terça-feira, 13 de julho de 2010

OFFSHORES

Em 10 de Maio de 2010 publiquei aqui um post intitulado "Os zombies e outros assuntos afins", onde mostrava que os offshores tinham os dias contados pelo mútuo interesse dos países ocidentais, e que 16.000 milhões de euros de portugueses estavam estacionados em 12 offshores, sobretudo nas ilhas Caimão.

Nessa altura já dois deles tinham estabelecido acordos de informações sobre titulares das contas com Portugal, dizendo agora o EXPRESSO que na passada semana três ilhas do Canal da Mancha entraram no grupo: Ilhas de Man, Jersey e Guernsey.
Gibraltar ( Outubro de 2009), Andorra ( Novembro de 2009 ) e a Bermuda e Caimão  ( em finais de Maio ) já tinham subscrito idênticos acordos com o fisco portugês.

Como Chipre e Malta já antes tinham acordado na troca de informações, dos offshores que faltam, de relevantes para Portugal restam as Antilhas holandesas e outras duas que segundo sei, de fonte fiscal ,se juntarão ao grupo ainda este mês.

Entretanto, a Madeira, que desde há dois anos queria mais abrangentes benefícios para o seu offshore ( naturalmente para estrangeiros, sobretudo ) anda zangada porque o nosso governo resolveu fazer com ela o que franceses, ingleses ou holandeses já fizeram com as suas. E o Alberto, o João!, ficou zangado e ameaçou! Porra, quando é que eu vou conseguir que o meu povo seja independente da Madeira do Alberto?

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Esta questão dos offshores é coisa séria que merece outro "post" mais sério.
Mas digo já: não entendo porque é que quem tem legal e legitimamente o seu dinheiro, continua a achar que é lá que ele deve estar. Na verdade, ele lá, com a acumulação de impostos sobre mais valias não pagas ao país, apenas impede que o crescimento de algumas fortunas não seja tendencialmente aritmética, mas seja sim tendencialmente geométrica;  mas, em contrapartida, os detentores desses capitais, se os depositassem normalmente cá, teriam, pela liquidez que dariam à banca, mais certezas de que os bancos normais onde também têm dinheiro ou de que também são acionistas, muito mais dificilmente poderiam falir. E isso, para eles como para a geral economia do país, não tem preço.

E assim: DELENDA  MADEIRA  EST!!!.

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