domingo, 17 de maio de 2009

A MORAL É UM BLOCO (de esquerda baixa)

Tronitroante, grita, inquisitorial da moral pública, de dedo em riste, o nosso deputado Louçã no Parlamento ao seu e nosso primeiro-ministro: "Não se atreva !" E invoca as razões sociais na Bela Vista que fazem compreender, ou seja, justificam, carros incendiados e tiros disparados contra a polícia.


Dois dias depois o intelectual de serviço do seu Bloco ( que eles dizem de esquerda) de seu nome Daniel Oliveira escreve esta pérola no semanário "Expresso" : " primeiro construíram-se os prédios azuis. São o epicentro de todos os problemas. Quem pode sai de lá, quem não pode fica sitiado. Depois foram os prédios amarelos. Por fim os prédios rosa, a zona mais pacata do bairro. Cada zona corresponde a uma leva de realojamentos. Foi ali , na Bela Vista, que se acumularam todas as misérias de Setúbal. E, como as imagens revelam de forma clara, o bairro foi deixado à sua sorte, degradado e mal tratado, mostrando o desinteresse das autoridades nos dias em que não há crimes nem televisões." (sic)


Donde:


Primeiro: o homem é do Benfica! Pois se o problema maior é a côr azul...,

Segundo: como há gente que pode sair de lá, esta gente andava a explorar o povo português pagando rendas mensais de dois (repito, 2 ) euros /mês, por se dizer indigente. Rendas que, mesmo deste valor não são pagas desde há trinta anos!

Terceiro: O bairro foi deixado à sua sorte, degradado e mal tratado ( está assim escrito no original ) porque para o Bloco deve haver provas de que foram brigadas de agentes da CIA mancomunadas com guardas suíços do Vaticano e queques da Linha, que os picharam, rebentaram nas porta, escacaram nas varandas, furaram nos W.C. e espalharam ácidos sobre os relvados dos jardins comuns!

Quarto: as autoridades, seja lá o que isso fôr para o Bloco, mostraram desinteresse em apanhar um tiro de caçadeira para compôr os supra-citados efeitos do desinteresse (estão a vêr a lógica inteligente da coisa?).

E, como se tudo isto não bastasse, o Dr. Louçã cita na companhia do senhor Jerónimo de Sousa - que já anunciara que os acontecimentos "não eram um caso de polícia" mas antes o resultado de um "mal estar social" - cita então a minha Igreja Católica pela voz de dois bispos, que medicamente acusam o peso dos anos, e que também invocavam a pobreza para justificar os desacatos!.

E a minha Igreja deixa!.

Conclusões ( apodíticas, para os Daniel Louçãs ):

A questão da degradação do bairro não pertençe ao "dolce farniente" dos seus concretos habitantes mas antes é da alçada das abstractas "autoridades "( sendo que pelos vistos os deputados eleitos não são autoridades! ).

A Igreja Católica ( algumas hierarquias ) não compeende a falta de " placere" que os taxistas, os canalizadores, os ferreiros arranjadores de portas, as assistentes sociais, e até os polícias que são educados para educar a civilidade, evidenciam para entrar num bairro de africanos ( especializados em carjacking como se viu no telejornal isento da TVI de sábado ), e de elementos de raça romani ( que, como é do saber comum, são especializados numa " sui generis " integração social) os quais são popularmente conhecidos como pretos uns, e ciganos outros.

Finalmente, e isto é tautológico, ao olhar o escrito do Oliveira, o ar de bairro que ele cheira e a postura e a comunicação não- verbal do Daniel, percebe-se que o problema é de fundo ( a minha empregada doméstica, coitada, diz que é dos fundos), é escatológico!

E, já agora, por que raio havemos de considerar intelectuais os escribas e os políticos do parlamento, sobretudo se forem da esquerda trotsquista, e não aqueles que vão trabalhando de facto com a cabeça, as celulazinhas cinzentas, e só são apelidados de " investigadores ", " trabalhadores por conta própria ", ou, na melhor das hipóteses, " cientistas" mas só de isto ou só daquilo?

1 comentário:

  1. Excessivo e transborda de ódio.
    Também!…

    Sejamos menos tendenciosos, ok?

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