segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

TRUQUES

Como  ludribiar melhor para parecer melhor, aqui.http://youtu.be/V7D9J8lTFGs

sábado, 28 de janeiro de 2012

HORA DE COMBATE....para evitar a guerra


Por ser impressionante, não resisto a publicar este artigo de um conhecido escritor alemão num jornal de referencia da sua pátria , além do mais porque a história final se passa na minha cidade do Porto e eu assisti à cena:

Dez ideias para sair do absurdo

27 janeiro 2012
Süddeutsche Zeitung Munique
Beppe Giacobbe
Embora seja incompreensível, emprenhou-se nos hábitos sociais: há anos que despojamos a coletividade e que arruinamos a democracia, denuncia Ingo Schulze. O escritor alemão divulga as suas dicas para restabelecer o bom senso. Excertos.
Já não escrevia artigos há cerca de três anos, pela simples razão de que já não sabia o que escrever. Salta tudo à vista: o desmoronamento da democracia, a crescente polarização económica e social entre ricos e pobres, o fracasso do Estado social, a privatização e, por conseguinte, a comercialização de todos os aspetos da vida, e assim sucessivamente.
Quando, dia após dia, o absurdo nos é apresentado como algo natural, é normal que acabemos, mais cedo ou mais tarde, por nos sentirmos doentes e assumirmos um comportamento desviante. Segue-se um resumo de algumas considerações que me parecem importantes:
1. Falar de atentado à democracia é um eufemismo. Uma situação na qual a minoria de uma minoria está legalmente autorizada a prejudicar gravemente o interesse geral em nome do enriquecimento pessoal, define-se como pós-democrático. O culpado não é mais do que a própria coletividade, incapaz de eleger representantes aptos para defender os seus interesses.
2. Todos os dias é-nos repetido que os governos devem “recuperar a confiança dos mercados”. Por “mercados”, entende-se principalmente as bolsas e os mercados financeiros, por outras palavras, os atores da esfera financeira que especulam por conta de outrem ou por interesse próprio, com o intuito de obter o maior lucro possível. Foram estes que despojaram a coletividade de montantes astronómicos. E, agora, deveriam os representantes supremos do povo lutar para recuperar a sua confiança?
3. Indignámo-nos merecidamente com a conceção de Vladimir Putin de uma democracia “dirigida”. Mas por que razão não foi Angela Merkel obrigada a demitir-se na altura em que esta falava de “democracia conforme aos mercados”?
4. Favoráveis à queda do bloco de Leste, certas ideologias transformaram-se em hegemonias, e a sua influência foi tal que pareceu natural. Considerada um fenómeno positivo em todos os aspetos, a privatização serve de exemplo. Tudo o que permanecia nas mãos da coletividade era considerado ineficaz e contraditório aos interesses do cliente. Deste modo, vimos emergir um clima que iria, mais cedo ou mais tarde, privar a coletividade do seu poder.
5. Outra ideologia cujo sucesso também foi retumbante: o crescimento. “Sem crescimento, não há nada”, proferiu a chanceler há já alguns anos. Não se pode falar de crise sem mencionar estas duas ideologias.
6. A língua utilizada pelos responsáveis políticos que alegadamente nos representam já não está em sintonia com a realidade (vivi uma situação similar na RDA). É a língua das certezas, que deixou de ser posta à prova na vida real. A política não passa hoje de um meio, um fole de ferreiro cuja razão de ser é atiçar o crescimento. O cidadão está reduzido ao papel de consumidor. Contudo, o crescimento em si não significa nada. O ideal para a sociedade seria um playboy que consumisse o máximo de coisas num período de tempo mínimo. Uma guerra poderia desencadear um considerável aumento do crescimento económico.
7. As questões simples: “Quem tira partido disso”, “Quem lucra com isso”? são atualmente consideradas inconvenientes. Não estamos todos no mesmo barco? Quem se interroga é visto como o apóstolo da luta das classes. A polarização social e económica da sociedade é fruto de um tumulto de evocações, segundo os quais teremos todos os mesmos interesses. Basta atravessar Berlim. Nos bairros de luxo, os únicos edifícios que não foram renovados são, normalmente, as escolas, as creches, os lares de idosos, as piscinas ou os hospitais. Nos bairros chamados “problemáticos”, os edifícios públicos não renovados são menos frequentes. O nível de pobreza é avaliado com base nas cáries da dentição. Hoje, ouve-se muitas vezes o discurso demagógico que consiste em dizer que vivemos todos acima dos nossos meios, que fomos todos gulosos.
8. Os nossos eleitos projetaram e continuam a projetar sistematicamente a coletividade contra a parede ao privá-la das suas receitas. A taxa máxima de tributação alemã foi reduzida de 53% para 42% pelo governo de Schröder, e o imposto sobre as sociedades foi praticamente dividido em dois entre 1997 e 2009, fixando-se nos 29,4%. Logo, ninguém deveria ficar surpreendido por ouvir dizer que os cofres estão vazios, quando o nosso produto interno bruto aumenta de ano para ano.
9. Vou contar-vos uma história: o que outrora nos era descrito como uma divergência profunda entre a Alemanha de Leste e de Oeste é-nos hoje apresentado como uma disparidade radical entre os países. No passado mês de março, estava no Porto, em Portugal, a apresentar a tradução de um dos meus livros. De um momento para outro, uma questão proveniente do público perturbou o ambiente, até então amigável e interessado. De repente, não passávamos de alemães e portugueses sentados frente a frente a olhar-se com desconfiança. A questão era desagradável: será que não tínhamos a sensação, quer dizer, será que eu, enquanto alemão, não tinha a sensação de concretizar com o euro o que não tínhamos conseguido concretizar outrora com os nossos panzers (tanques)? No público, ninguém o censurou. E, como era de esperar, reagi instintivamente, isto é, enquanto alemão: magoado, respondi que ninguém era obrigado a comprar um Mercedes, e que os portugueses deviam considerar-se felizes por obter créditos mais competitivos do que no setor privado. Após proferir estas palavras, ouvi a voz dos meios de comunicação social alemães.
Durante a confusão que seguiu as minhas afirmações, caí finalmente em mim. E como tinha o micro na mão, balbuciei no meu inglês macarrónico que a minha reação tinha sido tão absurda como a deles, e que caímos todos na mesma asneira ao defender instintivamente as cores da nossa nação, como no futebol. Como se o problema derivasse dos alemães e dos portugueses, e não das disparidades entre ricos e pobres, e portanto daqueles que, tanto em Portugal como na Alemanha, estão na origem desta situação e tiram proveito dela.
10. Estaríamos numa democracia se a política, através dos impostos, do direito e dos controlos, interviesse na estrutura económica existente e obrigasse os atores dos mercados a seguir uma certa via compatível com os interesses da coletividade. As questões que convém colocar são simples: “Quem tira partido disso”? “Quem lucra com isso”? Será vantajoso para a coletividade? O que equivale, no fim de contas, a questionar-nos o seguinte: Que sociedade pretendemos? Eis o que seria, na minha opinião, a democracia.
Termino aqui. Poderia falar-vos do resto, de um professor que confessou reconciliar-se com a visão do mundo que tinha aos 15 anos, de um estudo da escola politécnica de Zurique, que estudou a interpenetração das empresas para chegar ao número 147 – 147 grupos que partilham o mundo, e cujas 50 maiores potências são bancos e seguradoras, poderia também muito bem dizer-vos que convém reconciliar-se com o bom senso e encontrar pessoas  que partilham o mesmo ponto de vista que nós, porque não podemos ser os únicos a falar uma língua. E dir-vos-ia que voltei a ter vontade de abrir a boca.

