segunda-feira, 11 de julho de 2011

ITÁLIA SOB ATAQUE

A Itália acabou de entrar esta manhã para o 9º lugar do “clube” da bancarrota, ou seja para o ranking dos 10 países no mundo com maior probabilidade de entrarem em default num horizonte de 5 anos, de acordo com o monitor da CMA DataVision que avalia os movimentos em vários mercados da dívida e os transforma, através de um modelo, em probabilidades.
O risco de default para a dívida italiana, à hora de almoço, subiu para 22,32%, acima do nível de risco do Vietname e do Líbano (que, agora, está em 10º lugar), e passou diretamente para a 9ª posição no referido “clube”.
No fecho, o risco de default de Itália fixou-se em 23,59%, mais de 3 pontos percentuais em relação ao fecho de sexta-feira passada. Mais de 2 pontos percentuais de subida em um só dia.
Foi a probabilidade de incumprimento que mais subiu no universo dos 80 países monitorizados pela CMA DataVision – um disparo de 20% num só dia.
Este disparo do risco soberano foi acompanhado pela subida do risco de um conjunto de grandes empresas multinacionais italianas, como a Enel, Eni, Seat, Atlantia, Edison e o banco Unicredit
Esta evolução da dívida italiana era previsível depois dos desenvolvimentos na sexta-feira.
5 membros no “clube” desde esta segunda-feira “negra”
Com esta subida, o “clube” da bancarrota conta, agora, com 5 membros da zona euro – Grécia, que lidera, com mais de 86%, Portugal em 2º lugar com mais de 62%, Irlanda em 3 º lugar com mais de 58%, Espanha em 8º com 26,44% e Itália em 9º com 23,59%.
Refletindo esta situação de degradação da dívida italiana, as yields (juros implícitos) no mercado secundária relativas aos títulos italianos estão num disparo jamais visto. Em um só dia, os juros a 2 anos aumentaram 19,9%, os a 3 anos mais de 16%, os a 5 anos quase 13%, e os a 10 anos quase 8%.
A bolsa italiana voltou a cair, com o índice bolsista MIB fechando com uma queda de 3,96%.

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