sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

SÓCRATES TINHA MAIS UMA VEZ RAZÃO QUANDO ESPREMEU O SOBA DA MADEIRA , E VOLTOU A TER QUANDO NÃO DEIXOU NENHUM DEFICIT COLOSSAL.

Os dados revelados pelo INE sobre as Contas Nacionais relativas ao 3.º trimestre põem definitivamente por terra as teses do Governo sobre o suposto desvio colossal.

Não consta qualquer derrapagem na despesa e em lado algum há indícios da despesa com o pessoal ou dos consumos intermédios estarem acima do previsto. Antes pelo contrário, o INE confirma que a despesa com remunerações das administrações públicas cai 6,9% nos primeiros 9 meses do ano e o consumo final cai 9% nesse mesmo período.

O défice acumulado no final do 3º trimestre era de 8.635 M€, o que corresponde a 6,8% do PIB. Não se compreendem assim as afirmações dos responsáveis políticos de que o défice de 2011 seria superior a 8% sem medidas extraordinárias (cf. Passos Coelho a 13 de Dezembro e Vítor Gaspar a 20 de Dezembro), porque tal implicaria que as contas públicas estariam aí sim completamente descontroladas neste 4º trimestre.

Ainda assim, há que ter em conta que o défice dos três primeiros trimestre foi muito afectado por efeitos — esses, sim — absolutamente extraordinários, como o do buraco da Madeira. O único contributo do actual Governo para a execução orçamental dos primeiros nove meses foi a criação de uma narrativa que, contrariando a promessa realizada por Passos Coelho, tentou imputar ao Governo anterior o pretexto para algumas medidas. Quanto à prometida redução de despesa, como é sabido, o Governo não teve coragem de pôr em prática nada nos primeiros meses do seu mandato

ASSIM VOLTO AO MESMO : MADEIRA DELENDA EST!.

os boys estão a ser colocados com a anuência do primeiro-ministro

Ambos, ambos, ambos

José Pacheco Pereira sobre o funcionamento interno do PSD [hoje na Sábado]:
    ‘O aparelho [do PSD] detém todo o poder e quase não há respiração fora dele. No Governo, mais do que o primeiro-ministro, funciona o ministro do aparelho em tudo o que é sensível, movimenta interesses e lugares, posiciona para o futuro. Muita gente pensa sempre com aquela complacência de achar que há quem faça e há quem seja enganado, ou não saiba, ou não conheça. No caso vertente, a formação do primeiro-ministro e do seu principal executor é exactamente a mesma. Podem ter a certeza absoluta de que ambos, ambos, ambos, sabem de tudo. Fizeram-se lá e sabem muito bem como se fizeram.’

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

COMO É QUE A EUROPA PODE ESCAPAR À IMPLOSÃO ? - uma entrevista que diz tudo sobre o estado das coisas

EntrevistaEntrevista
A lição europeia de Andrzej Stasiuk
26 dezembro 2011 Wprost Varsóvia 2

Adam Golec / Agencja Gazeta
Porque há tanta dificuldade no entendimento entre alemães e polacos? Como se reconhece um polaco? Como ajudar a Alemanha a dominar a União Europeia? O inclassificável escritor polaco dá-nos algumas pistas.
A lição europeia de Andrzej Stasiuk
26 dezembro 2011WprostVarsóvia
Adam Golec / Agencja Gazeta Comentar 2
Text largerText smallerSendPrintPorque há tanta dificuldade no entendimento entre alemães e polacos? Como se reconhece um polaco? Como ajudar a Alemanha a dominar a União Europeia? O inclassificável escritor polaco dá-nos algumas pistas. Excertos.

Tomasz Machała


TOMASZ MACHALA: Na Polónia, que peso tem a palavra "Alemanha", em termos de emoções negativas?

