quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CHINA depois de comprar a Grécia ( porto do Pireu, minas de estanho etc ) começa acomprar a Itália.

Na “guerra” mediática de notícias sobre o andamento da crise da dívida soberana na zona euro, ontem a China ganhou à Grécia (risco de default eminente) e à França (derrocada bolsista do núcleo duro do seu sector bancário) durante a hora de jantar (ainda tarde nos Estados Unidos).
Bastou uma notícia no site do Financial Times colocada às 20H20 de ontem de que Lou Jiwei, presidente do fundo soberano China Investment Corp (CIC, com 410 mil milhões de dólares), tinha estado na semana passada em Itália para que Wall Street – então ainda no começo da tarde – saísse do vermelho e acabasse com os índices ligeiramente acima da linha de água (subida de 0,63% para o Dow Jones e de 0,7% para o S&P 500).
A “cacha” do Financial Times já não foi a tempo de fazer o “milagre” de inverter a derrocada das bolsas na Europa – o índice Bloomberg Europe 500 caiu 2,73% – e na Ásia – onde o MSCI Asia Apex 30 quebrou 2,42%. Em virtude do “atraso” da saída da notícia do Financial Times, o índice global das bolsas mundiais caiu 1,223%.
Jiwei falou na semana passada com o ministro das Finanças do governo italiano e com os patrões do Italian Strategic Fund recentemente criado pela Cassa Depositi e Prestitit (CDP), um veículo do estado italiano, que está aberto a investidores estrangeiros.
Itália fez leilão pouco entusiasmante
A ilação é que a China poderá investir na dívida soberana de Itália, aliviando a pressão que os títulos do Departamento do Tesouro romano (BTP) estão a ter no mercado secundário, apesar da intervenção do Banco Central Europeu. Ainda hoje na abertura do mercado secundário, as yields (juros implícitos) dos BTP a 10 anos tinham subido para 5,57% e, agora, a meio da manhã, estão já em 5,74%. O custo dos credit default swaps (seguros financeiros contra o risco de incumprimento) associados à dívida italiana subiram hoje de manhã para 520 pontos base e o risco de incumprimento está em 36%. Ontem fechara em 503 pontos base e 35% respetivamente.
Entretanto, o Departamento do Tesouro italiano realizou hoje um leilão de títulos (BTP) a 5 anos que recolheu cerca de €3,865 mil milhões, com uma taxa de rendimento bruto de 5,6%, superior aos 4,93% pagos na emissão de 15 de julho. As yields realtivas aos BTP a 5 anos no mercado secundário estavam em 5,4% na hora do leilão.
Recorde-se que a China tem cerca de ¼ das suas reservas em divisas estrangeiras aplicadas em ativos denominados em euros, à parte considerações de ordem geopolítica sobre a Europa. A China é hoje a segunda maior economia do mundo (se não contarmos a União Europeia como um bloco), depois dos Estados Unidos, e o maior centro de comércio internacional do mundo.
O efeito da notícia do Financial Times perdurou hoje em algumas bolsas asiáticas (como em Tóquio e na Austrália), mas não deverá ser suficiente para colocar o índice das 50 maiores cotadas da Ásia no positivo.
Entretanto para abrirem o apetite dos europeus, os BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) informaram que vão analisar a questão das dívidas soberanas da zona euro na cimeira que vão realizar dia 22 de setembro em Washington DC, antes das reuniões do Banco Mundial e do FMI.
      DELENDA CHINA EST!

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