PORTUGAL PIOR QUE NUNCA.... e a culpa era do Sócrates!

Nas últimas duas semanas, a probabilidade de incumprimento (risco de default) da dívida portuguesa não tem parado, desde que galgou o patamar dos 65% a 17 de janeiro.
A meio da manhã de sexta-feira, o risco de default num horizonte de cinco anos atingiu um pico de 70,9%, segundo os dados intercalares da CMA DataVision. No novo relatório da situação, ao final da manhã, o risco descera ligeiramente para 70,47% e chegara mesmo a um mínimo de 69,90%, para voltar a subir e fechar em 70,53%.
A continuação das negociações em torno da reestruturação parcial da dívida grega, ainda sem acordo, e a decisão da agência Fitch de proceder ao corte de notação de cinco países da zona euro, entre eles Itália e Espanha, duas grandes economias “periféricas”, pesou no clima de final do dia no mercado dos credit default swaps (cds).
A título de exemplo, a Grécia, que atravessa uma situação de alto risco de um evento de crédito (eventualmente um default selectivo),está com a probabilidade de incumprimento em 82,51%, apenas cerca de 12 pontos percentuais acima.
O fosso em relação à Irlanda, o terceiro país da zona euro com um plano de resgate, é, agora, de quase trinta pontos percentuais. Ou seja, a diferença entre o segundo lugar para Portugal no TOP 10 da bancarrota e um sétimo lugar para a Irlanda. A Grécia, naturalmente, continua a liderar esse “clube”.
Pela primeira vez, o custo dos credit default swaps a 5 anos- seguros contra o risco de incumprimento, conhecidos pelo acrónimo cds – esteve a meio da manhã acima de 1450 pontos base. Ao final da manhã, desceu ligeiramente para 1436,17 pontos base e viria a fechar o dia em 1436,87 pontos base. O que significa que por cada 10 milhões de dólares segurados contra o risco de default, o tomador do seguro tem de pagar cerca de 1,44 milhões de dólares de prémio.
Em sete dias o que a Grécia percorreu em um mês
A evolução ao longo de janeiro é elucidativa: o risco de incumprimento fechou o primeiro dia de negociação do ano com 60,6% e 1075 pontos base de custo dos cds e ontem fechou com 68,69% de risco e 1365,30 pontos base.
A Grécia galgou a barreira dos 65% a 18 de abril de 2011 e o patamar dos 70% foi atingido a 24 de maio do mesmo ano. O que a Grécia fez em um mês, Portugal percorreu em sete dias úteis.
Pela primeira vez, a agência de informação financeira Markit, refere que os cds para a dívida portuguesa a 5 anos já estão a receber cotações em “pontos à cabeça” (points upfront, na designação técnica), ou seja, o tomador de um cds tem de pagar à cabeça um certo valor em função de uma escala que vai de 0 a 100. Nessa escala, segundo a Markit, os cds soberanos estavam com uma cotação de 39 pontos à cabeça, enquanto a Grécia estava com 63,1.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

AQUI ESTÁ UM EXEMPLO DA DESINFORMAÇÃO DOS MEDIA ANGLOSAXÓNICOS. NA REALIDADE FRNCOIS HOLLANDE É UM ENTUSIASTA EUROPEU E DO QUE FICA DITO É QUE NÃO GOSTA QUE OS INGLESES QUE SÓ VIVEM DA CITY , CONTINUEM COM AS COMISSÕES ESCANDALOSAS SOBRE O EURO. É A GUERRA ECONÓMICA E CAMBIAL EM TODO O SEU EXPLENDOR!



Cimeira de Davos

Líderes britânicos atacam Alemanha e França

27 janeiro 2012
 
Financial Times
Financial Times, 27 janeiro 2012
Cameron ataca zona euro”, é a manchete do Financial Times, depois de o primeiro ministro britânico ter dado aquilo a que o diário londrino chama “uma firme repreensão” à Alemanha no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça.
Ao pedir a Berlim para que contribua com mais recursos e garantias para ajudar a resolver a crise da zona euro, Cameron foi particularmente contundente a respeito da introdução de um imposto sobre transações financeiras – uma iniciativa que considerou “pura e simplesmente louca”.

