, estudar a relva e as bolas a propósito de aparelhos especiais que influem na trajectória do movimento da bola.

Exigimos a passagem da selecção da RAS aos 1/8 de final, porque, caso contrário, renascerá o apartheid.

Informamo-o que nós iremos hoje apelar aos trabalhadores sul-africanos para que deixem de operar no Campeonato em sinal de protesto contra as limitações impostas às equipas da RDPC e da RAS na etapa decisiva da competição, inspirados por Kim Jong-il e Nelson Mandela.

Acabem com a guerra do futebol contra as equipas dos países que estão na vanguarda da luta contra o imperialismo, pela paz e o progresso social!"

Publicada por Jose Milhazes em 12:33 0 comentários

quarta-feira, 23 de junho de 2010

MOBBING EM PORTUGAL - o que os jornais portugueses nunca diriam...

António Sousa Uva é professor catedrático na Escola Nacional de Saúde Pública e o maior especialista português em medicina do trabalho.
Com ele, quando desempenhava funções no Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos e também quando presidi ao Conselho Distrital do Porto da mesma, trabalhei na feitura dum relatório que foi por nós os dois apresentado ao Ministro da Saúde do PPD (e depois do BPN....), Arlindo de Carvalho. Nesse relatório estudavamos as exigências da profissão médica, as taxas de gases anestésicos nos blocos operatórios ( que nessa altura até anestesiavam os anestesistas...) e escalonávamos as respectivas especialidades por níveis de stress - o que justifica que tivessemos concluído que os médicos em geral têm uma esperança de vida inferior em cinco(!) anos comparativamente aos outros portugueses com diplomas clássicos ( advocacia, engenharia, economia, etc.).

Claro que aquele ministro com olhos de gato (e a gente sabe como são os gatos), não nos ligou nada ( nem à Ordem dos Médicos que representávamos ), mas considerou ( com que critério a não ser o do presidente do sindicato dos enfermeiros de então?, que era outro conhecido PPD e assim...) que alguns enfermeiros podiam trabalhar de ano para ano menos horas porque tinham uma profissão de desgaste!.

Bom. O que agora quero dizer é que o Sousa Uva ( que não gostava lá muito do cherne de águas profundas de que gostava o seu cunhado José Manuel  Durão Barroso ) prosseguiu com um imenso rigor metedológico o seu trabalho, e descobriu que em Portugal há entre 4 e 5% de mobbing ( assédio moral, perseguição e humilhação dos trabalhadores no local de trabalho  por parte dos patrões ou superiores), contra os 17  (!,não há engano...) por cento apontados aos países nórdicos.

Como não há sol na eira e chuva no nabal ao mesmo tempo, ficamos agora a perceber melhor uma das razões da produtividade nórdica. Agora só  temos é  de decidir   se queremos tanta produtividade assim, ou não. Se não quisermos também já sabemos o que nos vai acontecer.

A ORIENTE NADA DE NOVO - da série para entender o que se passa

Dados:
O Banco Central da China anunciou Há três dias uma " flexibilização " da cotação do YUAN ( que é a unidade monetária da moeda chinesa que dá pelo nome de RENMINBI-RMB- que significa " dinheiro do povo"). E tanto bastou para as bolsas embandeirarem em arco.

Desde Julho de 2008 que o Yuan andava indexado informalmente ao dólar sendo que ontem o RMB estava valorizado em relação ao dólar em 0,5%. Antes entre julho de 2005 e julho de 2008 o cambio esteve flutuante e o RMB valorizou-se em 21.

Ontem os mercados tremeram por lerem melhor o comunicado do banco da china que dizia que a "flexibilização" tanto podia ser para cima como para baixo.

Contando todavia como mais provável uma valorização lenta do RMB, as importações da china virão mais caras e as exportações para a china irão mais baratas.

A China tem mais de três triliões e 45 biliões de dólares a suportar em dólares a economia americana.


A GRANDE QUESTÃO:

o que terá levado a china a esta aparente mudança de rumo financeiro?

Na minha opinião:
1- ficar bem na fotografia dos G-20 em 26 e 27 de junho onde todos apertarão os chineses para valorizarem a sua moeda.

2- Acalmar as hostes internas - os Venceslais de Morais deste século, ou seja os especialistas em política chinesa, vêem assinalando progressivas tensões internas e um descontentamento no povo sobretudo o da classe média fabril urbana.

3- os custos nominais unitários do trabalho vai baixar a competitividade da china dando-lhe um certo ar progressista para consumo externo.

4-Se a aposta fôr agora a de maior crescimento interno faz sentido porque o petróleo em dólares e outras matérias-primas importadas saem mais baratas à china.

5-Isto fará aumentar ainda mais o super-àvit chines orçamental.

6-Passa a haver uma explicação diplomática para a china deixar paulatinamente de financiar os déficites americanos tornando a economia mais frágil por obrigar os USA via inflação causada e por obrigar a Reserva Federal Americana a financiar o próprio déficit aumentando as taxas de juros: consequência , a debilitação da economia americana e riscos de estagna-inflação.

7- Aumento da inflação no mundo ocidental sem excepções, numa altura de desemprego, com as convulsões que daí poderão advir.

8- Desvio para programas militares dos excedentes por parte da china. Não sei se sabem mas o submarino de seis ! tripulantes norte-coreano que há dois meses afundou uma corveta sul-coreana era um submarino minúsculo e por isso indetectável igual a mais de duas centenas que a china produziu; agora está aproduzir outros maiores e mais sofisticados, pelo que aconselho os meus dois leitores e meio a relerem o extenso ensaio que há uns seis meses aqui publiquei.
E é por estas e por outras que quero gritar: DELENDA CHINA EST!

 ( o citado post chama-se a INEVITABILIDADE DA PROXIMiDADE DA III GRANDE GUERRA e foi escrito aqui em 8/9/09 )

segunda-feira, 21 de junho de 2010

PARA ENTENDER O QUE SE PASSA

Há um dominó da crise interessante: a banca espanhola está “exposta” à dívida portuguesa e a banca francesa e alemã está “exposta” à dívida espanhola. Elos que revela o último relatório do Banco Internacional de Pagamentos (mais conhecido por BIS, Bank for International Settlements).

 
Portugal era o quarto país no grupo dos PIGS (acrónimo humorístico pejorativo para Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) com maior dívida junto da banca da zona euro, segundo o relatório trimestral do Banco Internacional de Pagamentos (BIS, no acrónimo em inglês) divulgado ontem.



A “exposição” da banca da zona euro ao nosso país, no final de 2009, somava 244 mil milhões de dólares (107% do PIB português em 2009 e cerca de 46% do stock da dívida externa portuguesa no final de 2009, avaliados em dólares).