ANDRZEJ STASIUK: Grande, a começar pela etimologia da palavra "alemão" [Niemiec, em polaco], ou seja, alguém mudo [niemy], com quem não se pode comunicar, devido à sua linguagem incompreensível. E há montes de ditados do tipo, "Por mais que o mundo envelheça, o alemão nunca será irmão do polaco"; ou a imagem popular do diabo na pele de alemão. Podiam ser acrescentados outros exemplos. Há muito tempo que esta palavra tem um peso enorme, difícil de aliviar ao fim de tantos séculos.

Apesar da União, apesar dos subsídios, apesar da ausência de fronteiras?

Realmente, eles tentaram e continuam a tentar – digo-o sem ironia e com estima. Este peso é tão grande que subjuga uma geração que, em princípio, devia estar livre do trauma histórico. A minha filha, quando andava no terceiro ou quarto ano do básico, recitou a um alemão nosso amigo a letra de Rota [canção patriótica polaca], que inclui a frase: "Os alemães não nos irão cuspir na cara." Não o fez obviamente de má-fé. De todo. Quis agradar ao nosso convidado, citando o único verso que sabia sobre germanidade. Albrecht ficou siderado e não queria acreditar que ainda continuássemos a ensinar isso na escola. Pois a verdade é que continuamos.

Na Alemanha, acontecerá o mesmo com a palavra "polaco"?

Não sei. Mas mesmo que aconteça, são demasiado bem comportados para o patentearem. No entanto, acredito francamente que a relação dos alemães em relação a nós é tão complexa como a nossa em relação a eles. Só que camuflada. Mantêm-nos um pouco afastados da sua consciência.

Um polaco na União Europeia é um parceiro igual ou alguém inferior?

É cada vez mais difícil diferenciá-lo na rua através da indumentária ou do comportamento. Há um mimetismo transeuropeu. Mas para um olho treinado, os traços antropológicos permanecem evidentes. O indelével rosto eslavo. Antes, quando falava na rua, o polaco tendia a baixar a voz, o que já não acontece hoje. Pelo menos em Berlim. Mas Berlim não é Alemanha, é a Torre de Babel.

O que faz ele em Paris, Hamburgo, Londres ou Roma?

Há alguns anos, na Praça de São Pedro, em Roma, reconhecia os compatriotas sem hesitação, especialmente os do sexo masculino (manifestamente mais rígidos em termos de imagem): calções pelo meio da barriga da perna e sandálias com meias; barriga protuberante; bigode e, imprescindivelmente, uma câmara de vídeo. Penso que a divisão entre antiga e nova União ainda tem bastante que dar.

Essa antiga União tem alguma coisa a aprender connosco?

Não fomos nós que os recebemos, foram eles que nos incorporaram. Na condição de nos tornarmos como eles, ou pelo menos tentarmos. Não há reciprocidade. A ideia de "como somos" não lhes interessa, só querem é que não os perturbemos muito. Pessoalmente, isso não me incomoda. À margem, temos mais liberdade.

Teme uma dominação alemã? Uma hegemonia de Berlim?

Quando há um grupo, tem de haver uma parte que é dominante, sem dúvida. Claro que os polacos preferiam desempenhar esse papel, mas tal como a situação se apresenta, vai ser a Alemanha a dominar. Já tentámos detê-la com um Tratado de Versalhes e sabemos no que deu.

A dominação é necessariamente nociva e perigosa?

O segredo está na arte de incitar os dominantes a "bem dominar". Durante muito tempo, isso aconteceu: a sua má consciência, a sua história e a sua culpa fizeram com que tentassem dominar com suavidade. Os "malvados alemães" tornaram-se "bonzinhos", e isto sem ironia da minha parte. Mas como convencê- los a continuar essa "boa dominação"? Devia ser a Europa toda a garantir que assim acontecia. Eles têm necessidade de ser os melhores em tudo, e o que é preciso é encaminhá-los para uma boa liderança. Por outras palavras, eles precisam, como dizê-lo, de uma certa vigilância.

Para si, a União vale mais ou menos do que o Estado-nação?

