quarta-feira, 23 de março de 2011

PORQUE É QUE EU NÃO POSSO SER DEMOCRATA MAS NÃO DESISTO DE SER SOCIALISTA 1

As recentes exigências de vultos e algumas sombras da direita política apelando para que o Partido Socialista Português mude de líder ( ou seja , saneie Sócrates ) para que essa direita ( PSD e CDS ) possam fazer após eleições ( e se tiverem maioria ) uma União Nacional ( é mesmo assim que lhe chamam e eu até nem acho mal ) que governe Portugal, fez-me pensar que - lá no fundo - não sou só eu que não sou democrata. Embora eu tenha limites e eles não . Na verdade quem pretende que o país só é governável pelos três partidos do "arco da governabilidade " desde que um deles  - o PS - mude de líder , e ainda por cima o exigem em cima da sua entronização ( na sexta-feira  como secretário geral eleito pelos militantes do PS ) éstá ao nível do coronel Kadafy no que toca a amor à democracia.

José Sócrates foi eleito há um mês secretário geral do PS com mais de 90% dos votos e ninguém com suficiente força política se lhe opôs. Por isso quando, da paranoia de  Cavaco Silva até ao pequeno Portas das feiras, passando pelos lampiões ferrrugentos do PSD que criaram o "monstro" como os Nogueiras , todos os videirinhos PSDs do BPP e do BPN e restantes Correias e e Menezes que  estão em  todas,  em uníssono "exigem" a saída de Sócrates da vida política com o argumento fácil e insusceptível de prova de que ele faz parte do problema mas não da sua solução , então eu assumo-me como não democrata.

Sócrates deve ficar no cargo para que foi eleito, e no caso de não conseguir uma maioria absoluta a que tem direito natural pelo hercúleo esforço que fez para ser verdadeiramente socialista e patriota,  deve apoiar ou não o Governo de direita que vencer, sempre que seja por dever de patriotismo , nunca por obrigação de apoiar quem não vai cortar as reformas obscenas ( superiores a 600 contos - para que me entendam ), nem reformar negócios de bolsa, nem corrigir desigualdades incrivelmente gritantes que fazem de Portugal um dos mais ultrajantemente desiguais (nos rendimentos pessoais) países europeus ( há piores : a rússia e mais três países de leste ).

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