Os bancos espanhóis eram os mais “expostos” a Portugal, com 45% desse montante. Essa “exposição” espanhola dirige-se em 2/3 ao sector privado não bancário. Seguem-se, por ordem decrescente de exposição ao endividamento português, a banca de França e da Alemanha. Fora da zona euro, a banca americana e inglesa somava uma exposição de cerca de 80 mil milhões de dólares em relação a Portugal.


Nesta dívida de cada país à banca estrangeira estão incluídos os sectores público, bancário, privado não bancário e outros segmentos financeiros (por exemplo, contractos de derivados e garantias).






Razões do nervosismo mundial






Tem subido de tom o nervosismo que percorre a banca europeia face aos riscos de default nos quatro países, apesar das medidas tomadas por Bruxelas em acordo com o Fundo Monetário Internacional aquando da crise de Maio [com a acriação do veículo financeiro especial European Financial Stabilization Facility] e dos vários “pacotes de austeridade” entretanto aprovados ou anunciados, alguns já com efeitos em 2010.





São os bancos sedeados na zona euro que detêm a grande fatia da “exposição” da banca mundial aos quatro PIGS, refere o relatório trimestral do BIS (BIS Quaterly Review, June 2010). A banca mundial está “exposta” em cerca de 2,6 biliões de dólares (triliões, na designação anglo-saxónica) ao grupo dos PIGS, algo como 16% do PIB da zona euro.



No final de 2009, os bancos da zona euro arcavam com 62% dessa exposição, ou seja tinham a haver cerca de 1,6 biliões de dólares junto dos quatro países da zona euro sujeitos a maior stresse financeiro nos mercados da dívida e cujas probabilidades de default (de incumprimento da dívida soberana) variam hoje entre quase 18-19% (Espanha e Irlanda) e mais de 48% (Grécia).






Banca francesa e alemã de olho em Espanha






O país com maior dívida junto dos bancos da zona euro é Espanha que “absorve” 727 mil milhões de dólares (46% da exposição total dos bancos da zona euro), seguida a alguma distância da Irlanda, com 402 mil milhões (25%), de Portugal com 244 mil milhões (15%) e Grécia com 206 mil milhões (13%).



Os bancos franceses estão expostos em 50% a Espanha, e sobretudo ao sector privado não bancário, enquanto os bancos alemães estão expostos em 43% ao nosso vizinho, mas sobretudo ao sector bancário espanhol.



Por isso, o tema “Espanha” e todos os rumores que têm campeado esta semana sobre a eventual negociação em curso de uma intervenção “à grega” num montante de 250 mil milhões de euros (1/3 da provisão para empréstimos disponível na Facilidade Financeira Europeia de Estabilidade) estão a deixar a banca francesa e alemã à beira de um ataque de nervos, como se pode observar nos reflexos na imprensa local.


Compreende-se que Espanha seja um tema mais sensível que Grécia – pesa, literalmente falando, mais de três vezes na banca europeia. Os “estouvados” da periferia foram financiados por provavelmente alguns “loucos” bancos do núcleo central da zona euro. Actuar junto do receptor ajudará a resolver os problemas a montante.



No caso específico da Irlanda, são os bancos ingleses os mais expostos em particular em relação ao sector privado não bancário.



A dívida pública conta com uma pequena parcela nesta situação – apenas 16% da “exposição” agregada da banca da zona euro ao conjunto do grupo dos PIGS.



No caso português, a banca francesa está exposta ao sector público português em 21 mil milhões de dólares e a banca alemã em 10 mil milhões. Migalhas no stock de mais de 530 mil milhões de dólares de dívida externa bruta total do país em finais de 2009.

DA SÉRIE PARA ENTENDER O QUE SE PASSA

A Grande Recessão entrou na fase de “deslocação geopolítica global”, diz o Laboratório Europeu de Antecipação Política (LEAP)/Europa 2020, um think tank francês de prospectiva, que publica mensalmente um GlobalEurope Anticipation Bulletin (GEAB).



O LEAP adianta que essa fase trará quatro “pontos singulares de colapso” em que qualquer desarranjo num deles provocará o bloqueio do sistema mundial, como numa rede computacional.



Esses quatro pontos são, no entender dos especialistas franceses:


a) a consolidação do problema do endividamento soberano ocidental como “intolerável”;


b) o abandono da retórica e políticas de prioridade à retoma a favor da “estabilidade estrutural” (vulgo programas de austeridade);


c) o início pela China da fase de “exportação” do seu sobreaquecimento económico interno com uma moeda subvalorizada;


d) a inevitabilidade dos Estados Unidos avançarem para um programa federal de austeridade (arrisca-se o número de 1 bilião de dólares[trilião, na nomenclatura anglo-saxónica] em cortes orçamentais nos próximos 3 a 5 anos) face ao risco de bancarrota de alguns Estados da federação (como se tem observado nos casos mais graves da Califórnia e de Illinois) e ao próprio agravamento político interno com o primeiro teste eleitoral da Administração Obama nas eleições de meio do mandato em Novembro para o Congresso, o Senado, parlamentos estaduais e governadores. A consequência será uma recaída na contracção e uma média anual muito longe dos 3,5% de crescimento em 2010 anunciados pelo presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke.


G20 não é vinha vindimada para os EUA




A principal consequência geopolítica (e esse será o 5º choque), arrisca o LEAP, será a manifesta incapacidade dos Estados Unidos, a primeira potência do mundo, em liderar o G20, de que se começaram a observar sinais na cimeira de Copenhaga em Dezembro de 2009 e, mais recentemente, a 3 e 4 de Junho, na reunião de ministros das Finanças do grupo dos 20 em Busan/Pusan, na Coreia do Sul. A multiplicação, por ora, de alianças à la carte e o aumento de linhas de fractura no G20 poderá ser o resultado. O que este choque geopolítico nos reserva serão as cenas dos próximos capítulos.

UMA HISTÓRIA ABSOLUTAMENTE SECRETA - da série OS MELHORES TEXTOS SOBRE O MUNDIAL

Há cerca de duas horas escrevi aqui um "post" intitulado " Eu Sempre Disse".
Duas horas volvidas e estou cheio de telefonenas, SMS, e-mails, faxs, e até postais que o correio azul anda eficaz, a insultar-me! De besta para cima: cabotino, irresponsável, tens-a-mania e até português!

Ora eu não queria contar isto, mas obrigam-me:

Ontem, às cinco para as dez da noite, telefona-me o Queirós. E eu, para a minha mulher faço com os lábios:- " Diz-lhe que eu não estou!". Mas o tipo insiste, e passados uns minutos manda a secretária : que a questão é de vida ou de morte, que não me posso negar,...enfim se eu já saí do quarto de banho ou da sanita ( o que a minha mulher tinha dito como desculpa ). Então eu lá atendo o Queirós:
_ " Ó Zé, tu não podes negar-me isto, pá! O jogo é já  amanhã! Ó pá, eu estou confuso, que é que tu achas?"
E eu, muito caro:
-"Ouve lá ó Carlos, eu não sou o selecionador nacional, pá!".
-"Pois não, mas é um caso de vida ou de morte, ó Zé!".
E eu relutante:
"Mas eu nem sequer sou um "olheiro da selecção !"
E ele:
-"Ó pá, eu sei, mas se é isso eu arranjo-te um lugar assim....".

