domingo, 30 de setembro de 2012

LÁ COMO CÁ.

FMI continua "cautelosamente otimista" com o Brasil... hi!hi!hi!

O fundo avalia também que o Brasil está entre os países exportadores para a China menos afetados por uma desaceleração de investimentos no país asiático...

Sede do FMI em Washington
Sede do FMI em Washington (Chip Somodevilla/Getty Images)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém sua avaliação "cautelosamente otimista" sobre a desaceleração de mercados emergentes, em especial em relação ao Brasil, motivada em grande parte pela crise internacional que leva  Europa à recessão. "Acredito que esse é um processo de pouso suave destes países (em desenvolvimento) e não se trata de pouso forçado", destacou Abdul Abiad, subchefe da divisão de Estudos da Economia Mundial do Departamento de Pesquisas do FMI. Nesta quinta-feira, o Banco Central informou que reduziu sua previsão do crescimento do PIB para este ano de 2,5% para 1,6%.

O mais extraordinário foi que no início do ano a previsão do crescimento orçamental do governo brasileiro e do FMI era de 4,5%, e em Março tinha passado para 3,5%, e em Junho para 2,5% ! Agora para 1,5%, e lá para Dezembro.....?! Ah!... maravilhosas previsões dos rapazotes do FMI ! Lá como cá.

O PÔMO DA DISCÓRDIA


25/09/2012 - 11:41

Ásia

Primeiro porta-aviões da China entra em atividade

Anúncio é feito pelo governo em meio a momento de tensão com o vizinho Japão. Embarcação, comprada da Ucrânia, passou por reforma completa

China apresenta seu primeiro porta-aviões
China apresenta seu primeiro porta-aviões (Zha Chunming/Xinhua/Reuters)
O governo da China anunciou nesta terça-feira que seu primeiro porta-aviões entrou em atividade de forma oficial nesta terça-feira e o Ministério da Defesa apontou que a embarcação vai ajudar o país a projetar seu poderio marítimo e a defender o território chinês, em um momento de grande tensão com o Japão em razão de uma disputa territorial pelas ilhas Diaoyu, como são chamadas pelos chineses – entre os japoneses, elas são conhecidas como Senkaku.

"Esta manhã, o primeiro porta-aviões chinês, o Liaoning, foi oficialmente admitido no serviço ativo", apontou um comunicado do ministério chinês da Defesa. "A entrada deste porta-aviões nas fileiras militares irá elevar o nível de modernização das forças operacionais navais da China de forma geral", concluiu a nota do Ministério.
Saiba mais: Por ilhas, Japão e Taiwan travam 'guerra' de jatos de água

O Liaoning foi originalmente comprado da Ucrânia e passou por profundas reformas no porto chinês de Dalian para promover a "defesa dos interesses da soberania, da segurança e do desenvolvimento do estado".



Análise - Especialistas militares, no entanto, acreditam que o porta-aviões, que recebe o nome de uma província do nordeste do país, terá um papel operacional limitado e será usado principalmente para treinamento. "Uma vez que todas as grandes potências, e até mesmo alguns países de proporção pequena ou média, possuem um porta-aviões, é natural que a China tenha o seu próprio", afirmou o contra-almirante Yang Yi, em um comentário publicado no jornal China Daily.
Leia também: Enviado do Japão vai à China tentar aliviar tensão por ilhas

"A China tem uma vasta área de mares e enormes direitos e interesses marítimos que precisa proteger. Os crescentes interesses internacionais da China exigem uma Marinha forte para fornecer garantias de segurança", destacou Yi, ex-diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade da Defesa Nacional do Exército de Libertação do Povo Chinês.

O Liaoning deve ser usado principalmente em pesquisas científicas e treinamento, afirmou o contra-almirante, destacando que ele ainda ajudaria a China a afirmar seu poderio militar. "Nós somos a favor da paz, mas não temos medo de qualquer ameaça ou intimidação", concluiu.

A disputa pelas ilhas desgastou as relações entre as duas potências econômicas vizinhas e provocou protestos contra o Japão por toda a China.

(Com Agência France-Presse e Reuters)

Veja mais informações no quadro abaixo:

Entenda como ilhotas colocaram a China contra o Japão

A soberania de oito ilhas rochosas provocou crise diplomática entre dois fortes parceiros comerciais e desatou uma onda de protestos anti-Japão em cidades chinesas.

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Qual é o contexto histórico da disputa?

