omo pode ver aqui
domingo, 31 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
ESPANHA PORQUÉ NO TE CALAS?
Espanha
As regiões endividadas pedem um adiamento
27 julho 2011
ABC, 27 julho 2011
O tom de voz sobe no debate sobre o controlo do défice espanhol. “As regiões estão em pé de guerra”, constata o diário ABC, enquanto o Conselho de Política Financeira e Fiscal se reúne no dia 27 de julho, em Madrid, revelando o poder regional proveniente das eleições de 22 de maio”. As regiões, que passaram a ser maioritariamente controladas pelo Partido Popular (direita), pediram ao governo socialista de José Luís Rodríguez Zapatero um moratório de 10 anos para reembolsar as suas dívidas ao Estado. Reduzir estas dívidas, que atingem os 19 mil milhões de euros é “uma necessidade urgente para o equilíbrio das contas públicas”, realça o diário conservador, após o “desperdício e má gestão” dos últimos anos. Esta negociação ocorreu no dia seguinte à sessão parlamentar, durante a qual “a Câmara dos deputados se despediu de Zapatero”, sendo provável a realização de eleições antecipadas no outono, assegura o ABC.terça-feira, 26 de julho de 2011
ENCRESPAÇÃO
Depois do assalto à Caixa, ninguém estranharia ver um porco a andar de bicicleta
Eduardo Cintra Torres revelou um dia por que Mário Crespo deixou subitamente de ser jornalista: o apresentador da SIC teria debaixo de olho o cargo de adido de imprensa na embaixada de Portugal em Washington, mas o desejo não se concretizou. Desde então, assistimos todos àquelas cenas permanentes que, de tão tristes, se tornaram cómicas.
Mário Crespo continua a agir, hoje em dia, como se estivesse num estúdio no palácio da São Caetano. Alimentará ainda o sonho de se mudar para o outro lado do Atlântico? E se não for adido na embaixada, poderá estar a pensar ser correspondente da RTP, lugar que está desocupado desde o regresso à pátria de Vítor Gonçalves? Mas a RTP não tem, entre os seus muitos jornalistas, quem queira ser correspondente nos Estados Unidos, sendo preciso ir contratar alguém fora da empresa?
PS — As coisas de que a gente se lembra quando está a folhear a revista Única e depara com um artigo sobre Mário Crespo.
SURRIPIADO DO ARRASTÃO
Anda para aí uma má onda contra Nogueira Leite. Primeiro, tentam diminui-lo dizendo que ele só vai para administrador da CGD porque é do PSD. Ora, Fernandes Thomaz também só para lá vai porque é do CDS. E, pergunto, não foi sempre assim? Nada disto traz novidade. É apenas a inveja a falar mais alto.
Atacam-no também quando dizem que ele é um dos homens de mão do Grupo Mello e que a sua nomeação configura uma grotesca sobreposição dos interesses privados aos interesses públicos. Tudo isto porque o homem que colecciona cargos nas empresas do Grupo Mello vai para a CGD e esta vai vender a sua parte numa grande empresa de saúde? Pfff... já vi melhores argumentos.
Eu sou das que não só apoia como leva grande fé em homens providenciais como Nogueira Leite. É que não é qualquer pessoa que consegue viver num alfabeto de 14 vogais, uma vice-presidência e um conselho consultivo. Mais, Nogueira Leite ainda consegue retirar um tempinho à azáfama diária para ser vice-presidente do PSD e conselheiro de Pedro Passos Coelho. E, pasme-se, tudo isto em 24 horas. É de gente assim que o país precisa.
Nogueira Leite apenas coloca um problema que deve ser analisado com alguma delicadeza, uma vez que pode ferir susceptibilidades mais sensíveis. Com ele, a parangona Jobs for the Boys não faz muito sentido. O uso do plural não se aplica porque a extrema produtividade de Nogueira Leite pode conduzir ao acantonamento dos Boys no desemprego.
Esta é a constelação de afazeres que Nogueira Leite coleccionava em 2010:
Vogal do Conselho de Administração da Brisa Auto-Estradas de Portugal SA; Vogal do Conselho de Administração da CUF, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da CUF - Químicos Industriais, SA; Vogal do Conselho de Administração da CUF - Adubos, SA; Vogal do Conselho de Administração da José de Mello Saúde, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da SEC - Sociedade de Explosivos Civis, SA; Vogal do Conselho de Administração da EFACEC Capital, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da Comitur, SGPS, SA; Vogal do Conselho de Administração da Comitur Imobiliária, SA; Vogal do Conselho de Administração da Expocomitur - Promoções e Gestão Imobiliária, SA; Vogal do Conselho de Administração da Herdade do Vale da Fonte - Sociedade Agrícola, Turística e Imobiliária, S.A.; Vogal do Conselho de Administração da Sociedade Imobiliária e Turística do Cojo, SA; Vogal do Conselho de Administração da Sociedade Imobiliária da Rua das Flores, n.º 59, SA; Vogal do Conselho de Administração da Reditus, SGPS, SA; Vice-Presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment, SA; Membro do Conselho Consultivo do Instituto de Gestão do Crédito Público.
Quem for capaz de fazer melhor, que atire a primeira consoante.
BANCOS..., SENTADOS JÁ !
Os bancos vão ter de perder dinheiro
• Pedro Santos Guerreiro, Os bancos vão ter de perder dinheiro:
- ‘Chegados aqui, é essencial perceber o que é hoje o Banco de Portugal. Já não é o "sindicato" dos bancos, como no passado. É o membro do Banco Central Europeu que tem mais de 40 mil milhões emprestados aos nossos bancos e é o interlocutor do FMI, que passa um terço do cheque da troika. É por isso que o Banco de Portugal tomou o controlo do Ministério das Finanças e, agora, da Caixa. Não é o Banco de Portugal: é a troika. Quem paga é a troika. Quem manda é a troika. E ainda bem. Porque o Governo parece, afinal, enclausurado no passado, desperdiçando a oportunidade de mudança da economia e cismando nos mesmos vícios: falta de corte de despesa, partidarização da Caixa - e falta de comando.
Chegará a hora de vermos as vantagens e as desvantagens das nacionalizações parciais da banca. De repartir culpas. Mas uma trave continua mestra: a economia precisa de uma banca forte. E isso vai, muito provavelmente, exigir uma nacionalização temporária, que mudará para sempre a propriedade e a gestão da banca em Portugal, menos alinhada com o Estado e que lute pela poupança. E mais estrangeira.
Como Sócrates dizia, o mundo mudou. E a banca, que sempre foi visionária, é quem está agora em negação. Vai ter de perder dinheiro. Vai ter de tirar as pequenas e médias empresas do espremedor. Vai ter de deixar de achar que a troika é idiota.
Eis o grande paradoxo: os liberais é que defendem a entrada temporária do Estado nos bancos. Vai ser impossível explicar, mas a ajuda do Estado aos bancos não será a ajuda aos donos dos bancos. Ao contrário do que parece, isso é que vai trazer perdas para os seus accionistas. Por isso é que eles não querem. Por isso é que a economia precisa. Como veremos nos próximos meses.’
tachomania
Está tudo bêbado ou quê?
No i:
- ‘Outra entrada inesperada na CGD foi a de Nuno Fernandes Thomaz, para administrador-executivo, defendida por Paulo Portas, que assim garante a representação do CDS/PP nos órgãos do banco estatal. Recorde-se que Nuno Fernandes Thomaz, que foi secretário de Estado dos Assuntos do Mar no governo de Santana Lopes, chegou a defender, durante a campanha de 2005, um Museu da Bíblia no Norte e a construção de um parque temático como a Eurodisney no Sul de Portugal. Ontem, vendeu a sua posição na ASK e pediu a demissão dos cargos que desempenhava.’
RADIOGRAFIA DOS USA FEITA PELO FMI
Radiografia feita pelo FMI
O contexto da economia americana foi exposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na sua análise anual da economia deste país publicada esta semana.
O crescimento do Produto Interno Bruto em 2011 e 2012 crescerá a valores abaixo do verificado para 2010.
A taxa de desemprego não descerá do patamar dos 8% este ano e no próximo.
O défice orçamental federal ainda será de 9,3% no final de 2011 e 7,6% em 2012, se o esforço de correcção for mantido.
A dívida pública bruta subirá para 99% no final deste ano e 103,2% no final de 2012.
O défice da balança comercial aumentará em 2011 e descerá ligeiramente em 2012.
Os EUA continuarão a valer-se da balança de invisíveis cujo saldo positivo continuará a crescer.
Outros números de algibeira sobre os EUA:
PIB estimado: 14,8 biliões (14800 mil milhões; bilião sempre equivalente a milhão de milhão, ou trillion em inglês)
Dívida soberana: 14,5 biliões — 98% do PIB
Dívida total (incluindo famílias e empresas): 54,9 biliões — 270% do PIB; 3,7 vezes
Dívida na mão de estrangeiros: 4,58 biliões — 31,5% da dívida soberana
Défice federal à data: 1,4 biliões
Gastos federais: 3,6 biliões — 24% do PIB
Gastos totais (federais, estaduais e locais): 6,9 biliões — 46,8% do PIB
Responsabilidades dos EUA não financiadas: 114,8 biliões — 676% do PIB; 7,7 vezes
Fonte: http://www.usdebtclock.org/
O contexto da economia americana foi exposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na sua análise anual da economia deste país publicada esta semana.
O crescimento do Produto Interno Bruto em 2011 e 2012 crescerá a valores abaixo do verificado para 2010.
A taxa de desemprego não descerá do patamar dos 8% este ano e no próximo.
O défice orçamental federal ainda será de 9,3% no final de 2011 e 7,6% em 2012, se o esforço de correcção for mantido.
A dívida pública bruta subirá para 99% no final deste ano e 103,2% no final de 2012.
O défice da balança comercial aumentará em 2011 e descerá ligeiramente em 2012.
Os EUA continuarão a valer-se da balança de invisíveis cujo saldo positivo continuará a crescer.