O discurso que proferiu, continua o Financial Times, –
…refletiu a profunda frustração há muito sentida pelos representantes britânicos em relação à liderança da Alemanha à frente da zona da moeda única e fez apelo a uma barreira bastante mais forte para evitar o contágio dentro da zona euro e uma dívida soberana europeia comum e para que os países mais poderosos se empenhem na redução dos seus excedentes comerciais e os países em dificuldades tentem minorar os seus
défices.
Entretanto, nota The Times, o primeiro ministro britânico vê-se envolvido numa “nova ronda de tensões além-Canal” com a França. Cameron e Boris Johnson, mayor de Londres, receiam que o socialista francês, François Hollande, provável vencedor nas próximas eleições presidenciais francesas, em maio, possa “deitar por terra o plano de recuperação económica da UE e destruir a City de Londres”, adianta o diário.
Num manifesto com 60 pontos, publicado a 26 de janeiro, Hollande “promete rasgar o tratado fiscal da UE, que será aprovado segunda-feira”, refere o diário londrino. Também escolheu a indústria financeira –
…para seu alvo principal, com a promessa de um agravamento de 15% nos impostos cobrados aos lucros bancários, a expulsão do mercado de instrumentos financeiros “tóxicos”, a proibição de opção de aquisição de ações, limites aos prémios e um imposto sobre “todas as transações financeiras”.
O mayor de Londres acusou Hollande de “vingança política de curto prazo”.

FALAR CLARO - 2

A situação dos países anglo-saxónicos, sobretudo os UUSS e GRÃ-BRETANHA, vai deteriorar-se fortemente este ano, sobretudo financeiramente.

Todavia a Eurolândia verá este ano a sua situação económica relativamente menos gravosa. Ao contrário da ideia que nos vendem as agências de rating ( as três maiores , todas anglosaxónicas ) e os media mais influentes.

À medida que o tempo transcorre, os resultados dos vários indicdores económicos não deixam margem para dúvidas.

Quanto à situação económica dos USA basta reparar no afundamento dos juros bancários, dos undicadores do consumo, a permanência estrutural de taxas de desemprego históricas, do crescente dificuldade no pagamento das pensões ou no colapso dos pressupostos das grandes universidades públicas

A situação ilustra bem como os responsáveis de um sistema complexo são totalmente incapazes - ou não têm coragem de sinalizar - o momento em que se está a entrar em crise ou num caos.

Mostram-no  Alan Greespan, Thimothy Geithner em 2006. E os responsáveis da City, de Wall Street ou do FED actual, bem como do governo cowboy, na generalidade os mesmos de 2006...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

um inverno lindo

JAPÃO À RASCA

O ministro das Finanças nipónico anunciou hoje em Tóquio que, pela primeira vez desde 1980, a terceira maior economia do mundo fechou 2011 com um défice equivalente a cerca de €25 mil milhões.
Os efeitos do tremor de terra e do tsunami sobre a produção, a exportação (automóveis desceram 10,6% e eletrónica 14,2%) e o fornecimento de energia com base no nuclear, bem como a valorização do iene (9,2% em relação ao dólar) e o aumento do preço do petróleo (21,3%) são os responsáveis por este mau resultado. A valorização do iene tem provocado, também, a deslocalização da produção para outros pontos do globo.
Em 1980, o défice comercial japonês atingiu um recorde, até hoje não superado – 2,6 biliões de ienes; em 2011 foi de 2, 49 biliões. Em 2010, o Japão teve um excedente de 6,63 biliões de ienes.
O défice comercial com a China, o principal parceiro comercial, foi 5 vezes superior ao de 2010.

FALAR CLARO 1

Daqui em diante irei regularmente informar quem me lê sobre a situação geopolítica , ou seja, também geo financeira do mundo.
Contrariamente aos anos precedentes , este ano não vai ser mais um "ano perdido". Será antes um ano em que os ensaios dos anos anteriores vão provocar opções concretas.
Será o ano em que os intocáveis anglo-saxónicos US, UK, USD e T-Bonds, dirigentes russos e chineses vão também provar do fel.
2012 será o ano em que começará a construcção de um novo sistema global internacional, refletindo as (novas) relações de poder do sec.xxi, e não do sec. xx.
O ano em que a máscara anglo-saxónica vai cair . Como é sabido, Francisco Hollande - ao contrário do que dizem todos os opinian-makers americanos - se vai mostrar um pró-europeu feroz ( e não euro-céptico ) - que substiturá Sarkozy que sempre teve um pé na América e outro na europa.
Será um ano em que se desvanecerão muitas questões e se enfatizarão outras como o "jogo" saloio que os anglo-saxónicos e os judeus disputam com o Irão.

QE3 VEM AÍ

A taxa de juro de referência norte-americana (fed funds rate) fixada pela Reserva Federal (Fed, banco central) deverá manter-se “excecionalmente baixa” inclusive durante 2014.
Ben Bernanke, o presidente da Fed, decidiu estender esta estratégia monetária “altamente acomodativa” para além de meados de 2013, como inicialmente estava previsto. Apesar de reconhecer, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião, que a “capacidade [da Fed] para prever a 3 ou 4 anos é obviamente limitada”.
Anunciou a decisão hoje em Washington na sequência da reunião do Federal Open Market Committee. Apenas uma voz se levantou contra a explicitação do período – o presidente do Banco da Reserva Federal de Richmond, Jeffrey Lacker.
QE 3 “em cima da mesa”
A atual taxa de juro de referência situa-se entre 0% e 0,25%, em termos nominais, o que significa que, em termos reais, a taxa é negativa. Ou seja, a Fed empresta dinheiro, perdendo em termos reais, pois a previsão para a inflação ronda os 2%. Bernanke reconheceu, na conferência de imprensa, que esta estratégia de juros nominais próximos de 0% “prejudica os aforradores”.
Bernanke sinaliza aos investidores internacionais que a política de dinheiro barato se manterá num horizonte de quase três anos.
O presidente da Fed admitiu, ainda, que a opção por aquisição de títulos do Tesouro, o que tem sido designado de “alívio quantitativo” (já com dois programas) ou QE, no acrónimo em inglês, “está em cima da mesa”, caso a situação o exija.
Wall Street reagiu positivamente. Os índices Dow Jones e S&P 500 entraram em terreno positivo.
A previsão para o crescimento nos Estados Unidos em 2012 aponta, agora, para um intervalo entre 2,2% e 2,7%, uma ligeira revisão do anterior intervalo que apontava para 2,5%-2,9%.
Vento contrário sopra da Europa
Ben Bernanke, na conferência de imprensa que decorreu depois da reunião da Fed, declarou que tem observado “noticias encorajadoras na economia”, mas que não está preparado “para declarar que já entrámos numa nova fase mais forte”.
A razão principal: o “vento contrário” que sopra da Europa.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O CAPITALISMO FINANCEIRO QUE É PRECISO ABATER