Barco japonês navega na região das ilhas Senkaku, disputadas por Japão, China e Taiwan A disputa pelas ilhas data de 1895. Segundo o Japão, nessa época a China cedeu o território ao perder a guerra sino-japonesa. A China diz que o Japão tomou ilegalmente o território ao forçar a dinastia Qing a assinar o Tratado de Shimonoseki. Durante a II Guerra Mundial, os Estados Unidos administraram as ilhas, mas as devolveram ao Japão em seguida. A China diz ter recuperado a soberania das ilhas após o conflito com a Proclamação de Potsdam, de 1945, mas o Japão diz que elas não estavam incluídas em um acordo posterior, o Tratado de Paz de San Francisco, de 1951. Em 1971, tanto China como Taiwan declararam soberania sobre as ilhas e, desde então, a questão virou um entrave diplomático.

O PROTECUIONISMO COMO ANTECAMARA DA GUERRA

Concorrência

EUA e China iniciam nova frente de 'guerra comercial' na OMC

Países solicitam que organismo seja árbitro de suas acusações envolvendo questões de protecionismo e livre-comércio

cédulas de yuan e dólar
Dólares e yuan: guerra comercial entre China e EUA atinge nova etapa (iStockphoto/Getty Images)
Os Estados Unidos e China iniciaram nesta sexta-feira uma nova frente na "guerra comercial" que ambos os países travam na Organização Mundial do Comércio (OMC), ao solicitarem que o organismo seja árbitro das mútuas acusações envolvendo políticas protecionistas e de livre-comércio.
Tanto Washington como Pequim aproveitaram a reunião mensal do Órgão de Solução de Controvérsias (OSD) da OMC para pedir o estabelecimento de um painel de analistas, o qual deverá determinar se são certas ou falsas as mútuas acusações de que os países utilizam subvenções, tarifas anti-dumping e medidas compensatórias para proteger seus produtores.
Ambos os países anunciaram no último dia 17 que colocariam novas disputas perante a OMC, em um momento no qual os dois lados necessitam mostrar firmeza política frente ao seu grande rival econômico.
No último dia 17, a China abriu fogo ao acusar Washington de dificultar a importação de um amplo leque de produtos procedentes do país asiático. Durante a reunião da OSD nesta sexta, as autoridades chinesas disseram que reconhecem as medidas da OMC em favor das leis comerciais, mas que elas devem "estar de acordo com as normas do organismo e não ser abusivas".
Washington, por sua parte, argumentou que tais medidas são necessárias para fazer frente aos "prejudiciais subsídios concedidos pela China". Entre a longa lista de produtos citados pela China, aparece o aço, papel, pneus para veículos, produtos químicos, eletrodomésticos e geradores eólicos.
No total, são 62 bens e mercadorias, 31 das quais a China se considera afetada pelas tarifas anti-dumping impostas pelos EUA e as outras 31 pelas tarifas compensatórias. A China também protesta contra uma nova legislação nos Estados Unidos que restabelece a autoridade do Departamento de Comércio para impor tarifas anti-dumping e medidas compensatórias às 'economias que não são de mercado', algo que a China ainda não é do ponto de vista legal.
Ao ingressar à OMC em 2001, a China concordou não ser reconhecida como economia de mercado durante um período de 15 anos e, por isso, o país não será até 2016, quando todos os membros da organização deverão reconhecê-lo como tal.
No mesmo dia 17, mas com poucas horas de diferença, Washington pediu consultas à China na OMC para buscar uma solução para o que considera uma distorção do mercado do automóvel pelas subvenções de Pequim a sua indústria nacional. No entanto, o painel solicitado pelos Estados Unidos acabou sendo rejeitado.
Neste aspecto, Washington também chamou a atenção sobre as tarifas anti-dumping e as medidas compensatórias que a China aplica a determinados veículos de fabricação americana para que percam competitividade no mercado chinês.
Esta queixa foi capitalizada pelo presidente americano, Barack Obama, em um recente ato político de campanha no estado de Ohio, um dos territórios-chave para garantir sua reeleição, em uma tentativa de rebater as acusações republicanas de que Obama é conciliador demais com a China em matéria comercial.
As medidas antidumping estão relacionadas às tarifas que taxam as importações de um produto cujo preço de exportação é inferior ao seu "valor normal" (geralmente o preço do produto no mercado interno do país exportador), uma das principais linhas de combate da OMC para um comércio mais justo.
Em relação às medidas compensatórias, da mesma forma no que se refere às subvenções, há um acordo entre os países-membros da OMC que orienta a utilização de subvenções e regulamenta as medidas que os países podem adotar para resistir os efeitos das subvenções.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

FOI HÁ 15 DIAS....

