1 - Ontem à noite, as televisões públicas e privadas entenderam que o assunto do dia era o benfica campeão nacional!. E vai daí uma festa que nem as vitórias portistas nas provas europeias alguma vez as televisões fizeram. Eu, numa declaração de interesses prévia, devo declarar que sou um indefectível portista , mas racional, daqueles que nunca desejaram derrotas do benfica nas mesmas provas internacionais. Isto foi e é assim porque o futebol é uma fezada de emoções que a gente tem relativas a montes de " fontes ": a primeira das quais a família ( já o meu pai era... ), mas também regional e , agora, cada vez mais política ( a projecção externa da marca regional: da primeira vez que visitei Barcelona o que logo me propuseram foi visitar o Nou Camp e o seu museu, e em Liverpool o respectivo estádio e a cave dos Beetles ).
2 - Ora a essas mesmas horas em que os telejornais eram encurtados para apelarem ao mundo que se reunisse nas rotundas respectivas a festejar de modo completamente alienado e alienante a vitória enlutada de uma equipa regional ( Sport Lisboa e Benfica não é o mesmo que Sporting Clube de Portugal ), os resultados da reunião dos ministros das finanças da zona euro que decorria em Bruxelas e de que vai depender o nosso pão nosso de cada dia futuro não era sequer referido. Agora percebemos porque é que o nosso primeiro-minstro saíu, com a facies de um condenado às galés há dois dias, da reunião dos primeiros-ministros, e anunciou que o déficit este ano teria de baixar de 9.4% do pib não para os 8.3 anunciados no PEC mas para 7.3. Ora isto entra-nos no bolso, pode impedir-nos de comprar todos os medicamentos para o avô, justificar ao primo porque é que este ano não há prenda de anos ou pensar que o peixe acabou lá em casa e resta o atum em lata ( que por acaso até faz bem à saúde... mas isso são outras contas ).
3- Entretanto, no nosso parlamento, uma triste assembleia de tristes, discute-se acaloradamente em sucessivas comissões se o nosso primeiro-ministro sabia no dia 23 ou só soube no dia 24 de Junho que a PT , directa ou indirectamente, poderia comprar ( porque pretender pretendia, como disse Manuela Ferreira Leite nas audições parlamentares por ser muito bom negócio para a nossa multinacional PT ) 30% da TVI. Por essa altura era evidente que Portugal corria o risco de entrar em insolvência ( o que quer dizer, materializando a coisa, que nos faltaria coisas tão simples como a aspirina que vem do estrangeiro por não termos divisas para a pagar ). Masturbavam-se oninisticamente e já pouco intelectualmente os deputados com o cronograma dos negócios da PT, qual orquestra do Titanic, com o país a afundar-se e a excitação do perigo a entusiasmar a asneira.
4- Num caso ( o futebol e a televisão pública e as outras a esquecerem-se da importância da reunião do Conselho de Ministros das Finanças da Europa que estava a acabar ) e no outro, ou seja, os parlamentares a parlamentarem a queda do Governo que a acontecer lançaria Portugal (que lhes paga principescamente os ordenados), numa dramática situação - o que está em causa é assim a modos de um conjunto de zombies desligados do essêncial e no onamismo do pessoal gozo narcísico!
5 - Enquanto os nossos zombies se enchiam de gozo, a Inglaterra partia-se em pedaços partidários que a vão atirar para o seu fim como potência, a Alemanha tirava a maioria a Merkel que é a única dirigente europeia dos chamados grandes com estofo de Estadista, a Ucrânia era subjugada pela Rússia (que na prática a anexou economicamente aproveitando a fragilidade europeia ), o Japão reunia o seu governo para impedir a venda das melhores empresas à China que as compra para usar a marca e copiar a tecnologia, o vulcão da Islândia obriga a repensar as comunicações na Europa, o derrame da BP que É o maior desastre ecológico de sempre ameaça a sério entrar na corrente do Golfo e vir direitinho a Peniche depois de liquidar pescas, praias e turismo nos Açores além de - através da sua pulverização diluente- trazer para Portugal a maior quantidade de cancerígenos que jamais vimos. Para não falar do fim do Euro que seria provavelmente o fim da União Europeia deixando os nacionalismos à solta.
E os deputados parlamentam se foi a 23 ou 24 que o primeiro-ministro soube uma notícia dum negócio que não se realizou!
E os deputados parlamentam se foi a 23 ou 24 que o primeiro-ministro soube uma notícia dum negócio que não se realizou!
Tanta indigência mental - a que o meu pai chamava a real capacidade de se ser mentecapto - é a mais purificada das alienações ( palavra que significa afastamento da realidade de si mesmo ) e assusta!
6 - Como consequência de tudo isto, o Governo foi obrigado por Bruxelas a corrigir o déficit orçamental para 7.3 ainda nos seis meses deste ano que restam e para 5% para o ano.
Dado que o IVA é o único imposto de efeitos imediatos e dado que o Governo vai precisar de gastar menos 4% em ano e meio ( este e o próximo ano ) atendendo a que 1% do IVA vale 300 milhões em meio ano e que o PIB é de 180 mil milhões e ainda que, portanto, vai ser preciso poupar mais de sete mil milhões em ano e meio, feitas por mim as contas, aposto nas medidas que aí vêm:
a) Aumento de dois por cento do IVA já !
b) congelamento durante o próximo ano de salários ( atenção, todos os salários quer da função pública quer privados), pensões, e toda a casta de benefícios sociais.
c )Corte de uns 50% do décimo quarto mês durante este e tavez o próximo ano para função pública e privados, ou seja toda agente.
d) Corte nas pensões todas acima de 1500 euros, gradativo.
e) Apelo à transferência dos 16 mil milhões de euros de pessoas e empresas portuguesas que se encontram depositados e gerelmente escondidos em 12 offshores, sobretudo nas ilhas Caimão. Destes 12, dois offshores ( Chipre e Gibraltar) são europeus; e outros seis ( Ilhas Virgens Britânicas, Caimão, Guernesey, Bermudas, Jersey e Antilhas Holandesas) são territórios sob domínio protectoral europeu pelo que bastam-se os europeus a si mesmos para os liquidarem. E importa aqui dizer que já todos os países euro decidiram punir essa fuga aos impostos dos muito ricos, sendo que a França já tributa os que apanha em 300% desde este ano. Aposto que o nosso governo vai convidar ao regresso desse dinheiro português com uma taxa dos 5% já anunciados mas uma maior de uns 10% aos bancos que o transferem, acompanhado do anúncio de que vão começar os cruzamentos fiscais com offshores!.
