domingo, 20 de março de 2011

a desgraça dos pensionistas

Segundo os tink-thanks a que pertenço e produzem material estratégico confidencial, pode dizer-se que , ao contrário do que até agora sucedeu sempre que houve num país desenvolvido recessão, deste vez a recessão não vai ser acompanhada de deflação ou estabilização de preços ( como aconteceu no Japão durante 15 anos ). Desta vez , em Portugal vai haver ( "poderá assistir" - expressão usada no relatório interno citado abaixo é um eufemismo de thik-thank ) recessão este ano e no próximo com inflação importada de bens transacionáveis e endógena nos serviços que já têm preços especulativos ( saúde, educação, banca, seguros , etc )

Ou seja, assistiremos a uma uma recaída (double-dip) na recessão (nos países desenvolvidos) com inflação  significativa.

Ao contrário do período típico de recessão em que a queda do produto se associa a uma deflação vertiginosa ou do período atípico dos anos 1970 em que a inflação se associou a estagnação económica, sobretudo nos Estados Unidos – o que levou à criação do neologismo estagflação (stagflation, no original) -, o ano de 2011 poderá assistir a uma recessão associada a carestia de vida.

Por tudo o que vou sabendo, o que aconselho os meus dois leitores e meio a fazer é amealhar o mais possível mesmo ( e sobretudo ) quando achem que já não levam uma vida digna. Porque é melhor não confundir as coisas : o que não é digno é gastar mais do que se precisa para o futuro e presente ; o que não é digno é andar com roupa com nódoas mas não com roupa limpa mas coçada ou rota; o que não é digno é insistir em projectar para os vizinhos que ainda se tem dinheiro para fazer férias no Vietname, no Abi- Dahbai, ou em Marrocos ; o que é indigno é mentirmos a nós mesmos naquele processo psicanalítico de denegação da realidade ( e não negação -  como diziam os burros e deseruditos dos papagaios políticos que atacam o nosso primeiro-ministro eng. José Sácrates ).

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