terça-feira, 25 de janeiro de 2011

D. JANUÁRIO

Bispo das Forças Armadas sobre a campanha do Comandante Supremo das Forças Armadas*



O Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, falou à TSF sobre campanha de Cavaco nas eleições presidenciais:
    D. Januário — Ficar calado era ser mais uma vez conivente com tantas cumplicidades e hipocrisias, não vale a pena. Sejamos limpos. Tenhamos a língua também limpa, não é só as mãos, na versão jurídica italiana. Tenhamos também a consciência limpa e, depois, a língua limpa. Eu digo, se fizessem um massacre desses, foi logo no início da campanha, não a forma diabólica, uma estratégia de último minuto, impedindo o adversário de responder, foi muito antes, eu como cidadão escutei o silêncio. Se houvesse uma resposta e me dissessem “Olhe, vá à televisão ver”, eu, perante isso, acho isso perfeitamente inconveniente. TSF — D. Januário, portanto o que diz é que estas suspeitas vão perdurar... D. Januário — Não tenho dúvidas. No subconsciente das pessoas, há costelas que ficaram partidas para sempre.

E mais à frente, D. Januário acrescenta:
    Não é a brincar que se diz a alguém que se é provedor do povo. O provedor do povo tem de sujar as mãos. Não pode como o velho pároco da aldeia mandar recados ao povo, indirectas e menos agradáveis atitudes peremptórias do alto do seu púlpito. Peço desculpa pela comparação. Porque mandar recados é muito fácil, fazer discursos é muito fácil, sabe que concita a simpatia e consegue jogar em todos os tabuleiros. O que eu queria é que ele jogasse no único tabuleiro, aquele que tem sangue, aquele que tem dificuldades, aquele que tem justiça, etc..

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* Artigo 120.º da Constituição da República.

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