quarta-feira, 31 de agosto de 2011

a pedido de várias famílias que eram ricas até há quatro dias atrás

a pedido de várias famílias sem nome mas que existem aqui

a pedido de muitas famílias, Amorim, Azevedo, Berardo e os Pingo Doce

E eu que até lia e tinha consideração pelo Crato! Eu bem lhe disse: foje desse vespeiro , mas ele....

Deve ser aquilo a que chamam literacia matemática


Ainda não estava sentado na cadeira do ministério e já Nuno Crato mandava suspender o encerramento de escolas com menos de 20 alunos decretado pelo anterior governo. Umas semanas depois, mandou encerrar.
Depois, mandou avançar a reforma curricular do governo anterior que toda a oposição, liderada pelo PSD, tinha congelado.
Parece que à falta de mais medidas do governo anterior com que possa brincar, Nuno Crato entretém-se agora a desfazer aquilo que ele próprio anunciara.
Um desgoverno!

CAOS !

Coisa que já não se via desde que Sócrates começou a governar , a colocação de professores é uma borrasca completa !
Curiosamente a comunicação social não fala disso. Nem o Crespo, (o infecto ambicioso, esse claro ), anda encrespado. Quê, o controlo das secretas e das dezenas ( sim dezenas !) de jornalistas que foram para assessores já está a funcionar em pleno?
Nota: esta é uma notícia à atenção do Zé Pacheco Pereira e a sua série sobre o estado do situacionismo.

DELENDA MADEIRA EST!

O défice público nacional deste ano vai sofrer um desvio por causa da Madeira, não de 277 milhões de euros como disse a troika a 12 de Agosto, mas sim de 500 milhões».

Eu seja ceguinho  se não era verdade que havia mesmo um desvio colossal!

Agora ,vá lá , todos comigo em uníssono: EXIGIMOS A INDEPENDÊNCIA DO CONTINENTE !

NOTA: estão abertas candidaturas para voluntários civis a serem trinados e posteriormente esmagarem que nem ratos os fascistas madeirenses. Acorram aos centros de recrutamento,jÁ!

ACHO BEM

por Daniel Oliveira


Os mais pobres dos mais pobres já pagaram. Com os cortes nos apoios sociais, o aumento do IVA e o aumento dos transportes, da eletricidade e do gás. Os pobres um pouco menos pobres já pagaram. Com o tudo o que já referi e o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal, recebam ou não recebam subsídio de Natal. A classe média já pagou. Com tudo o que já referi e o aumento do IMI, dos juros e dos spreads. A classe média alta já pagou. Com tudo o que já referi e a criação de um novo escalão de IRS.

Umas medidas são justas, outras injustas, mas a verdade é que tocou a todos. A todos? Não, a quase todos. Quando se decidiu criar o tal imposto extraordinário deixou-se de fora a distribuição de dividendos. Agora, que se fala da criação de um imposto "para ricos", pensa-se deixar de fora o património, taxando apenas o rendimento do trabalho. Ora, a taxação sobre os rendimentos do trabalho apanha apenas os quadros superiores e o profissionais liberais. Deixar de fora o património no "imposto para os ricos", como deixar de fora a distribuição de dividendos no imposto de Natal, é isentar apenas uma pequeníssima parte dos portugueses do sacrifício geral: os que são realmente ricos, que pouco declaram em sede de IRS. E mesmo que haja imposto sobre o património, ele deve ter um teto razoável, para serem apenas os que têm ficado a salvo dos sacrifícios a pagar.

Não se trata de roubar ninguém. Não se trata sequer de dizer que devem ser os ricos a pagar a crise. Trata-se de repetir o que disse Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo: parem de mimar os ricos. Mesmo sabendo que Américo Amorim é apenas, nas suas palavras, "um trabalhador". Já nem se trata de distribuir os sacrifícios conforme as possibilidades de cada um. É apenas não deixar de fora os únicos a quem a crise não toca. Já nem se pode falar de justiça. Apenas de vergonha na cara. Não é nada contra os ricos. É apenas para abrandar um pouco o saque geral a todos os outros. Ficam zangados? O resto dos portugueses também têm ficado. Sobretudo por saber que trabalhar e receber por isso parece ser o único pecado que não se perdoa neste País.

Publicado no Expresso Online

O Américo Amorim ( especialista não na indústria mas nas especulações na Bolsa ) é um assalariado. Com a crise farta-se de perder dinheiro nas bolsas e meteu-me uma cunha porque os ministros (seus amigos - todos) não arranjam nada para a qual ele seja competente excepto especulações bolsistas, por isso não pode empregar-se como assessor de um deles por 6mil euros ) e pediu-me emprego. Vou arranjar-lhe um.



August 2011: “Boy, have we got a vacation for you.”
Westworld (1973)

MILAGRES DUM MINISTRO QUE COMO A ASSUNÇÃO E O PORTAS AGENDOU APARECER NA TV 2 VEZES POR TELEJORNAL . ( até fins de Setembro porque a partir daí vão desaparecer em combate, vai uma aposta ?)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

MAIS DO MESMO ? SERÁ QUE NÃO SE VÊ QUE A CRISE VEIO PARA FICAR ATÉ À GUERRA?

A intervenção no sábado passado da nova diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde, acabou por ofuscar a conferência de Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal, no retiro de banqueiros centrais norte-americanos em Jackson Hole. Risco de recessão é mais grave – sendo assim austeridade, e consolidação orçamental, deve estar em segundo plano no curto prazo. Banco central Europeu e entidades europeias não gostaram, por outro lado, da sua referência à necessidade de recapitalização bancária urgente na Europa. Resta ver quais serão as ondas de choque desta pedrada no charco lançada pela francesa.
“Os desenvolvimentos deste verão indicam que estamos em uma nova fase perigosa. O que está em jogo é claro: há o risco de descarrilamento da retoma que é frágil. Devemos agir já.”, disse Christine Lagarde, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), no sábado, no retiro dos banqueiros da Reserva Federal norte-americana em Jackson Hole, no fim de semana.
Em suma, segundo Lagarde, o FMI encorajaria os Estados Unidos e a Europa a não reduzirem rapidamente as suas despesas públicas para não precipitarem situações recessivas. A diretora-geral aconselhou, ainda, o prosseguimento de políticas monetárias “estimuladoras”.
Viragem ao crescimento
A diretora-geral do FMI considerou como prioritário evitar a recaída na recessão do que endireitar à força as contas públicas no curto prazo, comentou a Eurointelligence. Viragem ao crescimento, em vez de austeridade, como prioridade, acrescentou esta agência europeia de informação.
“Dito de um modo simples, ainda que a consolidação orçamental continue imperativa, as políticas macroeconómicas devem apoiar o crescimento. A política orçamental tem de navegar entre dois perigos gémeos: o de perder a credibilidade e o de prejudicar a retoma”, disse Lagarde, no mesmo painel em que falaria Jean-Claude Trichet. E sublinhou ainda: “As reformas estruturais sem dúvida que melhorarão a produtividade e o crescimento ao longo do tempo, mas devem evitar enfraquecer a procura no curto prazo”.
Noutro ponto frisou que a política monetária deve, também, manter-se altamente ‘acomodativa’, “pois o risco de recessão ultrapassa o risco de inflação”, segundo as palavras da própria.
O risco de passos mal dados nos países desenvolvidos terá um efeito sistémico: “Se os países avançados sucumbirem à recessão, os mercados emergentes não escaparão”.
Lagarde deixou ainda duas sugestões na parte final da sua intervenção em que resolveu falar especificamente dos EUA e da Europa.
Aos americanos propôs que lançassem novas medidas para encorajar o reescalonamento da dívida imobiliária das famílias – um dos problemas graves que afecta o rendimento disponível dos norte-americanos, sobretudo da classe média, e enfraquece a procura interna.
Recapitalização da banca europeia
Aos europeus – e na audiência estava o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet – sugeriu que seja operada uma recapitalização urgente e obrigatória da banca europeia, inclusive, se necessário, através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira ou de outro fundo europeu para uma recapitalização direta dos bancos.
Segundo Lagarde, tal medida permitiria ao sistema bancário europeu ser “suficientemente forte face aos riscos das dívidas soberanas e a um crescimento [económico] fraco”. Isso seria “chave para cortar os elos do contágio”. Se não for feito, “poderemos facilmente assistir ao alastrar das fraquezas económicas para países-chave, ou mesmo a uma crise de liquidez”.
Lagarde dá mão a Obama
A diretora-geral do FMI e o presidente norte-americano Barack Obama (que teve uma ajuda política do presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, durante esta conferência de Jackson Hole que durou sexta-feir e sábado) tiveram uma conversação telefónica em que teriam afinado pelo mesmo diapasão: “O presidente e a diretora-geral concordaram sobre a necessidade de políticas que reforcem o crescimento e a criação de emprego a curto prazo, garantindo, a médio prazo, uma consolidação orçamental”, segundo o comunicado da Casa Branca.