Passaram quinze dias e eu, eu mesmo, NÃO VI UMA NOTÍCIA EM QUALQUER JORNAL , EM QUALQUER PASQUIM, EM QUALQUER GARGANTA FUNDA DE QUALQUER DOS CRESPOS QUE NÃO HÁ FORMA DE IREM PARA AS WASHINTONS DESTE MUNDO: Pinto, o futebolista , o tal que nunca foi O PINTO,o plebeu Pinto, mas teve que ser, sabe-se-lá porquê o JOÃO VIEIRA PINTO, depois de condenado a pena de prisão ( ainda que suspensa) por roubo ao Estado Português por fraude fiscal - como diria o outro : por uma colossal fraude fiscal! - continua a trabalhar para o patrão que roubou: o Estado Português cuja Federação é depositária de direitos de soberania nacional delegados pelo Estado.
Não, não é só por eu ser um dos roubados uma vez que pago impostos em Portugal, mas sobretudo por que o ultrage da sua não demissão pela Federação Portuguesa de Futebol para a qual trabalha por 10 mil euros mensais...., é mais um sinal da bandalheira em que o governo do Passos da Nini mergulhou Portugal.

Crise da zona euro

O federalismo... ou a morte!

28 setembro 2012
Le Point Paris
Para o mestre do pensamento francês, a Europa não tem alternativa a avançar para um objetivo simples: a união política. Caso contrário, o euro está condenado a desaparecer.
Se a Europa política não se concretizar, o euro desaparece. Esse desaparecimento pode assumir muitas formas e possibilitar vários cenários paralelos. Pode ser uma explosão, uma implosão, uma morte lenta, a dissolução, a divisão. Pode levar dois, três, cinco, dez anos, e ser precedido de inúmeras remissões, dando a sensação, a cada vez, que o pior foi evitado.
O fator que servirá para o provocar pode ser o colapso de uma Grécia aniquilada por planos de austeridade impossíveis de pôr em prática e insuportáveis para o povo; ou uma iluminação de um qualquer Tribunal de Karlsruhe, que recuse, para a Alemanha, o risco mal avaliado do desaparecimento de um Estado-membro.
Mas acaba por desaparecer. De uma forma ou de outra, se nada acontecer, o euro vai desaparecer. Não se trata de uma hipótese, um vago receio, uma capa vermelha agitada diante do rosto dos europeus recalcitrantes. É uma certeza. E deduz-se não apenas pela lógica: o absurdo da quimera que seria, se tudo se mantivesse, uma moeda única abstrata, como flutuante, não apoiada em economias, recursos ou sistemas fiscais conjuntos. Também a História aponta nesse sentido: todas as situações dos últimos dois séculos são reveladoras, para a crise que estamos a viver.

Unificação política

Porque o euro não é a primeira experiência de moeda única tentada no Ocidente. Houve pelo menos seis, com crónicas instrutivas – embora, como sempre, as situações não sejam comparáveis. Duas falharam rotundamente, devido aos egoísmos nacionais associados a desenvolvimentos desiguais entre países que não podiam, sem se unirem, falar a mesma linguagem monetária (o episódio fundamental foi, no primeiro caso, uma falta de cumprimento… da Grécia!): refiro-me às duas tentativas, hoje completamente esquecidas, da União Latina (1865-1927) e da União Escandinava (1873-1914).
Duas resultaram, relativamente depressa e com grande evidência – e, se foram bem-sucedidas, isso deveu-se a que o processo de unificação monetária foi acompanhado por uma unificação política. Falo da criação do franco suíço, aquando da Constituição fundadora da Confederação Helvética, após meio século de tentativas goradas pela recusa de associar o preço político à união económica; foi instituído logo em 1848 e substituiu as várias moedas cunhadas até então por cidades, municípios e regiões. O outro caso foi o êxito da lira italiana, que, no momento da unificação italiana, triunfou sobre uma miríade de moedas, por vezes indexadas às de Estados alemães, outras ao franco, outras ainda a antigas tradições de ducados e repúblicas.
Finalmente, as duas restantes andaram hesitantes até acabarem por resultar – ambas inventaram uma moeda verdadeiramente comum, mas só depois de mil crises, recuos e revogações temporárias. E se vingaram foi graças a dirigentes corajosos, que perceberam que uma moeda só existe se apoiada num orçamento, num sistema tributário, num regime de alocação de recursos, num direito do trabalho, em regras do jogo social, em suma, numa política realmente partilhada. Eis a história do novo marco, que ganhou corpo, quase 40 anos depois do Zollverein de 1834, contra florins, táleres, kronenthalers e marcos das cidades hanseáticas. E a do dólar norte-americano, de que não está suficientemente divulgado que levou cento e vinte anos a impor-se; e que, de facto, tal só aconteceu depois de se ter chegado a um acordo para federalizar a dívida dos Estados-membros da União – os Estados Unidos da América.