E eu:
-"Ó pá tu sabes , é que o futebol é um negócio e a crise toca a todos..."
E ele, perspicaz:
_ -Que não seja lá por isso, estás contratado por aquele valor de que te falei, como " olheiro" em casa, a vêr as outras seleções na televisão".
E eu:
-"Tá bem, mas é só por puro patriotismo, que fique claro!"
E torna ele:
-"Pronto, que nestas coisas ninguém tem dúvidas e é um caso de vida ou de morte!"
E eu:
-" Então qual é a aflição?"
Ele:´
-"Ó Zé, não sou capaz de montar a equipa, carago!"
E eu, complacente:
_"Ó Carlos, olha lá pá, no um pr'a um somos melhores; no dois pr'a dois somos melhores; no três pr'a três somos melhores; no quatro pr`a quatro somos melhores; no cinco pr'a cinco somos melhores; no seis pr'a seis somos melhores; no sete pr'a sete somos melhores. Daí em diante somos iguais. E nos onze pr'a onze ganham sempre os alemães - como já dizia o Liniker!

Voçes, suas bestas que me andam a insultar, percebem agora o que se passou?. O Carlos ouviu-me ( e espero sinceramente que me pague ). Por isso da próxima vez, vou levar mais caro a minha capacidade de penetração...no adversário...., porque o jogo é contra o Brasil. E no fim do jogo talvez conte porque se passou o que se vier a passar.
Grandessíssimas bestas!

Neste caso, porque o Cristiano fez o que eu mandei é só "Delenda China est!".Não ponho a Madeira.

ESTÃO BEM UNS PARA OS OUTROS!

Pois é. Nesta coisa que já se transformou numa espécie de desporto mundial que reside em vêr quem grita mais alto por judeus ou palestinianos, e depois de me fartar de lêr coisas sobre uns e outros, faço minhas as palavras que uma vez ouvi à minha querida colega de curso Carolina Almeida Garret de cujo pai fui muito amigo:-" Estão bem uns para os outros!".
Isto não tem nada de Pilatos mas atá podia ter que não tinha nada de mal. Tem é que vêr com o sorriso do Diabo que a gente Vê na cara duns e doutros.
Só espero é que o nosso governo entenda que não tem que se metar entre dois sorrisos iguais.

YUAN

Esta moeda chinesa já tinha revalorizado cerca de vinte por cento contra o euro porque estava informalmente indexada ao dólar - desde o início do ano.
Agora o Banco da China ( Banco Central da China ) anuncia que vai flexibilizar a cotação do seu Yuan . Mas não diz se para cima ou para baixo, e o mercado de acções dispara para cima porque a especulação alimenta-se de doses mortais de optimismo.
Acontece que uma valorização do yuan com a consequente desvalorização do euro ajudaria as exportações portuguesas e europeias sobretudo a somar à referida revalorização de vinte por cento e levaria a uma diminuição das importações ( aquilo que um aumento do IVA sobre produtos importados também provocaria, diminuindo desse modo a balança comercial e o célebre deficit das contas externas ). Isso seria a única coisa que poderia evitar uma guerra militar mundial.
Infelizmente não creio que os chineses o façam, não por serem burros, mas porque os acho naquele estado de galvanização e elação patrióticas que nem os governantes controlam. Também foi assim antes da II Grande Guerra..
Por  isso DeLENDA CHINA EST!

EU SEMPRE DISSE

Como eu sempre disse o Queirós é um selecionador sábio. O Deco nunca devia ter jogado porque está velho, o Tiago é insubstituível, o Simão que não foi compreendido em ESpanha é um genio, o Liedson não tem lugar na equipa, o Paulo Ferreira não se compara no corredor da direita a uma dúzia de talentos que jogam na terceira divisão, e o Cristiano Ronaldo é um fora-de-série a jogar com as costas : Mas eu sempre disse isto, porra! E só agora é que o Queirós descobriu!
Eu só não disse que o Queirós devia ser substituído porque já sabia que contra a Coreia ele ia jogar assim, porque senão tinha dito! Porque eu já sabia mas ninguém me liga nada!
À carago quando eu digo a tática é o que se sabe : são, pelo menos, 7 a zero!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO

Morreu o homem, viva o escritor.
Não me interessam os jogos pouco florentinos sobre o homem politicus que fez saneamentos políticos e também,  foi por isso,  bestamente atacado na única dimensão em que devia ser elevado: a da estética na língua portuguesa.
Saramago não foi um escrevinhador sem vírgulas. Foi um grande escritor e o único Prémio Nobel Português dos últimos cinquenta anos.
Se respondeu com amargura de criança birrenta à indigna posição dum Governo que não distinguia a essência do acessório, isso não ajuda a fazer dele um grande homem mas não lhe retira uma onça de autoridade criativa lusitana. Viva José Saramago sempre!   

O DISTRITO DO PORTO, O 25 DE ABRIL E O REGIME CORPORATIVO

Há dias uma pessoa amiga fez-me chegar por e-mail um texto que só não publico aqui por mera incapacidade minha para o copiar e publicar na íntegra neste blogue ( se um dia alguém me ajudar nessa tarefa publico-o aqui ).. Em síntese, o texto que tem como título O PALHAÇO DO SÓCRATES, é um desfilar de frases soltas de Medina Carreira a avisar tudo e todos para a catástrofe que aí vinha.
E o curioso é que quem me enviou o dito texto é uma pessoa bloquista que ainda há dois anos dizia que as medidas de contenção dos vários deficites que o primeiro governo do José Sócrates levou a cabo mais as necessárias reformas ( por exemplo da educação ) eram um "roubo" (sic). Agora acha, pelos vistos que o ardor depressivo do ex-ministro Medina Carreira era ténue e devia ter servido de farol ao nosso primeiro-ministro.



O texto em si destila ódio contra Sócrates e lateralmente contra outros ex-primeiro ministros, e é uma truncagem de frases que (em maioria ) eu ouvi a Medina Carreira na TV. Só que fora de contexto, sendo que, de si, o ex-ministro dificilmente diz o que quer que seja com um mínimo de "contexto". Logo portanto, são frases ocas, de gente ressabida com a vida, com tropismo para as "crónicas de escárnio e mal-dizer"e alma sempre escura. E com um "fundo" que é constante: o 25 de Abril não foi cumprido! ( mas como é que um ministro do 25 de Abril não pára de  gritar isto? Quem é que havia de o cumprir ..., o amanuençe das finanças lá do Terreiro do Paço?).



Sendo claro: quem me mandou o mail é uma ex-professora liceal muito zangada com a ex-ministra da Educação e José Sócrates, porque a andaram a roubar....



