A propósito dum belo filme que a minha colega Brenda Moura me fez chegar, lembrei-me disto: frequentava o 5º ano do Liceu Alexandre Herculano e vinha a pé para casa ao cair do dia. O trajecto obrigava a cruzar em diagonal o jardim muito vitoriano de S. Lázaro quando me obssessionou a aula de matemática desse dia. O professor tinha escrito no quadro negro uma equação que terminava em "igual " a infinito. E pus-me a pensar: se havia infinito , havia um infinitamente grande , se havia um infinitamente grande EU era um infinitamente pequeno e se Eu era isso Eu não existia . Então como podia estar a pensar aquilo? Cheguei a casa a transpirar e , segundo a minha mãe que tinha sempre razão, eu estava com gripe e faltei 3 dias às aulas. Foi o meu segundo grande ataque de ansiedade e angústia. Noutra altura , se tiver coragem , conto o primeiro.
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