terça-feira, 24 de agosto de 2010

«Por vezes, o passado parece reflectir-se no presente de forma tão evidente que as semelhanças não podem deixar de provocar alarme. Em França, o processo de repatriação de ciganos romenos avança, e o que mais surpreende é o silêncio do resto da Europa perante uma acção que evoca um passado de perseguição étnica que não deveria repetir-se. Não nos podemos esquecer de que os roma, que chegaram à Europa na Idade Média, foram o outro alvo das políticas de limpeza étnica encetadas pelo Terceiro Reich, e no final da Segunda Guerra Mundial pelo menos 500 mil ciganos tinham morrido, em campos de concentração ou executados pelo exército nazi. Falar deste tenebroso passado de exclusão não é um exagero, até porque a “experiência” sarkozyana também está a ser tentada na Itália de Berlusconi. Em tempos de crise, a Europa parece querer virar-se para o “outro”, para o estrangeiro, e isso é o pior que nos pode acontecer – é sintomático que tal fenómeno tenha lugar no país do “caso Dreyfuss”, a França que Sarkozy parece querer transformar no sonho totalitário de Jean-Marie le Pen. É preciso que não se torne norma, para que não se repita o passado.»

Comentário do autor do blog csp: é pouco credível que o autor deste post no Arrastão - de gente bloquista - Sérgio Lavos não saiba que meio milhão de ciganos encontrou a morte nos quatro últimos anos do regime nazi _ por ele equiparado ao " totalitário Le Pen "; já não custa muito a crer que o dobro foi massacrado e morto pelo regime comunista soviético de Stalin. Assim sendo não se percebe por que diabo o repatriamento de ciganos a viver irregularmente num país , usando e abusando das benesses sociais que esse país lhes dá, sejam, assim, forçados a regressar ao seu país de origem com o respectivo subsídio ( até nisto o requerem! ) para lá recomeçarem o que deixaram a meio. É claro que:
Sendo que a expulsão de ciganos que não trabalham, vivem de subsídios que vêm dos impostos gerais ( que eles não pagam ) e se tornam exigentemente e arrogantemente intolerantes para com os nacionais desse país para onde foram àvontade e não como refugiados, não é comparável a qualquer perseguição étnica.
Sendo que , mesmo que por absurdo, o considerássemos assim, seria uma perseguição por delito(s) comun(s) cuja alternativa seria a cadeia.
Sendo que a haver racismo ele - no caso dos ciganos-  não era nazi tanto quanto comunista.
Sendo que assim não teria fonte ideológica mas os corolários de que o espaço é finito e cabe sempre, em primeiro lugar, a quem já lá vive ( nacionais ou não do país em questão ) mas não a quem vem de fora oportunisticamente.
Sendo que outros países democráticos fazem o mesmo ( a Itália não está para o fazer, está a fazê-lo ).
Sendo que elementos da raça romani ( ciganos ) são alvo do novo desporto nacional dos eslovacos ( o tiro ao alvo aos ciganos que acampam onde lhes apetece na Eslováquia, mas não trabalham ).
Sendo que o mesmo se passa na Hungria que tem, de repente, um milhão ( a Eslováquia tem meio milhão ) que lhe entra pelas portas adentro e faz o que já se sabe, ou seja, aproveita-se de tudo que é subsídio, casa camarária de borla, mas não trabalha, não paga impostos e cria toda a casta de fenómenos de banditismo ( todos sabemos que é assim ) exigindo uma não-integração cultural local.
Sendo assim, o repatriamento não é uma medida benigna? Então o tiro ao alvo eslovaco, húngaro e também da roménia do norte , da moldávia , da geórgia, da rússia, são melhores?
Ou será que me vão dizer que são todas elas más medidas? E que devemos pagar a quem nos rouba diariamente?

Não sou racista, mas sou xenófobo, o que quer dizer uma coisa simples que a esquerda do bloco, do PC e dos politicamente correctos ( que de dia para dia são cada vez mais incorrectos ) em geral não sabe quando fala dos crimes de racismo e xenofobia: sinto estranheza por comportamentos humanos que me são tão estranhos que não os compreendo apesar de me esforçar. Ser racista é descriminar pela razão, a qual podemos controlar em absoluto; ser xenófobo , no limite, pode ser ter medo doutros, mas muito antes disso é um sentimento ( e como tal não dirigível, nem por lei, nem por bula papal , porque simplesmente brota em mim, independentemente da minha vontade, não me obrigando a nenhuma forma de segregação ao contrário do racismo ) de estranheza e eventualmente de repugnância desses comportamentos. E depois?

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