quarta-feira, 28 de setembro de 2011

rembrando o SÓCRATES

Ele não fez isto sozinho



• Fernanda Câncio, Linda brincadeira:
    ‘A 30 de Novembro de 2006, foi aprovada no Parlamento uma nova Lei das Finanças Regionais. Estabelecia-se, "tendo em vista assegurar o princípio da estabilidade orçamental", limites ao endividamento de Açores e Madeira, que passavam a ser determinados em sede de Orçamento do Estado em termos "compatíveis com os conceitos utilizados em contabilidade nacional" e "tendo em consideração as propostas apresentadas pelos Governos Regionais". Determinavam-se ainda sanções por violações aos limites do endividamento, implicando estas uma redução nas transferências do Estado para a região, não podendo doravante, "sem prejuízo das situações legalmente previstas", os empréstimos a emitir pelas Regiões beneficiar da "garantia pessoal do Estado". Toda a oposição ao PS, à excepção do CDS-PP (que se absteve), votou contra. O presidente do Governo Regional da Madeira insistiu junto de Cavaco, então no seu primeiro ano de mandato como Presidente, para que vetasse o diploma, invocando a sua inconstitucionalidade (o Tribunal Constitucional, que o fiscalizou a pedido dos deputados do PSD, não concordou). A lei foi promulgada e entrou em vigor em Fevereiro de 2007; Jardim demitiu-se para voltar a candidatar-se a eleições e ganhar nova maioria absoluta. (…)’

POIS É !

Finanças

A dívida oculta da Alemanha

23 setembro 2011
Handelsblatt, 23 setembro 2011
"A verdade" – é o título do Handelsblatt, que baseando-se em números espantosos, põe termo ao mito da alegada parcimónia do Estado alemão. Oficialmente, a dívida alemã, em 2011, é de 2 biliões de euros. Mas isso é apenas uma meia verdade, porque a maior parte das despesas previstas com reformados, doentes e pessoas dependentes não foram incluídas nesse cálculo. De acordo com os novos números, a dívida real ascende a mais 5 biliões de euros. Por conseguinte, a dívida da Alemanha atingiria 185% do seu produto interno bruto e não os 83% oficialmente anunciados. Como termo de comparação, a dívida grega em 2012 deverá ascender a 186% do PIB da Grécia e a dívida italiana é atualmente de 120%. O limitar crítico a partir do qual a dívida esmaga o crescimento é de 90%. Desde que chegou ao poder, em 2005, Angela Merkel "criou tantas novas dívidas como todos os Chanceleres das quatro últimas décadas juntos", refere o economista principal deste diário económico. "Estes 7 biliões de euros são um cheque sem provisão que nós assinámos e que os nossos filhos e netos terão que pagar."

O BETO .....furioso!

  
A mentira do dia d'O Jumento 

não parece mas esta besta é humana e...tem razão.

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

MARIA NILZA ,mulher brasileira

«A história é boa de contar, tem crime mas não se fica com sabor a sangue. Só ketchup. É a história de Pindobaçu, vilória da Bahia, hoje universalmente famosa por causa da Mulher Ketchup. A Mulher Ketchup é de enredo simples, é da Bahia como Jorge Amado. É assim: Maria Nilza gostava de Dirlan, homem de Erenildes, e quis livrar-se do empecilho. Contratou o ex-presidiário Carlos Roberto para a matar. Acordou-se o preço, mil reais, quase 400 euros. Esperta, Maria Nilza não pagou à cabeça, prometeu só para depois do serviço. E quando Carlos Roberto chegou com a foto de Erenildes, amarrada, amordaçada, camisola pingando sangue e tão morta que até se via o facalhão cravado no peito (embora, bem olhado, podia estar espetado perto da axila), Maria Nilza pagou o devido. Só que, dias depois, ela cruzou-se com a morta. Mulher para quem a palavra vale acordo no notário, Maria Nilza foi à polícia apresentar queixa. Foi assim que se soube da combinação entre o "assassino" e a "morta", e da foto forjada. E começou a fama de Erenildes, a Mulher Ketchup que já tem promessa de contrato publicitário com marca de ketchup e, talvez, carreira política porque Pindobaçu está grata por ter sido posta no mapa. Nas últimas eleições brasileiras apareceu uma candidata que ficou conhecida como Mulher Melão, mas era só imagem sem conteúdo. A Mulher Ketchup tem programa, daí a sua fama internacional: o género humano está ávido de histórias sem sangue.» [DN]

O QUE NOS ESPERA II

Grécia

Há risos no inferno

27 setembro 2011
Munique
"Nós vamos para o café. É a última coisa que nós temos. ", Um professor ateniense.
"Nós vamos para o café. É a última coisa que nós temos. ", Um professor ateniense.
Bloomberg via Getty Images

Muitos gregos sentem que lhes estão a roubar o futuro. Mas quem é o responsável? Há quem tenha escrito a Angela Merkel e quem queira converter o seu povo à virtude. Reportagem em Atenas, onde se ri de desespero. Excertos.
Ela ri-se. Ainda se encontram pessoas que riem nos cafés. Muitos cafés estão cheios. Ir ao café é um ato de rebelião, contra estes dias que nos enlouquecem, contra estas manhãs em que sabemos, mal abrimos os olhos, que estamos um pouco mais enterrados no buraco em que sentimos aumentar o pânico. Estão sentados à frente de uma chávena de café ou de um copo de água, muitas vezes durante horas, o olhar preso a esta cidade que lhes é cada vez mais estranha e a este país que lhes escapa. “Vocês, os alemães, vão apanhar cogumelos para a floresta”, diz Ersi Georgiadou, “Nós vamos ao café. É a única coisa que nos resta”.
Ersi Georgiadou conhece bem os alemães. Ensina a sua língua aos gregos. Coisa que é cada vez mais difícil. Este ano, os alunos não têm livro. Receberam um CD e agora têm de imprimir os primeiros capítulos em casa ou fazerem fotocópias. Ersi Georgiadou enfia a cabeça nas mãos e desata a rir. Também isto é um ato de desespero.
Tem de viver com a ideia de que, agora, aos olhos do mundo – dos alemães – os gregos têm fama de ladrões e preguiçosos. E a parte da população que é, de facto, culpada de roubo também roubou o futuro do país. “Não sabemos o que nos espera na semana seguinte”, suspira Ersi Georgiadou. “As pessoas só pensam no amanhã. Só falamos em sobreviver”. Quarta-feira é dia de pagamento e esta professora ainda não sabe que percentagem do seu ordenado irá receber.

A ilha dos cegos

De um lado, um governo incompetente em pânico e que assobia para o lado, sem estratégia, como pensa a maior parte das pessoas; do outro, os ladrões e fraudadores, a quem, até agora, ainda ninguém pediu contas. Ersi Georgiadou volta a rir, fala-nos da ilha de Zakynthos, onde um em cada cinco habitantes se declarou cego, o que é surpreendente sob o ponto de vista médico, a menos que a razão seja o lucrativo subsídio atribuído a quem não vê. O governo acaba de enviar oftalmologistas para a ilha para tirar esta história a limpo. Ersi Georgiadou conta que já começou a armazenar comida. Azeite, arroz, mel. “Mas esforço-me por continuar optimista.” Um destes dias, as coisas vão acabar por se resolver. “Dentro de 10, 15 anos, talvez? Não acha?”
É preciso que as coisas mexam. Alguns partem, outros gritam a sua raiva a plenos pulmões, outros matam-se. O suicídio sempre foi tabu nesta sociedade onde a Igreja Ortodoxa exerce um controlo total. Os números oficiais do suicídio nunca foram fiéis à realidade: a vergonha impede as famílias de dizerem que um dos seus se entregou voluntariamente à morte. “Nós, os gregos, não somos pessoas depressivas. Somos barulhentos e extrovertidos. Nunca tivemos muitos suicídios”, garante o psicólogo Aris Violatzis. “Hoje,  registamos o maior aumento mundial [de suicídios]”.
Frequentemente, o gatilho é a situação social e económica, diz o terapeuta. Na sua opinião, cabe ao governo tomar medidas. “Essas pessoas não querem morrer. Querem matar a sua dor. E é aí que começa a responsabilidade do Estado ». Tem, também, uma mensagem para os europeus: “A diabolização da Grécia desafia o bom senso. Os europeus entram em pânico e dizem: basta-nos queimar uma feiticeira para ficarmos todos purificados. Mas será que foi mesmo a pequena Grécia e os seus dez milhões de habitantes que provocaram este cataclismo? É uma caça às bruxas”.
Outros, preferem reconhecer os erros do país. Como Costas Bakouris, membro da Transparency International, antigo empresário de sucesso. Individualmente, somos muito talentosos. Mas, coletivamente, somos uma verdadeira catástrofe”, diz ele sobre os gregos. “Devíamos rever os nossos valores”. No entanto, o cenário não é completamente negro. O turismo aumenta, as exportações subiram mais de 10%. E, em 2010, pela primeira vez, a corrupção diminuiu na Grécia. “É um começo”.