PORTUGAL EXCEPÇÃO

Portugal foi exceção na segunda-feira (29 de agosto), pela positiva. As yields (juros implícitos) das obrigações do Tesouro português (OT) baixaram em todas as maturidades no mercado secundário, segundo os dados de fecho da Bloomberg.
Ao contrário do que sucedeu com os restantes “periféricos” – quer já resgatados quer ameaçados, como são os casos de Espanha e Itália – e com a Bélgica, França e Alemanha.
Os juros das OT, apesar da descida de hoje, continuam em níveis muito elevados e que contrastam com os níveis dos juros dos titulos irlandeses, que hoje subiram na maturidade a 2 anos.
Os juros das OT a 2 anos estão em 13,21% enquanto no caso dos irlandeses situam-se em 8,6% (mesmo, depois, da subida de hoje) e os juros das OT a 10 anos desceram para 11,11%, mas acima dos juros para os títulos irlandeses com a mesma maturidade que desceram para 8,79%.
Grécia regressa ao disparo dos juros
O dia voltou a ser marcado pelo disparo dos juros dos títulos gregos depois de uma descida significativa na sexta-feira. Os juros dos títulos a 2 anos voltaram a galgar a barreira dos 45% e fecharam em 45,62%, um pouco abaixo do máximo alcançado no dia 25 de agosto (em que fecharam em 45,88%).
A situação de negociação da reestruturação parcial da dívida com credores privados e as exigências da Finlândia sobre o apoio ao segundo pacote de resgate a Atenas continuam a marcar uma situação de total incerteza sobre o país.
Espanha e Itália com juros acima de 5%
Apesar do envolvimento do Banco Central Europeu (BCE) no mercado secundário da dívida soberana, e em particular nos títulos do Tesouro italiano e espanhol, os juros das obrigações espanholas (OE) e dos títulos italianos (BTP) na maturidade a 10 anos teimam em ficar acima de 5%.
Os juros das OE a 10 anos fecharam em 5,02% e os das BTP em 5,09%. Todas as outras maturidades das OE e das BTP fecharam em alta.
Entre 8 e 26 de agosto, o BCE comprou cerca de €43 mil milhões em títulos soberanos no mercado secundário ao abrigo do seu programa SMP. No entanto, a intensidade tem vindo a diminuir: 22 mil milhões entre 8 e 12 de agosto; 14,3 mil milhões entre 15 e 19 de agosto; e 6,65 mil milhões entre 22 e 26 de agosto.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

o desespero de quem deixou que as coisas chegassem ao abismo

Crise da dívida

Os grandes banqueiros querem ação política

29 agosto 2011
La Tribune, 29 agosto 2011
“Ajam imediatamente!” Esta é, em substância, a mensagem contra o risco de uma recessão mundial, enviada a partir de Jackson Hole (Wyoming, Estados Unidos) pelos grandes banqueiros centrais e pela diretora do FMI aos líderes políticos, titula o La Tribune. A 29ª edição da grande assembleia que, todos os anos, no final de agosto, reúne os banqueiros centrais mais poderosos do planeta e a nata da finança mundial era “febrilmente esperada pelos mercados”, afirma o diário económico. O presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet e a diretora do FMI, Christine Lagarde, partilho o mesmo estado de espírito: “Os bancos centrais não podem fazer tido”. Na sua opinião, “a única solução são os planos de relançamento ambiciosos, convincentes, apoiados por consensos políticos sólidos, para que o crescimento seja retomado”. “Em vez da inação, das discussões, dos adiamentos e do medo das agências de notação”, conclui o diário no seu editorial.

eis como se refazem fronteiras germanofílicas. A seguir e não demorará mais que semanas vamos ver franceses amuados pegados com alemães. E depois a já conhecida divisão de blocos de moeda ( a latina organizada pela frança e a germanófila. Desta vez , sem apoios e empobrecida que vai fazer a velha Albion da City ?

Europa Central

A ex-RDA é o novo Oeste selvagem

29 agosto 2011 Lidové noviny Praga
A Neuruppin, em Land de Brandebourg
A Neuruppin, em Land de Brandebourg
AFP/John Macdougall

Cada vez mais polacos abandonam o seu país, para se instalarem na antiga Alemanha de Leste. Ocupam o vazio deixado pelo êxodo dos "Ossies", após a queda do Muro de Berlim. O Lidové noviny convida os checos a fazerem o mesmo e a diluir, assim, as fronteiras da Europa Central.
Löcknitz, a cerca de 50 quilómetros da costa do Mar Báltico, tem sido palco, nos últimos anos, de um pequeno milagre. É uma das raras cidades do Leste da Alemanha que tem conseguido travar a queda do número de habitantes. Aliás, a sua população aumentou. E – fenómeno nada normal nesta região – as escolas do ensino pré-primário e primário também têm mais alunos. No entanto, nem tudo são rosas. Os novos habitantes não são alemães. São polacos, originários sobretudo da cidade portuária de Szczecin, que tem várias centenas de milhar de habitantes e fica a cerca de 20 quilómetros de Löcknitz.
"As casas e os terrenos são mais baratos aqui do que nos arredores de Szczecin. Até os impostos são mais baixos e a qualidade dos serviços públicos é muito melhor", diz uma polaca, dona de uma pensão. "Uma casa igual à que comprei aqui por 35 000 euros ter-me-ia custado 250 000 euros em Szczecin", explica outro polaco, que foi até à pensão para dar dois dedos de conversa. E acrescenta: "Não é complicado. Os alemães daqui vão-se embora para o Ocidente."
Neste momento, 15% dos habitantes de Löcknitz são polacos e, nas escolas pré-primárias locais, um em cada 5 crianças tem nacionalidade polaca. Os alemães que aqui vivem gostam dos polacos. "Sem eles, a cidade estava condenada a morrer", afirma o proprietário alemão de um restaurante topo de gama. Mas a maioria das cidades da antiga Alemanha de Leste não teve a mesma sorte que Löcknitz. Quando, há 50 anos, construíram o Muro de Berlim, os comunistas alemães orientais tentavam em especial travar o êxodo de cidadãos da RDA para Ocidente. Todos os anos, mais de 100 000 pessoas atravessavam a fronteira e o país corria o risco de despovoamento total. Menos 3 milhões de pessoas.

Renascer da Europa Central

Para muitos especialistas, o que explica a unificação relâmpago da Alemanha, a seguir à queda do Muro de Berlim, é o fluxo massivo de alemães que então começaram a emigrar do Leste para o Ocidente. Contudo, nem a unificação nem a transferência colossal de dinheiro (mais de 1 bilião de euros), destinado a colocar o Leste ao nível do Ocidente, conseguiram deter o êxodo. Apenas o abrandaram e estabilizaram 100 pessoas por ano. Os motivos são de ordem económica – salários mais baixos e uma taxa de desemprego significativa.
Hoje, há cerca de 14 milhões de habitantes recenseados no Leste da Alemanha – bastante menos do que os 17 milhões de antigos alemães de Leste –, sendo que Berlim e arredores salvam um pouco a situação, devido ao aumento do número de habitantes que esta cidade registou ao longo dos últimos 10 anos, após a transferência da capital de Bona para Berlim. Mas, em muitas cidades do Leste da Alemanha, a situação é completamente diferente. Zwickau, na Saxónia, por exemplo, tem hoje apenas 90 000 habitantes (eram 120 000, em 1989), apesar de se encontrar ali implantada a mais importante fábrica de automóveis da Volkswagen. E o seu futuro poderá tornar-se ainda mais sombrio. Como salientou o Frankfurter Allgemeine Zeitung, daqui a alguns anos, o Leste da Alemanha enfrentará um choque demográfico, porque a taxa de natalidade atual é de 0,77 crianças por mulher e o número de homens solteiros ultrapassa largamente o das mulheres. Só os países mais pobres da Europa apresentam uma queda da população comparável à da Alemanha de Leste, nos últimos 20 anos.
A enorme transferência de recursos do Ocidente para o Leste da Alemanha, que foi acompanhada pela construção de infraestruturas modernas, aliada ao fenómeno atual de despovoamento, dá aos checos e aos polacos a grande oportunidade de "colonizar" esses territórios. Foram sobretudo os polacos que começaram a explorar essa oportunidade, muitos deles seguindo um regime do tipo "viver na Alemanha e trabalhar na Polónia".
Discretamente, pé ante pé, vai reaparecendo a Europa Central de outrora, cujas fronteiras dos Estados-Nação eram frequentemente bastante indefinidas. E isso de uma maneira completamente diferente daquilo que poderíamos ter receado. Eis mais uma razão pela qual podemos e devemos já superar os nossos complexos de inferioridade em relação à Alemanha e aos alemães.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

POIS É !