A União é um sistema administrativo. Veja, eu escrevo livros, textos. A minha ferramenta é a língua, é a perspetiva pela qual encaro o mundo. A União não é uma realidade completa, não há uma "língua da União". Esse é um primeiro elemento. Em segundo lugar, penso na história. Há, naturalmente, uma história universal, ou uma história da Europa. Mas mostre-me alguém de bom senso que se identifique com essa história mundial. Temos histórias distintas, que nos definem da mesma forma que a língua. Todas as conversas sobre a "casa comum europeia" soam maravilhosamente, é claro – mas são propaganda.

De onde vem a sua admiração pela Alemanha?

Admirar... Sempre as palavras grandiosas. A Alemanha agrada-me por contraste, é um mundo oposto ao nosso. Senti-me lá bem para pensar sobre história, civilização, todas as superioridades e inferioridades. A Alemanha sublimou de uma maneira muito interessante a minha “polonidade”, que normalmente não me preocupa. No entanto, quando estava na Unter der Linden ou na Potsdamer Platz, isso vinha ao de cima. Não admiro a Alemanha. Gosto apenas de ir lá de vez em quando e ver como captamos e ordenamos as questões.

A Europa devia ser mais como a Alemanha: organizada, trabalhadora, cuidada, cumpridora da lei?

E depois servia de exemplo para quem? Não, não lhe podemos fazer isso. Não, a Europa é a diversidade. É inacreditável que nesta pequena península, na ponta da enorme Eurásia, tenham surgido tantas nações, idiomas e culturas. Peço-lhe que olhe para o mapa para ver essa Europa tão pequenina. E então? O próximo passo deve ser a Escandinávia com o seu idílio social? Não. A Europa devia ser mais grega. A prosperidade e a tranquilidade matam-na.

Antigamente, ela existia, porque sabia assumir riscos, partir para o mar para fazer fortuna. Hoje, limita- se a acumular e temer perdas. Não me reconheço em Estados nacionais. Aliás, não me reconheço em Estado nenhum. Para mim, a língua é obviamente primordial. A Polónia sobreviveu a partições e ocupações graças à língua, graças à cultura. A religião também tem sido um elemento bastante importante na afirmação da consciência nacional. A Igreja Católica substituiu o orçamento, o exército e os impostos. Atualmente, tenta fazer outra vez um pouco a mesma coisa...

Mas o que me parece mais importante é a existência de um sentimento de singularidade, de unicidade, pelo qual valha a pena fazer sacrifícios. Caso contrário, porque não tornarmo-nos alemães por conveniência, russos por fantasia, ou judeus para contrariar toda a gente? Essa tal "polonidade" é seguramente uma espécie de sentimento de superioridade. Não acha? Sim, um sentimento de superioridade. Claro que não justificado. Mas, não deixa de o ser.

Teme que a Alemanha se torne um Estado perigoso?

Sim, e isso é bom, porque o meu país é melhor quando alguém o ameaça. Segura e despreocupada, a Polónia é menos animada e um pouco mais inexistente. Quando, porém, um nacionalismo lhe bate à porta, melhora imediatamente, ganha alma e recupera o vigor. Portanto, longa vida para o nacionalismo alemão. O que não significa que não devamos permanecer vigilantes.

domingo, 25 de dezembro de 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

QUE PAÍS ESTE!

O QUE OS CHINOS NOS ROUBAM

Eólica flutuante da EDP já está no mar

Veja aqui em primeira mão o momento em que o Winfloat foi rebocado da doca da Lisnave, em Setúbal, para o alto mar, na Aguçadoura - Póvoa de Varzim. Este é um projeto único no mundo totalmente feito em PortugalVítor Andrade (www.expresso.pt)  



Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/economia#ixzz1hSsn4obV

COMO SÓCRATES DISSE TODOS OS PAÍSES TÊM DÍVIDAS

Japão é o país com a maior dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), com um nível superior a 220%, mas essa dívida de 11,6 biliões de dólares (11600 mil milhões) é em 90% detida por japoneses (bancos, empresas e aforradores locais).
A lista dos maiores devedores, em termos líquidos, é encabeçada pelos Estados Unidos, com um saldo negativo de mais de 3 biliões de dólares, como se fosse a imagem invertida do Japão. O que representa 21% do PIB norte-americano. Em segundo lugar, surge a Espanha com um saldo negativo de 1,2 biliões, o que representa 91% do PIB espanhol. Nas posições seguintes, abaixo de 800 mil milhões, estão Austrália, Brasil, Itália, Reino Unido, México, Grécia, França e Polónia.

