Ta Nea, 5 abril 2012
Tinha 77 anos, estava reformado e suicidou-se de maneira espetacular na principal praça de Atenas. Para Ta Nea, Dimitris Christoulas, ao dar um tiro na cabeça perante quem passava, deixou uma “mensagem de desespero com um suicídio público”. Em choque, muitos atenienses manifestaram-lhe a sua simpatia, exprimindo o seu apoio a um ato considerado como um gesto político de protesto contra a política de rigor imposta pela troika UE-FMI-BCE.
No entanto, o diário, recusa qualquer aproveitamento político e publica na primeira página um desenho que representa um homem prestes a matar-se, com o seguinte diálogo:
“Não aguento! – O que é que não aguenta, tiozinho? – Ver o que vocês vão dizer sobre aquilo que vou fazer!”
Por seu lado, o editorialista de To EthnosGeorges Delastik, considera que
este homem não era louco. Decidiu pôr fim aos seus dias aos 77 anos para ter um fim decente e não morrer de fome. Não se trata de um suicídio, mas de um homicídio. Deixou uma carta em que descreve como a ditadura imposta ao seu país lhe cortou a garganta. Atualmente, os reformados são obrigados a mendigar e a procurar comida nos caixotes de lixo…