Carta a Angela Merkel

No entanto, há quem se recuse a acreditar nesste lampejo de esperança. “É uma questão de dignidade”, afirma Thanos Tzimeros. Este homem fez o que devia. Escreveu uma carta a Angela Merkel, essa chanceler alemã que tantos meios de comunicação gregos se empenham a diabolizar. A missiva é uma acusação contra a Grécia – e, ao mesmo tempo, um pedido de ajuda. Tratam-se de “transações obscenas”, de uma “ilegalidade orgânica” e, naturalmente, do “primeiro violador da lei”, ou seja, o próprio Estado grego. Thanos Tzimeros pede aos europeus que não deem nem mais um cêntimo à Grécia enquanto os observadores da UE não constatarem que a totalidade das promessas de reformas foi cumprida. Os alemães também têm de se encarregar dos seus controlos. Thanos Tzimeros quer, agora, fundar um novo partido.
Como é possível achar graça ao inferno? Quando o culpado está amarrado à roda e se puxam as cordas, milímetro e milímetro, até ao grande estalo que anuncia o rompimento dos membros? “Exatamente aí!”, garante o autor e encenador Michalis Repas. Ah sim? A época presta-se à comédia? A resposta sai disparada como uma bala: “Às mil maravilhas”. “Às mil maravilhas”, confirma Thanasis Papathanasiou, seu coautor. São ambos encenadores de teatro e de cinema reconhecidos e escreveram uma peça com um título em alemão, “Raus” [Fora!”]. Fala sobre o gerente de um bordel que, peranta a União Europeia, faz o seu estabelecimento passar por centro cultural e de um inspetor alemão enviado para Atenas para verificar se o dinheiro está a ser bem empregue.

“O homem cúpido”

Porquê um alemão? “São um modelo de rigor”, responde um deles. “E sabem como meter medo”, acrescenta o outro. “Raus” está em cena há mais de um ano.
Mas esta dupla não se contenta em fazer rir; são dois autores politizados que tentam, também, nas suas comédias, deterem-se sobre esse novo espécime que parte à conquista do mundo e que eles batizaram como “o homem cúpido”. Que acaba por se devorar a si próprio. Michalis Repas e Thanasis Papathanasiou são europeus convinctos e não têm qualquer problema em lidar com o tema dos alemães, hoje tão desacreditados na Grécia. A sua nova peça é uma adaptação de uma farsa antinazi de Ernst Lubitsch, “Jogos Perigosos”.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

BCP E BES passam testes de stress por um triz

Lisboa, 23 set (Lusa) -- O Millennium bcp "vai cumprir o rácio de solvabilidade que é pedido pelas autoridades bancárias europeias", disse um porta-voz do banco reagindo à notícia que colocava o Espírito Santo Financial Group e o BCP a terem de acelerar a recapitalização.
O porta-voz do banco português acrescentou que a operação de oferta de troca de títulos de dívida, anunciada quinta-feira, "vai permitir reforçar os capitais próprios" do banco e atingir um rácio 'core tier 1' de 9 por cento, conforme o que "foi comprometido em resultados dos testes de 'stress' realizados em julho".
O jornal britânico Financial Times noticiou que as autoridades europeias estariam a tentar acelerar os planos de recapitalização de 16 bancos europeus dos quais, para além dos dois portugueses, constam sete espanhóis, dois alemães, dois gregos, um italiano, um cipriota e um esloveno.


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/banca-bcp-diz-que-esta-a-recapitalizar-se-e-vai-cumprir-racio-de-solvabilidade-europeu=f675861#ixzz1YlpsSfWB

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O GENOCÍDIO QUE NOS ESPERA

Grécia
Um verdadeiro “genocídio financeiro”

Grécia

Um verdadeiro “genocídio financeiro”

22 setembro 2011
Viena
Thessalonique, 16 de setembro. Um homem imolar-se em fogo para protestar contra o governo, bancos e partidos políticos.
Thessalonique, 16 de setembro. Um homem imolar-se em fogo para protestar contra o governo, bancos e partidos políticos.
AFP
Então os gregos “recusam-se a economizar”? Um jurista de Viena, que tem um apartamento em Atenas, observou-os diariamente. A sua conclusão: economizam ao máximo.
Não podemos deixar de responder às diversas declarações dos mais altos responsáveis de toda a Europa, algumas delas roçando a imbecilidade, sobre estes “preguiçosos” gregos que “se recusam a economizar”.
Há 16 meses que tenho casa em Atenas e vivi in loco esta situação dramática. Ouvem-se queixas de que os planos económicos não vão funcionar porque as receitas fiscais caíram. Põe-se em causa a vontade dos gregos economizarem. Que surpresa! Vejamos alguns factos:
- Redução de salários e de pensões até 30%.
- Redução do salário mínimo para 600 euros.
- Dramática subida de preços (combustível doméstico + 100; gasolina + 100%, eletricidade, aquecimento, gás, transportes públicos + 50%) ao longo dos últimos 15 meses.

Resgate da UE de 97% volta para a UE

- Um  terço das 165 mil empresas comerciais a fecharem as portas, um terço sem conseguir pagar os salários. Por toda a cidade de Atenas pode ver-se os painéis amarelos com a palavra  “Enoikiazetai” a letras vermelhas – “Aluga-se”.
- Nesta atmosfera de miséria, o consumo (a economia grega foi sempre muito centrada no consumo) diminuiu de maneira catastrófica. Os casais com dois salários (onde o rendimento familiar representava até então 4000 euros), de repente, têm apenas duas vezes 400 euros de subsídio de desemprego, que começa a ser pago com meses de atraso.
- Os funcionários públicos e de empresas próximas do Estado, como a Olympic Airlines ou os hospitais, há meses que não recebem ordenados e os pagamentos a que têm direito foram adiados para outubro ou para o “próximo ano”. O recorde pertence ao Ministério da Cultura. Há 22 meses que os funcionários que trabalham na Acrópole não são pagos. Quando ocuparam a Acrópole para se manifestarem (pacificamente!) receberam rapidamente o troco, em gás lacrimogéneo.
- Toda a gente está de acordo quando se diz que 97% dos milhares de milhões das tranches de resgate da UE voltam diretamente para a UE, através dos bancos, para amortizar a dívida e pagar novos juros. Assim, o problema é discretamente atirado para cima dos contribuintes europeus. Até ao crash, os bancos recebiam copiosos juros e as reivindicações estão a cargo dos contribuintes. Por isso não há (ainda?) dinheiro para as reformas estruturais.
- Milhares e milhares de empresários em nome individual, motoristas de táxi e de camiões, tiveram de desembolsar milhares de euros para pagarem as suas licenças e, para isso, contraíram empréstimos, mas hoje veem-se confrontados com uma liberalização que faz com que os recém-chegados ao mercado não tenham de pagar quase nada, enquanto quem já lá está há mais tempo está onerado com enormes créditos, que tem de pagar.
- Inventam-se novos encargos. Assim, para apresentar uma queixa na polícia é preciso pagar logo 150 euros. A vítima tem de abrir a carteira se quer que a sua queixa seja aceite. Ao mesmo tempo, os polícias são obrigados a cotizarem-se para abastecerem os seus carros-patrulha.
- Foi criado um novo imposto sobre a propriedade associado à conta da eletricidade. Se não for pago, a luz de casa é cortada.

Onde está o dinheiro das últimas décadas? 

- Há meses que a escolas públicas deixaram de receber materiais escolares. O Estado deve milhões às editoras e as entregas deixaram de ser feitas. Gora, os estudantes recebem CDs e os pais têm de comprar computadores para que os filhos possam estudar. Não se sabe como é que as escolas – sobretudo as do Norte – vão pagar as despesas de aquecimento.
- Até ao fim do ano todas as universidades estão paralisadas. Um grande número de alunos não pode entregar trabalhos nem fazer exames.
- O país prepara-se para uma enorme onda de emigração e estão a aparecer gabinetes de aconselhamento sobre este assunto. Os jovens não veem futuro na Grécia. A taxa de desemprego entre os jovens licenciados é de 40% e de 30% entre os jovens em geral. Os que têm emprego trabalham a troco de um salário de miséria e, em parte, de forma ilegal (sem segurança social): 35 euros por 10 horas de trabalho diário na restauração. As horas extraordinárias acumulam-se sem serem pagas. Resultado: não sobra nada para investimentos de futuro como a educação. O governo grego não recebe nem mais um cêntimo em impostos.
- As reduções maciças de efetivos na função pública são feitas de maneira antissocial. Foram despedidas, essencialmente, pessoas que estavam a alguns meses da idade da reforma, para lhes ser pago apenas 60% do total da pensão a que teriam direito. Toda a gente faz a mesma pergunta: onde está o dinheiro das últimas décadas? É evidente que não está no bolso dos cidadãos. Os gregos não têm nada contra a poupança, simplesmente, não aguentam mais. Quem consegue ter emprego mata-se a trabalhar (acumula dois, três, quatro empregos).
Todas as conquistas sociais das últimas décadas em matéria de proteção dos trabalhadores se desfizeram em pó. Agora, a exploração te rédea solta; nas pequenas empresas é, geralmente, uma questão de sobrevivência. Quando se sabe que os responsáveis gregos jantaram com os representantes da troica [Comissão Europeia, BCE e FMI] por 300 euros por pessoa, não podemos deixar de perguntar quando é que a situação acabará por explodir.
A situação da Grécia deveria alertar a velha Europa. Nenhum partido que propusesse uma razoável ortodoxia orçamental estaria em condições de aplicar o seu programa: nunca seria eleito. É preciso atacar a dívida enquanto está ainda relativamente sob controlo e enquanto não se assemelha a um genocídio financeiro.
22 setembro 2011Die PresseViena

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

a Lei das Finanças da madeira há quase três anos

MADEIRA DELENDA EST !