Outros números de algibeira sobre os EUA:
PIB estimado: 14,8 biliões (14800 mil milhões; bilião sempre equivalente a milhão de milhão, ou trillion em inglês)
Dívida soberana: 14,5 biliões — 98% do PIB
Dívida total (incluindo famílias e empresas): 54,9 biliões — 270% do PIB; 3,7 vezes
Dívida na mão de estrangeiros: 4,58 biliões — 31,5% da dívida soberana
Défice federal à data: 1,4 biliões
Gastos federais: 3,6 biliões — 24% do PIB
Gastos totais (federais, estaduais e locais): 6,9 biliões — 46,8% do PIB
Responsabilidades dos EUA não financiadas: 114,8 biliões — 676% do PIB; 7,7 vezes
Fonte: http://www.usdebtclock.org/
segunda-feira, 25 de julho de 2011
GOD SAVE THE QUEEN.....quando os seus chanceleres do tesouro nos desejam , cinicamente, a xenofobia a implosão do euro,os boicotes comerciais, limpezas étnicas e guerra entre os europeus continentais.
Ideias
União monetária - a bomba relógio europeia
22 julho 2011 The Guardian Londres
França e Alemanha mitigam com sucesso a crise da zona do euro, mais uma vez. Mas uma união monetária que bloqueia os Estados membros em um tamanho único de política económica é um desastre para acontecer, argumenta um colunista britânico.
Finalmente, uma crise verdadeira. A operação franco-alemã de resgate da zona euro era inevitável pela simples razão de que Armageddon nunca se concretiza. Nicolas Sarkozy e Angela Merkel combinaram mais um financiamento "temporário" para os gregos e, se for preciso, farão o mesmo para os portugueses e para os irlandeses. Os contribuintes alemães vão pagar as contas dos gregos e vão ajudar os bancos da Europa que continuam a ter juros de 20% sobre as dívidas soberanas. O poder vence sempre, desde que consiga arranjar alguém que pague.Uma crise mais intrigante irrompeu agora na Grã-Bretanha. O chanceler George Osborne revelou um cinismo impressionante ao abandonar a sua oposição a uma Europa "a duas velocidades" e ao pedir que a zona euro passasse imediatamente para uma união fiscal – com a Grã-Bretanha firmemente de fora. Só uma união assim, afirmou, irá disciplinar as nações devedoras e evitar a anarquia bancária que acabaria por afetar a economia britânica. A Grã-Bretanha não terá qualquer papel nas operações de resgate, mas confia na zona euro para continuar o caminho para uma união cada vez mais unida.
Osborne pode ser cínico, mas a sua análise histórica está certa. O último financiamento grego é o momento em que a Europa continental se vê forçada a metamorfosear-se, passando de uma federação folgada para um estado unitário frágil. Se os políticos europeus tencionam implodir e regressar à xenofobia, às fronteiras físicas, às limpezas étnicas e aos boicotes comerciais, é agora que isso irá acontecer. Este é um verdadeiro ponto de viragem.Desde os primeiros dias da União Europeia, após a II Guerra Mundial, esse ponto representava o perigo máximo. Desde que as moedas nacionais pudessem circular com flexibilidade num clima de comércio livre, a economia política, extraordinariamente diversa, da Europa conseguia tirar proveito de uma "geometria variável". A válvula de segurança da desvalorização permitia que os países se ajustassem a tempo. As distintas autonomias e culturas políticas conseguiam sobreviver.
Essa válvula de segurança começa agora a fechar-se. Há subsídios gigantescos que têm de passar de países com altos desempenhos para países com fracos desempenhos, dentro da zona euro, para saldar dívidas dos governos, apoiar projetos e financiar dívidas soberanas. Nesse dealbar surge a intervenção burocrática e a disciplina fiscal. Isto significa impostos harmonizados, execução harmonizada, regulação harmonizada e governação harmonizada, coisas só vagamente compreensíveis para os eleitorados. Quando a união monetária foi apresentada, nos idos de 1999, o resto viria por acréscimo.
Cada passo em direção a uma "união cada vez mais unida" provocou uma reação mais próxima.
O teste irá ser destruidor. É preciso fazer alguma coisa para que os gregos paguem os seus impostos, ou então os alemães vão recusar-se a pagar-lhes os subsídios. Como diz George Osborne, são necessárias euro-obrigações que exijam o apoio da Alemanha às dívidas dos Estados do sul, mas isso implica que estes Estados aceitem uma "política económica alemã". Bruxelas tem de fixar metas para o regime fiscal e a despesa pública nos Estados onde o euro é mais fraco, caso contrário os incumprimentos bancários vão destroçar o frágil equilíbrio económico europeu. Mas as tentativas de Bruxelas para impor um imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas são vacilantes. Como é possível manter uma verdadeira união fiscal?Já vimos as exigências do eixo franco-alemão e o FMI a ser profundamente criticado pelos países debilitados. Os gregos revoltam-se com a sua humilhação e os alemães revoltam-se com a sua generosidade. Por toda a Europa, o velho consenso pró-europeu vai-se evaporando. Os eslovacos declinaram o financiamento europeu e foram acusados pela Comissão Europeia de "falta de solidariedade", palavras que fazem lembrar a velha União Soviética.
O mais recente inquérito à opinião pública do Eurobarómetro mostra, pela primeira vez, em toda a UE, que a desconfiança suplanta a confiança, sobretudo na Grã-Bretanha, Alemanha e França. As sondagens revelam cada vez menos países a considerar a adesão uma coisa positiva, com a oposição mais forte quanto mais se avança para norte. É assustador que a corrente do euroceticismo esteja a fundir todas as velhas ligações históricas. Quando era uma união comercial forte, a UE era apoiada pela Europa do norte, protestante. À medida que foi revelando a sua ortodoxia institucional e pesadas transferências transfronteiriças, o apelo recaiu na Contra-Reforma, a sul. O tom pomposo da primeira versão de Valéry Giscard d'Estaing do Tratado de Lisboa assemelhava-se a uma encíclica papal.
Como antes da Reforma, a exigência à Europa do norte, para que sustentasse os subsídios e as dívidas da Igreja-mãe, duraram um pouco, mas não podiam durar para sempre. Os contribuintes alemães podem financiar os gregos, porque metade das dívidas dos gregos foram feitas em bancos estrangeiros. Mas estes contribuintes não vão financiar os portugueses, os espanhóis e os italianos. A tentativa de reavivar o Sagrado Império Romano está condenada ao fracasso. A tese de Lutero será brevemente afixada, não nas portas de Wittenberg, mas nas portas do Palácio de Berlaymont, em Bruxelas.
Uma "união cada vez mais unida" foi sempre uma perigosa fantasia, um imperialismo descendente forjado nas mentes enfartadas dos cardeais de uma fé paneuropeia. Pensou que podia negar a realidade política. A sua arrogância assenta na crença de que seria possível que a união monetária deixasse imaculada a identidade nacional, que um parlamento europeu corrupto conseguisse oferecer uma responsabilidade suficientemente democrática. Mas agora os bons tempos já lá vão e a responsabilidade não pode validar a horrível disciplina que tem de ser imposta às nações devedoras.
Uma democracia nacional vigorosa é o poder dos Estados europeus do pós-guerra. Uma disciplina distante não adianta.
A tentativa de impor uma união fiscal em toda a Europa irá provocar o seu desaparecimento. Mas onde George Osborne e o seu ceticismo falham é em querer tão obviamente esse desaparecimento. Quando a união monetária atingir o ponto de rutura e se separar numa orgia de xenofobismo, a Grã-Bretanha não irá ficar imune ao caos. Os pequeninos napoleões que embarcaram nesta aventura talvez encontrem a sua Waterloo. Mas é pouco provável que a economia britânica escape à carnificina. A união monetária, sempre inviável, preparou um desastre europeu
domingo, 24 de julho de 2011
JÁ VAMOS EM OITO NUM MÊS DE GOVERNO
NO blog O JUMENTO dá-se conta doutro blog : o mentirómetro do coelhone passista. Vale a pena acompanhar aqui
CÓPIA DO ÚLTIMO POST DO BLOG DE HOJE , DOMINGO
July 24, 2011, 5:27 pm
Moody’s Blues, Poor Standards, and the Debt
The invaluable Mike Konczal tells us the truth about the rating agencies and public-sector debt: not only do they constantly make mistakes, they do so in a consistent direction. Namely, they hold public-sector borrowers to vastly higher standards than they hold private borrowers.
And who says this? The answer is, their own analysis.
It’s hard not to see this as essentially ideological: the rating agencies just treat governments as potential deadbeats, by definition.
Let me just top off Mike’s discussion with the last time the raters downgraded a major economy’s government. Here’s the 10-year bond rate in Japan:
See the downgrade? (It was in 2002).
The point is that when S&P or Moody’s speaks, that’s not the voice of “the market”. It’s just some guys with an agenda, and a very poor track record. And we have no idea how much effect their actions will have.
And who says this? The answer is, their own analysis.
It’s hard not to see this as essentially ideological: the rating agencies just treat governments as potential deadbeats, by definition.
Let me just top off Mike’s discussion with the last time the raters downgraded a major economy’s government. Here’s the 10-year bond rate in Japan:
See the downgrade? (It was in 2002).
The point is that when S&P or Moody’s speaks, that’s not the voice of “the market”. It’s just some guys with an agenda, and a very poor track record. And we have no idea how much effect their actions will have.
deficit sobe em toda a europa COMO ACONTECIA EXACTAMENTE NO TEMPO DE sÓCRATES
SEGUNDO O EUROSTAT DE 22 DO CORRENTE....
108/2011 - 22 July 2011 nota : bn = biliões , não mil milhões. ou seja 16 bn é= 16.000.000.000.000 euros..... EU271 external current account2 recorded a deficit of 38.8 billion euro in the first quarter of 2011, compared with a deficit of 27.7 bn in the first quarter of 2010 and a deficit of 20.4 bn in the fourth quarter of 20103. EU27 external current account recorded a surplus with the USA (+14.0 bn), Switzerland (+11.6 bn euro), Hong Kong (+5.5 bn), Brazil (+3.6 bn), Canada (+2.7 bn) and India (+1.0 bn), and a deficit with China (-32.9 bn), Russia (-18.9 bn) and Japan (-8.1 bn).