Suiça

Pressões sobre o segredo bancário

26 agosto 2011
Le Temps, 26 agosto 2011
“Suíça encurralada para divulgar nomes ao fisco americano”, titula o Le Temps, que explica que Washington “reuniu informações sensíveis que o levam a acusar os bancos helvéticos de ajudarem os seus clientes americanos a não declararem a sua fortuna colocada na Suíça”. Dois anos depois do caso UBS, que obrigou a Suíça a divulgar cinco mil nomes de clientes ao fisco americano, “Washington reclama novamente nomes de clientes. Por exemplo, para dissuadir as fraudes e mostrar que a Suíça já não é um refúgio fiscal seguro”.
“Para os negociadores helvéticos, a questão já não é saber se o país se deve ou não dobrar a esta exigência, mas como”, escreve o diário de Genebra que sublinha que “os Estados Unidos já fizeram saber que uma ‘solução global’ como a que foi concluída com a  Alemanha e a Grã-Bretanha não lhe interessa”.
Algumas semanas depois da Alemanha, a Grã-Bretanha acaba, de facto, de assinar um acordo com Berna sobre os bens britânicos colocados na Suíça. “Este acordo permitirá a Londres taxar as contas detidas por cidadãos britânicos nas contas secretas abertas na Confederação Helvética”, explica o Les Echos. Para o diário francês, “ao garantir o anonimato dos detentores das contas”, a Suíça “salvou o essencial do seu segredo bancário”. E, de facto, “conseguiu acabar com a unidade europeia em matéria de luta contra a evasão fiscal”.

EXECUÇÃO ORÇAMENTAL COLOSSAL DE SÓCRATES !

Execução orçamental 

As contas provisórias do Estado relativas aos primeiros sete meses do ano -- em grande parte ainda da responsabilidade do governo socialista -- deve enterrar definitivamene o paleio sobre o "desvio colossal" com que o actual governo tentou manchar a herança recebida do anterior.
De facto, os números mostram que o défice do Estado diminuiu cerca de 25% em relação ao do período homólogo do ano passado (de quase 9000 milhões para menos de 6700 milhões) e que, se isso se ficou a dever ao aumento da receita (mais 4,4%), não se ficou a dever menos, pelo contrário, ao corte na despesa (menos 4,8%). Cai também a acusação tantas vezes repetida de que a correcção orçamental se estava a fazer essencialmente por via do aumento da receita e não pela redução da despesa.
Não há portanto nenhuma razão para não atingir a meta da redução do défice global prevista no orçamento para este ano (a não ser que haja surpresas da Madeira ou das autarquias locais...).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VOLTA SÓCRATES SE FAZ FAVOR

Coisas que certa 'esquerda' nunca quis ver

Portugal foi o único país do euro a subir IRS para os mais ricos. 
(Parabéns ao jornalista por ter evitado qualquer referência ao governo de Sócrates, responsável por esta medida. Quando é para dizer mal, nunca se esquecem...)

MENTIRÓMETRO


013

 
Pedro Passos Coelho prometeu não se justificar com o anterior governo e aparentemente tem cumprido a promessa, aparentemente porque se Passos Coelho não o tem feito é evidente que tem encomendado o serviços aos seus ministros. E é precisamente quando o primeiro-ministro precisa de distrair as atenções que surge um ministro a fazer o trabalho sujo.
 
Numa semana particularmente difícil para o governo surge o Álvaro a mandar para os jornais facturas do anterior governo, ontem foi Aguiar-Branco a ir bem mais longe ao portar-se como um Alberto João fazendo críticas ao governo anterior a meio de uma cerimónia militar, espaço que sempre foi preservado destas manobras baixas.
 
Só um inénuo pensa que cada ministro faz o que quer, principalmente quando está em causa uma promessa solene repetidas vezes feia popr Passos Coelho. Estamos perantemais uma mentira de Pedro Passos Coelho ainda que por interpostas pessoas.

consumismo: ainda casas,carros,arte e até os afectos andam sobreavaliados

Two researchers from the U.S. Federal Reserve said that the demographics will push Wall Street to a long journey across the desert. Doug Short, meanwhile, stresses that the stock market correction that began in 2000 is still insignificant, when compared to the historical trend


The volatility of world stock markets in August brought to the debate the question of the prevailing mood among investors.

Analysts position themselves as rival cheerleading squads confronting in the stands. The scenarios are opposites: the optimistic ‘bulls’ visualize growth and excitement, as the pessimistic “bears” await further readjustment of valuations.

Between August 8th and 19th, world stock markets had five sessions in the red, wiping nearly 14% of capitalization as measured by the MSCI AC World Index. Analysts pointed two mini-crash events, on August 8th (down 5.08%) and August 18 (down 4.16%). However, five positive sessions minimized the collapse, which was little over 5%. This week, the recovery on Tuesday (almost 3%) left the “bulls” more confident. But on Thursday, a rumour on the possibility of a downgrade of Germany (losing the triple A) was enough to send European indices and Wall Street into the red.

Modest correction in an historical trend perspective

Doug Short, vice president for research of Advisor Perspectives, in an interview with Expresso, emphasizes the need to have a long-term perspective. He considers himself an “addicted” to the secular trend charts, since he became fascinated by the behaviour of the markets, 25 years ago.

Daily, on his blog dshort.com, Doug Short (former professor at the University of North Carolina, and former executive at IBM and GlaxoSmithKline, until his retirement in 2006), updates the evolution of the S&P 500. He questions whether the secular bear period, which began after the peak in 2000, stopped in March 2009 (after the violent financial crisis where the S&P has lost 59%), or whether it will extend itself.

Doug Short notes that from the standpoint of a long-term trend (since the year 1870 for the S&P composite), the correction that occurred between 2000 and March 2009 was only 9% below the historical trend (exponential regression trend line), which compares modestly to 54% below the historical trend of the bear period between 1968 and 1982. Which raises the uncomfortable question: or “this time is different”, or there will be a long road of market capitalization readjustment/devaluation.

Stocks still overvalued

Comparing the current scenario to the 2008 meltdown, Doug Short refers: “While I think it’s unlikely, it’s still quite possible. The same cards are on the table in 2011 as were on the table in 2008. But now more of them are face up – known risks. That knowledge will, I think, lessen the odds of retesting 2009 market lows – at least in 2011 near term. Over the longer-term, my sense of market valuations, focused on US markets, is that equities are still overvalued, despite the recent correction.” And he remains “very sceptical of responses to the crisis by the United States and Europe.”

And notes that: “Based on the latest data from S&P 500, the market is still overvalued between 38 and 53%, depending on the market valuation indicator used.”

This week, two researchers from the Federal Reserve Bank of San Francisco, Zheng Liu and Mark Spiegel released a paper Boomer Retirement: headwinds for U.S. Equity Markets? where it is suggested that this bear period will last at least another decade, which caused an angry reaction from a large number of financial analysts.

“Real stock prices follow a downward trend until 2021, cumulatively declining about 13% relative to 2010. The subsequent recovery is quite slow. Indeed, real stock prices are not expected to return to their 2010 level until 2027.” refer the authors. The reason is demographics: “Although many theoretical ambiguities, stock prices in the U.S. have been closely related to demographic trends over the past 50 years.” The two authors point out that, with the retirement in the next two decades of the “baby boomers”, the stock market will suffer.

The researchers from the Federal Reserve admit that some international factors can counteract this trend, if, for example, sovereign wealth funds and foreign investors (mostly Chinese, if the control of capital outflow from China is relieved) move from U.S. Treasuries to Wall Street equities.

Doug Short tells us that this demographic trend could make the current “bear” period, that started in 2000, longer than the one between 1929 and 1949 or between 1968 and 1982, but expects the recovery to take place before 2021.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

NOTAS DO EUROSTAT

24.08.2011 Industrial new orders down by 0.7% in euro area 18.08.2011 Construction output down by 1.8% in euro areA


É URGENTE QUE O AMORIM E OS OUTROS OUÇAM ISTO ( O BERARDO NÃO CONTA PORQUE AS DÍVIDAS FAZEM DELE O POBRE MAIS POBRE DO PAÍS )

pequenas dúvidas que me ocupam a mente

AQUI

Se Américo Amorim é apenas um pobre assalariado, como diz NO JORNAL DE NEGÓCIOS, quer dizer que as finanças lhe vão poder cobrar metade de 1/14 dos seus rendimentos de 2011?

MENTIRÓMETRO XII

012


O país deitou-se sobressaltado, finalmente vinham os cortes da despesa para corrigir o desvio colossal mais as nomeações para a CGD, a Santa Casa e para o jovem mototistade Karting do secretário de Estado da Cultura, o ministro anunciou uma conferência de imprensa sem perguntas logo para as nove da manhã, o conselho de ministros tinha durado dez horas, tudo fazia crer que era agora que o Gaspar aplicava ao Estado o famoso adelgaçante tantas vezes prometido por um Passos Coelho que assegurava que não aumentaria impostos.
 
