quinta-feira, 1 de abril de 2010

RELIGIÕES

Sou católico.
Mas antes disso sou cristão.
Por isso mesmo gosto de brincar com as subtilezas do que nos transcende. Cristo é uma figura histórica, devidamente provada na sua existência pela ciência, designadamente a arquelogia, que também provou que o que os Antigos e Novos Testamentos referem , tais como locais ou acontecimentos,  existiram mesmo.

Uma das forças que com mais eficácia exerceram sobre mim o tropismo de me manter dentro do cadinho religioso que me enformou e informou, foi justamente a dimensão de esperança,  alegria e sobretudo liberdade ( que não libertinagem )  apregoadas por Cristo em numerosos textos e conductas.

É por isso que acho que Cristo feito Deus ter-se-ia sorrido de algumas histórias aqui contadas - porque Cristo tem sentido de humor -que é  o contrário da falta de esperança e da alegria e da liberdade que perseguimos.

Por que, a partir de amanhã ( Sexta-Feira Santa ) seria de mau gosto e falta de recato contar anedotas religiosas aí vai mais uma:
Perguntam a um monge Zen:
-"Mestre, diga-me, o que há depois da morte?
- Não sei - responde o sábio.
-Pensava que o senhor era sábio...
-Sábio talvez, mas morto não".

Ou esta que era contada pelo Arcebispo Anglicano Wiliam Temple e que é lembrada pelo teólogo Juan José Tamayo, no seu livro  "LA  SONRISA  DIVINA ":
-" Sabe o que é um filósofo?É uma pessoa que passa a vida fechada num quarto escuro, tentando encontrar um gato escuro com olhos pretos.
E um teólogo?
-É uma pessoa que passa a vida fechada num quarto escuro, tentando encontrar um gato negro com olhos negros, que não existe".

Tamayo escreveu-o em 1975 no livro TEOLOGIA, o que lhe valeu a excomunhão pelo Vaticano. O que me apetece comentar é que a Congregação para a Doutrina da Fé ( onde ainda não estava o actual Papa) era muito séria. E como aprendi, ao longo da vida como psiquiatra, que quem não sabe rir não é serio  é que aquela específica Congregação não me mereceria avaliação positiva sobre seriedade.

E, porque, partilhar o humor das diferentes religiões é revolucionário no sentido de que promove a sua união, lembro que nasci num mundo em que só havia uma religião e todas as outras eram muito más!.
Como dizia Freud que cito mais uma vez, " fazemos humor com o que nos aterroriza!". Como é obvio.

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