EU/euro area current account balance as % of GDP
-2.5%-2.0%-1.5%-1.0%-0.5%0.0%0.5%1.0%2005I2005II2005III2005IV2006I2006II2006III2006IV2007I2007II2007III2007IV2008I2008II2008III2008IV2009I2009II2009III2009IV2010I20II2010III2010IV2011IEU27EA17
(in bn euro) Q1/2010 Balance of payments euro-indicators for EU27 and the euro area (EA17) | Q2/2010 | Q3/2010 | Q4/2010 | Q1/2011 | |||||
EU27 current account balance | -27.7 | -33.1 | -15.5 | -20.4 | -38.8 | ||||
EU27 balance of trade in goods | -32.6 | -29.9 | -28.5 | -29.4 | -46.5 | ||||
EU27 balance of trade in services | 11.5 | 19.6 | 21.7 | 21.2 | 16.9 | ||||
EU27 current account balance as % of GDP | -0.9% | -1.1% | -0.5% | -0.6% | -1.3% | ||||
EA17 current account balance | -17.9 | -18.6 | -6.2 | 2.2 | -30.9 | ||||
EA17 balance of trade in goods | 1.6 | 3.3 | 8.2 | 6.4 | -12.5 | ||||
EA17 balance of trade in services | 4.4 | 11.7 | 14.6 | 10.4 | 7.0 | ||||
EA17 current account balance as % of GDP | -0.8% | -0.8% | -0.3% | 0.1% | -1.3% |
Second estimate for the first quarter of 2011
EU27 current account deficit 38.8 bn euro
16.9 bn euro surplus on trade in services
According to the latest available data, the
In the first quarter of 2011, compared with the first quarter of 2010, there was an increase in the deficit of the goods account (-46.5 bn euro compared with -32.6 bn) and of the current transfers account (-19.2 bn compared with -16.6 bn). The surplus of the services account rose (+16.9 bn compared with +11.5 bn), while the surplus of the income account remained stable (+9.9 bn compared with +10.0 bn).
The surplus recorded in the services account (+16.9 bn euro) is mainly the result of surpluses in "other business services", which includes miscellaneous business, professional and technical services (+7.1 bn), financial services (+6.7 bn), computer & information services (+5.8 bn), transportation (+3.1 bn), insurance services (+2.5 bn) and construction services (+1.8 bn), partially offset by deficits in travel (-3.2 bn) and royalties & license fees (-2.4 bn).
In the first quarter of 2011, the
EURO AO FUNDO COM A GRÉCIA II
Texto de Ricardo Cabral, Universidade da Madeira
DESTAQUES
«A proposta de re-estruturação [pelos credores privados], ao contrário do que argumenta o Institute for International Finance (IIF), é muito benéfica para os credores, porquanto, de acordo com estimativas que efetuei, não reduz o valor atual da dívida em 21% (haircut) como alegado pelo IIF, antes o aumenta significativamente. Os credores internacionais não só não perdem como ainda ganham. »
«Se assumir uma taxa de desconto de cerca de 4,5% mais razoável do que a escolhida pelo IIF, o valor atual da dívida grega aumenta cerca de 134% em relação ao seu valor antes do acordo, ou seja cerca de 16% em relação ao valor inicialmente em dívida.»
«A taxa de juro para os €135bn de dívida que será reestruturada sobe para um patamar entre 5.4% e 6.4% .»
ARTIGO
Pela primeira vez desde o início da crise da dívida soberana, o Conselho da União Europeia, na sua reunião de 21 de julho, pareceu finalmente começar a enfrentar a realidade.
No acordo alcançado, reduziram-se as taxas de juro dos empréstimos da FEEF (Facilidade Europeia de Estabilização Financeira) e aumentaram-se os prazos de pagamento (de 7,5 para entre 15 e 30 anos) da dívida da Grécia mas também de Portugal e da Irlanda.
Há referência a um plano de apoio ao crescimento económico da Grécia, mas ainda de forma muito vaga. Mantêm-se, contudo, os planos de austeridade. Foi acordada uma reestruturação da dívida grega com uma redução anunciada do seu valor atual (haircut) de 21%. Essa reestruturação resultará no que se designa por evento de incumprimento seletivo (SD, na terminologia técnica).
A reestruturação de dívida prevista no acordo consiste na troca, voluntária, de dívida soberana grega por novos instrumentos de dívida, de entre um menu de quatro opções, com maior maturidade e determinadas características.
Reestruturação envolve €135 mil milhões até 2020
A proposta de reestruturação foi preparada pelo Institute for International Finance (IIF), uma associação internacional privada de instituições do sector financeiro (bancos, companhias seguradoras, etc). O IIF estima que sejam refinanciados, seguindo o esquema definido no acordo, €135 mil milhões de dívida soberana grega que vence entre 2011 e 2020.
Contudo, essa proposta de reestruturação, ao contrário do que argumenta o IIF, é muito benéfica para os credores, porquanto, de acordo com estimativas que efetuei, não reduz o valor actual da dívida em 21% (haircut) como alegado pelo IIF, antes o aumenta significativamente. Os credores internacionais não só não perdem como ainda ganham.
De facto, se utilizar a metodologia do IIF e assumir a taxa de desconto pós-reestruturação de 9% escolhida pelo IIF, o valor actual da dívida grega diminui somente 7,4% e não 21%. Mas, se assumir uma taxa de desconto de cerca de 4,5% mais razoável do que a escolhida pelo IIF, o valor actual da dívida grega aumenta cerca de 134% em relação ao seu valor antes do acordo, ou seja cerca de 16% em relação ao valor inicialmente em dívida.
Em suma, na minha perspectiva:
- não ocorre uma efectiva redução da dívida como seria de esperar num processo de reestruturação;
- e é um excelente negócio para os credores internacionais.
Grécia grandemente prejudicada
E, a Grécia, pelo contrário, sai grandemente prejudicada:
1- O valor atual da sua dívida aumenta muito (como acima referido);
2- A taxa de juro que a Grécia paga não baixa para entre 3,5% e 5%, como anunciado, porque a taxa de 3,5% só ocorre para a parte dos empréstimos provenientes da FEEF. A taxa de juro para os €135bn de dívida que será reestruturada sobe para um patamar entre 5.4% e 6.4% . [Esta taxa de juro é o resultado da taxa de juro paga pela Grécia aos investidores privados (entre 4% e 5%) mais 36% da taxa de juro de 3,5% paga à FEEF para adquirir os novos instrumentos de dívida de rating AAA para utilizar como colateral para os credores.];
3- Troca dívida soberana regida por lei e foro jurídico grego por empréstimos à FEEF regidos por lei e foro jurídico internacional;
4- Entra em “default selectivo” da sua dívida, que tem sempre efeitos negativos na reputação do país.
Acresce que, com esta proposta de reestruturação do IIF, também os principais países credores da União Europeia sairão lesados.
Continuo a considerar, como de resto numerosos economistas internacionais, que a Grécia nunca conseguirá pagar a dívida na totalidade. E, quando isso acontecer, serão os países da União Europeia que terão, legalmente, de assumir uma parte significativa da dívida grega.
DESTAQUES
«A proposta de re-estruturação [pelos credores privados], ao contrário do que argumenta o Institute for International Finance (IIF), é muito benéfica para os credores, porquanto, de acordo com estimativas que efetuei, não reduz o valor atual da dívida em 21% (haircut) como alegado pelo IIF, antes o aumenta significativamente. Os credores internacionais não só não perdem como ainda ganham. »
«Se assumir uma taxa de desconto de cerca de 4,5% mais razoável do que a escolhida pelo IIF, o valor atual da dívida grega aumenta cerca de 134% em relação ao seu valor antes do acordo, ou seja cerca de 16% em relação ao valor inicialmente em dívida.»
«A taxa de juro para os €135bn de dívida que será reestruturada sobe para um patamar entre 5.4% e 6.4% .»
ARTIGO
Pela primeira vez desde o início da crise da dívida soberana, o Conselho da União Europeia, na sua reunião de 21 de julho, pareceu finalmente começar a enfrentar a realidade.
No acordo alcançado, reduziram-se as taxas de juro dos empréstimos da FEEF (Facilidade Europeia de Estabilização Financeira) e aumentaram-se os prazos de pagamento (de 7,5 para entre 15 e 30 anos) da dívida da Grécia mas também de Portugal e da Irlanda.
Há referência a um plano de apoio ao crescimento económico da Grécia, mas ainda de forma muito vaga. Mantêm-se, contudo, os planos de austeridade. Foi acordada uma reestruturação da dívida grega com uma redução anunciada do seu valor atual (haircut) de 21%. Essa reestruturação resultará no que se designa por evento de incumprimento seletivo (SD, na terminologia técnica).
A reestruturação de dívida prevista no acordo consiste na troca, voluntária, de dívida soberana grega por novos instrumentos de dívida, de entre um menu de quatro opções, com maior maturidade e determinadas características.
Reestruturação envolve €135 mil milhões até 2020
A proposta de reestruturação foi preparada pelo Institute for International Finance (IIF), uma associação internacional privada de instituições do sector financeiro (bancos, companhias seguradoras, etc). O IIF estima que sejam refinanciados, seguindo o esquema definido no acordo, €135 mil milhões de dívida soberana grega que vence entre 2011 e 2020.
Contudo, essa proposta de reestruturação, ao contrário do que argumenta o IIF, é muito benéfica para os credores, porquanto, de acordo com estimativas que efetuei, não reduz o valor actual da dívida em 21% (haircut) como alegado pelo IIF, antes o aumenta significativamente. Os credores internacionais não só não perdem como ainda ganham.
De facto, se utilizar a metodologia do IIF e assumir a taxa de desconto pós-reestruturação de 9% escolhida pelo IIF, o valor actual da dívida grega diminui somente 7,4% e não 21%. Mas, se assumir uma taxa de desconto de cerca de 4,5% mais razoável do que a escolhida pelo IIF, o valor actual da dívida grega aumenta cerca de 134% em relação ao seu valor antes do acordo, ou seja cerca de 16% em relação ao valor inicialmente em dívida.
