sexta-feira, 2 de setembro de 2011

QUANDO A FRANÇA COMEÇA A SER ATACADA É DE ESPERAR ATRITOS COM A ALEMANHA BEM MAIS CEDO DO QUE AQUI VATICINEI HÁ SEMANAS

As maiores variações da probabilidade de entrada em incumprimento de dívidas soberanas ocorreram esta quinta-feira com países da zona euro, segundo dados da CMA DataVision.
A vaga de disparo deste risco de default abrangeu não só os designados periféricos – Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha – como também a Bélgica e a França. Naturalmente, que os níveis de risco destes 7 países são distintos. O que o dia de quinta-feira trouxe foi esta sincronização do aumento do risco.
Grécia próximo dos 3000 pontos base
A principal “vítima” desta sincronia foi a Grécia, cujo risco de default subiu para quase 85% – ontem havia fechado em 83,81%. Em termos de custo dos credit default swaps – cds, seguros financeiros contra o risco de incumprimento -, a Grécia voltou a apresentar níveis muito próximos de 3000 pontos base. Fechou em 2986,66 pontos base. Um patamar de tipo “argentino”, aquando do desenrolar do processo que desaguou na bancarrota de final de 2001.
Esta dinâmica contagiou, também, Portugal, que regressou a níveis de custo dos cds superiores a 1000 pontos base. O risco de default subiu de 53,66% no fecho de quarta-feira para 55,15% no fecho de quinta-feira.
A Itália viu o seu risco agravar-se de 26,6% para 28,12% e a Espanha passou de 26,36% para 27,41%.
A Irlanda, no conjunto dos “periféricos”, foi o país com uma variação mais pequena: de 47,47% para 47,86%.
França e Bélgica na tendência
A surpresa do dia acabou por ser o regresso da Bélgica – que vai ser admoestada oficialmente pela Comissão Europeia por continuar sem governo constituído desde as eleições de junho de 2010 – a uma tendência altista. O risco de default passou de 17,87% para 19,17% ao longo do dia. A Bélgica é hoje em dia o país democrático campeão na modalidade de governos de gestão há mais tempo em exercício.
Também a França surgiu nesta quinta-feira entre os países com maior variação diária de aumento daquele risco – subiu de 12,5% no fecho de quarta-feira para 13,02% no fecho de quinta-feira.

Sem comentários:

Enviar um comentário