terça-feira, 18 de outubro de 2011

up-to-date

por Sérgio Lavos


Depois de ler este post de José Manuel Fernandes, pensei em ir à procura de textos do ex-director do Público e maoista na reserva que denunciassem outras situações gritantes de parasitagem da Segurança Social. Qualquer coisa que ele tivesse escrito sobre as reformas acumuladas de Cavaco Silva, que ultrapassam os 10000 euros, ou a mísera pensão de 18000 euros que Mira Amaral recebe depois de ter passado uns meses pela administração da Caixa Geral de Depósitos após um convite do Governo PSD/CDS da altura. Ou até uma criticazinha ao facto dos deputados à Assembleia da República terem direito a reforma ao fim de esforçados 8 anos de serviço prestado à nação, com mais ou menos sonecas à mistura. Depois achei que seria melhor ir ler um livro ou ver um filme, nem que fosse do Steven Seagal (é mais fácil encontrar aí massa crítica do que na maioria dos textos do Blasfémias). Pois, não vale a pena. José Manuel Fernandes nunca terá escrito uma linha que fosse contra o roubo institucionalizado que é praticado pelos políticos que gravitam o poder, e não preciso de pesquisar para ter a certeza desta intuição. Mas incomoda-o que uma médica com 30 anos de serviço se reforme aos 55 anos e receba 1120 euros por mês. Por sinal, uma manifestante do 15 de Outubro. Quem serve o regime não precisa de legitimidade para escrever barbaridades, e a cara-de-pau é serenamente aceite pela maioria da população. É preciso ter lata, muita lata... 

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