Corre por aí uma estória deveras elucidativa e emblemática do mundo em que vivemos.
Um homem chega a um hotel duma aldeia e pede um quarto para essa noite.
O hoteleiro mostra-lhe um quarto e explica-lhe as vantagens em relação aos restantes : por isso são 100 euros. O cliente aceita.
Com os cem euros na mão o hoteleiro corre a casa do padeiro a quem deve cem euros e entrega-lhe a nota e paga a dívida.
O  padeiro que devia cem euros ao moleiro corre a casa deste e entrega-lhe a nota ficando quites quanto às dívidas.
O moleiro , que passava muito tempo na humidade do ribeiro e tinha dores lombares corre ao bordel da aldeia para pagar à sua prostituta favorita para lhe tirar as dores , os cem euros que lhe devia em atraso por lhe tratar do corpo.

Paul Samuelson , o célebre economista , explicou em livro como a "moeda é um lubrificante de trocas", ou seja quando ela não existe a economia entra em estertôr.
Quando , como agora, a banca não dispõe de dinheiro para financiar e lubrificar as transacções comerciais, é a economia que morre.

Eu nunca pensei em estar de acordo com a exterma esquerda mais estúpida do mundo como é a portuguesa. Mas a verdade é que agora estou.Quando há uns dois anos ela começou a gritar que era preciso menos austeridade e mais expancionismo económico eu não acreditei. Mas agora não tenho dúvidas. È a própria senhora Lagarde que do alto do FMI pode ver e nos diz que mais austeridade a somar à austeridade leva Portugal , a Europa e o mundo- sim o mundo - à falência. Quer dizer a uma nova guerra mundial ( eles chamam-lhe potenciais conflitos...).

Para meu mal que sou reformado e não posso produzir o que produzia aferindo o preço pela inflacção, o que aí vem - quando o BCE e a Merkel perceber que só se salvam com eurobonds e liquidez sem limites , ou seja pôr as rotativas do euro a funcionar -  vai tirar-me poder de compra.

Mas que é isso contra a certeza duma guerra que vai envolver todos?

ESTA ASFIXIA QUE NOS MATA

GUIMARÃES E A CULTURA

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O economista-chefe da Deloitte Research em Londres disse ao Expresso que “o Reino Unido é um paradoxo” e que as empresas devem usar a liquidez que tenham para aquisições baratas “como fazem os chineses e indianos”.