O MÊS DE TODAS AS POSSIBILIDADES...e BOM NATAL!

Em Janeiro que aí vem , lá para o dia 4 - mais dia menos dia - vamos receber mais uma revoada de (novas) notícias decididas ante-ontem em conselho de ministros e a cuja divulgação o mesmo nos poupou na época natalícia. Por isso regateiem a gula do bolo-rei...
Mas é sobretudo em Fevereiro que tudo é possível: quando a ESPANHA e a  ITÁLIA tiverm de ir "aos mercados" pedir mais de 100 biliões e isso ocorrer em conjugação com um conjunto de factores políticos a começar com eleições em países vitais para o euro.
Por isso, o melhor Natal que fôr possível para todos, do vosso  Zé Pacheco.

O DIABO ESTÁ SEMPRE NOS DETALHES....

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estaria a pressionar o comité de credores privados da dívida grega a aceitar um “corte de cabelo” (hair cut, na designação técnica) que poderá chegar aos 65% do valor líquido atual dessa dívida, segundo noticiou a agência Bloomberg na quinta-feira.
Um corte dessa dimensão no valor líquido atual em mão de credores privados significaria um abate de mais de €130 mil milhões nos €206 mil milhões em dívida a privados. Os restantes €70 mil milhões seriam trocados por novos títulos com um cupão de 5%, que se regeriam pela lei inglesa, e teriam o mesmo estatuto de senioridade que as dívidas de Atenas à troika de emprestadores envolvidos nos dois planos de resgate.
Recorde-se que o hedge fund Veja Asset Management saiu, recentemente, da negociação por não aceitar um “corte de cabelo” superior a 50% no valor líquido atual.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

22 /12/2011 - O DIA DE TODAS AS DESGRAÇAS

A QUOTA DE MAIS DE 20% QUE OS PORTUGUESES DETINHAM NA EDP FOI VENDIDA AO ESTADO COMUNISTA CHINÊS ( a empresa três gargantas é do Estado Comunista ).
1 Desta forma o governo portugues permite a continuação do cerco chinês à Europa.
2. Desta forma aliena interesses geopolíticos no Brasil e na Alemanha.
3. Deste modo permite a transferencia da melhor tecnologia em renováveis para a china que só agora está a começar com elas.
4. Desta forma permite a entrada pela porta dos fundos, da china nos USA dado que a EDP dispõe do maior parque aeólico na américa.
5 . Deste modo foi , mais uma vez enganado, porque a promessa de 8 mil milhões de financiamentos chineses em novas empresas ou investimentos na EDP é meramente virtual se os chineses com isso não dominarem completamente a empresa multinacional portuguesa.
6. Deste modo cria condições para aumentos na facturação energética dos lares portugueses que não estavam previstos.
7. Deste modo transforma Portugal num alvo bélico dos chineses na inevitável guerra qua aí vem, alienando os naturais aliados.
8. Deste modo mostra o governo do meu país que só tem um ministro - o que já se suspeitava . O Víctor das Finanças, o único que em conselho de ministros disse o que aqui fica escrito e votou vencido.
8. Deste modo redobra no orgulho nacionalista os chinos que aqui , na Varziela, nos roubam descaradamente e iniciam a introdução da mafia chinesa.
9. Deste modo animam as hostes dos nacionalistas portugueses que vão começar a passar à acção anti-.chinesa.

Se eram estes os objectivos, então PARABÉNS GOVERNO! 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SINAIS....