Há dois anos e meio os deputados do PSD -Madeira resolveram propôr uma nova Lei das Finanças Regionais que , de tão grave que era levou a que Teixeira dos Santos fizesse uma Declaração solene ao país que todos devem rever.
As eleições regionais da madeira estavam no horizonte e os partidos todos PCP, BLOCO DE ESQUERDA; PSD E CDS todos juntos aprovaram a Lei. E Sócrates foi mais uma vez derrotado pela união das oposições ( todas muito unidas ao ódio ao Sócrates )....
Desde que iniciei este blogue prometi terminar os posts - independentemente do tema abordado neles - com a frase madeira ( ou china ) DELENDA EST! , que como expliquei era a frase ( Cartago delenda est! ) que o senador Cícero usava como fórmula para finalizar todos os seus discursos no Senado romano cerca de 100 anos antes de Cristo. Cícero sabia que enquanto Cartago não fosse destruída  ( e foi-o nas guerras Púnicas onde o grande militar cartaginês Aníbal com os seus terríveis elefantes de guerra foi esmagado e com eles Cartago - a actual capital da Tunísia , Tunes ) Roma não cresceria e poderia desaparecer.
Por isso aquela frase traduz-se para português assim: _ É PRECISO DESTRUIR CARTAGO. Agora eu digo É PRECISO DESTRUIR A madeira ..., e a china . para rever esse extraordin´ario discurso de Teixeira dos Santos podem ir ao YOU TUBE vídeos e procurar em discurso da lei de finanças locais do ministro Teixeira dos Santos. Por favor vão ver.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DELENDA CHINA EST !

helenafmatos | Na categoria Geral | Comentários (11)

Manda quem pode. Obedece quem deve

»Para se envolver mais ativamente no investimento em títulos da dívida soberana dos países da zona euro em apuros, a China quer que os europeus antecipem em cinco anos o seu reconhecimento como “economia de mercado” (…) “Com base nos critérios da Organização Mundial do Comércio, o estatuto pleno da China como economia de mercado deverá ser reconhecido em 2016. Os países da União Europeia podem demonstrar a sua sinceridade vários anos antes, o que seria um reflexo da nossa amizade”, disse o primeiro-ministro Wen Jiabao,no discurso de abertura do Fórum. Um raciocínio que completou com total clareza: “espero que os dirigentes europeus olhem com coragem para a sua relação com a China de um ponto de vista estratégico”. Ou seja, os europeus poderiam fazer o gesto de diplomacia económica de reconhecer antecipadamente o estatuto de economia de mercado à segunda maior economia do mundo. Esta designação técnica de “economia de mercado” conduziria à remoção de várias barreiras às exportações e aos investimentos chineses na Europa.»

Ò PORTAS ; Ò PORTAS ! ÈS CONTRABANDISTA::::e....

O país modelo do ministro Portas


Ou, como diria o nosso MNE, uma autêntica "terra de oportunidades". Enfim, talvez não muito diferente da política de segurança e justiça que o CDS defende sempre que a criminalidade abre dois telejornais seguidos...

EU JÁ ME CANSEI ? MADEIRA DELENDA EST!



O INE e o Banco de Portugal “consideram grave a omissão de informação e não têm conhecimento de casos similares” ao comportamento do Governo Regional da Madeira. Nunca vi linguagem desta por parte das entidades reguladoras. O INE e o Banco de Portugal dizem que que o Governo Regional actuou com dolo. O texto é claro e cristalino. Basta dominar razoavelmente a língua portuguesa e procurar sinónimos de “omitir”. Ainda que mal pergunte:
    • Ninguém se demite? • O Governo da República assobia para o lado? • O Presidente da República foge ao tema, logo agora que a política de verdade exige coragem? • Enfim, já chegámos à Madeira?
Se sim, digam. É só para saber.

Conjuguemos então o verbo no imperativo negativo:
    Não omitas tu Não omita você Não omitamos nós Não omitais vós … “Omitam eles”…

CHINA AVANÇA GEOPOLITICAMENTE NO CERCO AO OCIDENTE

O primeiro movimento estratégico da China sobre a crise da zona euro, manifestado publicamente, foi feito hoje de manhã bem longe de Bruxelas ou das capitais dos países membros da zona euro em crise da dívida soberana.
Em simultâneo com a declaração de que os europeus deveriam colocar a casa em ordem, a primeira exigência “estratégica” foi colocada publicamente pela China na reunião do Fórum de Verão de Davos, que se realiza em Dalian, conhecida como a “pérola do nordeste da China” (na Manchúria), até dia 17 de setembro, com a presença de participantes de 90 países.
Gesto de diplomacia económica
“Com base nos critérios da Organização Mundial do Comércio, o estatuto pleno da China como economia de mercado deverá ser reconhecido em 2016. Os países da União Europeia podem demonstrar a sua sinceridade vários anos antes, o que seria um reflexo da nossa amizade”, disse o primeiro-ministro Wen Jiabao,no discurso de abertura do Fórum. Um raciocínio que completou com total clareza: “espero que os dirigentes europeus olhem com coragem para a sua relação com a China de um ponto de vista estratégico”.
Soft power sobre “amigos” em apuros
Ou seja, os europeus poderiam fazer o gesto de diplomacia económica de reconhecer antecipadamente o estatuto de economia de mercado à segunda maior economia do mundo. Esta designação técnica de “economia de mercado” conduziria à remoção de várias barreiras às exportações e aos investimentos chineses na Europa.
Os media controlados pelo estado chinês alegaram, também, que outra exigência deverá ser o fim do embargo de exportação de armamento europeu para a China.
Alguns analistas chamam-lhe manifestações de “soft power” da nova superpotência emergente.
Nos negócios do dia a dia, é conhecida a atenção da China pelos planos de privatização na Grécia e Portugal e o jornal italiano La Republicca referia o enorme interesse dos conglomerados chineses pelo gigantesco plano de privatizações italiano, sobretudo as jóias da coroa na área da energia.
Num sentido mais geral, a China deverá passar, no futuro, de uma estratégia de investimento em títulos do tesouro americanos – e mesmo outros, como os títulos de países da zona euro com notação triplo AAA, sobretudo Bunds alemães – para o que Li Daokui, um académico conselheiro do Banco Central da China, chamou de “activos físicos”. Li acabaria por “traduzir” para os participantes do Fórum em Dalian: “Gostaríamos de tomar posições na Boeing, Intel e Apple, e deveríamos investir neste tipo de empresas de um modo proativo”.
CHINA DELANDA EST !

Há quanto tempo ando eu a dizer isto?