Entretanto leio um caderno do Expresso chamado Distrito do Porto, onde se dá a palavra a autarcas e a páginas tantas  um tal Manuel Moreira presidente de Câmara de Marco de Canaveses declara:"considero que o meu Concelho se deve desenvolver em harmonia com os seus dois rios internacionais, o Douro e o Tâmega, através da criação  do parque fluvial do Tâmega, com cerca de três kilómetros de percursos pedonais, uma fluvina para 50 embarcações, um restaurante e dois bares, um centro náutico, plataformas de pesca desportiva,, uma delas com 300 metros quadrados que serve de palco para eventos culturais. Nas freguesias do Douro, foi ainda construído no Cais de Bitetos uma casa de Produtos Tradicionais / Posto de Turismo. Estas obras implicaram um investimento superior a 1 milhão e setecentos mil euros"..
Outro exemplo retirado da gaveta pelo executivo liderado por Manuel Moreira, possibilitou uma construcção das Piscinas Municipais de Alpendurada e Matos, um investimento de cerca de 1 milhão e 500 mil euros. Seguiram-se outros investimentos como a da construcção do Museu da Pedra, designadamente do granito, o único existente no país dedicado exclusivamente à indústria extactiva e transformadora". E eu pergunto-me:-Ó homem e não falas das rotundas?!.



Pois é.
O que liga os dois parágrafos anteriores é muito simples. A megalomania coorporativa. Num caso os eleitos autárquicos que perderam noites após o 25 de Abril, a tentar descobrir como esbanjar o dinheiro de Bruxelas sem compreender que ele assim investido não era um investimento porque não gerava retorno que se visse para o seu Concelho; e no outro fica exemplificado como as corporações de interesses profissionais ( no caso os professores, mas podiam ser os médicos, os embaixadores, os juízes, os farmacêuticos, os gestores de empresas públicas, etc ) impediram as grandes reformas estruturais do nosso país. Sem pensar que o que sobe desce sempre, e o que se gasta sempre se paga.



Mas esta questão merece uma outra reflexão complementar: o 25 de Abril veio acabar com o regime chamado do Estado Novo instituído pela Constituição democrática ( porque votada em referendo sem roubalheira ) que postulava um Estado Corporativo, ou seja um Estado que não só era governado por um parlamento ( a Assembleia Nacional embora de partido único ), mas também por uma segunda câmara a Câmara Corporativa, onde tinham assento as várias corporações profissionais e de interesses ). Embora sabendo que quem efectivamente mandava era o ditador Oliveira Salazar a verdade é que no início do seu consulado este ditador tinha de facto em mente um regime em que as corporações de interesses ( e o que são os lobbies na América de hoje ?) podiam e deviam discutir entre si as melhores soluções legislativas para Portugal. Ou seja, no Estado Novo o regime era "de jure" corporativo, enquanto na Terceira República, que nos governa agora, o regime é parlamentar mas "de facto" corporativo no que de pior tem esta palavra!



Para culminar, lembro-me de há três dias ter ouvido uma individualidade de segunda linha do Bloco dizer cobras e lagartos do Estado Novo comparativamente com "a impoluta (sic)" primeira república ( durante a qual não morreram os tais setanta portugueses presos/assassinados por razões políticas..., mas uns largos milhares....( lembram-se da Formiga Branca? ). E, como tamanho disparate não bastasse, o erudito cujo nome não recordo infelizmente, declarou ipsis verbis em defesa dos 100 anos da República: - " E mesmo esse chavão do homem providencial ( Oliveira Salazar ) que nos salvou da II Grande Guerra é pura estultícia porque só ficamos a perder por não termos entrado nela e ficado do lado certo da História!".
Palavra de honra que ouvi isto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

10 de junho

Hoje pela manhã aconteceu aqui, em Vila do Conde, uma cerimónia que apanhei por acaso enquanto dava a minha volta de bicicleta: a Câmara inaugurava o Monumento ao Soldado da Guerra do Ultramar.

Uma pequena multidão rodeava as individualidades da praxe e envolvia de um certo tédio os seus discursos, enquanto , como eu, circunvagueava o olhar surpreso pelo encantador e subtil monumento que se espraia por um enorme monstro de ferro que se projecta para o céu como uma árvore que abre à  frutificação de algo, como se fosse um resgurdo para a figura do soldado esculpido em tamanho natural que se lhe cola; e, ao lado, por detrás de um muro granítico, a figura sentada pelo peso da saudade, uma mulher caxineira de medalhão com a fotografia do seu homem-soldado ao peito, lê uma carta que diz:-"a minha alma ficou no cais , adeus até ao meu regresso".

Tudo certo , tudo consoante os previstos, arrumados a um lado um grupo de soldados aprumando a sua G3, do outro as individualidades, o senhor abade muito velhinho e hirto como um inglês e que só podia ser o antigo padre que os viu partir e lhes guardou a memória e a memória do  apoio às viúvas, mais afastadas e como que envergonhadas mulheres jovens, sozinhas como a despropósito naquele obelisco de homens e que só podiam ser filhas de qualquer um dos 47 nomes vulgares agora ali inscritos.

Tudo tédio, tudo segundo os conformes. E de repente, de repente, começa a leitura de cada um dos quarenta e sete nomes. Gritado o nome, os soldados em formatura mais umas dezenas de presentes na casa dos sessentas, civis estes, embora com a respeitável boina dos comandos,dos fuzas,dos páras que sempre vão ser, respondiam em coro:-"PRESENTE!",numa voz cuja fragilida sofrida fazia tremer o chão. E repetia , agora o segundo nome da lista escrita no mural, e a terceira, e a quarta, e um exército todo!, todos os exércitos, o mundo português todo!. E a resposta uníssona : PRESENTE! 

As lágrimas correram-me cara a baixo. Envergonhado, olhei  a medo: à minha volta os olhos turvavam-se, as faces escondiam-se da minha vergonha, também. E eu percebi pela primeira vez o que era o 10 de Junho.

PENSAMENTO MUITO, MUITO BURRO

Pedro Passos Coelho vai propôr à Assembleia da República uma proposta de Lei que obriga à restrição das pensões a um determinado tecto máximo. Boa ideia!
Ou será que quer isso como primeiro passo para justificar a seguir a redução da contribuição obrigatória para a Segurança Social em favor de uma privatização parcial das pensões?

DA SÉRIE FRASES QUE IMPÕEM RESPEITO

" B.E. volta a agitar a bandeira da esquerda responsával".
 (Título de jornais de ante-ontem)

terça-feira, 8 de junho de 2010

O PRECONCEITO DE NÃO SERMOS PRECONCEITUOSOS

Eu tenho um bom amigo - o Zé Vilarinho - que é um gajo porreiro.
É um tipo apaixonado!, O que nos tempos que correm ....de acomodação, muito neutros, muito tudo contas à vida, muito condescendências se faz favor, muito politicamente correcto, muito sabujo enfim, é coisa rara.
E como o que é raro é caro, a gente quando tem um amigo assim deve preservá-lo na autenticidade dele e nossa.