Os jornais falaram em cortes brutais na despesa, o governo não desmentiu e confesso que acordei a meio da noite não fosse o ministro cortar-me um dos poucos órgãos cujo funcionamento ainda não implica despesa nem pagamento de impostos. Enganei-me, era uma mentira, mais uma, em vez de cortes na despesa veio mais um aumento de impostos, desta vez sob a forma de antecipação.
 
O argumento é o do famoso desvio colossal que ninguém especificou até ao momento, só que para esse desvo colossal já pagámos um IRS extraordinários. Digamos que é uma mentira dupla, mas como queremos ser simpáticos contamos apenas como uma, não vá op Gasparoika lembrar-se de aplicar a taxa máxima de IVA isentando os pobres, designadamente, os pobres de espírito que no passado recente mentiram compulsivamente.

MENTIRÓMETRO II

 
Muitos portugueses terão marcado as suas férias às escondidas tantas foram as mensagens preocupantes, Cavaco apelava à caridade, Passos Coelho dava ares de trabalhador incansávelm e assegurava que o Governo não iria de férias. Afinal, foi.

GOVERNO PSD / CDS ENTERRA-NOS

A ALEMANHA JÁ QUER O NOSSO OURO!


Ursula von der Leyen, ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais do governo federal alemão chefiado por Ângela Merkel, afirmou que os planos de resgate na zona euro só deverão avançar com colateral garantido – reservas de ouro ou ativos industriais. A posição da ministra, que é também vice-presidente da CDU, o partido da chanceler alemã, foi divulgada hoje pelo jornal Der Spiegel .

As reservas de ouro de Portugal somam 382,5 toneladas e as da Grécia 111,5 toneladas, no que se refere a dois países resgatados. A Irlanda dispõe apenas de 6 toneladas.

O valor das reservas de ouro portuguesas rondam, a preços atuais, os €15 mil milhões, 13% da dívida directa do Estado.

Quanto aos países cujo risco da dívida tem aumentado, a Itália dispõe de 2451,8 toneladas, sendo a 4ª entidade mundial com mais reservas de ouro (depois dos EUA, Alemanha e Fundo Monetário Internacional), a Espanha 281,6 toneladas e a Bélgica 227,5 toneladas.

A Alemanha, com 3401 toneladas, é o segundo maior detentor de reservas de ouro, depois dos EUA.

Os “colaterais” estão em foco

Refira-se que o tema de “colaterais” como garantia dos planos de resgate tem estado em foco em virtude da exigência da Finlândia de dó dar assentimento ao 2º plano de resgate à Grécia – acordado na cimeira europeia de 21 de julho – se Atenas aceitar bilateralmente dar garantias específicas a este país nórdico.

Garantias bilaterais que vão para além da imposição da troika de um plano de privatizações de ativos gregos que ronda os €50 mil milhões.

O primeiro-ministro finlandês disse hoje que, sem um acordo bilateral no atual formato ou com emendas, a Finlândia não aprovará o 2º plano de resgate á Grécia. A agência de notação Moody’s já considerou que estes procedimentos bilaterais poderão conduzir a uma situação de impasse e redondar na precipitação de um default grego.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

clásicos que me fizeram chorar sozinho sempre que me senti só I

A LÍBIA DAQUI EM DIANTE



Durante meses esperei com esperança.
A esperança de a Nato , ou melhor os interesses dos U.S.A., mais Inglaterra,e França e Itália sobretudo entendessem que não vale tudo em geopolítica.

Até agora China, Rússia e brasil com largos interesses nos poços petrolíferos líbios estiveram contra o massacre da Líbia pela Nato. Agora França e Itália pretendem fazer o pleno do petróleo líbio. Conflitos à vista com ingleses, holandeses e americanos e perdas de gerar ódios com rússia, china e brasil.

Este massacre jamais será julgado no Tribunal de Haia, mas a Nato acaba de dar um tiro de canhão em ambos os pés. Aposto que depois disto jamais terá condições para andar. Se eu fosse o holandês seu secretáio-geral demitia-me já antes da vervonha de perder o emprego. Mas isso era eu.



Até Kadafhy, a Líbia era um território de berberes nómadas regidos por um rei déspota.
~
Kadafhy deu uma ordem jurídica ao território que os ingleses tinham marcado e definido a regra e esquadro sem querer saber das idiossincrasias de cada um dos seus povos.

Criou cidades, construiu um estado social com hospitais, política social de habitação e de reforma, mais subsidiação para quem não podia ter nada.

Mas afastou por nacionalização a British petroleum e outras companhias que sangravam o território.

A Nato não se fez esperar: voos cobardes à noite com bombardeiros tripulados ou com os drom ( aviões não tripulados que voam sem ruído e são comandados da Virgínia despejando os seus mísseis nos alvos que o Pentagono espreita e está a ver .

Agora ganharam. Parece. Vamos ficar com mais um estado pária como o sudão, eritrea, etiópia ou somália.

Tudo construções da Nato.

A prova de que a civilização só se alcança, neste momento histórico com autocracias e sem democracias vai ter mais um reforço.

Mais uma desgraça a produzir terristas contra eles. Espero . Porque eu nunca apoiei , hipocritamente, os revoltosos da Tunísia ou do Egipto onde um PREC com centenas de mortes mensais e nenhum avanço democrático prossegue até que um terrorista nos lembre que eles estão lá.

Na Síria não há petróleo e a Nato não actua. Porque será?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NOK

Na passada semana o governo norueguês anunciou em definitivo que as novas reservas de petróleo descobertas no mar do norte chegam aos 30 mil milhões.
O petróleo norueguês gera receitas que já permitiu à Noruega constituir um fundo monetário soberano para a gestão das receitas petrolíferas de mais de 400 mil milhões de euros.
AS reservas norueguesas - não só de petróleo - no polo norte são colossais.

Daí a corrida à moeda norueguesa que está a acontecer como moeda refúgio : o NOK ou coroa norueguesa. A noruega tem moeda própria e não aderiu à União Europeia.

Moeda Única Latina - razões históricas

Antes do euro, foram experimentadas uniões monetárias com moedas únicas na Europa.

A União Monetária Latina uniu a França, a Bélgica, a Suíça, a Grécia e a Bulgária em 1867 utilizando moedas de ouro e prata e, em 1875, foi estabelecida uma União Monetária Escandinava. Uma das razões para o fracasso destas uniões estava relacionada com a variação do preço do ouro face à prata, desestabilizando as moedas.


Antiga nota alemã de 100 Reichsmark
Uma das uniões monetárias bem sucedidas foi a da Confederação Germânica. Em 1834, foi estabelecida uma união aduaneira e foram fixadas as taxas de câmbio monetárias.

Depois surgiu uma moeda única, o Reichsmark, o percursor do marco alemão. A união monetária alemã foi bem sucedida em parte porque tinham sido definidas regras claras sobre a produção das moedas.

UNIÃO DA MOEDA LATINA - a saída dos países do sul e leste para a crise perene do euro

Integração europeia

Como salvar o euro? Dar um pontapé na Alemanha

18 agosto 2011 The Times Londres

Presseurop baseado em AFP

Apesar do acordo divulgado por Paris e Berlim, as visões do futuro da Europa diferem bastante. E a Alemanha tornou-se o principal obstáculo no caminho para uma maior integração. É por isso, lança um editorialista do Times, que a França deve apoderar-se da liderança e deixar o parceiro de lado.
Com o “destino federal” da Europa cada vez mais próximo, uma segunda falha no projeto europeu, muito mais profunda do que a contradição entre as políticas monetária e fiscal dos países da zona euro, está a ficar à vista.
Toda a gente concorda que a Europa enfrenta uma escolha clara: ou abandona o euro ou dá um salto quântico em direção a um “verdadeiro governo económico europeu”, como defendeu o presidente Sarkozy depois do encontro de 16 de agosto, em Paris.
Na prática, isto quer dizer duas coisas. A primeira, é a substituição parcial das dívidas dos governos nacionais pelas chamadas euro-obrigações, conjuntamente garantidas por todos os países da zona euro e pelos seus contribuintes. A Alemanha e a Áustria, bem como outros países credores, têm-se oposto categoricamente a esta solução, e a questão foi mais uma vez adiada durante a reunião com a chanceler alemã Angela Merkel, mas a resistência está a enfraquecer.
A segunda condição, exigida como um quid pro quo por parte dos países credores, será um controle centralizado sobre os impostos e os gastos governamentais, feito por um tesouro federal europeu, com poderes de veto sobre as políticas fiscais de todos os Estados membros. A Grécia, a Itália, a Espanha e outros países devedores, evidentemente, opõem-se fortemente a esta solução, mas também esta resistência está a enfraquecer. Mas encarregar Herman Van Rompuy, o presidente da UE, de uma nova comissão não é um grande passo em frente.