Polónia

”Guerra em 10 anos”, diz ministro

15 setembro 2011
Dziennik Gazeta Prawna, 15 setembro 2011
“Rostowski prevê guerra”, é o título do Dziennik Gazeta Prawna, um dia depois do ministro das Finanças polaco, Jacek Rostowski ter advertido, no Parlamento Europeu, que haverá uma guerra na Europa “dentro de dez anos”, se a zona euro implodir em consequência da crise da dívida. A maior parte dos comentadores polacos achou que o discurso foi, no mínimo, controverso. “O ministro reforçou o estereótipo dos polacos como pessoas que se deixam guiar pelas emoções, que são irracionais e que perdem facilmente o controlo”, lamenta um colunista do Rzeczpospolita. Reconhecendo, não obstante, que a “hipérbole da guerra” de Rostowski foi exagerada, o diário liberal Gazeta Wyborcza sai em socorro do ministro ao dizer que o sentido do seu discurso continua a ser verdade: “a dissolução da zona euro seria uma catástrofe económica e política para a Europa”.

a visão dos inglesas a quem mais interessa a libra:


Crise da Zona Euro

The Economist apela a “um ato de vontade coletiva supremo”

16 setembro 2011
“Como salvar o euro”. Num artigo muito longo e detalhado, o The Economist declara que “a única forma de parar a espiral de recessão é um ato de vontade coletiva supremo pelos governos da Zona Euro, para erguer uma barreira de medidas financeiras de forma a travar a crise e colocar o governo do euro numa posição sólida”.
Para isto, o semanário londrino considera que “o resgate deveria fazer rapidamente quatro coisas. Primeiro, deveria diferenciar os governos europeus considerados ilíquidos dos insolventes, dando apoio ilimitado aos governos solventes, mas reestruturando a dívida daqueles que nunca a conseguirão pagar. Segundo, tem de consolidar os bancos europeus para certificar que resistem ao incumprimento soberano. Em terceiro lugar, precisa de alterar a política macroeconómica da Zona Euro, passando de uma obsessão com cortes orçamentais para uma estratégia de crescimento. E finalmente, deverá começar a definir um novo sistema para evitar que tal confusão volte a acontecer”.
“Baseado em testes de stress adequados (que desta vez deveriam incluir um possível incumprimento das dívidas da soberania grega)”, a recapitalização dos bancos europeus deveria ser apoiada por “um compromisso do Banco Central Europeu para providenciar liquidez ilimitada durante o tempo que for necessário”. O BCE deveria também “declarar que apoia as dívidas soberanas de todos os países solventes e que está pronto para utilizar recursos ilimitados para evitar o pânico nos mercados”.
Ao perceber que “na verdade é mais fácil entrar do que sair da moeda única”, temos de reconhecer que a saída da Alemanha “seria tão terrível” como a da Grécia. E para o The Economist, “agora a questão não se resume em saber se o euro foi desnecessário ou se foi uma péssima ideia desde o início, mas sim se vale a pena salvá-lo. Seria mais barato destruí-lo agora? Não serão os custos políticos a longo prazo demasiados elevados, para redefinir a Europa e salvar o euro?”
“O The Economist admite que o nosso plano de resgate começa com um défice democrático, que precisa de ser corrigido, caso se pretenda que uma união fiscal mais próxima resulte”, acrescenta o artigo. “Mas tem de haver forma da boa governação forçar a má governação a manter-se na linha, sem ser necessária a criação de um novo super-Estado federal”. E no final de contas, “a alternativa poderá ser o colapso, não só da moeda única, como do mercado único e de todo o projeto europeu”. E sobre esta questão, a última palavra será do eleitorado alemão, conclui o The Economist.

EUROPA DOS SEM-VERGONHA

Líbia

Vitória de Sarkozy e Cameron

16 setembro 2011
Le Figaro, 16 setembro 2011
"Sarkozy e Cameron acolhidos como libertadores pelos líbios", destaca em primeira página o Le Figaro no dia seguinte à visita do chefe de Estado francês e do primeiro-ministro britânico à Libia. "Nicolas Zarkozy e David Cameron aproveitaram este momento [...] para colher os frutos da sua firmeza. Enquanto o nosso continente se debate com a crise da dívida, o facto de estes dois dirigentes europeus serem aclamados desta forma num país árabe é algo reconfortante", congratula-se este jornal diário de direita.
Do outro lado da Mancha, o The Independent considera, por sua vez, que "Cameron e Sarkozy talvez devessem ter cancelado esta visita": embora os dois líderes europeus tivessem toda a legitimidade para serem os primeiros chefes de Estado ocidentais a visitar a Líbia do após Kadhafi, e embora tenham sido recebidos com um banho de multidão, "o entusiasmo dos líbios não os isenta da crítica de que esta visita foi organizada com uma impaciência primária: cedo demais e depressa demais", escreve o diário londrino.
A imagem dos dois chefes de governo, aprumados e à disposição dos órgãos de comunicação social, era mais forte que a própria retórica, transmitindo a impressão de ricos mecenas que se inclinam para abençoar o sucesso do seu projeto. Mas é uma imagem inútil, que se arrisca a dar força aos que acham que a participação do ocidente na revolta líbia não passa de neoimperialismo.
O Le Soir qualifica esta visita como um "Raide diplomático dirigido a Tripoli: a precipitação da dupla [Sarkozy e Cameron] chegou a tirar o tapete sob os pés do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, que era esperado em Tripoli nessa mesma quinta-feira, 15 de setembro." E o diário belga acrescenta que "provavelmente não se trata de um acaso, uma vez que este entusiasmo coincide com a tímida retoma das exportações de petróleo da Líbia."

Nota de c.s.p. : se eu fosse líbio seria certamente capaz de destruir o metro de Paris ou Londres. Depois não se queixem .

bancos preparam-se para bancarota grega

Bancos

Operação de resgate ao dólar

16 setembro 2011
Rzeczpospolita, 16 setembro 2011
“Dólares a conta gotas para bancos europeus”, titula o Rzeczpospolita, um dia depois de os principais bancos centrais mundiais terem injetado dólares no sistema financeiro, oferecendo empréstimos de três anos aos bancos europeus. Consequentemente, as ações dispararam e o euro tornou a subir. “Alguns analistas consideram que esta medida se destina a aumentar a liquidez como primeiro passo, de facto, para preparar a bancarrota da Grécia... um cenário oficialmente afastado pelos líderes europeus”, nota o diário de Varsóvia. Porém, o efeito positivo da “entrada de dólares”, exatamente três anos após a queda do Lehman Brothers, o banco norte-americano de investimento que desencadeou toda esta crise, poderá ser de curta duração e não “proporcionar as reformas necessárias”. “A última previsão económica da Comissão Europeia revela que a economia comunitária está a abrandar... mas a situação poderá piorar visto que ninguém consegue prever, neste momento, as consequências da reestruturação da dívida grega”, alerta o diário polaco.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

UMA PORTUGUESA QUE DEVE TER VOTADO EM PASSOS COELHONE...



September 2011: “Micro-changes in air density, my ass.”
Alien (1979)

COMO SE PODE VER AQUI

O país modelo do ministro Portas


Ou, como diria o nosso MNE, uma autêntica "terra de oportunidades". Enfim, talvez não muito diferente da política de segurança e justiça que o CDS defende sempre que a criminalidade abre dois telejornais seguidos...

 

Não há que dramatizar mas que está a ficar dramático, está

«No hay que dramatizar, Libia no sería el primer país en adoptar la Sharía»José Riera embaixador espanhol na Líbia

 

MADEIRA DELENDA EST ! ( mas em vez de um corno , dois! )

É tudo verdade o que se pode ler aqui

SERÁ QUE PORTAS DEPOIS DO ANÚNCIO HOJE DOS VISTOS PARA ANGOLA VAI TAMBÉM APARECER NOS TELEJORNAIS HOJE A FALAR DESTES?

Como se pode ver aqui

EU TENHO À VENDA UM MUITO MELHOR ( da Vista Alegre )

Serviço

Já se começa a fazer sentir o trabalho dos especialistas em comunicação do Governo. Assim, sim, eles merecem o que ganham:

Serviço à venda no blogue do passismo, no qual se faz questão de salientar
a “Inscrição no prato, não legível na foto:
To celebrate the Engagment of Pedro Coelho and Paulo Portas

TANTO ESPALHAFATO POR TÃO POUCO



Ontem o País entreteve-se a falar do corte 1712 lugares dirigentes na administração central e a extinção de 162 entidades públicas . Tudo isto diz-me pouco. Depende dos lugares e das entidades, se são úteis ou inúteis. Mas soa bem nos telejornais. Se são dirigentes, se são entidades e se são do Estado em princípio é mau, é o raciocínio no ambiente geral em que vivemos. Parece que o governo anterior cortou 1.812 cargos dirigentes superiores e intermédios e extinguiu 227 organismos públicos

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DA RÚSSIA

À distância da Rússia, por exemplo, vê-se melhor , às vezes, o que por aqui se passa

QUEM MANDA A CONTA AO COELHONE do psd da São Caetano , à Lapa ?

Lembram-se do chumbo do PEC 4?

Parte da derrapagem nas contas públicas deveu-se ao ciclo eleitoral, diz o FMI. Também estamos a pagar a decisão dos estarolas da São Caetano (e de todos os cúmplices na operação) de provocar eleições antecipadas.

KRUGMAN NO NEW YORK TIMES

A história é aqui contada na sua triste essencia

CHINA depois de comprar a Grécia ( porto do Pireu, minas de estanho etc ) começa acomprar a Itália.