Acontece que o meu amigo Zé é um tipo que sendo um apaixonado da vida ( como eu,...por isso é que o compreendo bem), é um extremista ( como todos os apaixonados) e está sempre preocupado com isso. Ele que é ( como eu ) um indefectível portista quando vê o FCP na TV dá meia dúzia de pontapés no ar por jogo, grita duas dúzias de impropérios nos noventa minutos e fica a remoer a culpa durante as doze horas seguintes por ter vindo cá fora gritar aos vizinhos VIVÓ POOOOOOOOORRRRRRRRTTTTTTTTTTO!não é bem isto que ele grita mas assim fica melhor).

Porque o Zé é dado à culpa porque é um apaixonado! E porque sendo um apaixonado é radical e é de extremos. O que ama, ama mesmo!
Ou seja, se por exemplo fôr do Porto o que já disse ser o caso, ideentifica-se com este objecto da sua paixão até ao fim, quer dizer, se o jogo corre mal fica-se muito preocupado com o facto de " ter perdido a racionalidade". Como se as paixões coubessem num cesto de racionalidades!

Como tem  formação científica e das boas porque é médico, fica ainda mais preocupado com as suas atitudes "irracionais".
Ora esta postura é muito vulgar e até corrente em gentes inteligentes e com formação científica, ou seja eminentemente racional. É por isso que o Zé é um amigo que não podemos esquecer porque ´como disse é caso raro: racional e apaixonado.

Por tudo isto não me surpreendeu a sua surpresa quando me viu escrever preto neste blogue referindo-me a pretos ( que ele acha que devem ser tratados por negros ), e me perguntou se eu era racista e lhe respondi que não mas era xenófobo. Que não, que não acreditava, que um tipo socialista não podia ser, que depois da Declaração dos Direitos do Homem já ninguém podia ser!- disse-me ele.

E este episódio fez-me lembrar duas coisas importantes.
A primeira é um quadro que guardo na retina da memória de há cinquenta anos, de um preto que parava e mendigava muito perto da , (de boa memória), A Brasileira, um café à entrada de Sá da Bandeira no Porto e que "pousava" quase lado a lado com um boneco preto que abanava a cabeça e dizia frases com graça e tinha por nome, que a minha mãe lhe dava, o "pretinho da Guiné". E isto era dito com uma enorme dose de carinho e nenhuma humilhação.
Pela mesma época a vida corria quotidianamente, muito lânguida, feita de pic-niques aos domingos e visitas à Feira Popular no Palácio de Cristal sábado à noite, a jogar uma dourada nas caixas de picar da Regina  porque ainda não havia semana-inglesa. E tranquilamente a gente ia andando embalada ao ritmo dos anúncios duma voz de veludo que dizia a imitar brasileiro: -" Leitchi di colónia prá belêza rrealçarrr.....": e logo depois :- "restaurador Olex, um preto de cabeleira loira e um branco de carapinha preta!". E evidentemente ninguém via nisto ponta de racismo ....porque pura e simplesmente não havia. Mas,já nessa altura um pai, um pai português, não via com bons olhos que a filha casasse com um inglês, um alemão, um russo, um chinês, ou um preto. Ou seja um bom pai português não se sentia " confortável" como agora dizem os banqueiros, porque o vizinho da rua, esse, a gente conhecia-o bem, sabia das manias dele, sabia que era parecido, ora bem! Não era superior, nem inferior, não tinha hábitos desconhecidos da gente, era como nós simplesmente. E por isso, não metia confusão que nos levasse a filha porque ia para um mundo que conhecíamos.
Ora isto não é racismo que é um pensamento ( de raça superior ), mas é xenofobia e não tem nenhum mal que seja. Porque xenofobia quer dizer não ter simpatia ou "não se sentir confortável" com gente doutra raça.É por isso um sentimento e não um pensamento.
É por isso que acho piadético que as gentes socialista ( que não as comunistas que essas vêm do povo profundo e não se baralham facilmente) e bloquistas, façam da xenofobia um asco e obriguem o Estado a fazer dum sentimento um crime! Os mesmos que lutam contra delitos de opinião!
A diferença está em que a xenofobia é um sentimento e ninguém se pode impedir ter sentimentos: ódio ou amor, simpatia ou antipatia são fenómenos subjectivos que nem por decreto ou bula Papal podem apagar-se; já o racismo implica um certo pensamento (mais que sentimento ) de superioridade rácica que pode levar a descriminações por acções. E isto faz toda a diferença, independentemente do que diga ou não diga a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

OU outra qualquer Declaração - e esta é a segunda coisa muito importante.
É que por vezes esquecemos que estas declarações e "outras conquistas" são feitas exclusivamente, produzidas exclusivamente por homens comuns num determinado contexto histórico. E esse contexto muda. Muda sempre. E quando muda o que era Historicamente adequado para um povo deixa de ser. Porque os povos guiam-se sempre pelos princípios gerais de sobrevivência que obedece a uma tectónica de necessidades: por exemplo, a mim dá-me imenso prazer escrever com a liberdade com que escrevo o que me dá na real gana, mas ,se algum dia tivesse que optar entre esta liberdade ou a segurança pessoal, queria lá saber da liberdade! É que - já Maslow o disse com clareza - as necessidades sofisticadas só fazem sentido para toda e qualquer pessoa depois de conquistadas as necessidades básicas.
Por isso, se em Portugal queremos preservar as "mais amplas liberdades" é melhor vêr o que se passa à nossa volta e que eu abordo nos três "posts" seguintes deste dia: tudo à nossa volta está a mudar  e não é no sentido de mais completas Declarações de Direitos mas sim de mais específicos Deveres, a bem da sobrevivência , infelizmente.
Por tudo isto, o Zé Vilarinho deu-me um bom exemplo dos conceitos antes das realidades - os preconceitos- coisa horrível que me acompanhou quase toda a vida. Primeiro na Universidade quem não era comunista era estúpido; no PREC, quem não cavalgava aquele delírio era estúpido; a partir dos anos oitenta quem não era Yupie era estúpido; e agora quem não defende direitos adquiridos ( nem que sejam Declarações Universais escritas por homens), é estúpido!
Eu estive,com excepção de uns dez anos, entre finais dos setenta e os primeiros dos oitenta, sempre a apanhar com o rótulo de estúpido. Aconteceu com mais alguns.

É que não é fácil quando somos seres apaixonados - o que é bom - não ter o preconceito de que não somos preconceituosos.

P:S: DELENDA  CHINA  E  MADEIRA  EST!