Ian Stewart, que está na consultora desde 2007, publica todas as segundas-feiras um “Money Briefing” de referência que vai para mais de 10 mil clientes e colegas. E, no final de cada ano, surpreende os colegas com um questionário de perguntas difíceis – quase todas com rasteiras – para avaliar o conhecimento em temas financeiros e económicos mundiais por parte dos consultores.
Veio, recentemente, a Lisboa à Conferência CFO 2012, organizada pelo INDEG Business School, para apresentar os resultados do último inquérito que a Deloitte realizou em dezembro no Reino Unido aos administradores financeiros das empresas britânicas viradas para o mercado doméstico e para os mercados globais.
Uma mudança enorme
O consultor britânico confessa que “a Alemanha aproveitou a crise para se tornar a potência dominante”. “Foi uma mudança enorme”, acrescenta, salientando que “essa foi a principal consequência desta crise, e teremos de nos adaptar a essa nova situação”.
Admite que a “festa” alemã pode acabar se o país entrar em estagnação. A última revisão conhecida – anunciada hoje – cortou a previsão de crescimento alemão em 2012 de 2,2% para 0,7%, com um contexto europeu em que o crescimento rondará os 0,4%. O Fundo Monetário Internacional ensombrou, entretanto, ainda mais, as previsões ao adiantar que a zona euro poderá contrair-se em 0,5%.
Além disso prevê-se que a dinâmica anual do PIB na China e na Índia abrande para valores abaixo de 8,5% no primeiro país e de 8% no segundo. Refira-se que a China é hoje o principal mercado de crescimento das exportações alemãs e poderá ultrapassar a França como principal destino até ao final deste ano.
No entanto, Ian sublinha que, em termos de competitividade de custos laborais, a Alemanha acumulou uma vantagem ao longo de uma década que coloca a um canto os restantes parceiros europeus. A assimetria é gritante. Os custos laborais aumentaram na Alemanha apenas 5% entre 2000 e 2010, enquanto no Reino Unido e na Irlanda subiram 30%, em Portugal ou Espanha 33%, na Itália 37% e na Grécia 44%.
A dimensão da assimetria entre a Alemanha e o grupo dos países do Clube Med da zona euro pode, ainda, ser medida de outra forma: nos últimos dez anos, Berlim acumulou um excedente de 1,9 biliões de dólares(€1500 mil milhões), enquanto que o défice acumulado de Itália, França, Espanha, Grécia e Portugal foi de 1,5 biliões de dólares (cerca de €1160 mil milhões), segundo um relatório do Bank of America Merryll Linch
A ideia de um euro forte pode estar, também, a esfumar-se se a solução política não surgir. Diz o consultor: “Todas as explicações que têm sido dadas de que o euro é forte apesar da crise da dívida na zona euro podem sofrer um abalo. Prevejo que continue a depreciar-se, particularmente face ao dólar e à libra, se não houver uma solução na zona euro”.
Ian sublinha que, nos resultados do último inquérito realizado, o que mais atormenta os administradores financeiros britânicos é que ocorra um colapso da zona euro – o que preocupa 33% dos respondentes. A probabilidade de que isso aconteça é de 37%, segundo os inquiridos, uma percentagem superior ao que pensam os economistas ouvidos pelo Financial Times (probabilidade de 28%). Há um sinal que parece simbólico: “Quando alguém perguntava ao anterior presidente do Banco Central Europeu se havia algum risco do euro colapsar, Jean-Claude Trichet, no seu tom francês, respondia: absurde (absurdo). Ora, o novo presidente, Mário Draghi, admitiu a questão numa entrevista recente ao Financial Times”. Um detalhe significativo.
O Reino Unido é um paradoxo
Pode parecer paradoxal para os europeus continentais que os britânicos se preocupem com a sorte da zona euro. “O próprio Reino Unido é um paradoxo”, ri-se. “Por um lado, esperamos que o euro tenha sucesso – os bancos ingleses estão muito expostos ao continente. A interligação hoje das economias e dos sistemas financeiros na Europa é imensa. Mas, por outro lado, a situação atual pode colocar em risco o relacionamento do Reino Unido com a União Europeia”, acrescenta.
“Para mim a União Europeia é sobretudo comércio livre e liberdade de movimentos de capital e de trabalho, não uma instituição política. Não creio que o Reino Unido aceite regras de um compacto orçamental, o projeto que está em cima da mesa. De facto, há um problema de longo prazo sobre o que quer o Reino Unido em relação à União Europeia”, refere, ainda, o economista-chefe da Deloitte Research.
No fundo, coloca-se aos britânicos um dilema estratégico. “É inconcebível ser parte dessa integração em curso. O Reino Unido pode ser colocado numa posição em que seja forçado a sair da União”. Na resolução do problema da crise da dívida da zona euro, Ian prefere que seja o Fundo Monetário Internacional a atuar.
Façam como os chineses e os indianos
Quanto às empresas, a mensagem é clara: “Usem a liquidez disponível para procederem a aquisições baratas, tal como fazem os asiáticos, os chineses ou os indianos”. De facto, nos resultados do inquérito, os administradores financeiros vêm oportunidades de crescimento na aquisição de empresas ou de outros ativos a bom preço, bem como explorar as fraquezas da concorrência.
Em termos de estratégia, o economista-chefe da Deloitte Research defende que as empresas devem procurar segmentos de negócio não dependentes do crescimento do Produto Interno Bruto, relativamente protegidas das oscilações dos ciclos económicos.
As prioridades que os administradores financeiros inquiridos pela Deloitte apontam centram-se em seis áreas: reduzir custos, aumentar o cash flow, introduzir novos produtos e serviços ou expandir para novos mercados, reter liquidez nos balanços, proceder a aquisições e fusões ou expandir organicamente (através de criação de emprego, de investimento em capital fixo ou de desenvolvimento dos produtos). “Invistam para o longo prazo”, aconselha, a terminar, Ian Stewart.
Antes de entrar na Deloitte, Ian Stewart foi economista-chefe da Merrill Lynch para a Europa, em Londres. Foi responsável no Partido Conservador pelo Departamento de Investigação e foi economista da Confederação da Indústria Britânica.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Como está a Irlanda...

Irlanda

“Ocupas” dão uso a casas-fantasma

12 janeiro 2012
Londres

ENQUANTO A GRÉCIA EXIGE DOS CREDORES UM DESCONTO DE 85% DA SUA DÍVIDA....


Crise da dívida

Monti atrapalha “Merkozy”