Em suma, na minha perspectiva:
- não ocorre uma efectiva redução da dívida como seria de esperar num processo de reestruturação;
- e é um excelente negócio para os credores internacionais.
Grécia grandemente prejudicada
E, a Grécia, pelo contrário, sai grandemente prejudicada:
1- O valor atual da sua dívida aumenta muito (como acima referido);
2- A taxa de juro que a Grécia paga não baixa para entre 3,5% e 5%, como anunciado, porque a taxa de 3,5% só ocorre para a parte dos empréstimos provenientes da FEEF. A taxa de juro para os €135bn de dívida que será reestruturada sobe para um patamar entre 5.4% e 6.4% . [Esta taxa de juro é o resultado da taxa de juro paga pela Grécia aos investidores privados (entre 4% e 5%) mais 36% da taxa de juro de 3,5% paga à FEEF para adquirir os novos instrumentos de dívida de rating AAA para utilizar como colateral para os credores.];
3- Troca dívida soberana regida por lei e foro jurídico grego por empréstimos à FEEF regidos por lei e foro jurídico internacional;
4- Entra em “default selectivo” da sua dívida, que tem sempre efeitos negativos na reputação do país.
Acresce que, com esta proposta de reestruturação do IIF, também os principais países credores da União Europeia sairão lesados.
Continuo a considerar, como de resto numerosos economistas internacionais, que a Grécia nunca conseguirá pagar a dívida na totalidade. E, quando isso acontecer, serão os países da União Europeia que terão, legalmente, de assumir uma parte significativa da dívida grega.
sábado, 23 de julho de 2011
AMERICAN WAY OF LIFE
Vai ser um fim-de-semana “quente”. O presidente Obama reuniu na Casa Branca este sábado (23 de julho)com os lideres Republicanos e Democratas do Congresso durante, apenas, 50 minutos. Não houve fumo branco e as negociações vão prosseguir.
A sequência de acontecimentos a menos de seis dias do limite de 2 de agosto é impressionante. De rumores de entendimento entre Obama e os Republicanos passou-se a um rompimento na sexta-feira.
Foi, de facto, um Presidente claramente frustrado com os Republicanos que surgiu na sexta feira ao final da tarde (hora de Washington) na 3ª conferência de imprensa em duas semanas em torno do tema do momento na América: o risco de um default (incumprimento) na maior economia do mundo nas primeiras semanas de agosto se o teto de endividamento federal não for aumentado na próxima semana.
O pânico de 2ª feira em Wall Street
Apesar do corte de negociações na sexta-feira por parte do speaker Republicano John Boehner, o presidente norte-americano repetiu “We will not default” (Não entraremos em incumprimento), mas alertou que os “mercados reabrirão na segunda-feira” e que as agências de notação de risco poderão não esperar por tantos jogos políticos.
Alguns media da área de negócios titularam, logo, depois da conferência de Obama: “Será que os mercados entrarão em crash na segunda-feira?”. O fantasma de Wall Street caindo a pique regressou.
Até há pouco tempo atrás a grande discussão nos Estados Unidos girava em torno da possibilidade de um double-dip (recaída na recessão) e dos efeitos – benéficos ou negativos – dos dois programas de “alívio quantitativo” prosseguidos pela Reserva Federal. Subitamente, surgiu a partir de meados de maio o tema do teto de endividamento e a palavra tabu “default” subiu à cena nos Estados Unidos, a economia do mundo onde seria suposto tal nunca acontecer.
A sequência de acontecimentos a menos de seis dias do limite de 2 de agosto é impressionante. De rumores de entendimento entre Obama e os Republicanos passou-se a um rompimento na sexta-feira.
Foi, de facto, um Presidente claramente frustrado com os Republicanos que surgiu na sexta feira ao final da tarde (hora de Washington) na 3ª conferência de imprensa em duas semanas em torno do tema do momento na América: o risco de um default (incumprimento) na maior economia do mundo nas primeiras semanas de agosto se o teto de endividamento federal não for aumentado na próxima semana.
O pânico de 2ª feira em Wall Street
Apesar do corte de negociações na sexta-feira por parte do speaker Republicano John Boehner, o presidente norte-americano repetiu “We will not default” (Não entraremos em incumprimento), mas alertou que os “mercados reabrirão na segunda-feira” e que as agências de notação de risco poderão não esperar por tantos jogos políticos.
Alguns media da área de negócios titularam, logo, depois da conferência de Obama: “Será que os mercados entrarão em crash na segunda-feira?”. O fantasma de Wall Street caindo a pique regressou.
Até há pouco tempo atrás a grande discussão nos Estados Unidos girava em torno da possibilidade de um double-dip (recaída na recessão) e dos efeitos – benéficos ou negativos – dos dois programas de “alívio quantitativo” prosseguidos pela Reserva Federal. Subitamente, surgiu a partir de meados de maio o tema do teto de endividamento e a palavra tabu “default” subiu à cena nos Estados Unidos, a economia do mundo onde seria suposto tal nunca acontecer.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
TUDO EM FAMÍLIA
Tudo em família (2)
[Publicado por Vital Moreira] [Permanent Link]
Os regimes constitucionais não se baseiam somente nos textos constitucionais, mas também em costumes, "convenções" e compromissos tácitos.Julgava-se que existia uma "convenção" dessas entre o PS e o PSD sobre a CGD, nos termos da qual a presidência da instituição deveria ser confiada a um gestor da área do principal partido da oposição. O PSD resolveu agora desrespeitá-la.
Faria de Oliveira, que foi ministro do PSD, foi nomeado para presidente da Caixa pelo primeiro Governo de Sócrates. Agora, no fim do mandato, o Governo do PSD/CDS resolveu promovê-lo a "chairman" do conselho de administração, tendo sido nomeado para vice-director executivo outro dirigente do PSD.
E diziam que os governos PS só nomeavam "boys..."
DOIS ANOS E MEIO E PODES VOLTAR SÓCRATES!
Como Mota Amaral se zangou com Cavaco e depois bateu com a porta
por Ana Sá Lopes, Publicado em 22 de Julho de 2011 | Actualizado há 17 horas
João Bosco Mota Amaral foi na quarta-feira passada substituído por Manuela Ferreira Leite no cargo de chanceler das Ordens Nacionais, três meses depois de ter tomado posse do cargo, em conflito com o Presidente da República. Ao que o i apurou, Cavaco Silva rejeitou a proposta de Conselho das Ordens que Mota Amaral lhe apresentou, depois de o chanceler já ter feitos convites e estes terem sido aceites. A lei determina que é o chanceler que escolhe os conselheiros. Face ao veto de Cavaco aos nomes escolhidos, Mota Amaral não esteve com meias medidas e bateu com a porta.
Ao i, Mota Amaral não quis explicar as razões da sua saída e limitou-se a reagir com a expressão da moda: "Saio por razões pessoais e políticas." A história começa com a renomeação do ex-presidente do Governo Regional dos Açores para chanceler das Ordens, um cargo de nomeação do Presidente da República. Desde o primeiro mandato de Cavaco Silva em Belém, Mota Amaral ocupava este cargo. Com a reeleição de Cavaco, o antigo presidente do parlamento é renomeado. O Diário da República de 18 de Abril tem um decreto do Presidente onde se lê que "são nomeados chanceleres das antigas ordens militares, das ordens nacionais e das ordens de mérito civil, respectivamente, o general Vasco Joaquim Rocha Vieira, o Dr. João Bosco Mota Amaral e o embaixador António de Oliveira Pinto da França". Na quarta-feira dia 20 de Julho, o Diário da República dava conta da súbita exoneração "a seu pedido" de João Bosco Mota Amaral e da nomeação imediata de Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD e amiga pessoal de Cavaco Silva, para chanceler das ordens nacionais.
Cavaco Silva assinou os dois decretos - o da exoneração de Mota Amaral e o da nomeação de Ferreira Leite - em simultâneo, na segunda-feira. Ferreira Leite tomou posse na quarta-feira, no mesmo dia em que a sua nomeação foi publicada em Diário da República. O Conselho das Ordens de que Ferreira Leite é chanceler foi expurgado de nomes desagradáveis ao Presidente. Deles fazem parte Veiga Simão, o ex-ministro das Finanças Jacinto Nunes, a ex-secretária de Estado do PSD Isabel Mota, a professora universitária Maria Alzira Seixo, o antigo presidente da Fundação de Serralves António Gomes de Pinho, a investigadora Elvira Fortunato, o general Garcia dos Santos e o professor universitário João Bonifácio Serra.
Ao i, Mota Amaral não quis explicar as razões da sua saída e limitou-se a reagir com a expressão da moda: "Saio por razões pessoais e políticas." A história começa com a renomeação do ex-presidente do Governo Regional dos Açores para chanceler das Ordens, um cargo de nomeação do Presidente da República. Desde o primeiro mandato de Cavaco Silva em Belém, Mota Amaral ocupava este cargo. Com a reeleição de Cavaco, o antigo presidente do parlamento é renomeado. O Diário da República de 18 de Abril tem um decreto do Presidente onde se lê que "são nomeados chanceleres das antigas ordens militares, das ordens nacionais e das ordens de mérito civil, respectivamente, o general Vasco Joaquim Rocha Vieira, o Dr. João Bosco Mota Amaral e o embaixador António de Oliveira Pinto da França". Na quarta-feira dia 20 de Julho, o Diário da República dava conta da súbita exoneração "a seu pedido" de João Bosco Mota Amaral e da nomeação imediata de Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD e amiga pessoal de Cavaco Silva, para chanceler das ordens nacionais.
Cavaco Silva assinou os dois decretos - o da exoneração de Mota Amaral e o da nomeação de Ferreira Leite - em simultâneo, na segunda-feira. Ferreira Leite tomou posse na quarta-feira, no mesmo dia em que a sua nomeação foi publicada em Diário da República. O Conselho das Ordens de que Ferreira Leite é chanceler foi expurgado de nomes desagradáveis ao Presidente. Deles fazem parte Veiga Simão, o ex-ministro das Finanças Jacinto Nunes, a ex-secretária de Estado do PSD Isabel Mota, a professora universitária Maria Alzira Seixo, o antigo presidente da Fundação de Serralves António Gomes de Pinho, a investigadora Elvira Fortunato, o general Garcia dos Santos e o professor universitário João Bonifácio Serra.
