quarta-feira, 17 de novembro de 2010

COMEÇOU A MITIFICAÇÃO DE P.P.P.

COISAS DA SÁBADO: A HAGIOGRAFIA DE PEDRO PASSOS COELHO NO SOL

Pode ser que, quanto ao resto, alguma coisa seja verdadeira, mas desconfio muito pela amostra. No que me diz respeito directamente, ou a factos, reuniões e acontecimentos de que fui testemunha directa, em particular nos anos de Cavaco Silva (de cuja Comissão Política fui membro), tudo o que lá está são reconstruções a posteriori de eventos, com o objectivo explícito de gerar uma determinada imagem biográfica, mas muito longe da verdade. No que mais directamente se me refere, por exemplo quanto às eleições na Distrital de Lisboa, não há um único facto que seja verdadeiro: os números estão errados, as descrições são falsas, o que se passou grosseiramente deturpado. E é que não é um problema de interpretação, se fosse isso deixaria passar com caridade, mas são factos, números, eventos, testemunhos. Portanto a autora Felícia Cabrita confiou nas suas fontes, que a enganaram, e deveria tirar daí as suas ilações, mas também não verificou o que lhe disseram, o que devia ter feito. Até porque vem tudo nos jornais da época, ou quase tudo. E, felizmente, para a história futura, eu guardo os papéis todos e tenho uma excelente memória.

NOTA DE CSP : este post retirado do blog de Pacheco Pereira, está perfeito.
Do que conheço do passado de PPC (Pedro Passos Coelho ), o artigo laudatório a PPC publicado no ppdista SOL, é o início duma campanha revisionista e branqueadora da personagem que, de facto, é politicamente, humanamente ,socialmente e culturalmente muito fraca.
Mas tenho esperança que esta"mensagem" deturpada de PPC e da sua vida não cole no povo , até porque o plástico é dificil de colar.
Quanto à autora, a jornalista Felícia Cabrita, bom ... é o seu habitual , ou como se dizia na minha segunda terra, Cinfães, é o seu cotio ( a língua portuguesa é muito....traiçoeira, mas cotio vem até no dicionário como sinónimo de habitual ou quotidiano), e sendo assim comum nela deitar uns espichos para o ar e fugir logo para que lhe não caia nada na cabeça , não era expectável melhor. Foi assim com a Casa Pia, o caso Freeport, o caso da licenciatura de Sócrates, o caso dos mamarrachos que o mesmo Sócrates assinou e são como todos os daquela época, etc. Sempre de modo isento a dar pancada a quem tem ódio e a agraciar quem pode cobrar-se desse ódio...

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