12 janeiro 2012
 
Angela Merkel, Nicolas Sarkozy e Mario Monti durante o seu primeiro encontro a três, a 24 de novembro de 2011, em Estrasburgo.
Angela Merkel, Nicolas Sarkozy e Mario Monti durante o seu primeiro encontro a três, a 24 de novembro de 2011, em Estrasburgo.
AFP
Depois de Nicolas Sarkozy, no dia 9 de janeiro, chegou a vez de Mario Monti se dirigir a Berlim, no dia 11 para discutir com Angela Merkel o resgate da zona euro. Este obteve o apoio da chanceler e defendeu uma abordagem menos rígida da crise.
“Se os italianos não virem, num futuro próximo, resultados tangíveis da sua disposição em economizar e instaurar reformas, surgirá na Itália um movimento de protesto contra a Europa, dirigido também contra a Alemanha, considerada líder da intolerância no seio da UE, e contra o Banco Central Europeu”: o alerta de Mario Monti numa entrevista ao Die Welt Online parece ter chegado aos ouvidos da chanceler.
Assim, La Stampa titula que “Merkel aprova Itália” e escreve que:
A Itália de Mario Monti agrada à Alemanha; o projeto de tratado europeu em discussão deixou de ser uma ameaça. […] Claramente, Monti foi dizer a Angela Merkel que compreende muito bem a obstinação dos alemães quando exigem rigor e eficácia por parte dos outros países da zona euro, mesmo à custa de os deixar por muito tempo à beira do abismo. Mas também avisou que não se pode arrastar indefinidamente este jogo de azar e explicou qual é o limite da resistência de Itália.
Por seu lado, La Repubblica fala de uma “ligeira abertura alemã”, dizendo que se Monti conseguiu obter uma flexibilização do controlo orçamental previsto pelo tratado sobre a União económica reforçada, que deve ser discutido em fevereiro, “os progressos em matéria de medidas europeias para garantir os mercados são, pelo contrário, mínimos”.
Os elogios da chanceler Merkel às realizações do governo Monti […] demonstram até que ponto é significativo, na Europa, o medo de um colapso financeiro de Itália e como é um alívio profundo ver, por fim, o país ser governado de maneira responsável. Mas isso não será suficiente para salvar o país. E, provavelmente, também não chegará para salvar o euro.
Para Il Sole 24 Ore, na Europa “o problema já não é a Itália”, mas sim a Alemanha. Agora que a recessão ameaça a Europa e a Alemanha e que o relançamento da economia exige um impulso europeu,
Palavras novas, é verdade, mas ainda assim palavras: eis tudo o que Merkel ofereceu à Itália de Monti. […] Enquanto a chanceler alemã fala muito da Europa para não dizer nada e fazer ainda menos, apesar do futuro do euro estar ainda em suspenso; enquanto pretende controlar diretamente as políticas orçamentais dos parceiros sem dar nada em troca; há, verdadeiramente, motivos de preocupação. Especialmente porque este jogo dura há já muito tempo e não anda, como o demonstram os mercados. Ao ponto de, em vez de continuar a culpabilizar os países mediterrânicos pelo seu comportamento irresponsável, que estão penosamente a tentar entrar nos eixos à custa de um elevado preço social, é preciso começar a discutir a irresponsabilidade da Alemanha (a menos que o seu objetivo seja acabar com o euro em vez de o salvar).
Na Alemanha, o Frankfurter Allgemeine Zeitung aprova o elogio da chanceler às reformas iniciadas pelo governo de Monti, aconselhando ao chefe do Governo italiano que ouse taxar as enormes fortunas privadas do se país. O diário conservador também não deixa sem resposta o desejo de Monti de permitir que o seu país consiga taxas de juro mais baixas junto dos mercados:
Os parceiros da UE têm-se mostrado, desde sempre, pacientes perante o facto de Itália se afastar de um nível de endividamento aceitável. Os italianos não aproveitaram o maior presente oferecido pelo euro: taxas de juro invulgarmente baixas, para re-equilibrarem as suas finanças públicas. […] Não é a UE que deve taxas de juro mais baixas a Itália, mas sim Roma que deve aos seus parceiros a diminuição da sua dívida demasiado alta…
A edição online de Der Spiegel afirma que a teimosia de Berlim em exigir mais austeridade torna-se cada vez mais inaceitável. Uma primeira consequência é a mudança que está a tomar forma nas relações de poder dentro da UE: “Dois contra ‘A Merkel’”, titula Der Spiegel, referindo-se a um “duo” entre o Presidente francês Nicolas Sarkozy e Mario Monti para combater Angela Merkel:
Logo – Der Spiegel, Hamburgo
Por vezes, um portador de esperança pode tornar-se incómodo. […] Monti não quer economizar mais. Quer uma outra política, uma política completamente diferente da de Angela Merkel. […] Tudo o que reivindica é o que Paris quer há muito tempo. […] Até aqui, Merkel conseguiu impor-se quase sempre contra os desejos de França. Agora, França recebe o reforço vindo de Itália, que é a terceira economia da zona euro. No fim da semana passada, Monti fez uma visita ao Presidente francês para se porem de acordo sobre o caminho a seguir. Segundo os rumores, o ambiente foi de harmonia

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ATÉ O DECORO MINGA EM PORTUGAL. VENHA A DITADURA, POR FAVOR

Tudo o que precisa de saber para fazer crescer o seu salário




Eduardo Catroga vai ter um ordenado de 45 mil euros por mês na EDP, que acumulará com uma pensão de mais de 9600 euros. Questionado se o ímpeto com que se atirou ao pote não é exagerado, o responsável do programa eleitoral do PSD, que também negociou com a troika a privatização da EDP, justificou-se assim:

primeiro a guerra cambial, depoiis o protecionismo, a seguir os populismos fascistas de direita e esquerda - como aqui - depois...., pois!

Estónia

SS, os “heróis da liberdade”

11 janeiro 2012
Presseurop
Die Tageszeitung, 11 janeiro 2012
"Canonização das SS", insurge-se o Tageszeitung, que publica em primeira página a fotografia de Heinrich Himmler, chefe da organização nazi, a passar revista à brigada de voluntários das SS, na Estónia, em outubro de 1943. O diário berlinense refere-se a um projeto-lei que o ministro da Defesa da Estónia gostaria de ver aprovado em março. Este texto confere o estatuto de "combatente da liberdade" a todos aqueles que participaram na luta contra a ex-URSS durante a II Guerra Mundial, grupo em que se incluem os membros das SS na Estónia. As tentativas para que esta lei fosse aprovada fracassaram em 2006 e em 2010, mas desta vez "a maioria estará garantida”, refere o TAZ. A embaixada russa em Talin considerou “blasfematório” este projeto-lei e os Verdes alemães criticam a "justificação a posteriori das atrocidades cometidas pelos esbirros de Hitler na então União Soviética".

