A mulher, ao meu lado, acaba de se deitar com os cremes de dormir, e todo o vasilhame garrido das mulheres que dormem com homens.
Aconchega-se na cama e procura a posição da cadeirinha.
Apaga a luz, a última , do candeeiro da mesinha de cabeçeira, e deita-se a rebolar como uma gata a fazer a cama.
Não contente, diz : -"Estás bem?" O que tanto podia ser uma pergunta de inquietação como uma declaração de protecção.
Depois puxa a manta da cama mais para cima, até ao pescoço dela, porque ela pensa que o dela está à altura do meu.
-"Tira os óculos", diz-me ela.
- " Preciso deles"
-"precisas deles?"
- " Porque senão, como é que posso ver o escuro?"
D
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