sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FAÇAM O FAVOR DE FAZER FILHOS, PORRA !-1

1 -Andava eu mergulhado no amarfanhamento de sermos a França traduzida em calão com vinte anos de atraso , quando a nossa inprensa, globosfera e afins me chagaram a alma com a novidade de irmos à frente dos asterixes na reforma da reforma. Então pensei para mim mesmo: isto só pode ser assim porque a questão é de retrait mesmo!.


Mas eis senão quando, fiz uma pesquisa na Net e no EUROSTAT. e descubro...que os gauleses não andam à pancada com a polícia por hoje ser votada (e ir passar) a lei que aumenta a idade da reforma ( retrait, dizem eles ) de 60 para os 62 anos. Não senhor! Mais uma vez andava a ser intrujado a só a minha preocupação com a tradição ( de andarmos sempre atrás da frança... ) me levou a descobrir o que votam hoje. É assim: até agora os franceses reformavam-se aos sessenta ( e agora passam para os sessenta e dois anos) sempre que quisessem mas com cortes enormes na pensão; sendo que a reforma por inteiro é hoje já aos sessenta e cinco anos e vai agora passarpara os... 67!
Ha....pois é!

2- todavia a mesma EUROSTAT ( espécie de INSTITUTO EUROPEU DE ESTATÍSTICAS) exibe as taxas da natalidade em toda a Europa e só a França consegue a paridade: ou seja dois filhos por cada mulher.
Todos os outros países europeus estão abaixo disto até às mais baixas : a portuguesa com 1.4 filhos por mulher, e a Itália com 1.3.

3- Mas o mais engraçado ( mas que não tem piada nenhuma ) é que em todos os países europeus católicos o número de casamentos caiu a pique, enquanto nos países do centro e norte da Europa caíu , mas muito menos. A minha conclusão é séria - e agora não brinco!- as portuguesinhas , as outras latinas e as polacas (também católicas) já são pouco católicas para poderem ter o sentido da obrigação familiar de ter filhos, mas são demasiado católicas para terem filhos fora do casamento !

3- Todavia isto não tem só implicações para a sustentabilidade finançeira dos sistemas de reformas. Tem em muitos outros aspectos da nossa vida. Impede a integração dos imigrantes e isso impede a vinda de outros. Porquê? Porque só há integração quando o número dos recém-nascidos filhos de imigrantes com outras culturas é substancialmente mais baixo que o número de nascimentos de naturais do país ( autóctones); senão do que falaríamos seria não de imigração mas de substituição da população!.

4- Em França dos 850 mil nascimentos o anos passado ( contra 600 mil dos muito mais numerosos alemães ), só quinhentos mil foram de franceses, sendo trezentos e cinquenta mil de imigrantes.  Isto explica muita coisa e muitas imagens que passam nas televisões, porque quando numa aula de um bairro deixa de haver crianças naturais do país a integração deixa de se fazer.

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