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

JOGOS DE BIOMBOS CHINESES

O Irão acabou o ano de 2011 disposto a uma nova ronda de conversações sobre a sua agenda nuclear, ao mesmo tempo que conjugava manobras navais e ensaios de mísseis com ameaças do encerramento do Estreito de Ormuz (agora ameaça a 5ª Esquadra americana). Parece contraditório, mas não é, trata-se apenas de ganhar a margem possível e o tempo necessário até chegar à mesa de negociações.
Os EUA e o RU já entenderam que o embargo às importações de petróleo iraniano são absolutamente inconsequentes para demover o Irão, e as sanções financeiras já decretadas, não chegam – é que, apesar de tudo isto, estima-se que os proveitos da produção de petróleo do Irão tenham aumentado 30% em 2011 face a 2010, de 76 biliões para aproximadamente 100 biliões de dólares (quintuplicou em 10 anos).
Mas quem são os outros países que vão estar sentados à mesa com o Irão? A Rússia, até final de Março, estará concentrada nas eleições presidenciais que dependem mais de uma agenda interna do que externa. A China joga aqui uma partida diplomática absolutamente estratégica: garantindo não apenas a segurança energética de que depende o seu crescimento económico, mas projectando ainda mais o seu poder de influência naquela região. Neste jogo de titãs, a Alemanha e a França não contam.
O Irão - isto é, o seu regime - ao contrário dos terroristas islâmicos que alimenta, não é suicida, e faz somente o que não compromete a sua sobrevivência. O regime tem vindo a contar com os compradores de petróleo orientais para viver (China, Índia, Japão, Coreia do Sul), e escuda-se internacionalmente com os apoios diplomáticos de alguns países da América Latina, para continuar a afirmar as suas ambições nucleares.
Face às ameaças ocidentais de mais sanções, com o que pode contar o Irão? A América Latina, pouco lhe serve a não ser na ONU para empatar; a Rússia não está por enquanto muito interessada no tema; a Europa não conta; sobra a China que pode ser o tutor deste Irão. O aumento da tensão no Irão tem vindo a assustar todos os outros compradores orientais de petróleo, que não a China, e que estão a divergir as suas fontes de abastecimento procurando rapidamente substituir o fornecimento iraniano, ao que se somam os desinvestimentos ocidentais e orientais (Japão, Índia), no sector de produção energética iraniana. Todo este incremento de tensão tem gerado um vazio que tem sido magistralmente aproveitado pela China.
Se somarmos aos investimentos no Irão, o incremento do investimento chinês no sector petrolífero iraquiano (de onde até as empresas americanas tem fugido), temos a China a assomar-se no Golfo Pérsico, isto é: a folgar no “lago americano”. Mas onde termina este jogo? O Irão sabe, porque a China assim o quer, que não pode arriscar o encerramento do estreito de Ormuz, nem tomar a iniciativa numa eventual guerra

A SÍRIA TEM TUDO A VER COM O IRÃO...

Domingo, Janeiro 08, 2012

Navios de guerra russos entram no porto sírio de Tartus

 
Um grupo de navios de guerra russos entrou hoje no porto sírio de Tartus, onde a Rússia mantém uma base de abastecimento e apoio técnico às suas armadas de guerra. As autoridades sírias interpretam isso como sinal de solidariedade.
O grupo de navios de guerra, segundo um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, é composto pelo porta-aviões Admiral Kuznetsov, pelo navio de combate a submarinos Admiral Tchabanenko, o navio de guarda Ladni, o rebocador Nikolai Tchiker e o petroleiro Lena.
“Os navios, depois de reabastecidos, abandonarão águas sírias e continuarão os seus exercícios”, acrescentou o porta-voz, frisando que “os armamentos e meios técnicos dos navios funcionam normalmente”.
A agência noticiosa síria SANA considerou esta visita uma “demonstração de solidariedade com o povo da Síria”.
“A visita dos vasos visa aproximar os nossos dois países e reforçar os laços de amizade entre eles”, afirmou um dos oficiais russos, citado por essa agência.
Arif al-Haddaf, governador de Tartus, declarou, na cerimónia de receção dos navios, que “merece respeito a posição da Rússia de apoio ao povo sírio”.
A Rússia mantém em Tartus uma base de apoio material e técnico aos navios das suas armadas, onde trabalham cerca de 50 marinheiros russos e se encontra permanentemente uma doca seca da Armada do Mar Negro.
A agência SANA informou que a visita dos navios russos irá durar seis dias, mas o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que os vasos de guerra deverão abandonar o porto já amanhã.

sábado, 7 de janeiro de 2012

IRÃO PRESTES A SER BOMBARDEADO ?

É uma das incógnitas de 2012. O Irão tem estado em foco por uma convergência de episódios e decisões. E o estreito de Ormuz surgiu como peça destes jogos de nervos. Como aqui tinha assinalado há cerca de seis meses cada vez parece mais próximo um  ataque israelita.
Durante 10 dias, a marinha iraniana desenvolveu o “Velayat 90″, um conjunto de exercícios militares navais que se estenderam pelo Golfo do Pérsico, Golfo de Omã e Mar Arábico. Os exercícios colocaram as forças iranianas na proximidade da 5ª Esquadra norte-americana que opera a partir do Bahrain.
No final do ano, os EUA aprovaram sanções contra o Irão que penalizarão fortemente os clientes do petróleo iraniano, entre os quais se encontram, em 85% dos casos, asiáticos e, em 17%, países da União Europeia, com destaque para a Grécia, Itália e Espanha.
Em simultâneo, estrategos norte-americanos falam de ser o momento certo para um ataque cirúrgico a alvos do projeto nuclear no Irão. “Na hora de atacar o Irão – porque razão um ataque é a menor das piores opções” é o título de um dos artigos simbólicos desta ótica, escrito por Mathew Kroenig, do Council of Foreign Relations norte-americano, na edição de janeiro/fevereiro da revista Foreign Affairs, acabada de publicar.
O vice-presidente iraniano falou, durante os exercícios, de bloquear o Estreito de Ormuz se as sanções se impuserem efectivamente. O estreito é um corredor que a Energy Information Administration considera “o mais importante ferrolho do petróleo” do mundo. Por ele passa um pouco mais de 1/3 do petróleo transportado por via marítima.
Durante a guerra do Irão e do Iraque, nos anos 1980, os iranianos minaram as águas do estreito e comandos em barcos de borracha atacaram petroleiros. Uma brincadeira comparada com a capacidade atual iraniana. “[Fechar o estreito] é tão fácil como beber um copo de água”, disse o almirante iraniano Habibollah Sayari.
Mas, como se verificou nestes exercícios, o estreito pode ser afetado a partir do Golfo do Omã, a sul do Estreito, que é ladeado pelo Irão e pelo Omã. Os exercícios navais recentes pretendem projetar a capacidade iraniana também no Índico ocidental.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

como ele diz : "deviamos olhar para nós e perguntar , O QUE É QUE EU POSSO FAZER PELO MEU PAÍS?