Assim vai a Europa

Fiquei a saber hoje que:
-os headg founds deram prejuízo em toda a Europa durante o mês de Maio sem nenhuma excepção, porque os gestores destes fundos acham que os investidores de risco ( que  levaram à actual Grande Recessão), acham que não devem acreditar que as medidas para salvar o Euro vinguem.
-a Alemanha vai cortar ainda este ano 11.200 milhões de euros no orçamento anual despedindo de imediato 10 mil funcionários públicos civis mais 45.ooo militares (no total, para este ano são 55.000 postos de trabalho ), aumentando impostos designadamente as taxas de saída dos voos de aeroportos alemães ( ah! o patriotismo alemão nas férias ), mas anunciando que até 2014 (nos três anos a seguir) serão poupados outros 80.000 milhões de euros ( metade do PIB português que é de 164.000 milhões de euros).
-O governo de David Cameron promete cortes nos orçamentos " das próximas décadas "(sic) na Grã-Bretanha.
-Na Islandia um partido que dizia " Nós prometemos o dobro dos outros e cumprimos o mesmo, isto é nada",ganhou as eleições autárticas.
-Na Holanda as eleições que estão à porta dão a vitória à extrema direita.
-Corrida dos bancos franceses a comprar dinheiro no BCE ( banco central europeu ) com colaterais ( dando como garantias ) activos em créditos de dívidas soberanas doutros países.


Aqui há dias escrevi um "post" intitulado o 10 de Maio. Foi quando "de facto" Portugal perdeu a sua soberania vendendo-a contra o direito de permanecer no euro e o de receber a protecção dos tais 750.000 milhões de euros da eurolândia. A brincar a brincar, ainda vamos ter mais um feriado - por troca com o 10 de junho de depois de amanhã , ou melhor com o 1 de Dezembro Dia da Restauração da nossa independência -um feriado a 10 de Maio quando nos puseram a corda ao pescoço sem que tivessemos outra alternativa porque a gente gosta muito de descansar de pensar.

Pois, e DElenda Madeira e China est!

POR QUE NOS ODEIAM?

PORQUE SE TRATA DE UM ARTIGO MUITO ESCLARECEDOR AQUI FICA TRADUZIDO O ARTIGO DUM JORNAL BELGA QUE MUITO PREZO

Debate ( a propósito da China , mas não só )


Por que nos odeiam?

03 junho 2010
euobserver.com Bruxelas



de Roberto Foa






      A Europa imagina-se uma potência benfeitora, pacífica e cujo modelo é exportado para todo o mundo. Na verdade, ele é visto como um conjunto heteróclito, uma velha potência colonial que se tornou uma fortaleza virada sobre si mesma e entrincheirada por trás dos Estados Unidos. Se a Europa quiser contar, terá de mudar.



Roberto Foa

Pouco depois do 11 de Setembro, um estribilho frequente dos comentadores norte-americanos era: “Por que nos odeiam?” Os norte-americanos sempre se tinham visto como um poder benevolente e ficaram confundidos quando viram multidões rejubilantes, em Gaza ou no Líbano, a comemorar a destruição da baixa de Manhattan.

Presentemente, são os europeus que, tal como os norte-americanos, se podem questionar porque atraem tão pouco respeito de todo o mundo. Se em tempos um Livro Branco chinês declarou a Europa “a superpotência em ascensão”, nas últimas semanas um coro de comentadores internacionais começou a escarnecer das pretensões da Europa à liderança internacional. Kishore Mahbubani, director da Faculdade de Relações Internacionais deLee Kwan Yew, em Singapura, declarou que a Europa não percebe “como se está a tornar irrelevante para o resto do mundo”.



Ao mesmo tempo, Richard Haass, presidente do Council on Foreign Relations dos Estados Unidos, decretava publicamente o “desaparecimento da Europa como grande potência”. E estas são vozes que estão longe de pertencer a uma área excêntrica ou selvagem. Mahbubani dirige um dos institutos com crescente aceitação em matéria de política asiática, e Haass é um diplomata isento de longa data. Então, porque estão os países europeus a levantar esta onda de má vontade? Apesar de tudo, os europeus, mais do que os norte-americanos, têm razões para verem o seu continente como uma influência fundamentalmente benigna. A Europa é um pacífico conjunto articulado, um sortido atabalhoado de Estados-nação, cujos compromissos internacionais se parecem limitar à concessão de apoios ao desenvolvimento e à realização de conferências longas e pouco conclusivas. Temos os nossos problemas internos, mas que não são de molde a merecer o desprezo das elites de Nova Deli, Pequim ou Cairo. Então, porque se passou tão depressa de bestial a besta? Não me parece que se possa atribuir isso a mera inveja: os estrangeiros não se limitam a cobiçar os salários, as férias e as reformas dos europeus. Nem penso que represente desespero em relação à tortura que têm envolvido as tomadas de decisão internas da Europa, apesar da frequência com que aparecem na Comunicação Social no pós-Tratado de Lisboa.



Uma fortaleza fechada raramente é sinónimo de integração

Sugiro, pois, uma verdade mais incómoda. Os outros países há muito que se ressentem da intromissão moralizante ocidental, e arranjaram agora coragem para deitar abaixo uma Europa cuja influência global já não é encarada como uma certeza. Como exemplo das limitações do nosso “soft power”, quando pergunto a pessoas de qualquer parte do mundo o que significa para elas “Europa”, surpreende-me sempre a pouca frequência com que mencionam a democracia social ou os direitos humanos, ou mesmo a “boa vida”. As respostas de longe mais comuns são memórias da dominação colonial europeia e uma noção muito forte de um autoconvencimento de superioridade dos europeus. Quando os europeus fizeram história em 1918, 1945 e 1989, o resto do mundo ainda os recorda por 1842, 1857 e 1884, e assim vai ficar para sempre. Houve muitas oportunidades para ultrapassar esse passado, mas muitos encaram a Europa como uma fortaleza fechada, que oferece poucas oportunidades de integração ou de inovação.

Pode a Europa libertar-se deste passado?



A resposta é sim, mas se for para a Europa se tornar no líder multilateralista que desejamos que seja, é urgente uma mudança de imagem. A primeira etapa seria projectar uma imagem mais inclusiva, de um continente aberto a novas pessoas e ideias. Nos Estados Unidos, a eleição do filho de um queniano para a Presidência pode ter feito pouco para apagar as desigualdades internas do país; mas, de uma penada, permitiu ao país reinventar-se e renovar-se como nação global. A Europa tem emigrantes bem sucedidos, mas é um facto triste ter havido mais diversidade étnica no Politburo de Estaline do que na actual Comissão Europeia. Em segundo lugar, podemos tentar contar uma história coerente ao mundo exterior. A nossa preferida é uma narrativa muito cristã de queda e redenção, uma história sobre um continente devastado por séculos de guerra e conquista que, depois do desastre de 1945, decidiu fazer a paz consigo mesmo e acabar com as suas ambições coloniais.



