sábado, 11 de junho de 2011

pior era impossível

As divergências no seio da zona euro sobre a resolução para a crise grega tornaram a semana que finda num verdadeiro pesadelo para os quatro países da zona euro (jocosamente designados por PIGS, o acrónimo em inglês) sob observação dos mercados da dívida.
A Grécia terminou com um risco de default próximo de 73%, Portugal galgou o patamar dos 46% (no próprio dia de Portugal), a Irlanda subiu para um nível de 45% e Espanha regressou ao 9º lugar no “clube” da bancarrota com quase 21% de probabilidade de incumprimento.
Os juros dos títulos públicos estiveram em alta no mercado secundário. Os mais pressionados foram os juros dos títulos gregos a 3 anos que subiram acima de 26%, dos títulos gregos a 2 anos que chegaram perto dos 26%, das obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 3 anos que ultrapassaram os 12%, das OT a 10 anos que chegaram aos 10,43%, dos títulos irlandeses a 2 anos que atingiram os 11,76% e das obrigações espanholas a 10 anos que subiram para 5.47%, segundo dados da Bloomberg.
Os investidores na dívida destes países temem que nenhum consenso seja obtido na próxima reunião do Ecofin dia 20 de junho e na cimeira da União Europeia nos dias 23 e 24, e que a questão da resolução da crise grega se arraste com um cenário de default cada vez mais provável no horizonte. Ou seja, o risco de um fracasso do plano de resgate de Atenas pela troika que, na ideia dos investidores, poderá ser o percursor de uma vaga em cadeia nos outros países já “intervencionados” pela UE/BCE/FMI.
Entretanto, a Moody’s colocou ontem 7 bancos portugueses em lista de espera para uma possível revisão em baixa da notação e foi feito um pedido de informação a um Credit Derivatives Determinations Committee da ISDA (International Swaps and Derivatives Association) sobre se o Allied Irish Banks entrou em situação de “evento de crédito”.

Sem comentários:

Enviar um comentário