A talhe de foice, e esta é uma notícia ainda não pública, os cruzamentos fiscais com Chipre e Gibraltar começaram há mês e meio e os acordos com os restantes estão a ser negociados. A vida para os chico-espertos fica mais difícil.
f)As SCUT avançam já, mas eu espero que o nosso primeiro não brinque mais com a região Norte e a região do Porto. É que a malta até vai percebendo que é preciso pagar, mas se o Centro , Interior, Algarve e Lisboa também pagarem, o Estado arrecada mais e cada um de nós paga menos!
g) E a única que me vai dar verdadeiro prazer: a privatização da RTP onde o Estado injecta todos os anos 300 milhões de euros (passando a poupá-los a partir do ano que vem ) e ainda este ano deu prejuízo de outros trinta, e o José Rodrigues dos Santos, esse pseudo-escritor de orelhas de rato, faz questão de se mostrar benfiquista aferroado nos momentos em que lhe pagamos todos para ser um pivot ( EDPianamente pago por todos nós sem excepção ( pois é ,...a taxa audovisual !).
Agora percebe-se bem o ar entupido com que o nosso primeiro-ministro saíu sexta-feira do Conselho de Ministros Europeu para anunciar o inevitável: que a inacreditável terceira ponte ficava para as calendas ( as Gregas ) e que o ( necessário) aeroporto de Lisboa ficava em lista de espera. Porque cada um dos países membros só poderia participar num Fundo de 750 mil milhões de euros com medidas deste teor tomadas por todos ( já aqui disse que a Inglaterra está muito pior que nós de deficit e dívida pública e a França também...pois é! ). Tomadas por todos, mas já com o apoio financeiro do Canadá, dos Estados-Unidos, da Grã-Bretanha, da Suíça e do Japão - que a situação é tão grave como o foi a Grande Depressão que durou de 1929 a 1945!
E, obviamente,Delenda Madeira e China est!
c )Corte de uns 50% do décimo quarto mês durante este e tavez o próximo ano para função pública e privados, ou seja toda agente.
d) Corte nas pensões todas acima de 1500 euros, gradativo.
e) Apelo à transferência dos 16 mil milhões de euros de pessoas e empresas portuguesas que se encontram depositados e gerelmente escondidos em 12 offshores, sobretudo nas ilhas Caimão. Destes 12, dois offshores ( Chipre e Gibraltar) são europeus; e outros seis ( Ilhas Virgens Britânicas, Caimão, Guernesey, Bermudas, Jersey e Antilhas Holandesas) são territórios sob domínio protectoral europeu pelo que bastam-se os europeus a si mesmos para os liquidarem. E importa aqui dizer que já todos os países euro decidiram punir essa fuga aos impostos dos muito ricos, sendo que a França já tributa os que apanha em 300% desde este ano. Aposto que o nosso governo vai convidar ao regresso desse dinheiro português com uma taxa dos 5% já anunciados mas uma maior de uns 10% aos bancos que o transferem, acompanhado do anúncio de que vão começar os cruzamentos fiscais com offshores!.
A talhe de foice, e esta é uma notícia ainda não pública, os cruzamentos fiscais com Chipre e Gibraltar começaram há mês e meio e os acordos com os restantes estão a ser negociados. A vida para os chico-espertos fica mais difícil.
f)As SCUT avançam já, mas eu espero que o nosso primeiro não brinque mais com a região Norte e a região do Porto. É que a malta até vai percebendo que é preciso pagar, mas se o Centro , Interior, Algarve e Lisboa também pagarem, o Estado arrecada mais e cada um de nós paga menos!
g) E a única que me vai dar verdadeiro prazer: a privatização da RTP onde o Estado injecta todos os anos 300 milhões de euros (passando a poupá-los a partir do ano que vem ) e ainda este ano deu prejuízo de outros trinta, e o José Rodrigues dos Santos, esse pseudo-escritor de orelhas de rato, faz questão de se mostrar benfiquista aferroado nos momentos em que lhe pagamos todos para ser um pivot ( EDPianamente pago por todos nós sem excepção ( pois é ,...a taxa audovisual !).
Agora percebe-se bem o ar entupido com que o nosso primeiro-ministro saíu sexta-feira do Conselho de Ministros Europeu para anunciar o inevitável: que a inacreditável terceira ponte ficava para as calendas ( as Gregas ) e que o ( necessário) aeroporto de Lisboa ficava em lista de espera. Porque cada um dos países membros só poderia participar num Fundo de 750 mil milhões de euros com medidas deste teor tomadas por todos ( já aqui disse que a Inglaterra está muito pior que nós de deficit e dívida pública e a França também...pois é! ). Tomadas por todos, mas já com o apoio financeiro do Canadá, dos Estados-Unidos, da Grã-Bretanha, da Suíça e do Japão - que a situação é tão grave como o foi a Grande Depressão que durou de 1929 a 1945!
E, obviamente,Delenda Madeira e China est!
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