domingo, 3 de abril de 2011

LOST IN TRANSLATION - o amôr é um lugar ( muito ) estranho

Há três semanas que somos todos japoneses. A minha relação com o Japão e esse espantoso povo duma têmpera que não existe mais, é hoje o de um amor perdido. Perdido do alto duma janela fechada para que o plutónio lá não entre, fechado numa bola vítra de flocos de neve que havia em minha casa e era quase caleidoscópica e que me transportava sempre para a fantasia que toda a paixão é, encerrada enfim num monte de betão lançado de helicóptero até as angústias perdidas, as mesmas que, perdidas são raíz de todas as paixões, Hiroshima meu amôr, agora revisitado . Na despedida, um até sempre, porque cada povo tem o Casablanca que merece. Eu fico-me com a Scarlett Johansson, mas podia ficar com outra japonesa qualquer.




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