terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

AS REVOLUÇÕES NÃO SE FAZEM POR CAUSA DA FOME, MAS DOS SENTIMENTOS

Todas  as revoluçõs,  como as que estão a ocorrer nos países árabes, acontecem não por haver fome, mas por uma razão mais prosaica. Nos países árabes não há fome verdadeira, já que todos esses países  mantêm um mínimo sistema social estatal de apoio à pobreza, e em todos eles os partidos islamistas estenderam uma rede de solidariedade religiosa , como cá a Igreja Católica , a qual explica uma boa parte da simpatia de que o radicalismo religioso islâmico árabe detem junto do povo . O grande  "motor" revolucionário é bem mais prosaico e menos nobre .
  Destaco a inveja relativamente aos cleptocratas  dominantes ( que os revolucionários, lá bem  no fundo, gostariam de substituir ...), o despeito ( vivido sobretudo pelos mais novos), o rancor contra as " modernidades ocidentais" ( vivida sobretudo pelos mais velhos ), e, sobretudo, profundos sentimentos de frustração pan-árabes face  e de raíz claramente nacionalista, contra todos aqueles  que os colonizaram, exploraram ou  traíram construindo ligações com culturas que não aceitam, como são a capitalista, a marxista-soviética, ou até o modelo cultural e económico chinês que também não querem. Por isto ser assim mesmo e não ter sido referido, porque estas razões são igualmente aplicáveis aos povos do sul da Ásia e que eram do império soviético e hoje são repúblicas autocratas e cleptocratas ,muçulmanas ou não, e também porque a China também mantem povos ( incluindo dezenas de milhares de muçulmanos ) obrigados a viverem presos  numa cultura que rejeitam, resolvi convidá-los a ler um espantoso artigo que encontrei numa revista ," et pour cause" russa, e podem ler AQUI.

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