terça-feira, 28 de julho de 2009

O MONSTRO

Em 2000, Aníbal Cavaco Silva referiu-se ao sorvedouro das despesas públicas como " o monstro incontornável".
Agora, por um estudo de Ricardo Reis, professor de macro economia da universidade de Columbia, ficamos a saber que:
O Estado consome hoje mais de 8700 milhões de euros , mais do dobro em termos reais, do que há 23 anos.
O maior aumento da despesa ocorreu durante o governo de Durão Barroso e Santana Lopes (0,48% ao ano); segue-se o governo do próprio Cavaco Silva ( 0,32% ao ano); António Guterres ( 0,31%); e finalmente, josé Sócrates ( com uns modestos 0,14 % ao ano, descontando este ano em que por via das compensações à crise, o número vai crescer ).
Que Teixeira dos Santos foi o único ministro das Finanças Públicas que reduziu o tamanho do monstro, de 21,5% do PIB quando tomou posse, para 21% em finais de 2008 !).
Que tal como dizia Miguel Cadilhe, o monstrinho transformou-se num grande monstro no início de 1990, quando Cavaco Silva - contra o parecer do seu ministro Cadilhe - resolveu abrir os cordões à bolsa.
Que sempre que um governo teve maioria absoluta, quer do PSD quer do PS, o monstro tendeu a crescer menos.
Que entre 2000 a 2008 , Portugal teve crescimento nulo e no mesmo período de tempo a despesa pública total subiu 45%.
Que sempre que o défice público aumenta em Portugal, ele é compensado com aumento de impostos.
Daí, quem disser que, daqui a 6 meses não aumenta impostos, já estará a mentir agora; que a drª Ferreira Leite vai ter de tomar muita papa Maizena para provar aos portugueses que é melhor que Teixeira dos Santos.
Que os bloquistas ainda não perceberam que os portugueses já perceberam que eles mentem quando falam da classe média que já não vai haver no futuro porque ainda há gente ( como eu ) com " direitos adquiridos " que disfarça esta desgraça.
Que o PCP anda a delirar nos pátios internos do que resta do Conde de Ferreira, quando grita os amanhãs que cantam; que o CDS de Portas anda a protestar mais que nunca porque já percebeu que a sua classe alta já era, numa altura em que se desenha a transferência de benefícios sociais dela para as classes a caminho da quase indigência.
Que pena que ainda tão pouca gente se tenha dado conta que andamos todos a viver acima das posses!
( gráficos do que fica dito estão publicados no i de hoje) .

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