sexta-feira, 26 de novembro de 2010

sinais acumulam-se II

UE-Rússia

Putin defende zona de comércio livre

26 novembro 2010 Rzeczpospolita Varsóvia
“A Rússia quer a integração com a UE", escreve o Rzeczpospolita, comentando um artigo de Vladimir Putin, publicado na véspera, no Süddeutsche Zeitung. Nele, o primeiro-ministro russo explica a sua ambiciosa visão de uma “comunidade económica harmoniosa que irá de Lisboa a Vladivostok”, e fala na criação de uma zona de comércio livre e de laços económicos mais estreitos entre a UE e a Rússia. Para isso, escreveu Putin, é necessário que se reúnam várias condições: primeiro, a Rússia tem de aderir à OMC; depois, o regime de vistos entre a UE e a Rússia deve ser revisto cuidadosamente e deve ser posta em prática uma vasta cooperação nos domínios científico, tecnológico e energético. “O plano marca uma reviravolta no pensamento de Putin”, sublinha, no jornal, um especialista da Fundação Bertelsmann, segundo o qual o líder russo costumava ser mais favorável a uma aproximação económica com o Extremo Oriente e o espaço ex-soviético. Um membro do Instituto Finlandês dos Assuntos Internacionais arrefece o entusiasmo afirmando que “Putin espera que a UE vá adaptar a sua legislação em nome da cooperação com a Rússia, mas isso não é realista”, apesar de ser “um sinal encorajante de que, pela primeira vez, a Rússia começa a tratar seriamente a UE como um parceiro”.

Nota de csp : é notável esta explicitação da posição russa sobre a sua relação com o Ocidente. Ela, todavia já era  por um lado de esperar depois da cimeira da NATO em Lisboa há oito dias, e , por outro lado está em linha com as traves mestras da política externa desde os Czares: entre o Oriente ( leia-se China ) e o Ocidente a aliança é com o mais fraco para conseguir a independência da ideossincrasia russa.
Por isso, este reconhecimento explícito de Putin significa que os russos entendem que o Ocidente ( lei-se União Europeia)  está fraca, e a China começa a ser "o problema ".
Porque agora, é obvio que depois da ocupação económico e ideológico que Pequim fez na vastíssima e rica Mongólia ....resta o seu hiberland natural: a Sibéria.
Mais achas para a próxima confusão militar inevitável a acontecer sem haver milagre - como aqui venho afirmando desde há quase dois anos. Só que desta vez vai começar no Extremo-Oriente.

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