Versões diferentes para a Europa

No entanto, a primeira falha fundamental do projeto europeu – as contradições entre uma moeda única e a multiplicidade de diferentes políticas fiscais nacionais – ainda pode, eventualmente, ser resolvida a favor de uma solução federal. Este foi sempre o objetivo final de François Mitterrand e Helmut Kohl, os ‘pais’ do euro.
Agora, a Europa tem de enfrentar a segunda falha – as conceções alemã e francesa, mutuamente incompatíveis, de uma Europa federal. Os dois países não só têm teorias muito diferentes sobre centralização e descentralização de governo como, muito mais cruamente, as suas visões de uma Europa federal são fundamentalmente incompatíveis em termos de simples poder político.
Os alemães acham que são a superpotência económica da Europa e que, por isso, têm o direito de gerir a zona euro de acordo com o seu próprio modelo. Os franceses também estão convencidos que que o seu país foi sempre, historicamente, o líder diplomático, intelectual e burocrático e veem-se a si próprios como os gestores naturais das instituições europeias. A questão fundamental que agora tem de ser resolvida para que o euro continue a existir, não e a necessidade de uma Europa federal, mas sim se essa federação nascente será dirigida pela Alemanha ou pela França.
Atualmente, a Alemanha tem tido um papel dominante, como tesoureira da crise do euro, mas se Sarkozy jogar bem, pode conseguir provar que isto é completamente errado. Imaginemos que ele reage à última, inconclusiva, cimeira com uma proposta modesta. Pode argumentar que a Alemanha recusou apoiar o euro durante esta crise. Berlim nem concordou com a proposta de garantia conjunta de euro-obrigações nem permitiu que o Banco Central Europeu refinanciasse a Itália, a Espanha e Grécia comprando obrigações destes países. Os políticos alemães defenderam que os países que não conseguem pagar as suas dívidas devem ser expulsos do euro – mas porque não fazer ao contrário e expulsar a Alemanha?
Perante a sua falta de solidariedade para com outros países da zona euro, podia pedir-se educadamente a Alemanha que fosse ela a sair. Ou a decisão pode ser desencadeada por uma revolta política ou por uma decisão de tribunal na Alemanha, se os outros membros do euro ultrapassarem as objeções alemãs e obrigarem o BCE a comprar grandes quantidades de dívida italiana e espanhola. A Alemanha, então, emitiria um novo marco e os outros países teriam de escolher: ou seguiam a Alemanha, fora do euro, ou continuavam, num grupo mais pequeno, liderado pela França, semelhante à União da Moeda Latina, que juntou a França, a Espanha, a Itália, a Grécia e a Bélgica, entre 1866 e 1908.
A saída voluntária da Alemanha levantaria muito menos problemas legais e institucionais do que uma quebra na zona euro provocada pela expulsão da Grécia, da Itália ou da Espanha. Podia ser concedida à Alemanha uma derrogação ao Tratado de Maastricht, semelhante à que foi conferida à Grã-Bretanha e à Dinamarca. Os detentores de títulos de dívida alemã não levantariam objeções, uma vez que as suas participações seriam convertidas numa moeda mais forte, o novo marco.

Sarkozy pode triunfar

O BCE continuaria como antes, mas sem diretores alemães (ou holandeses ou austríacos). Com o desaparecimento do veto alemão, o BCE ficaria livre para comprar imediatamente quantidades ilimitadas de obrigações italianas e espanholas, tal como o Banco de Inglaterra e a Reserva Federal dos Estados Unidos compram obrigações dos seus respetivos governos. Ao longo do tempo, os restantes membros do euro negociariam um novo tratado, criando um Ministério das Finanças federal, encarregue da emissão de títulos conjuntamente garantidos e da gestão das políticas orçamentais comuns.
Para todos os países latinos, incluindo a França, esta solução teria muitas vantagens e nenhuma desvantagem real. Recuperariam o controlo sobre a sua moeda e poderiam usá-lo para resgatarem as dívidas dos seus governos. Poderiam desvalorizar a sua moeda à vontade, sem provocarem guerras comerciais com os seus vizinhos latinos. Para a França, as vantagens geopolíticas seriam ainda maiores: deixaria de estar condenada a um segundo lugar, depois da Alemanha, e não perderia o seu caráter nacional tendo tornar-se mais alemã do que a própria Alemanha.
Os países da Europa Central correriam a juntar-se ao euro liderado pela França, uma vez que a alternativa seriam moedas muito valorizadas. Mais importante ainda, a Polónia e a Hungria preferem olhar para si próprias como países europeus que seguem a liderança francesa do que como colónias económicas da Alemanha. O melhor de tudo, para a França: a elite burocrática francesa voltaria a ser a líder inquestionável do projeto federal europeu.
Por sua vez, os exportadores e os bancos alemães, sofreriam o maior choque deflacionário de sempre – de tal maneira que a Alemanha viria a rastejar, com o rabo entre as pernas, pedir licença para se juntar a uma união monetária liderada pela França. Em resumo, a diplomacia francesa tem agora a oportunidade de estabelecer, de uma vez por todas, a sua superioridade sobre a Alemanha industrial, como força dominante na Europa. Onde Clemenceau e Napoleão falharam, Sarkozy pode ainda triunfar. Le jour de gloire est arrivé! [Chegou o dia da glória!, verso do hino nacional de França. Em francês no original].

Nota: evidentemente que Portugal , chipre, malta, todos os países saídos da ex-jugoslávia, bem como a Roménia e bulgária fariam um conjunto potentoso com forte componente de latinidade correspondente a sete séculos de domínio do império romano e do latim como língua mãe.

ATÉ QUANDO VAI O OCIDENTE TOLERAR O SEU ESMAGAMENTO PELO ORIENTE?

As três principais bolsas do mundo emergente somaram ganhos desde janeiro de 2000. O índice indiano BSE SENSEX ganhou 200%, o índice compósito de Xangai mais de 80% e mesmo o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, subiu cerca de 12%, segundo o estudo realizado por Doug Short, da Advisor Perspectives.
O que significa que foram resilientes à crise financeira de 2008/2009, bem como à evolução, até agora, do míni-crash de agosto de 2011.
Em contraste flagrante, as principais bolsas do mundo desenvolvido – de 5 dos principais do G7 – caíram desde janeiro de 2000: o índice Nikkei 225 (Tóquio) caiu 54,1%; o CAC 40 (Paris) quebrou 49%; o FTSE 100 (Londres) desceu 24,3%, o S&P 500 (Wall Street) baixou 22,8% e o DAX (Frankfurt) quebrou 18,8%.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CRESPO, O ENCRESPADO, ENCRESPOU O PSD

“Não me foi feita nenhuma proposta formal”



        ‘Não me foi feita nenhuma proposta formal. Mas é um lugar que me honraria muito nesta fase da minha carreira e para o qual me sinto habilitado.’
          Mário Crespo, reagindo ao convite para correspondente da RTP nos States

É no que dá estar a banhos na Manta Rota e deixar o Relvas (mais o Correia e o Gonçalves) aos comandos da coisa. Agora, por mais que metam as mãos pelos pés a desmentir o negócio, ninguém se esquece da primeira reacção de Mário Crespo: “Não me foi feita nenhuma proposta formal”. Um telefonema ou um SMS à moda da Sr.ª Guedes é um convite informal?

E agora que nos reserva o “futuro recente” [expressão de Relvas na semana passada, quando fez declarações sobre a RTP]? Ao contrário do que aconteceu a Bernardo Bairrão, que não foi readmitido na TVI, Balsemão aceita que Crespo regresse à SIC?

TEMOS TGV. QUEM DIRIA ?

“Um deputado que é uma coisa fantástica”



        “Carlos Abreu Amorim vai dar um deputado que é uma coisa fantástica. Nós precisamos de gente diferente no Parlamento e já era altura de levarmos outra gente que não aquela que já estamos cansados de ver”.

Ó Álvaro, já percebeste quem lhe tirou o açaime?

VOÇÊ NÃO SABIA....POIS NÃO ?