Três meses depois de ter tomado posse como chanceler das Ordens, o ex-presidente da Assembleia demitiu-se
boys com alguns bois
Entretanto, já se conhecem os contemplados. A repartição do bolo entre o PSD e o CDS é um escândalo, não acham? O que diriam se algo parecido fosse feito pelo PS?
boys e mais boys - por uns dois anitos
Tudo em família (2)
[Publicado por Vital Moreira] [Permanent Link]
Os regimes constitucionais não se baseiam somente nos textos constitucionais, mas também em costumes, "convenções" e compromissos tácitos.Julgava-se que existia uma "convenção" dessas entre o PS e o PSD sobre a CGD, nos termos da qual a presidência da instituição deveria ser confiada a um gestor da área do principal partido da oposição. O PSD resolveu agora desrespeitá-la.
Faria de Oliveira, que foi ministro do PSD, foi nomeado para presidente da Caixa pelo primeiro Governo de Sócrates. Agora, no fim do mandato, o Governo do PSD/CDS resolveu promovê-lo a "chairman" do conselho de administração, tendo sido nomeado para vice-director executivo outro dirigente do PSD.
E diziam que os governos PS só nomeavam "boys..."
SURRIPIADO DO BLOGUE DO JOSÉ PACHECO PEREIRA CONHECIDO POR NÃO FAZER FRETES OU FICAR CALADO
12:36 (JPP)
O estilo do ministro das Finanças não me parece só “estilo”. Parece-me ser a postura normal, genuína, de um homem que está empenhado naquilo que está a fazer, sem subordinar o que tem a dizer aos efeitos especiais de fogo-de-vista e ocultação que nos dominaram nos últimos anos. Um ministro que espera que os jornalistas vejam a página com os dados que ele está a citar e que lhes dá o número da página, é totalmente ingénuo na arte da conferência de imprensa, mas isso é uma lufada de ar fresco. Um homem sabedor pode dar-se ao luxo de ser ingénuo sobre os jornalistas, desde que o não seja sobre as finanças.
(url)
10:47 (JPP)
RTP: Rui Lopes da Silva, Daniel Pessoa e Costa
Lusa: Rui Batista
Público: Anabela Mendes
31 da Armada: Afonso Azevedo Neves, Carlos Nunes Lopes, João Villalobos
Albergue Espanhol: Afonso Azevedo Neves, António Nogueira Leite, Pedro Correia
Cachimbo de Magritte: Miguel Morgado
Portugal dos Pequeninos: João Gonçalves
Ministério de Miguel Relvas, o mais interessante de analisar porque é daqui que virá o spin e o que mais se verá: João Gonçalves, Pedro Correia, Adelino Cunha.
ÍNDICE DO SITUACIONISMO (132)
A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns casos, de respiração assistida.
Por que razão é que a lista de nomes que se vão sabendo de nomeações para os gabinetes governamentais e para cargos chave na economia e administração do Estado não me surpreende de todo? De todo, estava escrito nas estrelas. Jornais "amigos", jornalistas "amigos" dedicados e blogues de facção, foram nos últimos anos um instrumento fundamental na propaganda do "passismo" no PSD, atacando com virulência Manuela Ferreira Leite, promovendo os seus, fazendo o sale boulot. Não admira que agora pareçam mansos cordeiros: é que chegou o o payback time.
Já que não há o prometido site das nomeações aqui vai uma lista muito incompleta das informações que a Visão tem publicado sobre essas escolhas. Podem ser vistas por jornal ou por blogue, ou por ministério. Qualquer maneira de as ver é particularmente interessante:
Diário de Notícias / Jornal de Notícias: Maria de Lurdes Vale, Carla Aguiar, Adelino Cunha, Paula Cordeiro, Pedro Correia entre outros.Já que não há o prometido site das nomeações aqui vai uma lista muito incompleta das informações que a Visão tem publicado sobre essas escolhas. Podem ser vistas por jornal ou por blogue, ou por ministério. Qualquer maneira de as ver é particularmente interessante:
RTP: Rui Lopes da Silva, Daniel Pessoa e Costa
Lusa: Rui Batista
Público: Anabela Mendes
31 da Armada: Afonso Azevedo Neves, Carlos Nunes Lopes, João Villalobos
Albergue Espanhol: Afonso Azevedo Neves, António Nogueira Leite, Pedro Correia
Cachimbo de Magritte: Miguel Morgado
Portugal dos Pequeninos: João Gonçalves
Ministério de Miguel Relvas, o mais interessante de analisar porque é daqui que virá o spin e o que mais se verá: João Gonçalves, Pedro Correia, Adelino Cunha.
Três observações: uma, é que por muito que se tente iludir este facto, as escolhas deste tipo pouco tem a ver com o mérito profissional, mas sim com a confiança política. Se no caso dos jornalistas não houvesse a transumância habitual entre redacções e assessorias governamentais, não haveria nenhum problema em se escolher na base da confiança política. Agora ver jornalistas, que até ontem eram o primor da objectividade e independência, irem ajudar ministros e secretários de estado na propaganda e nalguns casos na manipulação da informação, isto sim é um problema. O mesmo problema se coloca ao contrário: ver dedicados propagandistas (e nalguns casos mais do que isso) voltarem agora às redacções como impolutos e isentos jornalistas, também me parece um problema.
A segunda observação é que vale a pena reler o que estes jornalistas e autores de blogues escreveram nos últimos anos. Percebe-se muita coisa.
A terceira, é que estas listas não dizem tudo. Não nos dizem sobre outro tipo de relações envolvendo as mesma pessoas e com a ligação próxima que alguns blogues têm com agências de comunicação e empresas de marketing que trabalharam para personalidades partidárias ou partidos e agora se vão mudar para o governo. Esta é uma teia de interesses muito pouco escrutinada, mas muito importante para perceber alguns blogues como, por exemplo, o 31 da Armada.
A segunda observação é que vale a pena reler o que estes jornalistas e autores de blogues escreveram nos últimos anos. Percebe-se muita coisa.
A terceira, é que estas listas não dizem tudo. Não nos dizem sobre outro tipo de relações envolvendo as mesma pessoas e com a ligação próxima que alguns blogues têm com agências de comunicação e empresas de marketing que trabalharam para personalidades partidárias ou partidos e agora se vão mudar para o governo. Esta é uma teia de interesses muito pouco escrutinada, mas muito importante para perceber alguns blogues como, por exemplo, o 31 da Armada.
(url)
10:05 (JPP)
ÍNDICE DO SITUACIONISMO (131)
A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns casos, de respiração assistida.
Não estará na altura de perguntar pelo site na Internet onde estarão todas as nomeações feitas pelo novo governo e que nos foi prometido como forma de sabermos até que ponto há ou não há jobs for the boys? É que é agora que estão a ser feitas as nomeações e o que se sabe até hoje não mostra nenhuma diferença substancial nas escolhas de boys em relação a governos anteriores.
DIA D
A uma semana da América poder entrar, pela segunda vez na sua história, em default temporário, o líder Republicano da Câmara dos Representantes apontou a próxima 4ª feira como o dia D da decisão sobre a subida do teto de endividamento federal e disse que este fim de semana será quente em Washington.
O speaker (equivalente à presidência do Parlamento) da Câmara dos Representantes, o Republicano John Boehner, afirmou hoje, numa reunião à porta fechada de congressistas republicanos, que os legisladores terão de resolver o problema do teto de endividamento do governo federal na quarta-feira, apenas 3 dias úteis antes do dia – 2 de agosto – em que os EUA poderão entrar em default temporário.
O speaker (equivalente à presidência do Parlamento) da Câmara dos Representantes, o Republicano John Boehner, afirmou hoje, numa reunião à porta fechada de congressistas republicanos, que os legisladores terão de resolver o problema do teto de endividamento do governo federal na quarta-feira, apenas 3 dias úteis antes do dia – 2 de agosto – em que os EUA poderão entrar em default temporário.
ALGUNS DETALHES
O Institute for International Finance divulgou a “oferta” de reestruturação “voluntária” da dívida grega por parte de um grupo de instituições financeiras privadas. Serão 54 mil milhões entre meados de 2011 e meados de 2014. Aguarda-se a reação das agências de notação.
Um grupo importante de credores privados da dívida grega – designados, agora, na linguagem eurocrata pelo novo acrónimo PSI (private sector involvement) – divulgou, através do Institute of International Finance (IIF), um lóbi global de banqueiros, a sua proposta de “oferta financeira” à Grécia, no âmbito da estratégia definida quinta-feira pela cimeira europeia.
A reestruturação desta parte da dívida grega implicará uma “contribuição de €54 mil milhões de meados de 2011 a meados de 2014 e, no total, um valor de €135 mil milhões entre meados de 2011 e o final de 2020″, lê-se no comunicado divulgado pelo IIF.
A chanceler alemã Angela Merkel falou de “€106 mil milhões até 2020″ e o presidente francês Nicolas Sarkozy em €135 mil milhões a “30 anos”. Segundo o comunicado final da cimeira europeia, fala-se de “uma contribuição líquida do sector privado estimada em €37 mil milhões” para o período de 2011 a 2014, a que se junta um programa de recompra de títulos no valor de “€12,6 mil milhões, dando um total de €50 mil milhões”. Acrescenta, ainda, em nota o comunicado que “para o período de 2011 a 2019, a contribuição líquida total do envolvimento do sector privado é estimada em €106 mil milhões”.
Os banqueiros oferecem, ainda, à Grécia uma “melhoria significativa do perfil da maturidade da dívida grega, aumentando a média das maturidades de 6 para 11 anos”. Ou seja, há um re-escalonamento global que permitirá a extensão de mais 4 anos em média para o vencimento dos títulos.
21% de perda de valor líquido
Este programa de reestruturação e reescalonamento de parte da dívida grega desdobra-se em quatro instrumentos financeiros; dois deles de troca de títulos com uma maturidade de 30 anos; e outros dois de troca de títulos com um desconto que implicará uma redução da dívida grega em €13,5 mil milhões. Segundo, ainda, o comunicado do IIF, os quatro instrumentos resultarão numa perda do valor líquido presente de 21% baseada numa taxa de desconto de 9%.
