Se a estupidez e a sua antítese, a visão lúdica da vida, tivessem cara de peixe, este texto do comunista BRUNO PEIXE, era assim a modos que um tubarão vermelho. Mas segundo a minha sopeira que é muito dada a estas coisas do futebol com nome inglês , do tipo:" What's left in football?", segundo a minha sopeira, dizia, é sempre a mesma merda , uma pescadinha com rabo na boca. Ela lá sabe, que de culinária é perita.
Ah!, e dizem que o tal Bruno Peixe é só um tipo que sente que carrega o Mundo nas costas, leva tudo a sério como deve ser, e não é nenhum neurótico na ante-câmara de qualquer psicose.
"Depois de um post ou um artigo sobre Cuba, ou sobre as mutações do capitalismo, lá vem um texto sobre o mourinho ou o treinador da França. Uns são mais superficiais e comentam a espuma do acontecimento. Outros são mais formalistas e exibem com indisfarçável gozo o domínio da técnica. Sabem o que é um trinco e as diferenças efectivas entre as diversas combinações numéricas que somam 10.
Para estes a ligação entre a política e o futebol é imanente ao próprio jogo, e não deve ser investida de significados externos. Há jogadores e estilos de jogo de esquerda, há um futebol que é emancipatório, outro que é isomórfico ao capitalismo. O problema de quem olha assim é que se esquece de ver a verdade que só na totalidade se mostra. O que é que há de emancipatório num jogo que assenta no menos libertador dos pressupostos do mundo contemporâneo: a competição? Como pode ser de esquerda ganhar e dar a perder? O que é que pode ser mais contrário a uma ideia igualitária do que sancionar a vitória de uns e a derrota de outros?
Dir-me-ão que o que se joga no campo é, uma e outra vez, a luta de classes. É precisamente a esta lógica que se impõe dizer um não. Na luta de classes a vitória do proletariado não é apenas o fim daquele jogo, mas do jogo em si.".
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