sexta-feira, 17 de julho de 2009

A CLASSE MÉDIA ACABOU POR UNS ANOS

Os números que vieram a público ontem sobre o estreitamento da diferença entre ricos e pobres em Portugal é evidente. Por um lado os ricos e os muito ricos fartaram-se de perder dinheiro com a crise. Por outro, os pobres, levaram com um banho de subsídios ( que os que trabalham vão pagar ) do Estado, para combater a crise e só para isso ( já alguém pensou quem é que vai ter coragem para depois da crise acabar com os subsídios para a crise ou ainda não pensaram nos "direitos adquiridos?).
Do desastre de uns e das relativas benesses de outros surgiu um país mais igual - por baixo.
Pois é.
Mas se pensarmos no que aí vem, a coisa piora um pouco. A não haver uma guerra, que é costume haver, quando a metade rica do mundo empobreçe, e a metade pobre enriqueçe ( 0 Ocidente a empobrecer, a sua cultura a definhar, e o seu humor melanínico a escurecer) à custa dum oriente, mais ou menos escravo duma outra cultura que enriqueçe, então não podendo a generalidade dos pobres ocidentais ser muito mais pobre sem "comunas em cada cidade", aquilo que fica é uma supressão da classe média.
Por exemplo, eu estou bem, e para os padrões comuns estou muito bem. Os meus pais eram da classe média, ambos tinham o antigo sétimo ano do liceu, eram funcionários públicos, liam os jornais diários, discutiam política, e sabiam o que era moda no mundo, independentemente de lá chegarem ou não, tudo características de uma cultura de orgulho pátrio típico da classe média que é o que constituiu a coluna vertebral dum povo, dum país, duma nação. Os meus avós e os meus bisavós idem. Entretanto os meus dois filhos, ambos com licenciatura de psicologia e na casa dos trintas, não passam dum ordenado dos quinhentos euros. A classe média ou acabou ou vai ser dominada parcialmente por profissionais braçais.
Ao mesmo tempo, no Oriente, vai parecendo que surge o contrário. Conclusões? Cada um que as tire por si.

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