sexta-feira, 8 de julho de 2011

PONTO FINAL DA GRÉCIA?

Com a atenção que está a ser dada à avaliação da dívida soberana portuguesa nos últimos dias, em virtude da decisão tomada pela agência de notação de risco Moody’s, tem passado despercebida a situação da dívida grega, que está a deteriorar-se ontem e hoje (7 de junho) para níveis jamais atingidos.

O risco de incumprimento da dívida grega estava, hoje, à hora de almoço, em 84,74%, um novo máximo histórico, depois de ter destronado o máximo de ontem em 84,15% na hora de fecho. Acabou, por fechar em 83,92%, um valor muito abaixo do pico atingido à hora de almoço e abaixo do valor de fecho do dia anterior.

O efeito Trichet (decisões tomadas pelo Banco Central Europeu e comunicadas em conferência de imprensa em Frankfurt pelo seu presidente) fez-se sentir, neste caso, mais acentuadamente do que em Portugal e na Irlanda.

O novo máximo intra-diário foi acompanhado por um disparo do custo dos credit defaut swaps (cds), ou seja do preço dos seguros financeiros contra a probabilidade de se efetivar um default da dívida grega.

O nível a que chegou esta quinta-feira o custo dos cds foi um novo recorde; fechou em 2441,27 pontos base (apesar da probabilidade de default ter baixado). Aproxima-se, assim, do patamar dos 2500 pontos base atingido pela Argentina em julho de 2001, apenas cinco meses antes da declaração do default em Buenos Aires numa situação política e social caótica.

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