Se conseguíssemos contar esta história de forma credível, a União Europeia poderia transformar-se no líder multilateral a que aspira. Mas sempre que temos de encarar o mundo exterior, a máscara não pára de deslizar; e lá aparecem as velhas rivalidades e maquinações nacionais, feias e a sobrar pelas bordas. Quando chega o momento de reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas ou de votar direitos nas instituições de Bretton Woods, enterramos a cabeça na areia. Sinceramente, acho que os alemães não se dão conta do ridículo a que se sujeitam ao exigir mais um lugar europeu no Conselho de Segurança, quando a Índia ainda não está lá representada. Do mesmo modo, muito tem sido feito em matéria de segurança e de política estrangeira comum na Europa, mas nas missões em África – a única intervenção substantiva fora da Europa –, é difícil iludir as maquinações pós-coloniais dos interesses franceses, belgas e britânicos.



Um continente que não assume as suas responsabilidades

Por outro lado, também fazíamos bem em acabar com a ideia de que ganhamos respeito esbanjando somas cada vez maiores em ajuda externa, sobretudo quando essas somas vão associadas a um interminável discurso moralizador. O que os desafortunados querem não é o nosso dinheiro, mas o nosso respeito. Desbaratamos apoios incessantemente, mas pouco nos preocupa saber se o dinheiro é gasto eficazmente, ou as distorções que introduzimos com isso na política local, o que demonstra um desprezo muito maior do que se não déssemos nada. Temos de aprender a lição do êxito diplomático da China em África: as nações em desenvolvimento estão menos interessadas no processo do que na obtenção de resultados.



Por último, a Europa tem de parar de se esconder atrás dos Estados Unidos e começar a assumir a responsabilidade das suas próprias decisões. Contudo, isso nunca vai acontecer enquanto a Europa for gerida por uma gerontocracia de centro-direita, que parece mais confortável a olhar para o Atlântico do que a adaptar-se ao nosso presente multipolar. Os nossos dirigentes passam os dias preocupados em manter uma participação simbólica na NATO, obcecados sobre se o Presidente Obama vai ou não participar numa cimeira UE-EUA e espadeirando pelos seus poderes de jure nas instituições de Bretton Woods, quando precisavam de perceber que as regras do jogo estão a mudar e as velhas redes estão rapidamente a perder influência. Ironicamente, os norte-americanos parecem compreender isso hoje melhor do que nós.

um Presidente e um Primeiro-ministro com doença bipolar

O senhor nosso, sim nosso ! ( embora eu não tivesse votado nele ) Presidente da nossa República, sim nossa! ( embora eu ande a tombar cada vez mais para uma Monarquia Constitucional como a holandesa ou belga onde o rei é sempre factor de união e sai mais barato ao país - sim mais barato ! -,o tal nosso Presidente disse ontem que Portugal era o país europeu com maior déficit externo, que disso sabia ele que era economista, e que, ora portanto, se a gente não viajasse para o estrangeiro era como se estivesse a aumentar as exportações, vista a coisa em termos de balança comercial.
Isto é verdade e só gente estúpida e/ou mal informada e/ou não patriota não o fará, quer dizer não vai procurar ficar por cá ( não vale a Madeira! ) PORQUE ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO.

Agora também não é preciso exagerar. E se Sócrates é um optimista militante e isso hoje é uma estupidez, também não é preciso ser-se um pessimista fervoroso e isso é uma estupidez maior quando ainda por cima são invocados factos falsos: Portugal não é o país com maior déficit como podem vêr abaixo, ó senhor presidentesinho da nossa República!, é o quinto, ou sexto se entrar a Suíça, longe portanto do triste primeiro lugar.
                                         (Já não posso com gente bipolar! com sucessivos enganos na crise dadívida)

Com base nas estatísticas do stock da dívida (bruta) externa total (pública e privada) e do produto interno bruto (PIB) em 2009, o campeão na União Europeia (e mesmo no mundo) era a Irlanda com mais de 1000% do PIB “coberto” pela dívida externa. Portugal vem em 5º lugar com 225%, e não em 1º lugar.




À frente de Portugal, na União Europeia, além da Irlanda, estão Holanda (470% do PIB), Reino Unido (416%) e Bélgica (266%). Se incluirmos toda a Europa, a Suíça surge em 5º lugar, com 269% do PIB, e Portugal passará a 6º.



Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, o stock de dívida externa portuguesa em termos brutos e total (pública e privada) era no final do 4º trimestre de 2009 de €370,36 mil milhões e o PIB de 2009 terá sido de €164,5 mil milhões.



No caso da Irlanda, o stock da divida externa total bruta ascendia a 2,287 biliões de dólares em final de Setembro de 2009 e o PIB daquele ano foi de 227,7 mil milhões de dólares (ligeiramente inferior ao português, em dólares). No caso da Holanda, o mesmo indicador da dívida ascendia a 3,7 biliões de dólares no final de 2009 e o PIB foi naquele ano de 794,8 mil milhões de dólares. No caso do Reino Unido, os valores respectivos eram de 9,088 biliões de dólares (em Junho de 2009) e de 2,183 biliões de dólares. No caso da Bélgica, eram respectivamente de 1,25 biliões de dólares e de 470,4 mil milhões. No caso da Suíça, eram respectivamente de 1,4 biliões (em Junho de 2009) e 496,6 mil milhões.



Nota técnica: Trata-se de um cálculo com base nos últimos dados oficiais disponíveis publicamente. A comparação e o ranking são provisórias, dado nem todos os dados sobre a dívida serem referenciados às mesmas datas em 2009. A Wikipedia mantém um ranking do stock da dívida externa bruta total aqui. Os dados apresentados pela CNBC americana ou pelo The Wall Street estão errados em muitos casos.

P.S: (pós-scriptum, palavra que não ando a gritar pelo partido socialista ): Sócrates, ao menos mexe o rabo e tudo faz para arranjar negócios para empresas do país. E que tal se o Presidente que afinal conhece tanta gente importante se metesse no avião e fizesse o mesmo? Ah!..., e já agora DELENDA MADEIRA E CHINA EST!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

DA SÉRIE FRASES QUE IMPÕEM RESPEITO

TÍTULO DO TELEJORNAL DA  TVI ( ou lá como é que se chama desde os tempos da Manela, a Moura Guedes!):

"Contratados 340 médicos para verificar baixas !"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

FRASES QUE IMPÕEM RESPEITO

O PSD não retirará o tapete ao país se essa fôr a melhor solução".
( Pedro Passos Coelho )

quinta-feira, 3 de junho de 2010

TESTE DE NÍVEL DE CONHECIMENTOS POLÍTICOS (copyright reservado)

No mundo bloguista vai para aí uma discussão patética sobre um artigo de Isabel Stilwell sobre os perigos que corre a nossa democracia.  Cliquem em " A Pregiça do Leitor" se quiserem ver comunistas confundidos.

Eu não simpatizo nada com a Isabel com quem conversei um dia umas duas horas. Por isso faço já esta declaração de interesses.

