quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O CAPITALISMO FINANCEIRO QUE É PRECISO ABATER

Corre por aí uma estória deveras elucidativa e emblemática do mundo em que vivemos.
Um homem chega a um hotel duma aldeia e pede um quarto para essa noite.
O hoteleiro mostra-lhe um quarto e explica-lhe as vantagens em relação aos restantes : por isso são 100 euros. O cliente aceita.
Com os cem euros na mão o hoteleiro corre a casa do padeiro a quem deve cem euros e entrega-lhe a nota e paga a dívida.
O  padeiro que devia cem euros ao moleiro corre a casa deste e entrega-lhe a nota ficando quites quanto às dívidas.
O moleiro , que passava muito tempo na humidade do ribeiro e tinha dores lombares corre ao bordel da aldeia para pagar à sua prostituta favorita para lhe tirar as dores , os cem euros que lhe devia em atraso por lhe tratar do corpo.

Paul Samuelson , o célebre economista , explicou em livro como a "moeda é um lubrificante de trocas", ou seja quando ela não existe a economia entra em estertôr.
Quando , como agora, a banca não dispõe de dinheiro para financiar e lubrificar as transacções comerciais, é a economia que morre.

Eu nunca pensei em estar de acordo com a exterma esquerda mais estúpida do mundo como é a portuguesa. Mas a verdade é que agora estou.Quando há uns dois anos ela começou a gritar que era preciso menos austeridade e mais expancionismo económico eu não acreditei. Mas agora não tenho dúvidas. È a própria senhora Lagarde que do alto do FMI pode ver e nos diz que mais austeridade a somar à austeridade leva Portugal , a Europa e o mundo- sim o mundo - à falência. Quer dizer a uma nova guerra mundial ( eles chamam-lhe potenciais conflitos...).

Para meu mal que sou reformado e não posso produzir o que produzia aferindo o preço pela inflacção, o que aí vem - quando o BCE e a Merkel perceber que só se salvam com eurobonds e liquidez sem limites , ou seja pôr as rotativas do euro a funcionar -  vai tirar-me poder de compra.

Mas que é isso contra a certeza duma guerra que vai envolver todos?

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