Na “guerra” mediática de notícias sobre o andamento da crise da dívida soberana na zona euro, ontem a China ganhou à Grécia (risco de default eminente) e à França (derrocada bolsista do núcleo duro do seu sector bancário) durante a hora de jantar (ainda tarde nos Estados Unidos).
Bastou uma notícia no site do Financial Times colocada às 20H20 de ontem de que Lou Jiwei, presidente do fundo soberano China Investment Corp (CIC, com 410 mil milhões de dólares), tinha estado na semana passada em Itália para que Wall Street – então ainda no começo da tarde – saísse do vermelho e acabasse com os índices ligeiramente acima da linha de água (subida de 0,63% para o Dow Jones e de 0,7% para o S&P 500).
A “cacha” do Financial Times já não foi a tempo de fazer o “milagre” de inverter a derrocada das bolsas na Europa – o índice Bloomberg Europe 500 caiu 2,73% – e na Ásia – onde o MSCI Asia Apex 30 quebrou 2,42%. Em virtude do “atraso” da saída da notícia do Financial Times, o índice global das bolsas mundiais caiu 1,223%.
Jiwei falou na semana passada com o ministro das Finanças do governo italiano e com os patrões do Italian Strategic Fund recentemente criado pela Cassa Depositi e Prestitit (CDP), um veículo do estado italiano, que está aberto a investidores estrangeiros.
Itália fez leilão pouco entusiasmante
A ilação é que a China poderá investir na dívida soberana de Itália, aliviando a pressão que os títulos do Departamento do Tesouro romano (BTP) estão a ter no mercado secundário, apesar da intervenção do Banco Central Europeu. Ainda hoje na abertura do mercado secundário, as yields (juros implícitos) dos BTP a 10 anos tinham subido para 5,57% e, agora, a meio da manhã, estão já em 5,74%. O custo dos credit default swaps (seguros financeiros contra o risco de incumprimento) associados à dívida italiana subiram hoje de manhã para 520 pontos base e o risco de incumprimento está em 36%. Ontem fechara em 503 pontos base e 35% respetivamente.
Entretanto, o Departamento do Tesouro italiano realizou hoje um leilão de títulos (BTP) a 5 anos que recolheu cerca de €3,865 mil milhões, com uma taxa de rendimento bruto de 5,6%, superior aos 4,93% pagos na emissão de 15 de julho. As yields realtivas aos BTP a 5 anos no mercado secundário estavam em 5,4% na hora do leilão.
Recorde-se que a China tem cerca de ¼ das suas reservas em divisas estrangeiras aplicadas em ativos denominados em euros, à parte considerações de ordem geopolítica sobre a Europa. A China é hoje a segunda maior economia do mundo (se não contarmos a União Europeia como um bloco), depois dos Estados Unidos, e o maior centro de comércio internacional do mundo.
O efeito da notícia do Financial Times perdurou hoje em algumas bolsas asiáticas (como em Tóquio e na Austrália), mas não deverá ser suficiente para colocar o índice das 50 maiores cotadas da Ásia no positivo.
Entretanto para abrirem o apetite dos europeus, os BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) informaram que vão analisar a questão das dívidas soberanas da zona euro na cimeira que vão realizar dia 22 de setembro em Washington DC, antes das reuniões do Banco Mundial e do FMI.
      DELENDA CHINA EST!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

CORRUPÇÃO POLÍTICA NA EUROPA DAS LIBERDADES

França

A “Françáfrica” continua a abalar a República

13 setembro 2011
Le Monde, 13 setembro 2011
“Robert Bourgi, antigo 'Sr. África', pega fogo à República”, traz em manchete o Le Monde. No último fim de semana este antigo conselheiro informal de Nicolas Sarkozy acusou o antigo presidente Jacques Chirac e o seu antigo primeiro-ministro Dominique de Villepin de terem “recebido várias dezenas de milhões por ano em pastas”, por parte dos chefes de Estados Africanos, para financiar as campanhas eleitorais.
Estas revelações cheiram a “bombas malcheirosas”, lamenta o diário, que relembra que “Bourgi não é uma pessoa qualquer. Foi durante muitos anos o colaborador de Jacques Foccart, fundador da célula africana do Eliseu, inventor dessas relações incestuosas entre a França e as suas antigas colónias: o financiamento oculto de um ou outro partido em troca do apoio da França nos regimes instaurados em África”. Num editorial intitulado “Bananeira – a Quinta República?”, o Monde constata que isto transmite uma imagem degradada da nossa democracia, suja e pouco propícia a um debate eleitoral à altura das implicações do momento, um acontecimento que “veio após o cheiro nauseabundo do caso Bettencourt e a vigilância ilegal do jornalista do Le Monde”.

O verão foi “quente” mas o outono vai ser de esturricar.

O verão foi “quente” com as derrocadas das bolsas em todo o mundo. E o “calor” promete continuar.
Em agosto a derrocada bolsista somou 7,5% nas bolsas de todo o mundo, se olharmos ao índice MSCI All-Countries Worlde Index. Em setembro, o crash acumulado entre dias 1 e 9 já soma 6%. Na semana passada, a quebra bolsista mundial foi de 3,3%, com destaque para o DAX (da bolsa de Frankfurt) e para o CAC 40 (da bolsa de Paris) que caíram mais de 5%.
No mercado secundário dos títulos soberanos assistimos a um contraste colossal crescente – por um lado, as yields (juros implícitos) dos títulos alemães, os Bunds, e dos títulos do Tesouro norte-americano a 10 anos desceram a mínimos históricos (1,77% e 1,93% respetivamente na sexta-feira, dia 9 de setembro) denotando uma procura massiva como “ativos de refúgio”; e, por outro, os juros implícitos dos títulos gregos atingiram, de novo, níveis recorde (97,96% para os títulos a 12 meses e 56,98% para os títulos a 2 anos, nos valores de fecho de sexta-feira) mostrando que estes papéis valem miseravelmente e que a sua procura começa a ser um deserto.
A tendência altista nos juros dos títulos dos outros países “periféricos” – Portugal, Irlanda, Itália e Espanha – da zona euro manteve-se, para além do caso extremo da Grécia.
O risco grego e o efeito dominó
Esse panorama traduziu-se no disparo das probabilidades de incumprimento das dívidas soberanas dos “periféricos” da zona euro.
A Grécia, uma vez mais, foi um caso extremo. Segundo dados da CMA DataVision, o risco de default desse país subiu para 93,69%, virtualmente em situação de incumprimento iminente, referida por diversas agências financeiras. Apesar dos elogios da chanceler alemã Ângela Merkel ao andamento do cumprimento do MoU português com a troika, a subida do risco da dívida portuguesa fez-se sentir também, com um valor de fecho na sexta-feira de 61,31%. E, também, apesar dos elogios públicos do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, ao exemplo irlandês, o risco de incumprimento para a Irlanda subiu para 51,31%. Os riscos referentes a Itália e a Espanha subiram, também, com destaque para o caso italiano.
Como há um movimento sincronizado, desde há muito, deste grupo de países, os analistas falam da possibilidade de um efeito de dominó. E sabe-se quem os mercados financeiros acham que vem a seguir à Grécia.
Os níveis atingidos pelo risco grego foram suficientes para detonar rumores de que o país entraria em incumprimento este fim de semana e que países, como a Alemanha, já teriam em marcha um plano de contingência face a um default em Atenas e a um corte brutal no valor facial dos títulos gregos existentes nos portefólios dos bancos germânicos.
Os governantes em Atenas, naturalmente, desmentiram. O que levou muitos analistas a citarem uma frase célebre da série de humor britânica ‘Yes, Prime Minister’: “Nunca acredite em nada na política antes que seja oficialmente negado”. Na realidade, uma frase atribuída ao chanceler alemão Otto von Bismark.
Recomeço das negociações com a troika em Atenas
No entanto, a próxima semana tem vários dias de alto risco. Dia 14 de setembro, retomam-se as negociações em Atenas entre a troika e o governo grego. Os seus resultados são fundamentais. Muitos analistas, este fim de semana, alegam que poderá desencadear um “acidente financeiro” se a troika der sinais de voto negativo. Nesse dia, poderá decorrer uma reunião de emergência do Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda que, oficialmente, a reunião do fundo para atribuir a nova tranche do empréstimo à Grécia só ocorra a 27 de setembro, já depois das reuniões mundiais do FMI e do Banco Mundial e dos ministros das Finanças do G20.
E o dia seguinte, 15 de setembro, é o 3º aniversário do pedido de falência do banco nova-iorquino Lehman Brothers, um “momento” em 2008 que é considerado ter precipitado a grande crise financeira, e que continua a ter alguma carga psicológica.
As circunstâncias em que ocorre este 3º aniversário são especiais: o clima de pânico bolsista tem-se acentuado; a psicologia de que a economia dos países desenvolvidos está a entrar num período de estagnação, ou mesmo de recaída na recessão, alastra entre alguns dos principais protagonistas da cena internacional (FMI, BCE, Reserva Federal); o comércio internacional declinou substancialmente em junho (o dado mais recente conhecido); os ativos de refúgio atingem sobrevalorizações (como o ouro) ou descem a níveis históricos de remuneração (como os títulos alemães e do Tesouro americano); e uma das divisas de refúgio, o franco suíço, avança para um primeiro tiro da guerra de divisas.
No dia 16 de setembro decorre uma reunião informal do ECOFIN (ministros das Finanças da União Europeia) na Polónia, onde o tema da Grécia poderá ser discutido e espera-se que as regras básicas do Fundo Europeu de Estabilização Europeia sejam finalizadas.
Ativos de refúgio?
Mas mesmo os ativos de refúgio referidos colocam muitas interrogações, como nos sublinha Doug Short, editor de dshort.com, um dos blogues de referência internacional em matéria de mercados financeiros. “Com yields a um nível tão baixo [para os títulos do Tesouro americanos e os Bunds], e que poderão continuar assim por muito tempo, muitos investidores, desesperados para poderem aumentar o seu capital, irão atrás do mercado de ações, em situação de risco, o que pode ser bem horrível”. Por outro lado, o mercado dos metais preciosos, nomeadamente do ouro, parece começar a estar “superpoavado”.
“Vejo muito difícil que a Fed (Reserva Federal) e o BCE consigam descortinar políticas que nos tragam de volta para os velhos níveis de estabilidade de gestão do risco. Muito vai depender se os ganhos nas empresas se vão manter ou subir acima dos níveis atuais. Se começarmos a receber uma onda de revisões em baixa no final deste mês, poderemos assistir a declínios posteriores nos mercados e mesmo a uma recessão global”, conclui Doug Short.
Em matéria de psicologia de massas, a semana seguinte (19 a 23 de setembro) poderá ser crucial nos EUA. A Fed volta a reunir, agora por dois dias (20 e 21 de setembro), alimentando ou furando as expectativas de muitos agentes do mercado financeiro. No final da semana (23 a 25 de setembro), aguardam-se os sinais das reuniões do FMI, do Banco Mundial e dos ministros das Finanças do G20. Um dos pontos controversos refere-se às necessidades, ou não, de recapitalização adicional nos bancos da zona euro, problema já negado por Jean-Claude Trichet.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Geopolítica da guerra na europa