O euro desintegrar-se-á

O teorema é implacável: sem federação, não há moeda comum. Sem unidade política, a moeda subsiste algumas décadas, mas, se provocada por uma guerra ou uma crise, desintegra-se. Sem progresso – ou seja, sem essa integração política cuja obrigatoriedade está inscrita em todos os tratados europeus, mas que nenhum responsável, tanto da França como da Alemanha, parece levar a sério –, sem abandono de competências por parte dos Estados-nação e sem uma derrota clara desses "soberanistas" que levam os povos ao retrocesso e ao colapso, o euro desintegrar-se-á, como teria acontecido com o dólar, se, por exemplo, os sulistas tivessem ganho a guerra da Secessão.
Dantes, dizia-se: socialismo ou barbárie. Hoje, devemos dizer: união política ou barbárie. Melhor: federalismo ou colapso, tendo como consequências regressão social, insegurança, desemprego crescente, miséria. Melhor: ou a Europa dá mais um passo e ultrapassa um marco na via dessa integração política, sem a qual nenhuma moeda comum alguma vez conseguiu perdurar, ou sai da História e mergulha no caos.
Não temos mais alternativas: é união política ou morte. Tudo o resto – sortilégios de alguns, pequenas adaptações de outros, fundos de solidariedade Assim, mecanismos de estabilização Assado – não fará

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

EXEMPLOS RAROS EM DEMOCRACIA....

Santiago Carrillo


    ‘Por essa exata hora do dia 23 de fevereiro de 1981, em Madrid, o Parlamento foi invadido por um bando e o chefe deste, um tenente-coronel bigodudo, subiu à tribuna e gritou: "Quieto todo el mundo!" Assistiu-se à humilhação: todos os deputados (quer dizer, toda a nação) encafuaram-se que nem coelhos sob as cadeiras e o tampo das mesas. Um militar na tribuna com uma pistola na mão - cujo disparo para o teto convenceu os hesitantes - dominava a casa dos representantes do povo. Mas quer a história que por vezes haja uns mais representantes do que outros. Três homens não obedeceram: um velho general, então ministro da Defesa, Gutiérrez Mellado, um homem de direita, o chefe do Governo demissionário, Adolfo Suárez, e um homem de esquerda, o comunista Santiago Carrillo. O general levantou-se para interpelar o bando e foi agredido, Suárez e Carrillo mantiveram-se sentados, soberbos. O general morreu em 1995, Suárez perdeu a lucidez e vive retirado e Santiago Carrillo morreu ontem.’

domingo, 16 de setembro de 2012

afastar o trigo do joio....

Recordando

Ao ver o PCP e o BE a vociferar contra o actual Governo, cuja queda já querem, e a exigir que o PS faça coro com eles não posso deixar de recordar que foram eles mesmos que se aliaram ao PSD e ao CDS para derrubar o Governo do PS, contra o qual vociferaram tanto como agora. Há companhias que comprometem...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

conflito antigo reactualizado.....


11/09/2012 - 05:32
Japão compra ilhas disputadas e irrita China e Taiwan 

Chineses enviaram dois navios para patrulhar arquipélago e os taiwaneses convocaram representante diplomático no Japão em protesto contra transação