Dentro da linha de comunicação definida pela cimeira europeia no sentido de convencer os mercados da dívida soberana de que se trata de uma estratégia especificamente para a Grécia, que não fará escola para outros casos nem será repetida para o próprio caso grego, o IIF também afirma que se trata de uma “oferta única tendo em conta as circunstâncias excecionais da Grécia”. O comunicado da cimeira explicita que “todos os outros países membros do euro reafirmaram solenemente a sua determinação inflexível para honrar totalmente” as dívidas soberanas em cada caso.
As 30 entidades que assinaram esta “oferta” incluem 5 bancos e seguradoras alemãs (Allianz, Munich Re, Deutsche Bank, Commerzbank e Bayer LB), 5 bancos gregos e um cipriota, 3 bancos e seguradoras francesas (BNP Paribas, AXA e Société Générale), 3 entidades suíças (Swiss Re, Zurich Financial e Crédit Suisse), 2 entidades italianas (Generali e Intesa SanPaolo), 2 bancos do Reino Unido (HSBC e Standard Chartered), e mais 9 países (Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Holanda, Koweit, Peru, Suécia, Turquia) com uma entidade envolvida. A Espanha participa através do BBVA.
Trichet e Comissão Europeia: o discurso da excecionalidade do envolvimento privado
O responsável do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, em conferência de imprensa após a cimeira europeia, considerou o envolvimento privado como “excecional”, “voluntário” e desenhado “unicamente” para a Grécia. Ou seja, esta solução é pensada como não sendo “automática” para outros casos.
Um grupo importante de credores privados da dívida grega – designados, agora, na linguagem eurocrata pelo novo acrónimo PSI (private sector involvement) – divulgou, através do Institute of International Finance (IIF), um lóbi global de banqueiros, a sua proposta de “oferta financeira” à Grécia, no âmbito da estratégia definida quinta-feira pela cimeira europeia.
A reestruturação desta parte da dívida grega implicará uma “contribuição de €54 mil milhões de meados de 2011 a meados de 2014 e, no total, um valor de €135 mil milhões entre meados de 2011 e o final de 2020″, lê-se no comunicado divulgado pelo IIF.
A chanceler alemã Angela Merkel falou de “€106 mil milhões até 2020″ e o presidente francês Nicolas Sarkozy em €135 mil milhões a “30 anos”. Segundo o comunicado final da cimeira europeia, fala-se de “uma contribuição líquida do sector privado estimada em €37 mil milhões” para o período de 2011 a 2014, a que se junta um programa de recompra de títulos no valor de “€12,6 mil milhões, dando um total de €50 mil milhões”. Acrescenta, ainda, em nota o comunicado que “para o período de 2011 a 2019, a contribuição líquida total do envolvimento do sector privado é estimada em €106 mil milhões”.
Os banqueiros oferecem, ainda, à Grécia uma “melhoria significativa do perfil da maturidade da dívida grega, aumentando a média das maturidades de 6 para 11 anos”. Ou seja, há um re-escalonamento global que permitirá a extensão de mais 4 anos em média para o vencimento dos títulos.
21% de perda de valor líquido
Este programa de reestruturação e reescalonamento de parte da dívida grega desdobra-se em quatro instrumentos financeiros; dois deles de troca de títulos com uma maturidade de 30 anos; e outros dois de troca de títulos com um desconto que implicará uma redução da dívida grega em €13,5 mil milhões. Segundo, ainda, o comunicado do IIF, os quatro instrumentos resultarão numa perda do valor líquido presente de 21% baseada numa taxa de desconto de 9%.
Dentro da linha de comunicação definida pela cimeira europeia no sentido de convencer os mercados da dívida soberana de que se trata de uma estratégia especificamente para a Grécia, que não fará escola para outros casos nem será repetida para o próprio caso grego, o IIF também afirma que se trata de uma “oferta única tendo em conta as circunstâncias excecionais da Grécia”. O comunicado da cimeira explicita que “todos os outros países membros do euro reafirmaram solenemente a sua determinação inflexível para honrar totalmente” as dívidas soberanas em cada caso.
As 30 entidades que assinaram esta “oferta” incluem 5 bancos e seguradoras alemãs (Allianz, Munich Re, Deutsche Bank, Commerzbank e Bayer LB), 5 bancos gregos e um cipriota, 3 bancos e seguradoras francesas (BNP Paribas, AXA e Société Générale), 3 entidades suíças (Swiss Re, Zurich Financial e Crédit Suisse), 2 entidades italianas (Generali e Intesa SanPaolo), 2 bancos do Reino Unido (HSBC e Standard Chartered), e mais 9 países (Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Holanda, Koweit, Peru, Suécia, Turquia) com uma entidade envolvida. A Espanha participa através do BBVA.
Trichet e Comissão Europeia: o discurso da excecionalidade do envolvimento privado
O responsável do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, em conferência de imprensa após a cimeira europeia, considerou o envolvimento privado como “excecional”, “voluntário” e desenhado “unicamente” para a Grécia. Ou seja, esta solução é pensada como não sendo “automática” para outros casos.
COMO TINHA PREVISTO "os mercados" FICARAM ASSANHADOS
O cafézinho de Merkel, Sarkozy e Papandreou parece não estar a surtir o efeito desejado. Hoje assistiram-se a duas reviravoltas da parte da tarde – os juros da dívida voltaram à tendência de subida e as probabilidades de bancarrota dos “periféricos” também. Algo surpreendente para quem já havia esgotado o stock de champanhe e os foguetes.
Ainda é cedo para concluir se se trata de uma “oscilação selvagem” temporária, filha da volatilidade, ou se está a ocorrer uma viragem no “sentimento” dos investidores nas dívidas soberanas da zona euro indicando que as resoluções da cimeira europeia de ontem não os convenceram da solidez dos instrumentos financeiros colocados em campo e do caráter “excecional e único” da estratégia seguida para a Grécia.
Fecho no mercado secundário: yields invertem tendência
As yields (juros implícitos) das obrigações espanholas (OE) e dos títulos do Tesouro italiano e belga, em todas as maturidades, voltaram à tendência de subida. Os juros das OE a 10 anos reaproximam-se do caminho dos 6%, e fecharam em 5,77%, e no caso italiano, para a mesma maturidade, em 5,41%, segundo dados da Bloomberg.
No caso dos títulos dos três países já resgatados pela troika – Grécia, Portugal e Irlanda -, os juros prosseguiram uma descida colossal até à tarde, quando ocorreu uma travagem ou mesmo uma inversão da tendência. As maiores descidas diárias de juros verificaram-se nos títulos a 3 e a 2 anos da Grécia e nos títulos a 2 anos da Irlanda. Os juros para os títulos irlandeses a 10 anos continuam acima dos portugueses.
Os juros das obrigações do Tesouro portuguesas fecharam em 15,39% nas maturidades a 2 anos, 16,51% nas a 3 anos, 15,40% nas a 5 anos e 10,95% nas a 10 anos. Apesar da inversão da tendência durante a tarde de hoje, são níveis muito distantes dos picos atingidos na 2ª feira, o que mantém a melhoria das condições de crédito para o país.
Este comportamento das yields dos títulos públicos nos seis países da zona euro referidos está em conformidade com o que ocorreu, também, no mercado dos credit default swaps (cds), com uma reviravolta nos riscos de default à tarde, a que já nos referimos.
Em compensação, os juros relativos aos Bunds, títulos alemães, e aos títulos do Tesouro americanos e franceses inverteram a tendência de subida.
A diminuição dos juros dos Bunds implicou o aumento do spread em relação aos juros dos seis países sob observação, o que se repercute, logo, no custo dos cds e no risco de incumprimento.
Risco de incumprimento – mesmo padrão de inversão
Inverteu-se, à tarde, a tendência de descida acentuada do risco de default nos 6 países da zona euro sob observação dos mercados da dívida – Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e Bélgica – segundo dados do meio da tarde da CMA DataVision.
A Irlanda voltou ao 3º lugar do “clube” da bancarrota (grupo dos 10 países com risco de incumprimento mais elevado) e a Espanha ao 8º, depois de terem descido durante a manhã para o 4º lugar e a 10ª posição, respetivamente.
O aumento do risco no caso italiano – que subiu de 17,6% para 20,15% no espaço de poucas horas – ainda não foi suficiente para que o país europeu reentre no “clube” desalojando o Vietname.
O risco de default da Grécia subiu para 74%, depois de ter descido para 71,68%; o de Portugal para 54,05%, depois de ter estado em 50,9%; o da Irlanda para 52,65%, depois de ter chegado aos 49%; o de Espanha para 23,85%, depois de ter estado em 21,5%; o de Itália subiu para 20,15%, depois de ter descido para 17,6%; o da Bélgica subiu para 13,63%, depois de ter estado em 12,53%.
A novidade, agora, é que a alta nos “periféricos” é acompanhada pela subida do risco de incumprimento na França e na Alemanha – ainda que o patamar da probabilidade de default nestas economias seja dos mais baixos do mundo. Estes dois países do núcleo duro, juntamente com a Bélgica e a Itália, são os que maiores subidas diárias estão a apresentar hoje no conjunto de 80 países seguidos pelo monitor da CMA DataVision. A França voltou a galgar o patamar dos 100 pontos base no custo dos credit default swaps associados à sua dívida soberana.
Ainda é cedo para concluir se se trata de uma “oscilação selvagem” temporária, filha da volatilidade, ou se está a ocorrer uma viragem no “sentimento” dos investidores nas dívidas soberanas da zona euro indicando que as resoluções da cimeira europeia de ontem não os convenceram da solidez dos instrumentos financeiros colocados em campo e do caráter “excecional e único” da estratégia seguida para a Grécia.
Fecho no mercado secundário: yields invertem tendência
As yields (juros implícitos) das obrigações espanholas (OE) e dos títulos do Tesouro italiano e belga, em todas as maturidades, voltaram à tendência de subida. Os juros das OE a 10 anos reaproximam-se do caminho dos 6%, e fecharam em 5,77%, e no caso italiano, para a mesma maturidade, em 5,41%, segundo dados da Bloomberg.
