Um tipo com cara de cu à paisana, é um tipo com uma cara como uma carantonha e que ainda por cima, por andar à paisana, anda escondido a disfarçar daquilo que verdadeiramente é.
Eu sempre achei - e não só ontem à noite na segunda circular - que lisboeta é um chulo. Leu bem: um chulo.
MAS, um chulo disfarçado de senhor, sobretudo escuro, óculos de sol, sapato de pelica italiana preta, pose de quem calcorreou o mundo e enxerga a "província " por decima, e , e, um tom de voz melífluo assim a dizer riuuu, quando quer dizer Tejo e não está a rir. Porque um chulo nunca ri: limita-se a achar natural viver à custa dos outros porque um chulo só tem puta como mulher, e isso é sério. Um chulo é assim um tipo que disfarça a impotência com a imagem de ter muitas potências...um chulo é, por isso, um lisboeta : no futebol diz que prometeu não falar de arbitragens e logo de seguida diz alarvemente - como um chulo! - que Pedro Proença é bicha ruim que não lhe faz vontades; na política é um cristo fêmea - Cristas ! - que tem fé que vai chover e proclama como política agrícola que "se chover os males da agricultura serão atenuados"; e assim por diante...
Os quadros que podem ser consultados abaixo, referem ao longo dos últimos anos as taxas de cobertura das importações pelas exportações e neles todos podem ver que só o Norte de Portugal e o Centro ( até Leiria ) é que têm sido capazes de exportar mais do que importar, ou andam próximos.
Ao contrário, Lisboa e os seus chulos produzem um terço do que gastam.
Por isso, ó ministro financeiramente soletrante, ó primeiro-ministro barítono do sopro pífio : então, então, mas então mesmo, andamos mesmo todos a viver acima das nossas possibilidades?
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