Barco japonês navega na região das ilhas Senkaku, disputadas por Japão, China e Taiwan
Barco japonês navega na região das ilhas Senkaku, disputadas por Japão, China e Taiwan (Reuters)
A tensão entre Japão, China e Taiwan a respeito das disputadas ilhas de Senkaku (chamadas Diaoyu pelos chineses e Tiaoyutai pelos taiwaneses) aumentou sensivelmente nesta terça-feira, após o governo japonês confirmar um acordo de 2,05 bilhões de yens (cerca de 52 milhões de reais) para comprar três das ilhas em disputa. O negócio foi fechado com a família japonesa proprietária de parte do arquipélago, que é formado por cinco ilhas e fica no Mar da China meridional, a sudoeste da ilha de Okinawa.  Japão, China e Taiwan reivindicam a soberania sobre a região.
Vídeo: Impasse territorial entre China e Japão
Em contrapartida ao anúncio da transação, o governo chinês enviou dois navios para patrulhar as águas do arquipélago e "assegurar a soberania do país", informou a agência oficial Xinhua. Ainda conforme a agência do governo chinês, o Japão pode ter que arcar com as consequências do negócio. "As ilhas Diaoyu são parte inalienável do território da China e o governo chinês e seu povo não irão fazer concessão nenhum aem questões envolvendo sua soberania e integridade territorial", afirmou o premiê Wen Jiabao.
A compra das ilhas também provocou reação de Taiwan, que chamou nesta terça-feira para consultas seu representante no Japão em protesto pela decisão do governo japonês. O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Timothy Yang, disse em entrevista coletiva que apresentou um "forte protesto" e convocou a seu representante, Shen Ssu-tsun, para que volte "o mais rápido possível" a Taipé. O primeiro-ministro taiwanês, Sean Chen, declarou na segunda-feira que Taiwan não aceitará a validade da compra das ilhas. "Não reconheceremos a validade de nenhum tipo de transação da propriedade", disse.
Negociação – Taiwan e Japão mantiveram um total de 16 rodadas de diálogos a respeito dos problemas pesqueiros nas ilhas, uma zona de pesca tradicional para os taiwaneses há vários séculos. O presidente taiwanês, Ma Ying-jeou, propôs uma iniciativa de paz no Mar da China Oriental, na qual pede que todas as partes envolvidas participem de negociações e estudos conjuntos a respeito da prospecção e exploração dos recursos pesqueiros e energéticos das ilhas em disputa.
O conflito territorial em torno das ilhas é um constante foco de tensão nas relações entre China e Japão, que em 2010 passaram por uma séria crise devido à detenção do capitão de um pesqueiro chinês que trabalhava na região. O capitão foi libertado 15 dias depois, mas só depois de Pequim suspender temporariamente suas relações de alto nível com Tóquio. A administração das ilhas Senkaku, que são inabitadas mas ricas em recursos naturais, foi transferida pelos Estados Unidos ao Japão em 1971.
(Com agência EFE)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

MARCELITO JÁ TE FENHO DITO QUE NÃO É BONITO ANDARES A ENGANAR-NOS. AH, MARCELITO !.....

Prof. Marcelo continua a não ser infalível

Hoje no Correio da Manha (p. 43)

Acerca da roubalheira do Governo: ter-me escapado ou o Prof. Marcelo falou, falou, falou... e não disse uma única palavra sobre o bodo aos empresários de 2.200 milhões de euros (com a redução da sua contribuição para a TSU)?
Á TE TENHO DITO QUE NÃO É

OBSCENIDADES REPETIDAS

Não renunciarás à tua liberdade de expressão e de opinião

Como uma imagem “normal” se pode tornar uma imagem obscena.

Esta fotografia, publicada pelo Correio da Manhã, podia ser apenas a fotografia de um casal feliz num momento de prazer e descontracção. Mas a legenda diz tudo:
Depois daquela chocante comunicação ao País esperar-se-ia do primeiro-ministro um pouco mais de decoro …ou como uma imagem “normal” se pode tornar uma imagem  obscena.

OBSCENIDADES

Como uma imagem “normal” se pode tornar uma imagem obscena


Depois de se ter revelado "impreparado" (nas palavras do Prof. Marcelo), o final do dia “mais ingrato” de Passos Coelho foi passado a cantar ‘Nini dos Meus 15 Anos’.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SÓCRATES E AS RENOVAVEIS

Rendas excessivas? E de quem é a culpa, afinal?


No final da semana passada, o Governo anunciou, com pompa e circunstância, que tinha chegado a acordo com 70% dos promotores eólicos para efetuar um corte de 140 milhões de Euros nas suas receitas. O que não deixa de ser curioso, porque já em Maio passado o Álvaro tinha dado uma conferência de imprensa após o Conselho de Ministros a anunciar esses cortes. Quando toda a gente pensava que eles já estavam feitos e que tinham sido solenemente decretados em Conselho de Ministros, eis que se descobre – três meses depois – que afinal tinham sido só anunciados à pressa, para iludir a troika nas vésperas da sua 4ª avaliação, mas não concretizados.