No caso dos títulos dos três países já resgatados pela troika – Grécia, Portugal e Irlanda -, os juros prosseguiram uma descida colossal até à tarde, quando ocorreu uma travagem ou mesmo uma inversão da tendência. As maiores descidas diárias de juros verificaram-se nos títulos a 3 e a 2 anos da Grécia e nos títulos a 2 anos da Irlanda. Os juros para os títulos irlandeses a 10 anos continuam acima dos portugueses.
Os juros das obrigações do Tesouro portuguesas fecharam em 15,39% nas maturidades a 2 anos, 16,51% nas a 3 anos, 15,40% nas a 5 anos e 10,95% nas a 10 anos. Apesar da inversão da tendência durante a tarde de hoje, são níveis muito distantes dos picos atingidos na 2ª feira, o que mantém a melhoria das condições de crédito para o país.
Este comportamento das yields dos títulos públicos nos seis países da zona euro referidos está em conformidade com o que ocorreu, também, no mercado dos credit default swaps (cds), com uma reviravolta nos riscos de default à tarde, a que já nos referimos.
Em compensação, os juros relativos aos Bunds, títulos alemães, e aos títulos do Tesouro americanos e franceses inverteram a tendência de subida.
A diminuição dos juros dos Bunds implicou o aumento do spread em relação aos juros dos seis países sob observação, o que se repercute, logo, no custo dos cds e no risco de incumprimento.
Risco de incumprimento – mesmo padrão de inversão
Inverteu-se, à tarde, a tendência de descida acentuada do risco de default nos 6 países da zona euro sob observação dos mercados da dívida – Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e Bélgica – segundo dados do meio da tarde da CMA DataVision.
A Irlanda voltou ao 3º lugar do “clube” da bancarrota (grupo dos 10 países com risco de incumprimento mais elevado) e a Espanha ao 8º, depois de terem descido durante a manhã para o 4º lugar e a 10ª posição, respetivamente.
O aumento do risco no caso italiano – que subiu de 17,6% para 20,15% no espaço de poucas horas – ainda não foi suficiente para que o país europeu reentre no “clube” desalojando o Vietname.
O risco de default da Grécia subiu para 74%, depois de ter descido para 71,68%; o de Portugal para 54,05%, depois de ter estado em 50,9%; o da Irlanda para 52,65%, depois de ter chegado aos 49%; o de Espanha para 23,85%, depois de ter estado em 21,5%; o de Itália subiu para 20,15%, depois de ter descido para 17,6%; o da Bélgica subiu para 13,63%, depois de ter estado em 12,53%.
A novidade, agora, é que a alta nos “periféricos” é acompanhada pela subida do risco de incumprimento na França e na Alemanha – ainda que o patamar da probabilidade de default nestas economias seja dos mais baixos do mundo. Estes dois países do núcleo duro, juntamente com a Bélgica e a Itália, são os que maiores subidas diárias estão a apresentar hoje no conjunto de 80 países seguidos pelo monitor da CMA DataVision. A França voltou a galgar o patamar dos 100 pontos base no custo dos credit default swaps associados à sua dívida soberana.
COMEÇA BEM....COM MENTIRAS ATRÁS DE MENTIRAS
Um estarola no seu labirinto
Passos Coelho mandou o assessor de imprensa lançar a atoarda. Depois, deixou a coisa a marinar, tendo obrigado o ministro das Finanças a fazer interpretações pessoais do que terá dito. Voltou a falar do assunto em Vila Real, dando a ideia de que confirmava o que o seu assessor de imprensa dissera aos jornalistas. Quando é finalmente apertado por Bruxelas, dá o dito por não dito: Passos Coelho nega “buraco colossal” nas contas públicas. O primeiro-ministro (ou lá o que é) não deveria pedir desculpa por esta manipulação grosseira, que se arrasta desde o dia 13?
quinta-feira, 21 de julho de 2011
ADIAMOS O EURO
Nos detalhes é que está o diabo - dizia um primo meu com genes maquiavélicos e muito gosto de guardar para si o que era dos outros - ou seja sofria dum crónico sindroma de protecionismo do seu grande EU.
Há muito que se sabe que a política deve sobrepor-se à economia financeira sob pena de entrarmos em plutocracias que acabam sempre por acabar em guerra - civil ou não.
Como se percebe estes aspectos não foram resolvidos nem há calendário para a sua resolução.
Pois , ainda antes de conhecer os detalhes da histórica reunião de hoje, e JUSTAMENTE PORQUE OS DETALHES NÃO FORAM ANUNCIADOS , sou levado a pensar que foi tudo adiado e nada resolvido.
Na verdade o problema do euro reside no problema do ordenamento jurídico da eurozona, o qual por sua vez depende de para a constituição da Europa Unitária se ter começado por dar primazia às finanças e só depois á política.
Há muito que se sabe que a política deve sobrepor-se à economia financeira sob pena de entrarmos em plutocracias que acabam sempre por acabar em guerra - civil ou não.
Como se percebe estes aspectos não foram resolvidos nem há calendário para a sua resolução.
Daí que me atreva desde já a continuar a ser racional: estamos num interlúdio, o programa segue dentro de alguns meses depois de mais provações e um estouro da economia americana.
Para mim tem o aspecto positivo de me dar mais tempo para escrever dois livros que tenho entre-mãos : de profundis ....e ....o fim da democracia.
JÁ ESTÃO NO RADAR DOS ESPECULADORES
Compreende-se que a Alemanha e os Estados Unidos estejam no radar dos investidores – a estratégia da chanceler Angela Merkel na questão das reestruturações das dívidas dos países insolventes e no papel futuro das facilidades financeiras europeias já existentes é um elemento central no andamento da crise da dívida na zona euro; e o stresse em torno do aumento do teto de endividamento federal norte-americano até 2 de agosto é outro ponto de convulsão actualmente.
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy encontraram-se esta quarta-feira num G2 europeu, já habitual, para concertarem posições para a reunião do Eurogrupo de quinta-feira. As indicações dadas, depois do jantar que também juntou Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, vão no sentido de um entendimento para a reunião do Eurogrupo quinta-feira em Bruxelas.
O Presidente Obama reuniu na Casa Branca ao final da tarde de quarta-feira (hora de Washington DC) com os líderes Republicanos, depois de ter endossado na terça-feira uma proposta do “grupo dos seis” formado por senadores republicanos e democratas.
A França entrou, também, para o radar – um relatório secreto de um assessor do presidente Sarkozy terá deixado o Eliseu em choque. A França não está mais blindada contra ataques especulativos nem contra um efeito em rede de contágio nos “periféricos”, concluía o estudo.
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy encontraram-se esta quarta-feira num G2 europeu, já habitual, para concertarem posições para a reunião do Eurogrupo de quinta-feira. As indicações dadas, depois do jantar que também juntou Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, vão no sentido de um entendimento para a reunião do Eurogrupo quinta-feira em Bruxelas.
O Presidente Obama reuniu na Casa Branca ao final da tarde de quarta-feira (hora de Washington DC) com os líderes Republicanos, depois de ter endossado na terça-feira uma proposta do “grupo dos seis” formado por senadores republicanos e democratas.
A França entrou, também, para o radar – um relatório secreto de um assessor do presidente Sarkozy terá deixado o Eliseu em choque. A França não está mais blindada contra ataques especulativos nem contra um efeito em rede de contágio nos “periféricos”, concluía o estudo.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
O EXTRAORDINÁRIO CASO AMERICANO
Os Estados Unidos estão a beneficiar de um estatuto de exceção no quadro dos países classificados com notação de triplo A (menos de 20 países). São o país com o défice governamental mais elevado – que a Fitch estima fixar-se em 10% do PIB em 2011 – “entre os países com notação triplo A”. São, também, o país com a dívida pública “mais elevada neste grupo de pares [com triplo A]” – a Fitch estima que essa dívida atingirá 100% em 2012.
Por que razão, então, a Ficth não corta o rating dos EUA? A resposta é dada, logo a seguir: o estatuto de triplo A deriva do facto da “flexibilidade e do dinamismo” da economia americana e da “flexibilidade especial financeira que advém do papel do dólar como divisa de reserva predominante no mundo”.
Mas isso tem um limite de tolerância. “Até o governo dos Estados Unidos enfrenta um constrangimento orçamental durável. O falhanço na redução do défice orçamental e na estabilização da dívida pública poderá, eventualmente, erodir a confiança” no estatuto de triplo A da sua dívida.
Há, depois, um segundo aviso, que é extensível a outros pesos pesados dos países desenvolvidos. “Mesmo países com uma ‘soberania monetária’ forte enfrentam constrangimentos orçamentais persistentes e um falhanço na estabilização das finanças públicas pressionará cortes na notação no médio prazo”, diz o relatório da Fitch.
Três grandes países nessa condição – Estados Unidos, Reino Unido e Japão – enfrentam “desafios formidáveis”.
Por que razão, então, a Ficth não corta o rating dos EUA? A resposta é dada, logo a seguir: o estatuto de triplo A deriva do facto da “flexibilidade e do dinamismo” da economia americana e da “flexibilidade especial financeira que advém do papel do dólar como divisa de reserva predominante no mundo”.
Mas isso tem um limite de tolerância. “Até o governo dos Estados Unidos enfrenta um constrangimento orçamental durável. O falhanço na redução do défice orçamental e na estabilização da dívida pública poderá, eventualmente, erodir a confiança” no estatuto de triplo A da sua dívida.
Há, depois, um segundo aviso, que é extensível a outros pesos pesados dos países desenvolvidos. “Mesmo países com uma ‘soberania monetária’ forte enfrentam constrangimentos orçamentais persistentes e um falhanço na estabilização das finanças públicas pressionará cortes na notação no médio prazo”, diz o relatório da Fitch.
Três grandes países nessa condição – Estados Unidos, Reino Unido e Japão – enfrentam “desafios formidáveis”.
OS FIÁVEIS.....