Crise do euro

Reino Unido prepara-se para salvar os refugiados do Eurogedão

19 dezembro 2011
Presseurop
The Times, 19 dezembro 2011
Com as agências de notação de crédito a avisarem que o acordo a que chegaram os líderes da UE, na cimeira do início do mês, em Bruxelas, pode não salvar o euro do colapso, o Sunday Times revelou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico está a traçar planos para a retirar de Espanha e de Portugal centenas de expatriados britânicos, no caso de o sistema bancário destes dois países falir.
Cerca de um milhão de cidadãos britânicos vive em Espanha e em Portugal são cerca de 50 mil.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros está preocupado com os emigrados que investiram as suas poupanças nos países de adoção e que podem ficar desamparados, sem conseguirem levantar dinheiro e em risco de perderem as suas casas se os bancos exigirem o pagamento total dos empréstimos
Fontes do Ministério revelaram que está a ser encarado um “cenário de pesadelo” com milhares de britânicos sem dinheiro a dormirem em aeroportos sem meios para voltarem ao seu país de origem.
Entre os planos que estão a ser discutidos está a possibilidade de envio de barcos e autocarros para a região, bem como a possibilidade de conceder pequenos empréstimos a esses cidadãos em dificuldades. Apesar de Portugal e Espanha terem um sistema de garantia de depósitos bancários com cobertura total até ao montante de 100 mil euros, “os bancos limitam os levantamentos para impedirem as pessoas de pegarem em todo o seu dinheiro e saírem do país”.
Segundo uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros estes planos são
baseados na experiência de outras grandes evacuações, como por exemplo, a que foi levada a cabo em 2006 durante a guerra entre o Hezbollah e Israel, altura em quee o Reino Unido enviou navios para evacuar os expatriados do Libano.
Parece uma história de terror, mas deve ser levada a sério” escreve El Mundo, num cenário que “fez soar o alarme na comunidade britânica que vive no nosso país, sobretudo em Marbelha e Málaga”. O diário de Madrid sublinha que tais revelações coincidem com a baixa de notação de 10 bancos espanhóis, decidida pela agência Standard & Poor’, e lembra ainda que a maior parte dos expatriados britânicos que vivem em Espanha são reformados que enterraram as suas poupanças em residências na zona costeira e que “foram grandemente afetados pelo rebentamento da bolha imobiliária.

sábado, 17 de dezembro de 2011

E , MESMO ASSIM, A CULPA TEM DE SER DO SÓCRATES

FMI diz que crise está a “escalar”. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, disse hoje que a crise não pode ser resolvida por “um só grupo de países”.
A crise está a “escalar” e tem de ter uma resposta global, disse hoje Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, no Departamento de Estado, num evento sobre a participação das mulheres em postos da administração pública.
Ainda segundo a responsável do FMI, esta crise não pode ser resolvida por “um só grupo de países”. Acrescentou, ainda, que “o risco de um ponto de vista económico é a retração, o aumento do protecionismo, e o isolamento”, tendo concluído o cena´rio deste modo: “Esta é exatamente a descrição do que aconteceu nos anos 30 e o que se seguiu não é algo que andemos à procura”.
Começar pela zona euro
Sobre por onde começar, Lagarde foi explícita: “Claramente tem de se iniciar [o ajustamento] pelo núcleo central da crise neste momento, que está obviamente nos países europeus, e em particular nos países da zona euro”. Alertou, no entanto, que há uma questão que tem de ser resolvida nestes países que são democráticos: os processos democráticos, por vezes, tornam difícil a resolução rápida do problema, havendo um choque entre as expetativas dos mercados e a realidade política.

