terça-feira, 30 de outubro de 2012

E NEM UMA PALAVRA NOS MEDIA PORTUGUESES...

Como Israel destruiu as fábricas de armas iranianas no Sudão

O long-raid de Israel contra uma fábrica de mísseis balísticos iranianos no Sudão, na semana passada, é visto pelo Sunday Times como um ensaio para um ataque iminente contra instalações nucleares do Irão”. Ensaio ou não, a operação foi brilhante. E Israel, claro, nada diz sobre o assunto.
Na origem do raid, pelo que o IE sabe, esteve um documento super-secreto obtido pela Mossad há dois anos durante uma operação no Dubai. O documento era uma cópia assinada de um acordo para a produção de armas, incluindo mísseis balísticos, no Sudão mas sob a supervisão directa dos Pasdarans, a guarda revolucionária iraniana, e destinadas ao Hesbollah e outros aliados do Irão na região.
A expedição integrou 8 caças-bombardeiros F-15I, cada um com duas bombas de uma tonelada, escoltados por quatro caças F-15s para protecção contra intercepções dos Mig sudaneses ou outros, e com o apoio de dois hélis CH-53 “Yasur” carregados de forças especiais para o caso de algo correr mal e ser necessário uma “extracção” em território inimigo. Os aparelhos, que saíram de uma base no deserto do Negev e voaram quatro horas sobre o Mar Vermelho, fazendo 3.900 Kms, foram reabastecidos em voo por um ‘tanker’ Boeing 707 “Re’em” e tiveram o apoio de um Gulfstream 550 “Shavit” adaptadado para a guerra electrónica e com a missão de ‘resolver’ os radares e os sistemas de defesa anti-aérea sudaneses.
Dois enormes desafios se colocavam neste raid aéreo. Escapar à detecção pelo sistema egípcio de radares e, em seguida, pelo sistema de controlo de tráfego aéreo da zona de Djibouti. Tudo indica que ambos foram resolvidos com total sucesso.
Israel, oficialmente, não fala do assunto e tem mantido um mutismo total face à acusação sudanesa de ter bombardeado o sudoeste de Cartum, a capital sudanesa, sem no entanto referir a natureza dos alvos destruídos. O Irão, oficialmente, não tinha conhecimento de qualquer fábrica de armas no Sudão e, portanto, não pode protestar contra a destruição de uma coisa que não existia. E os Pasdarans não têm por hábito falar…
Sunday Times

Israeli jets bomb Sudan missile site in dry run for Iran attack

Uzi Mahmaini, Tel Aviv and Flora Bagenal, Nairobi Published: 28 October 2012

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domingo, 14 de outubro de 2012