ESTE GAJO TEM A MANIA DE CHAMAR MENTIROSO AO SOCRATES, E DE PREGAR MORAL AOS PORTUGUESES. e , QUE TAL, SE FOSSE À MERDA? como esta aqui

REVELAÇÃO DO ANO QUE PASSOU

Revelação do ano
Para quem acompanha a situação na Grécia, a histeria com que os rottweilers da direita reagiram às declarações de Pedro Nuno Santos num jantar de Natal parece um sinal óbvio de miopia política. Soube-se hoje que o governo grego exige renegociar as condições com a troika (com a anulação até 75% da dívida), tendo advertido Merkel & Companhia de que, se não houver acordo em relação ao segundo pacote de resgate, a Grécia pode abandonar a zona euro.

A escolha do deputado do PS como revelação do ano não tem a ver com a declaração na qual instava o governo dos estarolas a defender os interesses de Portugal, usando para o efeito os instrumentos que tem à sua disposição. Muitos outros têm defendido o mesmo.

A escolha de Pedro Nuno Santos deve-se à sua intervenção no XVIII Congresso Nacional do Partido Socialista, na qual fez uma clara demarcação entre os desígnios do neoliberalismo e os que devem nortear a esquerda democrática na hora actual. Eis a sua intervenção  AQUI

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

MADEIRA DELENDA EST

Terça-feira, 27 de Dezembro de 2011Menos mau do que parece
Publicado por Vital Moreira
Os madeirenses vão pagar o preço da irresponsabildiade financeira do goveno regional da Madeira . Mas vão continuar a beneficiar de um elevado montante anual de transferências do orçamento da República, para o qual não contribuem um cêntimo, e da isenção de contribuição para as despesas gerais da República, que só os contribuintes do Continente suportam.
Há privilégios que custam a desaparecer...

SÓ OS VELHOS POLÍTICOS MOSTRAM TER JUÍZO

O antigo primeiro-ministro de François Mitterand afirma hoje (3 de janeiro) no jornal francês Le Monde que a dívida que vence nos estados da zona euro deveria ser refinanciada com juros muito baixos que tornem possível “respirar” às economias aflitas.
Em 2012, os países da zona euro vão ter de refinanciar €1 bilião (1000 mil milhões) da dívida soberana que vence. No caso de Itália serão €440 mil milhões e no caso de França €300 mil milhões. O refinanciamento da dívida não inclui as novas emissões de dívida que terão de ser realizadas para “tapar” os défices orçamentais de 2012.
Face a esta avalancha de refinanciamentos, o antigo primeiro-ministro francês Michel Rocard e o economista Pierre Larrouturou escandalizam-se com o facto de que os bancos comerciais da zona euro se possam refinanciar a juros de 1% junto do Banco Central Europeu (BCE), mas, em contrapartida, os estados têm de pagar múltiplos desse nível de juros para lidar com a dívida soberana. Rocard e Larrouturou questionam estes dois pesos e duas medidas num artigo publicado hoje (3 de janeiro) no jornal francês Le Monde. Rocard foi primeiro-ministro do presidente Mitterand entre 1988 e 1991 e ainda hoje é deputado europeu.
Por isso, sugerem que “a ‘velha dívida’ [a dívida soberana que vence] dos nossos Estados possa ser refinanciada a juros próximos de 0%”.
Alegam que, para tal, os tratados da união não precisam sequer de ser alterados. “Certamente que o BCE não está autorizado a emprestar aos estados membros, mas pode emprestar, sem limite, a organismos públicos de crédito (segundo o artigo 21.3 do estatuto do sistema europeu de bancos centrais) e a organismos internacionais (artigo 23 do mesmo estatuto)”, refere o artigo no Le Monde. “O BCE pode emprestar a 0,01%, por exemplo, ao Banco Europeu de Investimentos (BEI) e à Caisse des Dépôts [francesa], que, por sua vez, podem emprestar a 0,02% aos Estados que tenham de se endividar para refinanciar as suas velhas dívidas”, concluem Rocard e Larrouturou.
O valor de 0,01% advém do facto de se referir hoje em dia o juro que a Reserva Federal norte-americana (Fed) aplicou nos empréstimos secretos à banca norte-americana durante a crise financeira. A Bloomberg apurou que a Fed emprestou 1,2 biliões de dólares (1200 mil milhões) àquela taxa incrivelmente baixa em termos nominais e largamente negativa em termos reais.

jogos geopolíticos

Os dois BRIC vão avançar com legislação em janeiro. China faz primeira mudança desde outubro 2007. E Índia autoriza investidores individuais estrangeiros a adquirir ações no mercado bolsista.
O novo ano abre com mexidas na China e na Índia – dois dos BRIC – favoráveis ao investimento estrangeiro.
O Ministério do Comércio da China e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma anunciou no final do ano que procedeu a uma revisão das regras sobre investimento estrangeiro a entrar em execução a partir de 30 de janeiro de 2012. Segundo a revista chinesa independente Caixin, a China abre mais as portas em 9 sectores de serviços, incluindo o capital de risco e a proteção de direitos intelectuais, bem como nas tecnologias, com destaque para a indústria de equipamentos de alto valor acrescentado, para a biotecnologia, para as tecnologias de informação e para energias alternativas e indústrias que sejam eficientes em termos energéticos.
Além deste alargamento nestes setores considerados “de encorajamento” ao capital estrangeiro, a China removeu os tetos na participação de capital estrangeiro em 11 sectores bem como no leasing e no sector de saúde. Em compensação, a China fechará os apoios no sector da construção automóvel, alegando que já há sobrecapacidade instalada.