Todavia, o que li na blogosfera irritou-me, e, Deus seja Louvado, inspirou-me a criar um Teste de Conhecimentos Básicos de Política.
  Convido-vos pois a descobrir o vosso nível político, através da pontuação que obtenham para cada uma das questões abaixo enunciadas que consistem em declarar qual dos putativos responsáveis realmente e verdadeiramente escreveram aquele texto. 
Assim, para cada resposta certa você obtem 1 ponto.
Se acertar em duas obtem dois pontos e assim por diante.
Se acertar nas 9 questões voçê adquire nove pontos, ou seja o máximo, e é um barra em política. 
Vence o leitor que alcançar mais pontos . E ao vencedor cabe um lugar para a short-list do casting a realizar dentro de um ano para candidato a deputado por qualquer das troupes da Assembleia da República: PCP, BLOCO, PS, PSD e CDS; os Verdes não porque já têm candidato.
 Espero pois a vossa resposta nos próximos cinco dias enviada para a página de comentários, bastando, se não quiserem pôr a vossa identificação usar um pseudónimo. 

1-Escrito sobre o principal problema nacional :

"Estava convencido de que o principal problema nacional era um problema de educação e de que pouco importava o regime se não se começasse a mudar os homens. Era preciso homens e era necessário educá-los". (1910 ); terá sido o avô de Manuela Ferreira Leeite ou de Sócrates ? ).

2-Escrito sobre a perspectiva de investigação em politologia:

"Nada seria para mim, como professor, mais lamentável que o deixar de empregar todos os esforços ao meu alcançe para, dentro das matérias que ensino, tornar familiar ao espírito dos alunos todos os grandes factos, todas as grandes correntes de opinião que cruzam o mundo e bem ou mal o dirigem. Sejam quais forem as vossas opiniões pessoais sobre uma ou outra questão, convém ter sempre o nosso espírito aberto aos novos factos e às novas ideias, num louvável desejo de progresso, de rectificação contínua dos nossos conhecimentos, de revisão da nossa mentalidade". (1918 ) ; terá sido o avô de Francisco Louçã ou da ministra da Educação Isabel Alçada?

Sobre as elites e o seu papel:

3- "Não podemos esquecer uma hierarquia no trabalho: primeiro de invenção e organização, depois de direcção e de execução. O trabalho, ao mesmo tempo que traduz uma necessidade intrínseca de produção material, é o reflexo da desigualdade das aptidões individuais que a sociedade não pode nem deve contrariar. O homem de estado, o juíz (...), o médico, o sacerdote , o artista , o professor, o sábio, não são apenas flores decorativas duma civilização de mentira. Trabalham também para criar condições morais sem as quais a produção seria indiscutivelmente inferior (1924); terá sido o avô de Aníbal Cavaco Silva, o de Bagão Félix ou de Paulo Portas , Sacadura Cabral?-

Sobre o voluntarismo na política:

4-"As soluções inteligentemente possíveis são aquelas que resolvem os problemas nas suas causas, que não comprometem, resolvendo os problemas presentes (...), nem criam para o futuro problemas tão graves ou mais graves do que aqueles que existem. É sempre possível tapar um buraco abrindo outro buraco. Mas não é a minha maneira de agir." (1930); terá sido o avô de Cavaco Silva, o de Jerónimo de Sousa, o de Manuela Ferreira Leite ...ou o  de Jo Berardo?

5- Sobre a isenção no uso do Poder:

"Diga aos católicos que o meu sacrifício me dá o direito de esperar deles que sejam de entre todos os portugueses os primeiros a fazer os sacrifícios que eu lhes peça e os últimos a pedir os favores que eu não lhes posso fazer (1927)"; terá sido o avô de António Guterres, de Cavaco Silva ou de Alçada Baptista?

6-Sobre o "doutorite" dos portugueses:

"Quando rebentou o 28 de Maio, o comité da cidade veio convidar-me para ministro das finanças com aquela falsa noção de que a verdade está nos professores (1950)"; terá sido o pai do prof. Freitas do Amaral, o pai de Júlio Machado Vaz - o prof catedrático de esquerda Machado Vaz-, ou o tio de Francisco Louçã, prof.João Anacleto Louçã?.

7-Sobre a flexibilidade ideológica:

"" Eu sei o que valem e custam convicções sinceras para que não tenha por elas absoluto respeito: não se ordena à inteligência que deixe de olhar a verdade onde a vê. Mas as ideias não têm sempre força realizadora nem utilidade prática; por vezes morrem para a acção e importa não deixar os homens agarrados a cadáveres (...)" (1932); foi o avô de álvaro Cunhal, o do dissidente comunista Carlos Brito ou o avô materno de Mário Soares?

8-Sobre a teoria e a praxis na política:

" É preciso estudar na dúvida e realizar na fé" (1928)"; terá sido o avô de Cavaco Silva, o já falado de gerónimo de Sousa o o avô paterno de Pedro Passos Coelho ou o paterno de José Sócrates, ou o dos irmãos Portas?

9-Sobre a humanização necessária às ideologias:

" Os que cegamente impelidos pela lógica dos seus princípios quiseram ir até às últimas conclusões montaram a máquina (...) com o rigor aparente da ciência e da melhor técnica, mas o trabalhador livre, o Homem, esse desapareceu, arrastado na colossal engrenagem (...), mobilizados os operários como máquinas ou transferidos como rebanhos de gado porque numa região se acabou a erva dos pastos" (1933); quem poderá ter escrito isto, o tal avô de Francisco Louçã, o de Gerónimo de Sousa , o de Ávaro Cunhal, o de Mário Soares ou o de Manuel de Mello ou o de Fernando Ulricht, ou o do padre Mário da Lixa?

POIS  CLARO!!!
VOÇE ACABA DE GANHAR UM LUGAR PARA O CASTING A DEPUTADO DA NOSSA REPÚBLICA!
PARABÉNS!!!!!!!!!!!!
MAIS NINGUÉM  SABIA QUE TODAS ESTAS FRASES E PENSAMENTOS SÃO  DO PROF. DR. ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR.

( podem encontrar-se estes e muitos mais pensamentos de... do nosso tempo, nos seis volumes dos seus DISCURSOS E NOTAS POLÌTICAS  da Coimbra Editora, bem como em "Salazar- a vida e a obra " de Ploncar d'Assac da Verbo ).


quarta-feira, 2 de junho de 2010

DA SÉRIE FRASES QUE IMPÕEM RESPEITO

" Não sei para que é que querem gastar dinheiro no TGV se podem perfeitamente oferecer um Porsche a cada português gastando menos!"

( Luís Campos e Cunha, que foi ministro das finanças por um mês, e fugiu com uma crise de pânico que o pôs quase catatónico quado soube que não sabia , em cinco anos, baixar o déficit para menos de três por cento, o que um economista do Porto de nome Teixeira dos Santos fez em dois anos... ).