A crise política e social que assola todos os países árabes magrebinos devia levar-nos a permanecer expectantes até percebermos claramente quem é que está dum lado e quem está doutro.
Em todos os casos - desde Marrocos ao Yémen - quem saiu à rua contestando o poder instituído foi uma turba de desempregados, mal-empregados ou descontentes em geral, com convicções muito diversas entre entre si para além da infelicidade comum.
Como em Portugal no 25 de Abril , adivinha-se que em todos os casos só há uma força política no terreno da oposição já organizada como o era o PCP em Portugal na revolução. Lá, não são comunistas, mas são os partidos islamistas.
Por isso, não entendo a pressão ocidental e de Obama para entregar o Poder aos manifestantes, a não ser que disponham de informação priveligiada.
Todavia desconfio. Como no 25 de Abril em Portugal , os americanos provavelmente não conhecem bem os protagonistas nem a sua história. Por isso temo.
É que não está em jogo a maldade de Osni Mubarak e seus pares no Magreb, mas o grau de maldade de uns e outros. O que lembra a história de Henry Kissinger, o secretário de Estado americano que chamado a dar explicações sobre o apoio norte .-americano ao ditador Trujillo, respondeu, quando um senador lhe perguntou:
- " But he isn't or not a son of a bitch ?
Ao que Kissiger respondeu:
-"Yes, but is our son of a bitch!"
Em todos os casos - desde Marrocos ao Yémen - quem saiu à rua contestando o poder instituído foi uma turba de desempregados, mal-empregados ou descontentes em geral, com convicções muito diversas entre entre si para além da infelicidade comum.
Como em Portugal no 25 de Abril , adivinha-se que em todos os casos só há uma força política no terreno da oposição já organizada como o era o PCP em Portugal na revolução. Lá, não são comunistas, mas são os partidos islamistas.
Por isso, não entendo a pressão ocidental e de Obama para entregar o Poder aos manifestantes, a não ser que disponham de informação priveligiada.
Todavia desconfio. Como no 25 de Abril em Portugal , os americanos provavelmente não conhecem bem os protagonistas nem a sua história. Por isso temo.
É que não está em jogo a maldade de Osni Mubarak e seus pares no Magreb, mas o grau de maldade de uns e outros. O que lembra a história de Henry Kissinger, o secretário de Estado americano que chamado a dar explicações sobre o apoio norte .-americano ao ditador Trujillo, respondeu, quando um senador lhe perguntou:
- " But he isn't or not a son of a bitch ?
Ao que Kissiger respondeu:
-"Yes, but is our son of a bitch!"
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