quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MAIS DE BANCOS PORTUGUESES A VIVEREM DA COISA PÚBLICA

“Bancos portugueses ajudam Estado.” A notícia é muito pertinente, mas o título do Público é equivocado, como um comentador logo alertou. O título bem que podia ter sido “Estado ajuda bancos portugueses”. Os bancos portugueses financiam-se junto do Banco Central Europeu a taxas de juro de 1% e emprestam ao Estado a taxas que oscilam entre os 3%  e os 6%, dependendo dos prazos, e assim consolidam os seus balanços. Porreiro, pá: estão a ver a transferência de recursos devido às aberrantes regras europeias, que, ao contrario do que se passa nos EUA ou no Japão, por exemplo, separaram a política orçamental da política monetária, impediram que o BCE financie, de forma directa e parcial, os Estados e ajudaram a alimentar esta crise da dívida nas periferias e toda a conveniente especulação no seguimento de uma crise financeira brutal? Seja como for, é o capitalismo financeirizado em todo o seu esplendor: os bancos ganham sempre. Leiam Nuno Aguiar e Luís Ribeiro no i. O Nuno Teles adiciona dados para o entendimento da questão bancária em Portugal.

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