Manuel Caldeira Cabral, Financiamento pode abrandar crescimento das exportações:
    'Nos últimos seis meses a taxa de crescimento das exportações portuguesas foi superior à da Alemanha. Nos últimos seis anos também. A ideia de que o sector exportador português tem um problema crónico de falta de competitividade fez sentido entre 2000 e 2005, quando Portugal estava entre os países com menor crescimento das exportações da UE, mas parece estar um pouco desactualizada. Nos últimos cinco anos, as exportações portuguesas cresceram a um ritmo ligeiramente inferior ao das holandesas e a um ritmo ligeiramente superior ao das alemãs, isto é, cresceram ao mesmo ritmo que as dos dois países mais vezes referidos como os campeões da competitividade na Europa - ver quadro. As exportações estão já a ultrapassar os níveis pré-crise em vários sectores. Isto é uma boa notícia. A evolução das exportações explica a surpresa encontrada na evolução do PIB, que afinal só está a cair 0,9%, quando havia uma quase unanimidade de que deveria cair mais de 2%, e também pode explicar os últimos dados do desemprego, que apresentaram um ligeiro recuo face ao trimestre anterior. A quem quiser desvalorizar o conseguido pelas empresas exportadoras, é bom lembrar que, sem o contributo do aumento das exportações, o PIB poderia estar a cair 3 ou 4%, valores que implicariam certamente um forte agravamento do desemprego e que poderiam colocar em risco os objectivos de consolidação, por afectarem fortemente a evolução da receita fiscal.'VOÇ~EV

SABIA QUE AS EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS FORAM AS QUE MAIS AUMENTARAM NA EUROPA A 17 NOS ÚLTIMOS 6 ANOS - SEM P. PASSOS O COELHO ?


a guerra vem aí, e não sou só eu , agora , a dize-lo ( surripiado do Zé Pacheco Pereira )

(JPP)
NATIONS GROWN CORRUPT (2)


O mal destes hábitos de frequentar os antigos, é ser-se dado à analogia. A UE está hoje muito parecida com a Liga de Delos, a união das cidades gregas do Egeu contra os persas, tendo como hegemon Atenas. No início, enquanto havia um inimigo comum, a Liga teve um papel fundamental em garantir a "liberdade" (era esse mesmo o termo usado) dos gregos, depois foi-se pouco a pouco tornando num instrumento imperial de Atenas. Quando Thasos pretendeu manter o controlo das minas que estavam no seu território, o novo poder imperial usou os recursos militares da Liga para impor a ordem, entregar as minas a Atenas, destruir as muralhas da polis e impor submissão e tributo a Atenas. Foi uma clara manifestação da mudança de carácter da Liga de Delos e, convém lembrar aos desprevenidos, um dos primeiros sinais de que vinha aí uma grande guerra, a Guerra do Peloponeso, e a decadência dos gregos.

(url)
(JPP)
NATIONS GROWN CORRUPT

Os versos de Milton aqui em baixo não estão lá por acaso. Aliás nada está aqui por acaso. Estão aqui porque uma nação que não se sente humilhada e ofendida pela cena da conferência de imprensa Sarkozy - Merkel sobre o "governo económico da Europa" que abre os noticiários nos últimos dias e já começou a receber palmas dos europeístas por convicção (uma minoria) e dos europeístas por necessidade (hoje uma enorme maioria), está profundamente corrompida. Tudo nessa conferência, é mau: o tom, com Sarkozy balbuciando umas coisas que parece notoriamente não conhecer bem, e Merkel ameaçando Portugal e a Grécia; e o conteúdo, um diktat de dois países da União com um anúncio de medidas à margem de qualquer dos tratados que regem a União Europeia. Dizem o que vão fazer os dois, criam uma instituição (uma a mais que não vem nos Tratados), nomeiam o seu presidente e fazem imposições constitucionais a todos os membros da União. Bastava esta última imposição, que atinge o coração da soberania dos estados membros, para percebermos que já não há União, mas uma Europa servil a amos mais fortes. O que está em causa, tenho-o dito, é a soberania. Estas imposições constitucionais já não atingem somente a soberania, mas também a liberdade. É que a autonomia constitucional, na sua raiz parlamentar, está no cerne da liberdade dos povos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

VALE A PENA VER O CANSADO TÉDIO DO HOMEM

em da entrevista dada ontem pelo ministro das Finanças à TVI (que pode ser vista aqui):
    Judite - "Esta receita extraordinária é justificada pela Troika pelo BPN e também pela derrapagem das contas na Madeira. O senhor acha que há desvario financeiro na Região Autónoma da Madeira?" Gaspar - "Mas não me deixa acabar de responder à pergunta anterior..." Judite - "Não, porque agora tenho que lhe colocar esta pergunta para que o senhor me possa dizer o que pensa da gestão de Alberto João Jardim na Madeira." Gaspar - "Repare...a operação de que está a falar, a operação de 277 M€ é uma operação contabilística que tem a ver com critérios de contabilidade nacional e que não corresponde a nenhum desembolso efectivo. Numa base de caixa, essa operação não tem relevância, não é uma operação que envolva um desembolso. É, no entanto, uma operação que, numa perspectiva de contas nacionais, que é a perspectiva que é usada pela Comissão Europeia, conduz a este efeito por aplicação das regras que estão convencionadas. E, consequentemente, essa operação em si própria... Judite - "Mas não me está a responder. Há ou não desvario financeiro na Região Autónoma da Madeira, conforme de resto disse o seu colega de governo, Paulo Portas? Sim ou nao, senhor ministro?" Gaspar - Não me cabe comentar essa questão, o que julgo que é importante dizer aqui é que sendo a nossa crise uma crise relevante para o todo nacional, eu julgo que poderá fazer sentido, se os Governos Regionais dos Açores e da Madeira considerarem útil que, à semelhança do que aconteceu com a República Portuguesa, possam, por sua própria iniciativa, pedir para que se constitua um programa que permita resolver e fasear o ajustamento nestas regiões. Mas essa questão é uma questão para os governos das Regiões Autónomas respectivas. Judite - "E também para o Ministro das Finanças, que tem que ter mão neles..."

ANDAR DE PURO LUSITANO ( SÓCRATES ) E PASSAR A LIDAR COM JUMENTOS CUSTA, OLÁ SE CUSTA!

Jumento do dia


Vítor Gaspar

Começa a ser tempo de o ministro quantificar o famoso desvio identificando as rubricas e ministério onde foi apurado. A verdade é que e Portugal nunca ocorreu um amento tão brutal dos impostos e isto não é o Chile de Pinochet, estas coisas devem ser explicadas aos cidadãos. Alguém deve recordar o ministro que em Portugal há uma democracia.
«O ministro das Finanças afirmou hoje que o aumento do IVA na eletricidade e no gás anunciado esta manhã, bem como o pagamento do imposto extraordinário equivalente a 50 por cento do subsídio de natal "resolvem metade do desvio" orçamental.

Em entrevista à TVI, Vítor Gaspar afirmou que o aumento do imposto anunciado esta manhã, que altera o valor do IVA cobrado no gás natural e na eletricidade de, 6 por cento para 23 por cento (taxa normal), "não aparece fora de contexto", uma vez que o Governo encontrou um buraco de 2 mil milhões de euros, equivalente a 1,1 pontos percentuais do PIB.

"Estes dois aumentos de impostos resolvem metade do desvio e é muito claro", afirmou Vítor Gaspar, argumentado que o atual Executivo, mal chegou ao Governo, entendeu que "era importante tomar medidas por antecipação para proteger os portugueses de situações adversas".» [Expresso]

 Sugestão ao Gaspar?
 

O ministro gaspar não sabe como cortar na despesa? É fácil, durante a campanha eleitoral o PSD lançou um site para receber sugestões, é ir aqui e copiar as sugestões.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SÓCRATES VOLTA, POR FAVOR !

O TOM DE VOZ DE MESTRE-ESCOLA DELE COMEÇA A SER INSUPORTÁVEL

Sexta-feira, Agosto 12, 2011

Um dia normal no governo de Passos/Portas



Diário Económico, 12 Ago 11 

Negócios online, 12 Ago 11

DELENDA MADEIRA EST !!!

 A Lei a Oeste de Pecos

«A Madeira é, com a cumplicidade dos sucessivos governos da República, uma espécie de "offshore" privado do PSD regional e de Alberto João Jardim, o seu Profeta, onde leis e políticas gerais do país pouco ou nada valem e a própria democracia, realizando o velho sonho irónico da dra. Ferreira Leite, se encontra há décadas suspensa.

Enumerar todas as tropelias que fazem da Madeira de Jardim um "study case" ilustrativo da céptica definição de Borges de sistema democrático, o de "arbítrio provido de urnas eleitorais", é mais problemático do que a Hércules foi capturar o Javali de Erimanto. Do mesmo modo, a mítica dívida da Região trepa mais velozmente Orçamento acima, aos saltos de milhões de cada vez, que a Corça de Cornos de Ouro e saneá-la afigura-se trabalho maior que limpar os estábulos de Áugias.

A este 13º trabalho, limpar os estábulos da dívida madeirense ( 963,3 milhões em finais de 2010), se tem inutilmente dedicado o Tribunal de Contas (TC), que descobriu agora que boa parte dos milhões para a reconstrução da ilha na sequência do temporal do ano passado foi afinal ter a "despesas de funcionamento". Já há um mês, o mesmo TC apurara que só 29,5% dos 191,3 milhões arrecadados pela Madeira no âmbito da Lei de Meios foram efectivamente utilizados na reconstrução.

Diz o TC que tudo isso (e não só) "ofende" não sei quantas leis. O TC ignora que, a Oeste de Pecos, é Alberto João Jardim a Lei.» [JN]

Autor:

Manuel António Pina.

Fanado a Manuel Pina

por Sérgio Lavos
"Começam a perceber-se as misteriosas razões que terão levado 2 159 742 portugueses a votar em Passos Coelho.

