quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A ALEMANHA JÁ QUER O NOSSO OURO!


Ursula von der Leyen, ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais do governo federal alemão chefiado por Ângela Merkel, afirmou que os planos de resgate na zona euro só deverão avançar com colateral garantido – reservas de ouro ou ativos industriais. A posição da ministra, que é também vice-presidente da CDU, o partido da chanceler alemã, foi divulgada hoje pelo jornal Der Spiegel .

As reservas de ouro de Portugal somam 382,5 toneladas e as da Grécia 111,5 toneladas, no que se refere a dois países resgatados. A Irlanda dispõe apenas de 6 toneladas.

O valor das reservas de ouro portuguesas rondam, a preços atuais, os €15 mil milhões, 13% da dívida directa do Estado.

Quanto aos países cujo risco da dívida tem aumentado, a Itália dispõe de 2451,8 toneladas, sendo a 4ª entidade mundial com mais reservas de ouro (depois dos EUA, Alemanha e Fundo Monetário Internacional), a Espanha 281,6 toneladas e a Bélgica 227,5 toneladas.

A Alemanha, com 3401 toneladas, é o segundo maior detentor de reservas de ouro, depois dos EUA.

Os “colaterais” estão em foco

Refira-se que o tema de “colaterais” como garantia dos planos de resgate tem estado em foco em virtude da exigência da Finlândia de dó dar assentimento ao 2º plano de resgate à Grécia – acordado na cimeira europeia de 21 de julho – se Atenas aceitar bilateralmente dar garantias específicas a este país nórdico.

Garantias bilaterais que vão para além da imposição da troika de um plano de privatizações de ativos gregos que ronda os €50 mil milhões.

O primeiro-ministro finlandês disse hoje que, sem um acordo bilateral no atual formato ou com emendas, a Finlândia não aprovará o 2º plano de resgate á Grécia. A agência de notação Moody’s já considerou que estes procedimentos bilaterais poderão conduzir a uma situação de impasse e redondar na precipitação de um default grego.

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