Os 18 “premiados” com triplo A pela S&P
A agência de notação S&P tem 18 países classificados com notação AAA. A lista, por ordem alfabética, é a seguinte: Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Guernesy, Holanda, Hong Kong, Liechtenstein, Luxemburgo, Noruega, Singapura, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Martin Hutchinson, no Money Morning de hoje, comentava que dos 18 escolheria como “sólidos” apenas 4: Canadá, Noruega, Suíça e Singapura. Dos outros, recomendaria que, mesmo antes do corte na notação dos Estados Unidos e do Reino Unido, se corrigisse o rating de França.
A agência de notação S&P tem 18 países classificados com notação AAA. A lista, por ordem alfabética, é a seguinte: Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Guernesy, Holanda, Hong Kong, Liechtenstein, Luxemburgo, Noruega, Singapura, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Martin Hutchinson, no Money Morning de hoje, comentava que dos 18 escolheria como “sólidos” apenas 4: Canadá, Noruega, Suíça e Singapura. Dos outros, recomendaria que, mesmo antes do corte na notação dos Estados Unidos e do Reino Unido, se corrigisse o rating de França.
CONVEERSA PRIVADA
Coelho e Portas estão num jantar em S. Bento.
Um dos convidados aproxima-se deles e pergunta-lhes:
- De que é que estão conversando de forma tão animada?
- Estamos fazendo planos para uma grande guerra na nossa democracia - diz Coelho.
- Uau!', exclama o convidado. E quais são esses planos?
- Vamos lixar 10 milhões de portugueses e um brasileiro, responde Portas.
O convidado parece confuso e pergunta: - Um.... brasileiro? Por que é que vão lixar um brasileiro?
Portas dá uma palmada nas costas de Coelho e exclama:
- Não te disse? Ninguém vai perguntar pelos portugueses
Um dos convidados aproxima-se deles e pergunta-lhes:
- De que é que estão conversando de forma tão animada?
- Estamos fazendo planos para uma grande guerra na nossa democracia - diz Coelho.
- Uau!', exclama o convidado. E quais são esses planos?
- Vamos lixar 10 milhões de portugueses e um brasileiro, responde Portas.
O convidado parece confuso e pergunta: - Um.... brasileiro? Por que é que vão lixar um brasileiro?
Portas dá uma palmada nas costas de Coelho e exclama:
- Não te disse? Ninguém vai perguntar pelos portugueses
terça-feira, 19 de julho de 2011
CALENDÁRIO AMERICANO
Teto esgotado a 16 de Maio
14,2 biliões de dólares
Data de 2 de Agosto
O secretário do Tesouro americano, Timothy Geitner, declarou que nessa terça-feira da primeira semana de agosto se esgota a sua capacidade de engenharia financeira.
Pagamentos federais em agosto
306,7 mil milhões de dólares
Rendimento a arrecadar em agosto pelo governo federal
172,4 mil milhões
“Buraco” das contas federais em agosto a financiar
134,3 mil milhões
Dívida americana a refinanciar em agosto
500 mil milhões
[Segundo declarações do secretário do Tesouro no programa televisivo "Face the Nation" (em 10 de julho)]
Dívida que rola na primeira semana de agosto
87 mil milhões
Juros da dívida a pagar em 15 de agosto
29 mil milhões
Percentagem dos pagamentos a “cortar” se o teto não for aumentado
44%
Valor do “corte”
1,5 biliões (10% do PIB)
Cheques da segurança social entre 3 e 31 de agosto
49,2 mil milhões
Cheques do fundo de desemprego entre 3 e 31 de agosto
12,8 mil milhões
Assistência médica entre 3 e 31 de agosto
50 mil milhões (Medicare e Medicaid)
Pagamentos a fornecedores da área da defesa
31,7 mil milhões
Pagamentos a militares no ativo e a veteranos
5,8 mil milhões
Pagamento de vencimentos de funcionários federais
14,2 mil milhões
Número de vezes que o teto de endividamento já foi subido
91 vezes, desde 1940, segundo The Economist. O teto é ajustado pelo Congresso americano desde 1917.
Proposta “Cut, Cap & Balance” (Republicana) aprovada
Fixar em 18% do PIB o teto de despesa federal.
Pretende cortar na despesa federal 5,8 biliões de dólares numa década.
A proposta republicana foi aprovada na Câmara de Representantes por maioria de 234 votos (republicanos), mas será chumbada no Senado (de maioria democrática).
Estrutura atual da despesa federal (estimativa 2011)
Total da despesa: 25,32% do PIB [Principais rubricas - Defesa: 6,4%; Saúde: 5,85%; Pensões: 5,26%; Segurança social: 3,29%; Juros: 2%]
Recurso presidencial
Vetar a decisão do Congresso. O veto presidencial só pode ser anulado por uma maioria de 2/3 no Congresso. O Presidente pode aumentar, unilateralmente, o teto em 2,5 biliões até 2012.
Evolução nas negociações (“um passo muito significativo”)
O Presidente Obama endossou dia 19 de julho a proposta do designado grupo dos seis (também conhecida como proposta Conrad, do nome do senador democrata Ken Conrad), de senadores republicanos e democratas, para um plano de corte de 3,6 a 3,7 biliões de dólares na despesa ao longo de uma década combinado com um aumento de impostos e com a autorização do aumento do teto de endividamento em 2011.
Um montante de 500 mil milhões será para cortar de imediato. Aponta um objectivo de reduzir a dívida pública do nível atual, superior a 100% do PIB, para 70% do PIB em 2021.
Contagem decrescente para o potencial default
O Business Insider, na sua página sobre Política, tem um contador até ao dia limite de 2 de agosto.
Indicadores das contas públicas (estimativa 2011)
Défice federal em % do PIB: 10,91%; Dívida Pública (bruta): 102,63% do PIB
Notação de risco da dívida americana
Triplo A (sem risco de default) segundo Moody’s, Standard & Poor’s e Ficth; AA+ segundo a Egan-Jones (desde esta semana); AA segundo a Dagong (chinesa).
Títulos do Tesouro na mão de estrangeiros (maio 2011)
4,5 biliões de dólares
Principais detentores: China: 26%; Japão: 20%; Reino Unido: 8%; 8 países da União Europeia: 6%; Brasil: 5%
Eleições presidenciais
2012
Fontes: The Week, The Economist, Face the Nation, Treasury.gov, usgovernmentspending.com
14,2 biliões de dólares
Data de 2 de Agosto
O secretário do Tesouro americano, Timothy Geitner, declarou que nessa terça-feira da primeira semana de agosto se esgota a sua capacidade de engenharia financeira.
Pagamentos federais em agosto
306,7 mil milhões de dólares
Rendimento a arrecadar em agosto pelo governo federal
172,4 mil milhões
“Buraco” das contas federais em agosto a financiar
134,3 mil milhões
Dívida americana a refinanciar em agosto
500 mil milhões
[Segundo declarações do secretário do Tesouro no programa televisivo "Face the Nation" (em 10 de julho)]
Dívida que rola na primeira semana de agosto
87 mil milhões
Juros da dívida a pagar em 15 de agosto
29 mil milhões
Percentagem dos pagamentos a “cortar” se o teto não for aumentado
44%
Valor do “corte”
1,5 biliões (10% do PIB)
Cheques da segurança social entre 3 e 31 de agosto
49,2 mil milhões
Cheques do fundo de desemprego entre 3 e 31 de agosto
12,8 mil milhões
Assistência médica entre 3 e 31 de agosto
50 mil milhões (Medicare e Medicaid)
Pagamentos a fornecedores da área da defesa
31,7 mil milhões
Pagamentos a militares no ativo e a veteranos
5,8 mil milhões
Pagamento de vencimentos de funcionários federais
14,2 mil milhões
Número de vezes que o teto de endividamento já foi subido
91 vezes, desde 1940, segundo The Economist. O teto é ajustado pelo Congresso americano desde 1917.
Proposta “Cut, Cap & Balance” (Republicana) aprovada
Fixar em 18% do PIB o teto de despesa federal.
Pretende cortar na despesa federal 5,8 biliões de dólares numa década.
A proposta republicana foi aprovada na Câmara de Representantes por maioria de 234 votos (republicanos), mas será chumbada no Senado (de maioria democrática).
Estrutura atual da despesa federal (estimativa 2011)
Total da despesa: 25,32% do PIB [Principais rubricas - Defesa: 6,4%; Saúde: 5,85%; Pensões: 5,26%; Segurança social: 3,29%; Juros: 2%]
Recurso presidencial
Vetar a decisão do Congresso. O veto presidencial só pode ser anulado por uma maioria de 2/3 no Congresso. O Presidente pode aumentar, unilateralmente, o teto em 2,5 biliões até 2012.
Evolução nas negociações (“um passo muito significativo”)
O Presidente Obama endossou dia 19 de julho a proposta do designado grupo dos seis (também conhecida como proposta Conrad, do nome do senador democrata Ken Conrad), de senadores republicanos e democratas, para um plano de corte de 3,6 a 3,7 biliões de dólares na despesa ao longo de uma década combinado com um aumento de impostos e com a autorização do aumento do teto de endividamento em 2011.
Um montante de 500 mil milhões será para cortar de imediato. Aponta um objectivo de reduzir a dívida pública do nível atual, superior a 100% do PIB, para 70% do PIB em 2021.
Contagem decrescente para o potencial default
O Business Insider, na sua página sobre Política, tem um contador até ao dia limite de 2 de agosto.
Indicadores das contas públicas (estimativa 2011)
Défice federal em % do PIB: 10,91%; Dívida Pública (bruta): 102,63% do PIB
Notação de risco da dívida americana
Triplo A (sem risco de default) segundo Moody’s, Standard & Poor’s e Ficth; AA+ segundo a Egan-Jones (desde esta semana); AA segundo a Dagong (chinesa).
Títulos do Tesouro na mão de estrangeiros (maio 2011)
4,5 biliões de dólares
Principais detentores: China: 26%; Japão: 20%; Reino Unido: 8%; 8 países da União Europeia: 6%; Brasil: 5%
Eleições presidenciais
2012
Fontes: The Week, The Economist, Face the Nation, Treasury.gov, usgovernmentspending.com
Subscrever:
Mensagens (Atom)