O eleitorado português tem sido repetidamente elogiado pela prudência e sensatez. Tirando a parte, humana, demasiado humana, da lisonja, resta o que é talvez fundamental, que os portugueses não gostam de surpresas e votam no que conhecem. E há que admirar a sua intuição: votando em Passos Coelho, o jovem desconhecido vindo do nada, que é como quem diz da JSD e de uns arrufos com a dr.ª Ferreira Leite, votaram no mesmo de sempre, na incomensurável distância que, em política, vai do que se diz ao que se faz.

E, pedindo ajuda a O'Neill, o eleitorado "tinh' rrazão": disse Passos Coelho que era um disparate afirmar-se que tributaria o subsídio de Natal e foi a primeira coisa que fez mal chegou ao Governo; que não mexeria nos impostos sobre o rendimento e idem aspas; que iria pôr o Estado em cura de emagrecimento e o "seu" Estado só tem engordado de adjuntos, assessores, "especialistas" (e até de "superadjuntos" e "superespecialistas"); agora foi de férias "para recuperar algum tempo do [seu] papel enquanto marido e pai" depois de ter anunciado que "o Governo não gozará férias" dada a necessidade de, "com rapidez", "traduzir os objectivos (...) que estão fixados em políticas concretas".

Estou em crer que o eleitor português típico, se tal coisa existe, nunca votaria num político imprevisível."

(No lugar de sempre.)

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ALEMÃES CHEGAM SEMPRE ATRASADOS . SERÁ DE PROPÓSITO?

Crise da dívida

Combater incêndios com fogo

8 agosto 2011
Der Spiegel, 8 agosto 2011
"Será que o mundo vai entrar em bancarrota?" pergunta, num título, a revista Der Spiegel, perante o endividamento dos EUA, a crise do euro e o caos nas bolsas de valores. Sem grandes esperanças, a revista de Hamburgo explica como a política na Europa e nos EUA corre em vão atrás dos mercados financeiros – destabilizando-os cada vez mais. Há 3 anos, na época em que os Estados se endividaram fortemente para salvar os seus bancos, ninguém responder quando se perguntou quem iria salvar os salvadores, recorda Der Spiegel. Até hoje, "o sinal distintivo dos resgates europeus é chegarem atrasados e serem insuficientes". Quanto à China, é improvável que possa salvar a economia mundial, por estar embalada numa economia sobreaquecida, que se arrisca a fazer explodir a próxima bolha, nota a revista.
E conclui: "A lição a tirar desta crise resume-se em duas palavras: finanças públicas sólidas", que implicam difíceis curas de austeridade e dolorosas delegações de soberanias nacionais. "Para o bem-estar do ocidente, nada é mais determinante do que saber se os Governos conseguem refletir no longo prazo. Têm de pensar para além das próximas eleições.

SEM ESPINHAS

PANGEFRMÂNIA - concordo plenamente

Uma Europa alemã?

• José Loureiro dos Santos, À terceira oportunidade, uma Europa alemã? [hoje no Público]:
    ‘(…) E se afinal a chanceler Angela Merkel não for a líder tão fraca que os restantes líderes da UE e os outros chefes de governo pensam que é? Se, pelo contrário, for uma chefe de governo que actue na esteira dos seus antecessores mais ilustres desde a reunificação, isto é, em proveito do Estado alemão, defendendo convictamente os seus interesses e procurando impor aos parceiros europeus a sua vontade, com a finalidade de transformar a Europa (pelo menos a Europa continental) no novo "império" germânico? Se for assim, será mais fácil entender-se a linha estratégica do Governo alemão na crise das dívidas soberanas europeias. Recordamo-nos que Helmut Kohl teimou, contra tudo e contra todos, alcançando a reunificação da Alemanha, veementemente detestada por Mitterrand e Thatcher (agora, há quem lhes dê razão), e Schroeder impôs em Maastricht que o peso alemão descolasse do da França (deitando às malvas o tão badalado eixo franco-alemão) nas votações da UE por maioria relativa. Por que razão Merkel não deveria ter preocupações idênticas e não haveria de conduzir uma política que, na linha dos seus antecessores, entregue a Berlim o poder de ditar a sua vontade aos outros estados europeus? Olhada por este prisma, a estratégia de Merkel tem sentido. A sua orientação incorpora a preocupação central de atrasar as decisões sobre as medidas a tomar, sempre que se torna necessário desatar cada um dos sucessivos nós que vão levando os parceiros da União à urgente necessidade de serem ajudados (no que a Alemanha tem a última e decisiva palavra), "esticando a corda" o mais possível, gerando ansiedade nas opiniões públicas e provocando normalmente a escalada dos juros das dívidas entretanto contraídas pelo Estado em causa. Este "esticar de corda" mantém-se sempre até à situação em que os parceiros, de tão desesperados que estão, se sujeitam a aceitar todas as condições que Berlim quiser impor, em contrapartida dos biliões de euros com que paga a submissão admitida por quem precisa. Desta forma e com uma estratégia surpreendentemente astuciosa, aparentando indecisão e fraqueza, o que Merkel está realmente a tentar fazer é, aproveitando a oportunidade conferida pela movimentação tectónica dos fluxos de poder mundial que se encontram na base de um processo de profunda alteração da ordem internacional, procurar atingir o objectivo que nem o Kaiser nem Hitler conseguiram alcançar: posicionar-se como a sexta grande potência global do próximo futuro com assento no restrito grupo de governo mundial, o que só será possível se a sua vontade política se alargar incontestada a todo o continente europeu ocidental, até às praias do Mediterrâneo e do Atlântico.’

ENGLAND IS FAILED

comunistas na inglaterra, só mesmo aquiAQUI

EM VILA DO CONDE ERA IGUAL


Quando havia princesas no Guadiana

  
São cada vez menos os que têm memória dos tempos áureos da pesca da sardinha na costa do Algarve e, em particular, em Vila Real de Santo António, poucos serão os que têm a noção real do empobrecimento da nossa costa. Durante muito anos não vi um golfinho na praia de Monte Gordo, fui dezenas de vezes ao mar em traineiras e outras tantas em navios patrulha da Armada (era um puto e era quase uma mascote dos navios patrulhas que costumavam estar no Guadiana), palmilhei a costa desde Punta Umbria a Tavira e nunca vi um golfinho. Nos últimos anos é frequente avistá-los quase junto à praia e interpreto a aproximação dos golfinhos corvineiros à costa como um sinal evidente da escassez de cardumes de sardinha.

Quando era criança havia em Vila Real de Santo António dezenas de traineiras, e cada uma delas tinha duas enviadas, barcos de apoio que apenas tinham um porão e serviam para carregar de sardinha. A partida para o mar era um espectáculo todos os dias ao pôr-do-sol, saiam em fila indiana e quando a primeira traineira já estava no mar alto ainda haviam traineiras na doca. Em dias de muita pesca as traineiras apinhavam-se em todos os espaços disponíveis para descarregar e muitas delas só estavam livres da sua carga a horas de ir de novo para o mar.

No passado as traineiras partiam ao fim do dia e regressavam ao princípio da manhã, quando estavam carregadas, há dois anos fui para o mar, parti ao pôr-do-sol e às onze da noite estava a regressar com aquilo que terá sido uma pescaria razoável, mas no passado seria uma quantidade desprezível. Havia uma única traineira e foi preciso palmilhar muitas milhas para encontrar um pequeno cardume de sardinhas. Hoje não há uma única traineira em Vila Real de Santo António, todos os cais estão ao abandono, a antiga doca é uma ruina. As fábricas de conservas deram lugar a urbanizações de apartamentos e de décadas de esplendor pouco mais resta do que os azulejos da Capitania do Porto. Tudo o resto é ruina e, pior ainda, falta de memória.

A “Princesa do Guadiana” já deve ter sido abatida e deve estar a apodrecer num qualquer estaleiro abandonado, resta que os poucos pescadores morram para que todo um passado seja esquecido. Toda a riqueza etnográfica está perdida, as imagens são escassas, as embarcações recuperadas são escassas, a recolha de informação ficou por fazer. Restam fantasmas como o cheiro a atum que se sentia no ar quando as fábricas “metiam” atum, o barulho ruidoso do motor da “Pérola do Guadiana” quando passava no rio (os barcos reconheciam-se pelo perfil e pelo ruído do motor), as carroças puxadas a cavalo carregando os atuns enormes descarregados no cais da fábrica Angelo Parodi.

Até o património arquitectónico da época está em ruínas ou mal documentado, o edifício da Alfândega aguarda pela derrocada, a bela portaria do hospital local que tinha sido doado por Angelo Parodi foi arrasada com o velho edifício, das fábricas de conserva nada resta além do ninho de cegonhas no cimo da chaminé que insiste em erguer-se do meio das ruínas da fábrica Ramirez.

