segunda-feira, 12 de março de 2012

A taxa tobin ( que pode valer mais que 60 mil milhões /ano para a Comissão Europeia vai se o embrião dum verdadeiro orçamento da eurolândia


União Europeia

Nove países querem adotar a taxa Tobin

12 março 2012
Presseurop
Süddeutsche Zeitung
Süddeutsche Zeitung, 12 março 2012
“Os países da UE querem impor a taxa sobre as transações financeiras”, titula o Süddeutsche Zeitung. O diário de Munique relata que os ministros das Finanças de nove países – Alemanha, França, Espanha, Áustria, Bélgica, Finlândia, Portugal, Grécia e Itália – pediram numa carta comum à presidência dinamarquesa da UE para “superar todos os obstáculos” à implementação da taxa Tobin até julho de 2012. Segundo os ministros, esta medida será, de facto, "um instrumento crucial para garantir um contributo justo do setor financeiro aos custos da crise financeira".
A iniciativa não é inédita. A Comissão Europeia já tinha proposto uma taxa sobre a troca de ações, produtos derivados e outros produtos financeiros no passado mês de setembro, uma proposta imediatamente rejeitada pelo Reino Unido e a Suécia. Desta vez, os ministros afirmam querer procurar “alternativas”, caso não seja elaborada uma solução até meio do ano. Uma observação fundamental da carta que “se lê entre linhas”, estima o SZ:
O número nove transmite uma mensagem muito clara: podemos fazê-lo sozinhos. [De acordo com os tratados europeus] os Estados podem avançar sozinhos numa cooperação reforçada, caso consigam, no mínimo, nove membros a favor. Daí a carta curta se ler quase como uma forte ameaça para os colegas que hesitam. Uma vez que todos os envolvidos já sabem que a taxa muito provavelmente será introduzida.
Por fim, o diário realça que a carta pode ter efeitos a nível interno para os países signatários, nomeadamente para a França e a Alemanha, uma vez que poderá permitir a Nicolas Sarkozy arrecadar votos adicionais nas eleições presidenciais de abril-maio e a Angela Merkel apoiar a oposição, que impôs a taxa Tobin como uma condição para aprovar o pacto orçamental.

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