Parte dos cortes anunciados em Maio, aliás, tinham a ver com o regime de garantia de potência, que o Governo se apressou a revogar, através de uma portaria. Mais uma vez, show-off para a troika ver. Três meses depois, o Governo aprovou nova portaria, a re-conceder incentivos à garantia de potência.

Mas centremo-nos agora no recente anúncio dos cortes na energia eólica. Porque, como sempre, o diabo está nos pormenores.

Vai-se a ver e os cortes só abrangem os contratos assinados até 2005. E porquê? Porque “são os que saem mais caros aos contribuintes”. Assim, de uma penada, o Governo reconhece que toda a sua campanha anti-renováveis e, sobretudo, anti-Sócrates não passa de mistificação propagandística e desonesta manipulação.

A verdade é que as eólicas mais caras e que mais pesam na tarifa são as anteriores aos Governos Sócrates. E que, a partir de 2005, o custo da energia eólica passou a ser significativamente mais baixo. Tanto que o atual Governo não vê necessidade de rever a remuneração atribuída às centrais eólicas de 2005 a esta parte.

Segundo o Expresso, a tarifa atribuída aos parques eólicos mais antigos é “da ordem dos €110 por megawatt/hora – contra os mais recentes, na casa dos €64/MWh”. Portanto, o atual Governo é que se gaba de combater os sobrecustos das renováveis, mas foi o anterior Governo que reduziu o pagamento às eólicas para quase metade.

Em síntese, toda a lenga-lenga do malvado do Sócrates que, por capricho, andou a encher o país de ventoinhas a custos astronómicos é, afinal de contas, retórica fantasiosa, que não passa o teste da verdade.

A atual maioria construiu todo um argumentário político em torno da ideia das rendas excessivas, culpabilizando o Governo anterior, porque lhe dava jeito arranjar um bode expiatório. Só que quando passamos do discurso aos factos, constata-se que as ditas “rendas excessivas” são afinal pré-2005, isto é, não foram criadas pelo anterior Governo.

Mas há mais. Um diploma de 2005 – sim, novamente 2005 – previa que, após um período inicial de tarifa bonificada (em regra, de 15 anos), os parques eólicos passariam a vender energia à rede aos preços normais de mercado (acrescidos de certificados verdes, destinados a compensar o valor ambiental da energia limpa produzida). Então não é que os arautos da liberalização, da concorrência e do mercado acabam de garantir aos promotores eólicos que, após o fim da tarifa bonificada, terão mais 5 a 7 anos extra de rendas tabeladas?

Mais uma vez, aquilo que o Governo diz é uma coisa completamente diferente daquilo que o Governo faz. Elogia a concorrência de mercado, mas blinda os produtores de energias renováveis dessa mesma concorrência. Critica os supostos desmandos do Governo anterior, quando afinal era o Governo anterior que previa, a prazo, a sujeição da energia eólica às regras (e oscilações de preço) do mercado. Algo que agora é adiado por 5 a 7 anos, pela mão do tão apregoado liberal Álvaro. Liberal contra os fracos, talvez, porque ao lóbi da energia dá o bónus de mais uns aninhos de tarifa garantida e isenta de concorrência.

E não é uma tarifa qualquer! A tarifa que agora o Governo concedeu aos promotores eólicos, por mais 5 a 7 anos do que o previsto, é “da ordem dos €74 a €98/MWh”. O que compara, recorde-se, com os €64/MWh das eólicas da era Sócrates. Quem é que é o responsável pelas rendas excessivas na energia, afinal de contas?

Ah, e para finalizar, os cortes nos CAE (contratos de aquisição de energia) e nos CMEC (custos de manutenção do equilíbrio contratual), igualmente anunciados no final de um Conselho de Ministros em Maio, ainda ninguém os viu. Naquilo que constitui a fatia de leão dos chamados “custos de interesse económico geral”, que pesam cerca de metade da nossa conta de eletricidade, o Governo ainda não mexeu uma palha. Anunciou, é claro. Anunciar é fácil. E os jornalistas são facilmente engrupidos, acham que o anúncio – sobretudo se for feito após um Conselho de Ministros – corresponde à efetiva adoção da medida e ficam convencidos que o Governo já cortou. Mas não. Até ao momento, ainda não cortou nada nos CAE, nem nos CMEC.

Em suma, tudo indica que, no que diz respeito à política energética do atual Governo, qualquer semelhança entre o discurso e a realidade é pura coincidência.
    Paulo F.