quinta-feira, 2 de setembro de 2010

RENOVAVEIS, MESMO MAIS CARAS, VALEM A PENA

Cada português paga cerca de 90 euros para "subsidiar" as energias limpas


Cada português paga cerca de 90 euros para "subsidiar" as energias limpas (essencialmente energia eólica) segundo contas deste jornal. É muito? É. Coisa que parece dar razão aos que defendem a aposta noutras fontes de energia para não sobrecarregar famílias e empresas. Mas o sacrifício vale a pena. Primeiro porque qualquer forma de energia é, nos primeiros estágios de desenvolvimento da tecnologia, cara. Seja porque a investigação não permitiu ainda obter mais eficiência, seja porque não atingiu a escala suficiente para fazer baixar o preço dos equipamentos. Em segundo lugar porque não há alternativa: o País tem de chegar a 2020 respeitando metas de emissões de CO2 impostas por Bruxelas (não há tempo útil para recorrer a outras formas de energia, como a nuclear). Mas há outra razão, ainda mais importante, para "subsidiar" energia limpa: a eficiência na utilização, questão quase nunca falada quando se debate o preço da energia. O que é que ela significa? Que a economia tem de aprender a produzir mais com menos energia. E aqui a história diz-nos que os grandes momentos em que se fez um esforço sério para melhorar a eficiência na utilização de energia foi quando o preço aumentou drasticamente: depois dos choques petrolíferos de 1973 e 1980. É doloroso? É: não há empresa portuguesa que não se queixe que é menos competitiva que as congéneres espanholas porque paga a electricidade mais cara. A esses convém recordar que os dinamarqueses pagam a energia cinco vezes mais cara que a nossa… mas são mais competitivos.
 
(post de Camilo Mendonça director do Jornal de Negócios , em on-line )

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