sexta-feira, 3 de julho de 2009

JÁ ENTRAMOS EM GUERRA

Não é exagero meu, embora seja ainda uma verdade algo hiperbólica.
Há quinze dias, uma série de meus colegas médicos nas forças armadas optaram por pagar enormes indeminizações ao Estado para não irem para o Afeganistão.
Há dois meses a Administração Obama anunciou a demissão do general de cavalaria David D. Mackiernan do comando das forças americanas e da NATO no Afganistão.
Em sua substituição foi anunciado o nome do tenente-general McChrystal vindo do secreto Comando Conjunto das Forças de Operações Especiais.
Anteontem cerca de cinco mil soldados americanos e da NATO helitransportados partiram para o mais recôndito daquele país para fazer a guerra de guerrilha aos Talibãs.
Há uma semana partiu para Cabul um contingente médico português de 15 elementos.
Como a guerra vai ser de guerrilha o general Patreus, que além de comandante no Iraque também dirigiu a Alta Escola de Comando Militar de Levittown, recolheu contributos de franceses e ingleses. Mas acrescentou-lhe 5 volumes da década de sessenta elaborados pela Escola dos Altos Estudos Militares de Portugal quando começaram os combates em Angola. Segundo o general Espítrito Santo "os princípios destas guerras são exactamente os mesmos". E segundo o general Loureiro dos Santos " os nossos militares conseguem aproximar-se das pessoas e convençê-las de que o nosso lado é o melhor".E diz ele que , na NATO, os portugueses ainda são reconhecidos como os melhores neste tipo de guerras e que é este o manual que os marines seguem no Afeganistão ( os generais portugueses são citados do i de hoje).
Mas ao tema da inevitável guerra voltarei.

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