terça-feira, 29 de junho de 2010

À Beira da Crise Política

A minha intuição política raramente me enganou em todo a minha já longa vida ( quando eu nasci em 1950 a esperança de vida à nascença em Portugal era de 60 anos!).
É por isso que quero partilhar com os meus amigos uma preocupação que deve ser tomada em conta por quem faz negócios em Portugal: as eleições podem estar à porta ou um governo de iniciativa Presidencial.

Quem avalia como eu a personalidade do nosso primeiro-ministro José Sócrates não deve ter muitas dúvidas que ele só sairá do Poder se derrotado de forma limpa por outro adversário.
Se achar que houve derrota dele pouco limpa vai ficar na oposição a "morder os tornozelos" a quem o substituir. E este, tanto pode ser Passos Coelho como Cavaco Silva, como ambos.

É para mim claro que José Sócrates vive um dilema íntimo: ir embora apresentando uma moção de confiança nas próximas semanas ( que será não votada pela oposição em bloco ) ou, por patriotismo ( esse sentimento que cada vez anda mais vivo um pouco por todas as geografias ),  aceitar ficar a fazer " o trabalho sujo" ( isto é aquilo que é necessário fazer mas tem enormes custos eleitorais ) para entregar de "bandeja" o poder a outrém.

A gravidade dos ataques do Presidente ao SEU primeiro-ministro só têm sido tolerados por puro patriotismo que não é nada líquido que continue. O presidente pensa em acumular o descontentamento com a austeridade  necessária ( que vai levar ao depauperamenro económico de muito boa gente)  como um capital de votos; o mesmo quer Passos Coelho. Mas ambos sabem que medidas de "austeridade" como as que aí vêm, ou são tomadas pelo PS ou não serão aceites pela população portuguesa. 

Todavia vamos chegar a um ponto em que o partido socialista e os seus orgãos locais vão pôr José Sócrates entre A ESPADA E A PAREDE. Porque o videirismo também existe no PS.

Aqui chegados, aparece a questão das SCUT. O PSD só não tem feito mais fogo contra elas por saber que a seguir vai ter eleições em que precisa de não se comprometer com o seu pagamento para depois governar com o seu pagamento. E é aqui que as coisas começam a ser ameaçadoras: o PSD, se continuar a exigir SCUTS pagas de Norte a Sul do País ( o que eu acho muito bem, mas em TODO o país ) não ganha as eleições; mas pode ser obrigado a disputá-las se José Sócrates dramatizar com este dinheiro que lhe faz falta para poder governar e apresentar uma moção de confiança com esse pretexto. Aposto que daqui a um mês é o que vai acontecer. Se o PSD votar contra, aí temos a crise política com eleições ou governo de iniciativa presidencial - e ministro das finanças para este último? 

E a propósito DELENDA MADEIRA E CHINA EST!

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