ESTADOS UNIDOS CORTAM CRÉDITO À EUROPA

O presidente da Reserva Federal norte-americana garantiu dia 14 de dezembro a senadores republicanos que não tenciona lançar ou participar em medidas adicionais de resgate a instituições financeiras ou países europeus.
A Reserva Federal (Fed) disse quarta-feira (14 de dezembro), à porta fechada, a senadores Republicanos no Capitólio, em Washington, que não haverá envolvimento adicional direto ou indireto na crise da dívida soberana e bancária europeia.
Segundo participantes Republicanos afirmaram, depois, junto dos media norte-americanos, Bem Bernanke, presidente da Fed, terá referido que o banco central não tenciona ir para além do que já tem em campo em relação à crise da zona euro.
A Fed reanimou as linhas de swap em dólares em maio de 2010 que têm permitido ao Banco Central Europeu fornecer liquidez em dólares ao sistema bancário da zona euro. Ainda, recentemente, mais um acordo entre seis bancos centrais do mundo tomou medidas adicionais de facilitação desse mecanismo.
Bernanke terá reafirmado a posição dos EUA de não canalizar empréstimos adicionais para o Fundo Monetário Internacional (FMI), como processo indireto de facilitar recursos para uma intervenção massiva na crise da dívida da zona euro.
Alguns analistas sublinham que a Fed poderá dispor de mais um mecanismo indireto de intervenção na crise da zona euro, através de empréstimos a sucursais de bancos norte-americanos na Europa.
A estratégia de intervenção na crise da dívida da zona euro através do FMI tem-se toldado. Não só devido às posições públicas dos EUA, Japão e Canadá, como nas próprias hesitações e guerras intestinas entre os próprios proponentes do mecanismo, o que deixa os analistas fora da Europa ainda mais espantados e céticos.
O jornal alemão Süddeutsche Zeitung adianta que a chanceler alemã Ângela Merkel e o governador do Bundesbank Jens Weidemann terão declarado que o banco central alemão só participará com €45 mil milhões na estratégia de empréstimos bilaterais ao FMI num montante até €200 mil milhões acordada na última cimeira, se um número razoável de países não membros da União Europeia participar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CHINA DELENDA EST!

Como há muito venho avisando, vai ser ( é da História ....) por causa das contradições de classe ( sim , assim mesmo com esta terminologia comunista ) que a China vai lançar-se em guerra. Na verdade , como aqui há três meses mostrei num vídeo ( também da BBC) a falência da indústria numa cidade próxima de Xangai onde toda a gente devia a toda a gente, a china com mais de 100 línguas diferentes e dezenas de etnias é potencialmente ingovernável como uma nação una. Porque nunca o foi, nem é.
E quando o medo do politburo do PC chinês perceber que o seu poder está a romper pelas costuras sociais , aí vai ser tentado a arranjar sarilhos com os vizinhos.
Para que conste, estes não esperam outra coisa pelo que é natural que de Singapura à Austrália, ou da Indonésia às Filipinas nenhum país da zona gaste menos de 6%do PIB em armamento . Certamente não vai ser para estrelar no S.João.Vejam, que vale a pena ver e ler, a reportagem da BBC World "INSIDE CHINA'S LAND REVOLT" sobre como o PCC perdeu controlo sobre os pescadores da aldeia WUKAN, no Sul da China, em rebelião contra autoridades corruptas que confiscaram terras para a especulação imobiliária.
Quem disse que o povo chinês continuará a deixar-se amordaçar?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

GUERRA À VISTA

por Sérgio Lavos


Há meses que se vêm multiplicando opiniões e artigos repetindo a mesma ideia: as acções de Merkel e de Sarkozy estão a levar ao fim do Euro e, na pior das hipóteses, da integração europeia. Há quem sugira até que a paz do continente, construída sobre os escombros da Segunda Guerra Mundial, também está em risco. Basta olhar para a História para se perceber que não será uma ideia completamente absurda. A ascensão de Hitler na Alemanha foi precedida por uma instabilidade política crescente na Europa e por uma crise financeira de proporções mundiais, semelhante à de 2008. A instabilidade social será cada mais acentuada e as convulsões políticas irão suceder em catadupa. Isto numa área geográfica onde continuam a existir países - a Espanha, a Itália, a Bélgica, as nações da antiga Jugoslávia - assentes em frágeis uniões políticas de povos e culturas muito diferentes. Um barril de pólvora.