Mas que importa tudo isto, este país agora vive das escolhas para a administração da CGD da venda do BPN, das idiotices do Álvaro, do regulamento de vestuário da Cristas, do Facebook do Cavaco Silva, dos comentários do Marcelo ou dos sms da Manuela Moura Guedes.

domingo, 7 de agosto de 2011

Fumos de Guerra a Leste

autocracias ( ditaduras ) estão na moda e são o melhor fermento para acelerar a inevitável gguerra, como se pode perceber aqui entre rússia e ucrânia

CAVAQUISTAS !

Cavaco e BPN

Entrevista de Miguel Sousa Tavares ao DN:
    De qualquer modo, vemos que o Presidente Cavaco Silva - que é idolatrado por este Governo e a quem respeitam todas as opiniões...A Cavaco? Mas Cavaco tem opiniões? Alertou contra as agências de rating...Só vejo o Presidente falar após factos consumados, a fazer análise e constatações óbvias. Agora alerta contra as agências de rating, mas há seis meses era para que não fôssemos contra elas, porque estavam a fazer o seu trabalho. A sua capacidade de previsão — que se está sempre a auto-elogiar! — é muito curta. A magistratura activa que prometeu não se verifica?Aconteceu. Viu-se no discurso de posse, que foi um ataque ao Governo de Sócrates. Quando estava enfraquecido e a situação do País era péssima, tendo dado o empurrão necessário para o Governo ir abaixo. Mário Soares até disse que, se fosse o primeiro-ministro, teria batido com aporta. Era a atitude correcta? Não, porque a situação do País era grave demais para permitir estados de alma desses. Acho que Sócrates foi muitíssimo bem-educado quando lhe pediram um comentário a seguir ao discurso de posse e se limitou a dizer que era injusto. Cavaco fez o discurso todo contra o Governo, como se não houvesse uma situação internacional de crise. Agora, é o discurso ao contrário. (…) É aceitável que o Banco Português de Negócios valha o mesmo que o valor dado por Pais do Amaral - 40 milhões de euros – pela transmissão dos jogos do Benfica? É pior ainda, porque o BIC não oferece 40 milhões, recebe 510 milhões, porque o Governo vai lá pôr 550. O BIC consegue até que o Governo vá custear as indemnizações aos trabalhadores despedidos e, posteriormente, pagar o subsídio de desemprego; limpar o que é incobrável e oferece-lhes os fundo de maneio para terem o rácio de capitais que o Banco de Portugal exige. Quando vemos a presidência da Caixa Geral de Depósitos ser alargada para Faria de Oliveira ficar e Mira Amaral aparecer em nome do BPN, podemos ser levados a pensar que os ex-ministros de Cavaco Silva têm tido uma vida prolongada? Têm tido uma vida prolongada e agitada. No outro dia, com um amigo, começámos a assentar nomes das personagens do Governo de Cavaco Silva. Metade teve problemas com a justiça ou é suspeito de poder vir a ter! É extraordinário, para um homem que se gaba tanto da sua integridade, e o mínimo que se pode dizer é que não soube escolher os colaboradores.

sábado, 6 de agosto de 2011

SÓCRATES VOLTA, POR FAVOR ! iX

Eles aí estão

• São José Almeida, As boas intenções e a perpetuação do clientelismo [hoje no Público]:
    ‘(…) O aparelho de Estado e o próprio governo são locais de emprego de clientelas. As hostes de cada partido estão já à partida à espera de serem colocados em lugares de confiança política, quando o seu partido ganha a eleição. A existência de um bloco central de interesses está associada e depende precisamente desta cartelização dos cargos públicos, que são distribuídos, à vez, pelo partido vencedor de eleições, mas que beneficiam pessoas de três partidos do arco do poder. É também sabido que este clientelismo é uma das razões por que há favorecimento, tráfico de influências e corrupção no Estado. Em vez de o Estado ser servido por um corpo de funcionários públicos que cumprem a sua função por missão e interesse público e por ligação e dedicação ao Estado e à causa pública - como acontece em democracias como a inglesa ou a francesa -, paralelamente ao funcionalismo público, muitas vezes subaproveitado, crescem como cogumelos os especialistas, os assessores, os adjuntos, os gabinetes, os escritórios de advogados a que se pedem pareceres. E quando todos esperavam que era esse despesismo e esse multiplicar de contratados que ia finalmente começado a ser cortado, afinal continua tudo na mesma e o clientelismo perpetua-se. Esta perpetuação torna-se mais escandalosa, quando o Governo fez a campanha eleitoral com base num discurso de promessa de intransigência com favorecimentos e com o que dizia ser o excesso de despesismo no Estado. Uma linha discursiva que levou ao excesso da demagogia e do populismo, ao assumir como eixo de campanha aquilo que apresentava como moralização do Estado e da despesa pública através do emagrecimento do governo. Passos Coelho usou até à exaustão propagandística a ideia de que ia poupar imenso dinheiro ao Estado reduzindo o número de ministérios e foi uma das suas primeiras apostas já depois de eleito: a propaganda da redução a 11 ministérios. Afinal, parece que o emagrecimento foi apenas ao nível do número dos ministérios, mas a sua composição permanece ou até aumenta. O paradigma deste discurso populista, demagógico e enganador é o caso do ministro Álvaro Santos Pereira, que esta semana foi à Assembleia da República criticar o ministério que herdou - no caso dele, ministérios, pois agrega dois e meio: Economia, Trabalho e Obras Pública. Indignado, o ministro verberou contra os seus antecessores por ter encontrado aquilo que classificou de ostentação de carros. Mas esqueceu-se de acrescentar que é, só por si, responsável por 40 por cento das nomeações de especialistas e tem direito a ter a mais bem paga chefe de gabinete de todo o executivo (5821 euros). Santos Pereira tem, aliás, sido pródigo em intervenções polémicas. E a sua prestação parlamentar ficou marcada pela defesa de uma linha de governação que tudo indica ser um regresso a concepções salazaristas da economia. Pelo menos no que se refere ao turismo. Isto porque a ideia do programa "reforma ao sol" para estrangeiros, ou seja, a aposta em cativar turistas reformados estrangeiros para virem para Portugal passar longos períodos é próxima da linha de orientação para o turismo do tempo de Salazar. Será que Santos Pereira quer que nos dediquemos ao turismo de criadagem e que vivamos de gorjetas de estrangeiros ricos?’

sócrates volta, por favor ! VIII

“Um curriculum de 23 anos de experiência” (em especial, na secção laranja do DN)

Conta hoje o Público que o Álvaro — que tanto fala em ostentação — anda a pagar aos seus boys & girls montantes equivalentes aos vencimentos dos directores-gerais da função pública. Coisa inédita.

Veja-se o caso de «Maria de Lurdes Vale, a assessora de imprensa que o ministro requisitou ao Diário de Notícias. O diploma publicado no DR indica que a jornalista foi nomeada para "realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionais, na área da informação e comunicação social". A nomeada aufere também a remuneração correspondente ao estatuto remuneratório do cargo de direcção superior de 1.º grau, incluindo subsídio de alimentação, acrescida dos respectivos subsídios de férias e de Natal". Já o pagamento de abono para ajudas de custo "nas deslocações que efectuar é equivalente ao efectuado para os adjuntos dos gabinetes ministeriais". Confrontada com o facto de ser a assessora de imprensa mais bem paga deste Governo - nem os assessores do primeiro-ministro recebem tanto -, Maria de Lurdes Vale salientou que é responsável pela assessoria de comunicação de um "superministério que, além do ministro, tem seis secretarias de Estado" e lembrou que "tem um curriculum de 23 anos de experiência". Esta informação surge depois da polémica em torno do salário (5.821,30 euros) da chefe de gabinete do ministro. Santos Pereira justificou a remuneração pelo facto de Marta Neves ser uma "superchefe de gabinete".»

SÓCRATES VOLTA, POR FAVOR! VII

O efeito borboleta, versão Verão 2011


Quando Sócrates governa mal um dos mais insignificantes país da União Europeia causa um terramoto na maior economia do mundo

SÓCRATES VOLTA , POR FAVOR ! VI


Hoje no Expresso

SÓCRATES VOLTA, POR FAVOR ! V

Dossier Caixa - a fase em que nos atiram areia para os olhos

O Governo satisfaz mais uma imposição da troika. A SIC teve acesso ao despacho que fixa o novo plano de remunerações e avança que cada administrador vai receber, em média, quase menos 10% que no anterior mandato - uma poupança para o Estado de €6400 por mês.
O Governo ditou, a SIC noticiou, o Expresso online reproduz. Uma maravilha.
Falta saber se os € 6400 euros que o Estado poupa por mês em salários não se escoam (upa, upa...) nas mordomias que o novo modelo de gestão implica. Ou os gastos (gabinetes, secretariado, automóveis de alta cilindrada...) são idênticos para os (antigos) vogais e para os (novos) vice-presidentes e quejandos?