Desintegração da zona euro poderia gerar ditaduras e guerras civis. São as conclusões políticas de um estudo de choque da equipa de investigação do banco suíço UBS. O estudo quantifica a secessão de um “periférico” e a saída de um dos países do núcleo duro da zona monetária. Em qualquer dos casos, as consequências são pesadas.
SUMMARY IN ENGLISH VERSION
As consequências políticas de uma fragmentação de uma zona monetária são muito sérias. Aos efeitos monetários e económicos associar-se-ão provavelmente um de dois resultados: “Ou se caminha para uma resposta mais autoritária de governo para conter ou reprimir a desordem social – um cenário que tenderá a exigir uma mudança de governo democrático para autoritário ou militar -, ou, em alternativa, a desordem social se misturará com fraturas na sociedade para dividir o país, redundando em guerra civil”.
Estas previsões são apresentadas num relatório de choque do banco UBS, nas “Global Economic Perspectives” (de 6 de setembro), da autoria de Stephane Deo, Paul Donovan e Larry Hatheway, a que o Financial Times e o Business Insider tiveram acesso.
Apesar do cenário negro, o relatório admite que a zona euro acabará por evoluir, mesmo que lentamente (o ministro das Finanças alemão falava hoje no Financial Times dos alemães serem adeptos de “pequenos passos”) e muito dolorosamente, para a integração orçamental e a governação económica. A história apontaria nesse sentido: “O nosso ponto de vista central para o euro é que a união monetária acabará por se manter, com algum tipo de confederação orçamental – fornecendo estabilizadores automáticos às economias, não transferências aos governos. Foi, assim, que a união monetária dos EUA ressurgiu nos anos 1930. Foi, assim, também, com a união monetária no Reino Unido, e com a união monetária alemã”.
8 impactos e uma consequência geopolítica (não referida)
Mas as conclusões para que o relatório aponta merecem reflexão no detalhe:
1- A zona euro não pode continuar com esta estrutura e com estes membros atuais. “Com a atual estrutura e com os atuais membros, o euro não funciona. Ou a estrutura atual muda, ou os membros terão de mudar”. Mas a fragmentação ou liquidação da zona monetária única tem um custo ainda mais elevado e “a sua probabilidade é quase zero”. As “discussões populares sobre a opção de desmembramento subestimam consideravelmente as consequências de tal movimento”.
2- O custo de abandono unilateral da zona euro para um país “fraco” (e os autores têm em mente o que designam por “países do sul da Europa”) ronda os 40 a 50% do seu produto interno bruto (PIB) no primeiro ano depois da saída do euro. Para cada cidadão do país que sai, o custo dessa opção rondará os 9500 a 11500 euros no primeiro ano e entre 3000 a 4000 euros por ano nos anos subsequentes. Tal decisão implicaria um corredor de situações desagradáveis: default da dívida soberana; bancarrota de empresas; colapso do sistema bancário, com corrida aos bancos e levantamento de depósitos; impacto no comércio internacional associado; probabilidade de dissensões internas no próprio país com regiões pretendendo manter a ligação à zona monetária, sobretudo em países com uma história marcada por fortes divisões internas. Por isso, sublinha o estudo, os números avançados são “estimativas conservadoras”.
3- A ideia de que, no caso de saída de um país “fraco” chegaria uma pequena depreciação da nova moeda na ordem dos 10% a 20% em relação ao euro “é uma fantasia”. Ou a depreciação é severa (na ordem dos 50% a 60%, alvitra o estudo), ou se o seu valor oficial é mantido terão de haver controlos extremos de capital, que tornem a nova divisa efetivamente inconvertível. Por outro lado, os antigos parceiros certamente retaliariam impondo tarifas elevadas (eventualmente idênticas à desvalorização efetuada pela nova divisa) sobre as importações oriundas do país secessionista.
4- No caso de um país “forte”, do “núcleo duro” da zona euro, uma saída do euro teria implicações sérias em empresas de referência exportadoras (em virtude da apreciação da nova divisa, provavelmente na ordem dos 40%), obrigaria a uma reestruturação do sistema bancário e teria implicações no comércio internacional (estima-se que na ordem dos 20%), prejudicando sobretudo o sector exportador. O impacto, no caso da Alemanha, por exemplo, seria de 20 a 25% do PIB.
5- Em termos comparativos, para o caso germânico, a saída do euro implicaria para cada alemão um custo de 6000 a 8000 euros no primeiro ano e entre 3500 a 4500 euros por ano nos anos subsequentes, enquanto um resgate da Grécia, Portugal e Irlanda, em caso de bancarrota com um hair cut (corte de cabelo) da dívida na ordem dos 50%, custaria, apenas, 1000 euros de uma só vez a cada alemão.
6- Dada a assimetria das economias e sociedades que são membros de uma zona monetária única, e na ausência de homogeneidade, são indispensáveis mecanismos de flexibilização. Para os autores, isso só será possível no quadro de “algum tipo de união orçamental”.
7- Muitos políticos, analistas e economistas julgam que a saída do euro é a solução para estimular crescimento. Encaram a zona euro como um mero super-mecanismo de taxas de câmbio, cujo desmembramento apenas acarretaria “poucas” mais consequências do que as da crise do ERM (mecanismo europeu de taxas de câmbio, criado em 1979) e da sua fragmentação parcial de 1992-1993. Os autores aconselham a que se tome como ‘benchmark’ histórico os casos do colapso da união monetária norte-americana em 1932-1933 e a bancarrota argentina de 2001.
8- Mas o custo económico e monetário deve ser “a última das preocupações dos investidores”. Porquê? Porque as consequências políticas são mais gravosas ainda: “Merece a pena salientar que quase nenhuma união monetária moderna se dissolveu sem alguma forma de governo autoritário ou militar, ou guerra civil”. Do ponto de vista da projeção e da imagem da Europa seria um rude golpe no “seu soft power – na medida em que o conceito de ‘Europa’ como uma unidade política integrada deixaria de fazer sentido”.
Condição de shatterbelt
Acresce ainda um outro detalhe que não é referido pelo relatório. Para além das consequências políticas de regime ou de guerra civil, a turbulência nos países “periféricos” da atual zona euro traria consequências geopolíticas, em situações de caos político e desagregação do estado e da sociedade. Estes países encontram-se no que se designa em geoestratégia de zonas de embate (shatterbelt) entre grandes potências, frequentemente sujeitas, ao longo da história, a serem palcos de disputas diretas ou indiretas de terceiros próximos ou longínquos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Geopolítica alemã em estado puro. Daqui em diante a frança a inglaterra e os europeus do sul , todos países que cercavam os germanófilos países e estavam entre eles e o petróleo deixaram de ter importância para a "germânia". Vem mesmo aí a união da moeda germânica mais cedo que o previsível?

