sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A QUESTÃO DAS FRONTEIRAS E DAS MINORIAS FOI O QUE LEVOU ÁS DUAS GRANDES GUERRAS

Ucrânia

A generosidade invasora de Budapeste e Bucareste

5 agosto 2011
“Kiev começa a ter sérios problemas com países vizinhos”, constata o jornal russo Nezavissimaïa Gazeta, que relata a exasperação da Ucrânia quanto à concessão de passaportes húngaros e romenos aos seus cidadãos, nomeadamente aos do lado ocidental do país. Apesar da proibição da dupla nacionalidade na Ucrânia, o processo ganha amplitude, visto que “as exigências para obter um passaporte romeno ou húngaro são mínimas: o candidato precisa de provar as suas raízes [etnias romenas ou húngaras] ou demonstrar que a sua família vivera em territórios que outrora fizeram parte da Roménia ou Hungria”, nomeadamente antes da Segunda Guerra Mundial.
Esta “integração individual na União Europeia” deverá servir de alerta para o governo, que caso não seja capaz de resolver de forma eficaz os problemas sociais e económicos, poderá ver “centenas de milhares de ucranianos a pedir nacionalidade estrangeira”, previne o jornal russo. Mas a verdadeira ameaça que se perfila é a do separatismo, porque Kiev pode “perder o controlo sobre os territórios povoados por cidadãos estrangeiros”, acrescenta o Nezavissimaïa Gazeta, que cita o especialista ucraniano Alexandre Gavrich, segundo o qual “para que tal aconteça, basta que os slogans de pertença cultural se transformem em reivindicações políticas”.

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