sexta-feira, 13 de maio de 2011

SE OS AMERICANOS DEIXAREM DE INJECTAR DINHEIRO ( QUANTITATIVE EASING ) VAMOS TER UM COLAPSO DE PREÇOS

O preço da onça de prata caiu esta quarta-feira 8,2%, mais do que a 5 de maio – o dia do crash geral nos mercados de commodities, quando descera 5,3%. Caiu mais do que a 5 e 6 de maio em acumulado. Foi um crash mais violento do que o da semana passada.

Depois de dois dias de subidas durante o começo desta semana, com ganhos acumulados de 5,2%, a onça de prata caiu de um valor de 38,49 dólares no fecho de terça-feira para 35,23 dólares no fecho de quarta-feira.

As quebras esta quarta-feira não se restringiram à prata. O barril de Brent, depois de ganhos acumulados de quase 8% nos dois primeiros dias da semana, desceu hoje 4,3%. O preço do barril de referência mundial (a variedade europeia) caiu de 117,8 dólares no fecho de terça-feira para 112,57 dólares no fecho de quarta-feira.

Estas quebras foram acompanhadas de descidas superiores a 3% em outras commodities importantes: açúcar, trigo, café e milho.

O preço da onça de ouro baixou apenas 1%.

Pressão do final do QE2

Segundo muitos analistas, as razões fundamentais para estes flash crashes prendem-se com a fase final do programa de “dinheiro quente” injectado pela Reserva Federal americana (FED, o banco central), conhecido na gíria técnica por quantitative easing (alívio quantitativo, uma política monetária de injeção de liquidez na economia).

O programa do FED, que vai na sua segunda edição (por isso conhecido como QE2) começou em Novembro do ano passado e termina, agora, em junho. E entre os investidores permanece a interrogação se irá ter sucessor – um QE3 – ou não. À cautela, a previsão de que o “dinheiro quente” vai escassear no futuro, está a empurrar os investidores para um movimento de pânico de venda (em alguns casos procederam a retiradas estratégicas antes destes crashes de maio).

Por isso, segundo a própria Reuters, “o mercado continuará nervoso até ao momento do QE2 terminar”. Ou seja, a volatilidade não vai largar o mercado em maio.

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