Uma das componentes do pipeline a bordo do navio Castoro Sei no Mar Báltico/Foto: Nord Stream

No meio de tanto "entusiasmo" no que respeita ao debate sobre a crise dos mercados e das dívidas soberanas e respectivas fórmulas milagrosas de salvação europeia, talvez seja importante sublinhar que a Alemanha e a Rússia acabam de concretizar um dos projectos estratégicos mais importantes para os próximos anos no âmbito da política energética, não apenas daqueles dois países, mas também da Europa. O tão esperado Nord Stream já está operacional, devendo em Outubro começar a fornecer gás natural proveniente da Rússia directamente para a Alemanha, através do gasoduto de pipeline duplo colocado no Mar Báltico.

Ainda numa fase técnica inicial, visando o aumento da pressão no pipeline, a cerimónia de arranque foi levada a cabo esta terça-feira pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, um dos mentores deste projecto, que também teve o apoio fervoroso da chanceler alemã, Angela Merkel. A inauguração oficial, no entanto, será só em Novembro com uma visita do Presidente Dimitri Medvedev à Alemanha.



Atendendo às necessidades energéticas europeias crescentes e às consequentes políticas de conflito daí resultantes, o Nord Stream é mais do que um mero gasoduto. É sobretudo uma arma de política externa da Rússia que se jogará no tabuleiro da geoestratégia e da geopolítica da Europa. Isto não quer dizer que este projecto seja hostil aos interesses da Europa. Na verdade, alguns países da União Europeia serão beneficiados, já que receberão o gás natural russo de uma forma mais segura, rápida e eficaz. Convém não esquecer as várias “crises” energéticas que a Europa tem assistido em invernos recentes, como em 2006 e 2009, provocando nalguns países situações de autêntica ruptura no fornecimento de energia.   

estado da Banca mundial.


Sabe-se hoje que o estado geral da banca mundial é grave. Sobretudo a inglesa:

O mercado dos credit default swaps (cds, seguros contra o risco de incumprimento) agitou-se, a 2 de setembro, também, em relação ao sector bancário mundial.
Nove bancos internacionais viram o custo dos seus cds disparar hoje, com variações diárias superiores a 9%.
Os nove bancos distribuem-se pela Europa e pela Ásia. Escaparam os Estados Unidos pela simples razão de que hoje todos os mercados financeiros (à exceção dos futuros) estiveram fechados por ser feriado, Dia do Trabalhador.
A lista de bancos com disparo no custo dos cds associados à sua dívida é a seguinte, segundo a CMA DataVision: Crédit Agricole (aumento de 15%), de França; Mitsubishi Financial Group (+ 13,98%), do Japão; Bank of Sctoland (+ 12,38%), do Reino Unido; Barclays (+ 12,31%), do Reino Unido; Deutsche Bank(+ 12,25%), da Alemanha; Royal Bank of Scotland(+ 11,45%), do Reino Unido; UniCredit (+ 10,55%), de Itália; Lloyds (+10,49%), do Eeino Unido; e Standard Chartered Bank (+ 9,77%), Reino Unido.

domingo, 4 de setembro de 2011

A destruição de Kadafy , se ocorrer, será o fim da NATO, o fim do país chamado Líbia ( regresserá à tribalização ), será o fim da amizade alemã com a França e a Inglaterra ( onde é que eu já vi isto?) , será a humilhação da Itália e da Rússia, será o encarecimento da gasolina na Europa, será a exportação de terrorismo islamita , será a invasão de migrantes árabes para a Europa.

Ele há coisas

Andámos anos a fazer de Kadhafi um líder carismático. Em 2003 a Líbia foi escolhida para presidir ao comité de direitos humanos da ONU. E agora estão todo muito chocados porque este governo e aquele se serviram de Kadhafi. Aliás o azar de Kadhafi foi estar Obama na Casa Branca. Caso estivesse um republicano a Líbia seria hoje um país mártir, anunciar-se-iam catástrofes futuras imensas, a Europa estaria cheia de manifestações de “Não à guerra” e o professor Boaventura já  andaria aos gritos com o petróleo.
Assim a Líbia é um oásis de esperança. Enfim como escreveu o Rui Ramos no Expresso

MAS QUE GOZO QUE ISTO ME DÁ!


Em quem votaste no dia 5 de Junho?

O governo de Sócrates ficará para a história como aquele que reuniu mais gente na tentativa de o derrubar, nunca um governo foi tão odiado pela esquerda conservadora, foi tão torpedeado pela aliança entre magistrados e jornalistas, tão combatido pelos patrões da comunicação social ou tão rejeitado por alguns grupos corporativos.

Passados pouco mais de dois meses e com as políticas agendadas para os próximos dois anos começa a ser tempo de perguntar a muita gente se está contente, se sente que o seu voto teve resultado. É evidente que muita gente esconde a sua cobardia e mesmo arrependimento atrás do secretismo de voto, se perguntar a muitos professores que fizeram campanha activa contra o governo de Sócrates responder-me-ão agora que o voto é secreto.

Um bom exemplo do sentimento colectivo que começa a ser perceptível, são exactamente os professores começando pelo grande líder da hipocrisia, o sindicalista profissional Mário Nogueira. Quando Sócrates iniciou um programa de encerramento de escolas preocupado com a qualidade de escolas pequenas e sem recursos foi um ai Jesus, veio tudo em defesa da escola pública, agora que essas mesmas escolas foram encerradas com o objectivo de despedir professores o Mário Nogueira apoiou, os autarcas calaram-se e os blogues dos professores assobiaram para o ar.

Quantos professores que dantes eram contra qualquer avaliação e se queixavam do excesso de burocracia estarão agora no desemprego graças ao aumento do número de alunos por turma e da eliminação de algumas áreas curriculares? Pois é, agora vão perder muito mais tempo a preencher fichas de emprego do que dantes perdiam com a tal avaliação que era muito burocrática e, pelos vistos, a escola pública e o Mário Nogueira passa bem sem eles.

Veja-se o silêncio do BE e do PCP, tanto lutaram contra o governo de direita de Sócrates que agora devem estar a festejar a vitória, perante o governo mais à direita que Portugal teve reagem com mansidão, os tais que eram contra a vinda do FMI estão agora satisfeitos com uma política de austeridade bem mais dura do que qualquer programa adoptado pelo FMI ao longo de toda a sua história.

Onde estão os homens da cidadania do PS que tanto ajudaram a direita, onde está o Manuel Maria Carrilho, onde anda a Benavente que tantas vezes ergueu o estandarte da escola pública, onde estão os muitos economistas que eram contra o TGV, onde estão os autarcas que organizavam manifestações contra serviços de saúde arcaicos?

Onde estarão tantos cobardes que gora se refugiam no silêncio com receio de que alguém lhes recorde o que disseram e fizeram há poucos meses atrás?

gozar

Diaporama Jumento: "When you wish upon a star"


Download: wmv (19,1 MB) e ppsx (8,44 MB)

sábado, 3 de setembro de 2011

mentir, mentir, mentir!

Acusação infundada 

Há pouco tempo o Ministro Miguel Relvas fez exibir na Assemlbeia da República, com grande estardalhaço, caixotes de centenas de alegadas facturas por pagar de um organismo público, obviamente para dar um exemplo do suposto "colossal desvio" nas contas públicas herdado do anterior Governo. Como se pretendia, o "show off" teve grande impacto mediático, tendo sido manchete em vários jornais.
Sucede que jornal I informa hoje que afinal não havia nenhum fundamento para a acusação, e que quase todas as ditas facturas estavam pagas e que as demais estavam a aguardar pagamento, não havendo falta de fundos para o efeito.
Esta precipitação irresponsável do governante suscita duas perguntas:
- Vai o ministro pedir desculpa aos responsáveis do organismo em causa e à AR pela infundada acusação?
- Vão os órgãos de comunicação dar ao desmentido o mesmo relevo que deram à falsa denúncia,ou vão ignorá-lo como é usual?
Nota de CSP: É claro que Sócrates mentiu ( quer dizer não disse a verdade intencionalmente) uma meia dúzia de vezes - mas não mais.
Por que o fez?
Por razões , em geral, de segredo de Estado, ou que ele julgava de segredo de Estado ( no primeiro caso a questão da PT - que tanto dinheiro deu a ganhar aos acionistas - e, no segundo a questão do atabalhoamento com que se licenciou ( sendo no entanto verdade que muitos alunos de universidades privadas se licenciam aos domingos e através de e-mails pelo que o melhor teria sido dizer logo toda a verdade ).
Simplesmente agora, com este Coelhone, as mentiras são mais que muitas e por toda a ordem de razões: de soberania mas também de mesquinhez ( a mais grave, gravíssima foi a a mentira de não ter tido conhecimento do PEC 4 que motivou a queda do governo e milhares de milhões de euros de prejuízos em juros que o país vai pagar nos próximos anos , fora o deitar fora um acordo com Merkle sobre esse PEC4 ), de inveja ( "ele só mente!"), de estupidez ( "naõ vamos desculparmo-nos com Sócrates "), de cupidez ( "o país todo já compreendeu que só abrindo a economia ao estrangeiro e facilitando em absoluto os despedimentos _ que nenhuma corporação de patrões sequer pedira !") , etc.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CHOCANTE E DÁ QUE PENSAR