Mas Merkel não quer saber disso. A Alemanha - e o seu superavit - vai crescendo à conta dos défices dos países em dificuldades (sobre o tema, ver este esclarecedor artigo de Paul Krugman). A crise, de natureza sistémica, alastra progressiva, inevitavelmente, sem poupar economias fortes e consolidadas. A culpa não é, definitivamente, dos PIIGs. Nem sequer das dívidas públicas ou dos défices dos Estados. As agências de notação, como Helena Garrido faz notar neste artigo, já perceberam qual a origem da doença e ameaçam baixar a classificação dos países mais ricos da UE. O problema já não é financeiro, muito menos económico. É político. Como sempre foi, de resto - a economia não é uma entidade independente da vontade dos políticos, das decisões que os Governos tomam. Não adianta colocar tecnocratas não-eleitos nos países mais facilmente controláveis. Mais cedo ou mais tarde, as contradições de um rumo errado e perigoso irão bater à porta dos seus responsáveis.

O problema da União Europeia é simples: Merkel e Sarkozy, estranhamente recordando alianças franco-alemãs de outras eras. Não queria ir ao ponto de comparar esta dupla com a dupla Hitler-Pétain. No fim de contas, Merkel e Sarkozy foram eleitos democraticamente (sim, eu sei que Hitler também foi). E, dentro de pouco tempo, serão os dois corridos do lugar que ocupam. Mas as semelhanças não deixam de ser extraordinárias: um líder alemão forte e um francês fraco, que capitula perante a vontade e o poder germânicos, apesar de, potencialmente, a França ser tão importante como a Alemanha no mapa mundial. Se, durante algum tempo, poder-se-ia pensar que a condução desta dupla era simplesmente incompetente, agora podemos ter a certeza que as decisões são intencionais, têm um objectivo bem definido: os bancos alemães e franceses continuam a lucrar com as crises dos periféricos e com as regras de funcionamento do BCE, que impede que os países possam obter empréstimos directos a 1%, e as economias dos dois países são robustas. Os dois pouco têm a perder, qualquer que seja o desfecho da crise: se o Euro sobreviver, acontecerá sempre sobre o diktat alemão; se a moeda única desaparecer dos países incumpridores, e ficar restringida a um núcleo duro no Norte e Centro da Europa, melhor, acabam-se os problemas com os "indisciplinados do Sul"; e, se tudo implodir, incluindo a UE, das cinzas se reerguerá uma moeda alemã fortíssima.

Não, não é erro, não é uma desastrosa condução da crise; é intencional, deliberado, uma jogada de génio na óptica dos interesses franco-alemães. Criminoso. Os países mais fracos já deveriam ter começado a fazer o que se impõe: recuperar a soberania e, sobretudo, o orgulho nacional. Tem de haver limites para a humilhação que um país e o seu povo podem sofrer.

Adenda: Este texto de Luís Menezes Leitão fez-me lembrar de alguém que deveria ter estado no meu pensamento ao escrever o post. Não esteve porque politicamente é inexistente, esta figura. Chama-se José Manuel Barroso, e parece que é presidente de um qualquer órgão importante na UE. Portanto, temos um Coelho que amocha por cá e um Cherne que se cala e anui por lá. Nunca a expressão "membro passivo" se aplicou tão bem a um país, o nosso belo Portugal.

NOTA DE C.S.P. - Nas sociedades hodiernas é muito importante a informação. Por isso tenho feito o possível para publicar neste blogue o que de mais importante para Portugal acontece no mundo e nunca é tratado nos media portugueses. Isto, porque é com múltiplas fontes de INFORMAÇÃO que podemos construir o CONHECIMENTO. E é com o conhecimento que - através da cognição com todas as suas funções psicológicas incluindo a intuição - que  podemos PREVER. Mas prever não chega para seres pensantes : é importante prever ou antecipar para , em vez de termos de REAGIR podermos PROAGIR , ou seja, agir por antecipação.
Vem isto a propósito do que aqui tenho vindo a explanar. Portugal tem um PIB per capita anual para a defesa que ronda os 2.5%. È muitíssimo e com blindados e F-16 não nos defendemos de ninguém. Mas Portugal pode apenas com entre 0.5 a 1% do PIB construir um poderosíssimo exército de guerrilha efectivamente dissuasor para qualquer dos óbvios potenciais inimigos : basta que eles saibam que entram à vontade mas provavelmente vão sair na horizontal com os dois pés para a frente.