CHINA A CAMINHO DA RECESSÃO

Exportações chinesas cresceram apenas 1% em termos anuais
Em julho, o motor de crescimento económico chinês abrandou brutalmente. As exportações haviam crescido 8% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado. No mês seguinte cresceram apenas 1% em termos homólogos.
Os economistas chineses esperavam que as exportações – o motor da economia chinesa nas últimas décadas – aumentassem em julho 8,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Hoje, apanharam com um balde de água fria – o crescimento das exportações em julho em relação a período homólogo de 2011 foi apenas de… 1%. Em junho, tal crescimento homólogo havia sido de 8%. As exportações para a União Europeia desceram em julho mais de 16% em termos homólogos.
Este abrandamento das exportações poderá implicar que a previsão oficial cautelosa de 7,5% de crescimento para 2012 é otimista, apesar de ser uma revisão em baixa do objetivo político de nunca deixar descer a taxa de crescimento abaixo do limiar dos 8% anuais. O Fundo Monetário Internacional mantém a previsão de 8% para este ano.
Os analistas especulam, agora, que o Banco Popular da China (BPC, o banco central) poderá avançar com nova revoada de medidas de “alívio do crédito” no âmbito da política monetária e que o governo chinês poderá desenhar mais pacotes orçamentais de estímulos. No primeiro semestre de 2012 já foram referidos estímulos orçamentais na ordem dos 123,7 mil milhões de dólares. Os rumores de que o BPC e o governo chinês poderão atuar em setembro já fez disparar a especulação no mercado do petróleo.
Abrandamento da economia mundial
Aquele abrandamento brutal nas exportações chinesas espelha bem a situação da economia mundial com uma previsão de crescimento em 2012 na ordem dos 3,5%, contra 3,9% no ano passado, segundo as últimas estimativas (World Economic Outlook Update, Julho 2012) do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Recorde-se que em 2009, a economia mundial esteve em recessão, com uma quebra do PIB de 0,7% (a 12ª maior recessão desde o século XIX, similar á de 1876) e que recuperou em 2010 com um crescimento de 5,3%, inclusive superior ao verificado em 2007 (5,2%), ano do início da crise financeira.
Há que ter em conta que a zona euro deverá contrair-se 0,3% (é a primeira região do mundo com recaída na recessão desde 2009, ainda que ligeira), segundo o último relatório do Banco Central Europeu divulgado esta semana, o Reino Unido deverá ter crescimento zero (ou seja, a economia ficará estagnada este ano), segundo ontem admitiu Mervyn King, o governador do Banco de Inglaterra, os EUA deverão crescer 2% e as economias emergentes deverão baixar de 6,2% em 2011 para uma projeção de 5,6% feita pelo FMI. O crescimento anual nos EUA poderá ser inferior ao projetado pelo FMI, pois Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal (Fed), admitiu a 1 de agosto – na última reunião mensal do banco central – que a retoma da economia americana tinha “desacelerado um bocado”. A previsão da Fed é para um intervalo de crescimento entre 1,9% e 2,4%. Nova previsão será revelada em setembro.
Acto II — Balança de pagamentos chinesa com défice no 2º trimestre. Economistas ocidentais alegam que está a ocorrer uma saída massiva de capitais da China. Entidades oficiais negam. Um défice na balança de pagamentos não se observava desde 1998.
Agosto trouxe ainda outra surpresa na divulgação de estatísticas chinesas, para além do abrandamento brutal nas exportações em julho em relação a período homólogo de 2011. Pela primeira vez desde 1998, a balança de pagamentos da China teve défice no 2º trimestre de 2012, fazendo descer em 11,8 mil milhões de dólares o volume de reservas da China, segundo dados oficiais.
A balança de pagamentos regista os saldos da balança de transações correntes e da balança de fluxos de investimento e de capital.
Ainda que a balança de transações correntes continue a ter excedentes (em virtude dos excedentes da balança comercial de importações e exportações de produtos), os movimentos financeiros e de capital revelaram, no segundo trimestre deste ano, um défice recorde de 71,4 mil milhões de dólares, ou seja as entradas em investimento estrangeiro direto e em carteira na China foram inferiores à saída de capitais chineses para o estrangeiro.
Fuga massiva de capitais?
Estas saídas de capital podem ser divididas em três blocos, segundo os analistas: uma parte em investimento direto chinês no estrangeiro (seguindo a estratégia de “go global” definida em 1999 para as empresas e entidades financeiras), outra parte em aplicações por parte de cidadãos e empresas em divisas estrangeiras (esta a razão principal alegada pelas entidades oficiais para o número-surpresa do 2º trimestre), e, segundo muitos economistas, a maior parte em direção a paraísos fiscais ou países com baixa fiscalidade, como Hong Kong, Singapura, Luxemburgo, Ilhas Virgens e Ilhas Caimão.
Tenha-se em consideração que, no primeiro trimestre de 2012, a balanço de movimentos financeiros e de capital tinha tido um excedente de 56,1 mil milhões.
Um porta-voz da entidade oficial chinesa, designada em inglês por SAFE – State Administration of Foreign Exchange -, negou que se tenha observado no 2º trimestre uma “fuga massiva de capitais” para fora da China (“fora da China” pode incluir Hong Kong e Macau, que são Regiões Administrativas Especiais que funcionam como plataformas financeiras e comerciais), admitindo, no entanto, “um certo grau de saída”.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

empreendedores, claro!

E felizmente ainda há portugueses que querem trabahar, que não são mandriões, cigarras....muito menos estúpidos...e empreendedores! http://www.youtube.com/watch?v=HUU3Um1PwAY&feature=player_embedded

RETIRADO DE STRATFORT

Turkey: NATO Would Provide Assistance To Ankara If Requested

Oct 9, 2012 | 1901 GMT
NATO has plans in place to defend Turkey against attacks from Syria and would likely react if Turkey...

NOTA PESSOAL: que a NATO não se lembre de contar comigo para lutar contra a Síria e o Irão, mais---o Iraque, o Afeganistão ( a confusão que está a gerar na Rússia a saída dos " aliados" daquele país não pressagia nada de bom...porque a natureza tem horror ao vazio !) , o Paquistão e a ...China !, porque EU NÃO VOU.

