sexta-feira, 15 de outubro de 2010

COMO ERA BOM...



Como seria bom se todas as mães portuguesas se tivessem comportado assim.
Como seria bom que todas as mães entendessem por uma vez que educar era, há trinta anos, contrariar em 80% os legítimos desejos dos seus filhos.
Mas que agora, educar é em 95% dos casos contrariar esses desejos.
Porque as crianças, agora mais que nunca nos últimos setenta anos, devem ser levadas a compreender que querer é ser capaz de não querer o que se quer.

Se isto tivesse sido assim nos últimos trinta e cinco anos, o hodierno sofrimento e o que já podemos prever para os nossos filhos e netos, seria muito menor, porque - sem se ser espartano - é altura de dar a entender a quem tem de aprender conosco ( os filhos conosco e nunca o contrário ) que elevadas expectativas conduzem a grandes frustrações; que grandes paixões materiais impõe grandes tormentos; que só provamos gozo e bem-estar, para não falar de momentos felizes, quando - como numa relação figura/fundo - já gustamos o sabor das dificuldades.

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