quinta-feira, 24 de março de 2016



MOTIVOS QUE LEVARÃO BRITÂNICOS A REJEITAR O BREXIT

Falta pouco tempo para que os ingleses ( descontando irlandeses do Ulster , escoceses e galeses) se pronunciem em referendum sobre a saída do U. Kingdam da União Europeia.

Palpita-me que o Não vai ganhar. Em primeiro lugar porque nem toda a gente naquelas ilhas é estúpida, e a maioria é, até, conhecida pelo seu pragmatismo. Partindo pois deste facto axial ( e para mal dos nossos pecados , que melhor ficaríamos com quem não gosta de nós fora das nossas fronteiras…) , achamos que na hora de decidir, esta gente vai pensar no que segue:

A praça financeira londrina ( mais conhecida por City) vale 11. 5 % do PIB britânico ( dados da city of London 2014 ) sendo ainda a primeira praça financeira mundial! Mas isto é apenas a ponta do iceberg : a city é o maior empregador da cidade com 8.5% do conjunto da população activa da Grande Londres, mas sobretudo , a city é o principal paraíso fiscal offshore da Europa, reprocessando tanto ouro como somas vertiginosas de dinheiro virtual saído das caixas negras: o paraíso dos paraísos fiscais.

No entanto a city vai ter de se submeter. Seja por ser forçada a colocar-se sob as comuns medida que aí vêm para a regulamentação das instituições financeiras da U.E. ( e não só da Eurozona ) seja porque na competição com as outras praças financeiras ascendentes ( sobretudo Xangai, Hong-Kong, , Bombaim e Frankfurt, Singapura e Dubai ) verá os seus recursos abandonarem o navio para estas últimas praças ( incluindo os países da Commonwealth ), por não poder escapar à regulação das actividades financeiras uma vez que vai ser obrigada , para aceder aos mercados internacionais e europeus, a submeter-se às leis de cada um deles que não teve possibilidades de negociar!



Isto vai acarretar ( GEAB, 17/ Março ) a supressão de muitas dezenas de postos de trabalho, deslocalizações, e, no seguimento dos estabelecimentos financeiros seguir-se-á um super-avit de especialistas , de profissionais liberais, queda do preço do imobiliário ( hoje ainda, para mais, muito inflacionado, etc, sem falar, é claro do resvalamento da libra esterlina que , de resto , já começou.

Tudo isto acompanhado de uma competição selvagem com os bancos asiáticos , uma margem de lucro entre depósitos e empréstimos esmagada ao máximo, e o concurso com paradigmas bancários novos como os e-banking virtuais, moedas virtuais, trocas virtuais, e ainda por cima esmagados pelos custos crescentes da SEGURANÇA CIBERNÉTICA…e acrescentando mais areia nesta camioneta: os yankies não querem ouvir falar no Brexit porque obviamente perdem informação vital sobre o que se passa e como manipular a Europa….sem o seu conhecido cavalo de Tróia lá dentro. E os americanos ainda tratam os gentleman como cachorros …,logo estes ficam ,vão ver, na União Europeia.



Tudo isto num quadro em que só os acordos comerciais de que o Reino Unido é parceiro graças à U.E. representa no comércio internacional britânico actual 59% ( Comercial Risk Europe, 4/03/2016.

Podem ver-se dois gráficos abaixo e uma escala dos bancos mundiais falidos que mais ajudas estatais receberam dos respectivos países , sendo que : 1. -14 dos bancos mais falidos e que mais dinheiro receberam entre os 19 piores do mundo, são, ou estado-unidenses ou britanicos….,e, 2.- trilião ou bilião ou milhão é a terminologia anglo-saxónica para 6 zeros para o milhão; 9 zeros para o bi , e 12 zeros para o trilião……

 
 
                                                      Figura 1 : Pequena lembrança do «resgate» dos bancos. Fonte: Yannis Youlountas
 
 
 
Figura 2: As cinco primeiras praças financeiras por continente (evolução desde Março de 2007) - Fonte: GFC Index – Long Finance
 
 
 
 

 


Figura 3: As Finance 5 maiores praças financeiras europeias (evolução desde Março de 2007) – Fonte : GFC Index – Long

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