quarta-feira, 15 de setembro de 2010

7 de SETEMBRO DE 2010 - o DIA DA DEPENDÊNCIA - 1

Andava eu muito distraído na semana passada , e comigo o povo todo, senão eu tinha dado por ela.
Foi quando ocorreu a definitiva perda da soberania nacional.
Realmente foi o dia da reunião, em Bruxelas, do ECOFIN , a reunião dos ministros europeus da economia e finanças onde foi assinado um real tratado: o da da referida perda.
Que ficou então decidido e aprovado por unanimidade ? Aprovada a proposta alemã. E que dizia ela? Que os Estados membros desistiam de ter um Orçamento de Estado antes da aprovação pela Comissâo Europeia ( de Durão ) lhe dar o OK, sendo que essa aprovação é condição prévia para a apresentação da mesmíssima proposta de orçamento aos parlamentos nacionais que daqui em diante se escrevem em letra pequena.

Discutir , como o fizeram todos os partidos portugueses uma nova constituição passou a ser uma cretinice, uma vez que o que os governos, os parlamentos e os presidentes/reizinhos podem decidir , é nada de importante. A revisão das constituições nacionais acabou de ser feita em Bruxelas. E com ela ficamos a saber que "os valores alemães " estão aí: os déficites orçamentais anuais não podem ultrapassar 3% e os déficites dos Estados ( ainda não se meteram com os privados e suas dívidas que em Portugal são maiores ) não podem ultrapassar 60%; os bancos terão de ter reservas próprias 300% superiores às actuais e o BCE ( dominado pela alemanha ) aceita comprar enormidades das emissões de obrigações e títulos dos tesouros dos países quando estes fizerem emissões embora comprados nos mercados secundários ( este ano o BCE já comprou aos bancos portugueses 50 biliões de dívida ...que tinha por estes sido comprada em obrigações do tesouro português ). Para mim, é melhor que sou reformado e fiz o meu pé de meia que fica mais seguro quanto ao combate à inflação e à segurança se tiver dinheiro para depositar. Mas, para o meu neto, é uma desgraça porque ele vai ter que trabalhar com dinheiro emprestado que será mais raro e muito mais caro. Por isso não gosto.

Para mim até é bom, porque o Adamastor da Inflação fica eleito como o primeiro inimigo e ele é o maior inimigo dos reformados como eu; se tivermos dinheiro , a partir de 2013 vamos poder metê-lo nos bancos sem riscos grandes. Mas é tudo. Daqui em diante as economias europeias vão disparar em isolacionismos possíveis e jogar cada uma por si porque os ingleses não deixam arrancar com um programa industrial comum e os franceses com uma política agrícola comum. E quem manda não é Barroso e o seu plano de lançar investimentos por toda a Europa pagos por emissão de Obrigações Europeias. Não. Manda a Alemanha, a França e a Inglaterra e por esta ordem.

Vamos, em qualquer caso, ser chamados à constituição do esforço comum de forças armadas comuns.
Apesar de pessoalmente eu lucrar, não gosto.

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