Acontece que os actuais ministros da defesa e dos estrangeiros têm medo de tocar neste assunto que envolveria o despedimento de centenas de oficiais generais dos três ramos das forças armadas: nenhuma força de guerrilha vive de oficiais de pantufas!

Por isso , porque aqui já expliquei o óbvio que, de resto, não é preciso inventar porque existe na Suíça ( que há duzentos anos não conhece guerras graças a isso ) e em Israel, é com raiva que chamo estúpidos e cobardes aos ministros das pastas supra-citadas.

Mas também, a nível individual muitos de nós - infelizmente não todos - podem preparar-se para o que aí vem. Será muito grave que o não façam e pior se o não fizerem  por culpa do nosso governo.

JÁ ESTAMOS NA FASE EM QUE A PALAVRA GUERRA DESENCADEIA O PÂNICO DE CARREGAR LOGO NO GATILHO....

A Dow Jones Wires lançava pela hora de almoço de terça-feira (6 de dezembro) um aviso de que “Hu, [o presidente], da China, ordena Armada para se preparar para combate”.
O que caiu como um bomba nos ecrãs dos traders e rapidamente se estendeu como uma epidemia nos repetidos tweets lançados àquela hora por analistas. As palavras chave com que o aviso começou a ser reproduzido abarcavam “2011″, “China”, “Índia” e “guerra” (em inglês). Uma mistura explosiva.
A calma regressou, no entanto, sete minutos depois. O despacho era mais completo do que o aviso. O presidente chinês Hu Jintao discursava perante a Comissão Central Militar referindo que a Marinha deve “acelerar a sua transformação e modernização e realizar preparativos prolongados para combate militar no sentido de dar maiores contributos para a salvaguarda da segurança nacional”. Em suma, nada de iminente.
Os traders respiraram de alívio – já bastara a Standard & Poor’s ontem com o aviso aos 15 da zona euro e o menu de união orçamental de Merkel e Sarkozy irritando cada vez mais os britânicos e apertando a malha aos países periféricos insolventes.
Em abono da verdade, a Dow Jones Wires deve ser perdoada – a agência oficial chinesa Xinhua fora a culpada, pois traduzira simplesmente aquela frase do discurso do presidente destacando que a Marinha chinesa “deveria fazer preparações para a guerra”.

Os americanos (psiquiatras) introduziram há seis anos uma palavra nova ( neologismo) que passou a fazer carreira em todo o mundo: fulfeelling prophecy.
O que esta  expressão quer dizer é que , pelo facto de alguém pronunciar o anúncio de alguma coisa , isso vai mesmo acontecer. Assim , por exemplo, se um psiquiatra declara enfaticamente a uma sua paciente que o casamento dela vai terminar mal , está por esse facto a induzir comportamentos agressivos na mulher contra o seu marido que irão provavelmente descambar em divórcio; da mesma forma quando as agências de notação de risco dos países anunciam que a França ( ou Portugal ) estão prestes a baixar de triplo A , issso provoca nos agentes económicos uma exigência de juros mais altos permitindo que a França ( ou Portugal ) se fragilize e , portanto os piores indicadores económicos justifiquem que as tais agências de rating baixem ( com gozo ) as notações dos países.

Ora é este mesmo mecanismo que se usados por  especialistas de geopolítica  quando publicamente prognosticam uma guerra ( seja de divisas, seja de proteccionismos económicos  seja militar , a estão efectivamente a construir ).

Infelizmente estamos já mergulhados numa guerra de divisas, iniciamos uma guerra protecionista um pouco por toda a parte e , agora , só falta mesmo a bélica. Podem crer que ela vem mesmo aí. E aí só lamento que Portugal - o meu país - não se prepare para ela : como aqui postei há uns seis meses apostando num exército de guerrilha como o da Suíça ou o do início do Estado de Israel. Mas este governo vale o que vale o que é a nossa maior derrota.