retirado do think tank STRATFOR

Wednesday, October 10, 2012

CONFLITO CHINA - JAPÃO prossegue

Automóvel

Conflito entre China e Japão dá trabalho aos eslovacos

9 outubro 2012
 
Pravda
O conflito territorial entre a China e o Japão relativamente às ilhas Senkaku/Diaoyu (o seu nome em japonês e chinês) representa uma oportunidade única para a indústria eslovaca, adianta o Pravda. Na medida em que os chineses fazem boicote às viaturas japonesas e se viram para os modelos alemães. No entanto:
É em Bratislava que a sociedade Volkswagen produz três dos seus modelos desportivos mais solicitados na China. As vendas da Audi e da Volkswagen aumentaram 20% em setembro. Na China, os ricos compram muitos carros de luxo e não se sente realmente a crise.
Antes da crise diplomática entre Pequim e Tóquio, as marcas japonesas representavam 20% do mercado chinês. Em setembro, as vendas da Toyota, a marca mais vendida no mundo, caíram 40% no país. Em contrapartida, explica o diário, Bratislava, onde se situa a única fábrica no mundo que produz Volkswagen Touareg, Audi Q7, assim como a carroçaria do Porsche Cayenne,
continua a produzir altas cilindradas, sete dias por semana, e não pretende interromper a produção.

FINALMENTE UM ORÇAMENTO (de 50 biliões por ano) EUROPEU ?

Caminho livre para a taxa Tobin

10 outubro 2012
La Voix du Luxembourg, Die Tageszeitung, De Standaard


La Voix du Luxembourg, 10 outubro 2012
"Taxa Tobin em onze Estados", anuncia o Luxemburger Wort. Ao fim de longos meses de discussões, a Áustria, a Bélgica, a Eslováquia, a Eslovénia, a Espanha, a Estónia, a Grécia, a Itália e Portugal juntaram-se à Alemanha e à França no que se refere ao projeto de tributar as transações financeiras nos mercados da UE. "O Luxemburgo mantém-se à margem", precisa este diário, tal como a Holanda, a Suécia e o Reino Unido, os principais opositores a tal medida. "Os onze Estados declararam-se dispostos a agir no quadro de uma 'cooperação reforçada' no interior da UE", acrescenta o jornal. Cabe agora à Comissão Europeia elaborar um texto de lei.
O Tageszeitung saúda a introdução desta taxa, proposta há 40 anos pelo economista James Tobin:
A disputa sobre a taxa sobre as transações financeiras dura há tanto tempo que, por vezes, é difícil ter presente o histórico de progressos e revezes. Mas o recente acordo entre onze Estados europeus que querem agora introduzir o imposto constitui realmente um passo em frente. […] Foram muitos os que contribuíram para este sucesso: e, em primeiro lugar, os grupos da sociedade civil que desenvolveram a taxa e que, desde há anos, exercem pressão para que esta seja introduzida. […] Infelizmente, a pressão da sociedade só raramente se impõe face ao lóbi das finanças. É precisamente neste aspeto que o exemplo da taxa sobre as transações financeiras dá coragem.
No entanto, adverte o chefe de redação do Standaard, Guy Tegenbos, a taxa não será o "imposto à Robin dos Bosques" imaginado por Tobin. Em especial porque ainda se ignora quem será alvo de cobrança e para que servirá o dinheiro coletado:
Não há certezas sobre aquilo a que se assemelhará mas é praticamente certo que esta taxa não corresponderá àquilo que Tobin tinha inicialmente em mente: [o combate contra] a pura especulação financeira, porque é quase impossível pôr-lhe fim. […] Alguns países não participarão, o que permitirá que os grandes atores dos mercados contornem a taxa. E as receitas? Servirão objetivos nobres? Pois bem, taparão os buracos de tesouraria. É igualmente nobre mas não se trata do ideal inspirador, inicialmente imaginado.

UM SÁBIO NA VIDA




Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012


Carregava a grandeza no nome, mas será pela grandeza das suas obras que nos recordaremos dele. Co-fundador do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, o Professor Nuno Grande revolucionou para sempre o ensino da Medicina em Portugal. Sob o lema «médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe», procurou a multidisciplinaridade numa altura em que parecia impossível, instigou o espírito crítico quando imperava a unanimidade, afrontou, criticou, propôs soluções toda a sua vida. Concordando-se ou não, assumiu sempre posições sobre o que se passava à sua volta. Sem medos. E sempre com as pessoas em primeiro lugar.

O Professor Nuno Grande marcou a vida de muitos (quase todos) que privaram com ele, entre alunos, colegas, familiares, amigos, doentes. Mais que todos os seus feitos científicos e cívicos (que deixo aos biógrafos a difícil tarefa de agregar), são estas marcas indeléveis que foi espalhando ao longo da sua vida que definem a sua grandeza. A Igreja da Nossa Senhora da Boavista foi pequena demais para acolher o mar de gente que quis prestar uma última homenagem a este médico, investigador, humanista, professor, Homem da cidade. Que quis agradecer a Deus o privilégio de o termos tido connosco durante 80 anos.