Sempre me questionei se os melhores momentos para a criação artística são os de felicidade pessoal e hedonismo social ou se, pelo contrário, a infelicidade pessoal ou a desgraça social são melhor caldo de cultura para a criação artística . Há exemplos num e noutro sentido, sem dúvida.
Mas ultimamente não me sai do ouvido a frase que abre esse portento da literatura universal que é Ana Karenina de Lev Tolstoi : " Todas as famílias felizesse se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira".
O artigo hoje publicado no jornal ingles de referencia Guardian, ajuda - através do que se passa na Grécia  e no seu espantoso novo cinema pós-crise - a compreender pelo menos uma coisa : á sempre na família que está tudo , como  pode e deve já ver aqui.aqui

GRÉCIA POR UM FIO ... e depois Nós


COMO AQUI INFORMEI HÁ CERCA DE UM MÊS MUITOS THINK TANKS APOSTAVAM  NA SAÍDA DA GRÉCIA DO EURO EMPURRADA PELO ARGUMENTO ALEMÃO DE QUE OS GREGOS JAMAIS SERIAM CAPAZES DE CUMPRIR  O ACORDO COM A TROIKA .... PELAS SUAS CONTAS ISSO IRIA OCORRER POR VOLTA DO FINAL DESTE ANO. UM THINK TANK A QUE PERTENÇO VAI MAIS LONGE E TEM APONTADO PARA A SAÍDA PORTUGUESA DO EURO TRÊS MESES DEPOIS DA SAÍDA GREGA , SE ELA OCORRER ( isto estudado através dum algorítmo que até agora não tem falhado ). É minha convicão que a seguir irão todos os outros países latinizados ( numa simplificação : os que foram romanizados durante séculos ) incluindo além da França ( já sob ataque especulativo como se pode ler nos dois posts a seguir ) a Itália, Espanha, Roménia, Bulgária , a Belgica francófona ( sem a flandres) os países da ex-Jugoslávia ( excepto Eslovénia e Croácia de influência geoestrategica alemã ) e naturalmente a Grécia e Portugal que possivelmente iriam constituir uma nova UNIÃO MONETÁRIA LATINA como a que ocorreu entre 1866 e 1908 ( Portugal nessa altura não entrou porque não passava dum protecturado da Grã-bretanha: Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda - a cuja moeda "indexara" a sua por o grosso do seu comércio externo ser com estes ).

O padrão de comportamento já era ontem visível com o disparo no risco de incumprimento da dívida soberana dos seis países da zona euro sob observação dos mercados financeiros: Grécia, Portugal, Irlanda, Itália, Espanha e Bélgica.
Hoje, no mercado secundário da dívida soberana, a situação de degradação do crédito revelou-se, segundo dados da Bloomberg. Até as obrigações do Tesouro (OT) português e dos títulos irlandeses inverteram a tendência, e regressaram em todas as maturidades à alta das yields (juros implícitos). Particularmente, os juros das OT e dos títulos irlandeses a 2 anos estão com uma dinâmica de crescimento significativa. Mesmo assim há um fosso entre o nível dos juros para as OT a 2 anos, que estão em 12,41%, e dos juros dos títulos irlandeses, que estão em 8,17%.
Os juros das obrigações espanholas (OE) e dos titulos italianos (BTP) estão em alta em todas as maturidades, depois de dois leilões da dívida, esta semana, considerados “decepcionantes” e com taxas de remuneração acima das verificadas, nesses dias, no mercado secundário. Os juros das OE a 10 anos subiram hoje para 5,07% e os dos BTP com a mesma maturidade para 5,20%. O efeito da intervenção do Banco Central Europeu nos mercados secundários parece estar a perder pé. Também, na Bélgica, os juros dos titulos a 10 anos subiram para 4,06%.
Juros gregos a 2 anos em nível recorde
Mas a situação mais grave é, naturalmente, a da Grécia. Os juros dos títulos gregos a 2 anos acabam de atingir o valor recorde de 46,80%.
O país foi sobressaltado com duas péssimas notícias: as políticas de austeridade conduziram a uma recessão este ano superior à prevista – 5% de quebra do produto interno bruto (PIB) grego, em vez de 4,5% – e “a dívida grega está fora de controlo”, segundo um recém-criado organismo parlamentar de monitorização do orçamento, formado por analistas independentes. A responsável do organismo bateu com a porta, depois de críticas do governo ao relatório de monitorização da situação.
A divida pública já terá atingido os €350 mil milhões (150% do PIB) e o défice orçamental o montante de €15,5 mil milhões no final do 1º semestre (93% do objectivo para todo o ano de 2011). A recessão deste ano soma-se a uma quebra acumulada de 6,5% em 2009 e 2010.
Esta manhã o governo grego e a troika decidiram suspender as reuniões de avaliação da situação e adiar o recomeço dos encontros para 14 de setembro. Segundo a analista grega Matina Stevis, os “problemas políticos” em questão, alegados pelo ministro das Finanças de Atenas, Evangelos Venizelos, deverão obrigar a “intervenção” do Eurogrupo dentro em breve.

QUANDO A FRANÇA COMEÇA A SER ATACADA É DE ESPERAR ATRITOS COM A ALEMANHA BEM MAIS CEDO DO QUE AQUI VATICINEI HÁ SEMANAS

As maiores variações da probabilidade de entrada em incumprimento de dívidas soberanas ocorreram esta quinta-feira com países da zona euro, segundo dados da CMA DataVision.
A vaga de disparo deste risco de default abrangeu não só os designados periféricos – Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha – como também a Bélgica e a França. Naturalmente, que os níveis de risco destes 7 países são distintos. O que o dia de quinta-feira trouxe foi esta sincronização do aumento do risco.
Grécia próximo dos 3000 pontos base
A principal “vítima” desta sincronia foi a Grécia, cujo risco de default subiu para quase 85% – ontem havia fechado em 83,81%. Em termos de custo dos credit default swaps – cds, seguros financeiros contra o risco de incumprimento -, a Grécia voltou a apresentar níveis muito próximos de 3000 pontos base. Fechou em 2986,66 pontos base. Um patamar de tipo “argentino”, aquando do desenrolar do processo que desaguou na bancarrota de final de 2001.
Esta dinâmica contagiou, também, Portugal, que regressou a níveis de custo dos cds superiores a 1000 pontos base. O risco de default subiu de 53,66% no fecho de quarta-feira para 55,15% no fecho de quinta-feira.
A Itália viu o seu risco agravar-se de 26,6% para 28,12% e a Espanha passou de 26,36% para 27,41%.
A Irlanda, no conjunto dos “periféricos”, foi o país com uma variação mais pequena: de 47,47% para 47,86%.
França e Bélgica na tendência
A surpresa do dia acabou por ser o regresso da Bélgica – que vai ser admoestada oficialmente pela Comissão Europeia por continuar sem governo constituído desde as eleições de junho de 2010 – a uma tendência altista. O risco de default passou de 17,87% para 19,17% ao longo do dia. A Bélgica é hoje em dia o país democrático campeão na modalidade de governos de gestão há mais tempo em exercício.
Também a França surgiu nesta quinta-feira entre os países com maior variação diária de aumento daquele risco – subiu de 12,5% no fecho de quarta-feira para 13,02% no fecho de quinta-feira.

VEM AÍ UM SETEMBRO NEGRO COMO BRÉU PARA AS BOLSAS MUNDIAIS

O índice mundial das bolsas – o MSCI All-Countries World Index – caiu hoje 0,512%. É uma queda ligeira, mas inverteu a tendência de ganhos ao longo de quatro sessões consecutivas no final de agosto (26, 29, 30 e 31 do mês passado).
O “culpado” do índice mundial entrar no vermelho foi Wall Street. Os investidores parece terem perdido a chama pela expetativa criada – e gerida magistralmente – pelo presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Ben Bernanke, em torno de “novidades” de política monetária, que supostamente ainda surgiriam em agosto e que acabaram por ser “adiadas” para a reunião da Fed em 20 e 21 de setembro.
Os índices de Wall Street e de Times Square fecharam todos em terreno negativo: Dow Jones caiu 1,03%; S&P 500 desceu 1,19%; e Nasdaq (a bolsa das tecnológicas sediada em Times Square) quebrou 1,3%.
O clima negativo nos EUA foi o suficiente para anular os ganhos ligeiros havidos na Ásia e na Europa – o índice MSCI Asia Apex 50 subiu 0,39% e o índice Bloomberg European 500 aumentou 0,64%.
Recorde-se que, em agosto, o índice mundial perdeu 7,5%, o que equivaleu a uma “limpeza” de €2,9 biliões (2900 mil milhões) na capitalização bolsista