União Europeia
Dez países para os Estados Unidos da Europa
20 junho 2012
Die Presse, 20 junho 2012
São dez países e apelidam-se “Grupo do Futuro”*. Ministros dos Negócios Estrangeiros, querem fazer ouvir a sua voz para transformar a UE numa federação segundo o modelo dos Estados Unidos da América. Em conjunto, preparam o que Die Presse anuncia em primeira página como “Plano de transformação por um Estado europeu”. A 19 de junho, estes dez ministros apresentaram o primeiro relatório aos que vão ser os principais beneficiários desta alteração: Durão Barroso, Herman Van Rompuy, Mario Draghi e Jean-Claude Juncker, respetivamente, presidentes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, do BCE e do Eurogrupo.
O “Grupo do Futuro”, fundado pelo alemão Guido Westerwelle e no qual a França não se encontra representada, propõe a diminuição dos poderes dos chefes de Estado e de governo e a valorização do presidente da Comissão. Este último seria eleito diretamente por sufrágio universal e teria direito a constituir uma “equipa governamental”, facto que faria dele o político mais poderoso da Europa.
O Grupo quer igualmente substituir os conselhos de ministros e de dirigentes europeus com a criação de uma segunda câmara, “dos Estados”, no Parlamento Europeu. Seriam atribuídas a esta Federação competências nacionais como, por exemplo, gestão de fronteiras, defesa e orçamento, em especial para “tornar o euro irreversível”.
Para Die Presse, não surpreende que sejam os diplomatas dos países que perderam toda a influência com o Tratado de Nice, assinado em 2000, e sobretudo depois do agudizar da crise, a querer recuperar hoje o seu direito. Mas o diário conclui que
O “Grupo do Futuro”, fundado pelo alemão Guido Westerwelle e no qual a França não se encontra representada, propõe a diminuição dos poderes dos chefes de Estado e de governo e a valorização do presidente da Comissão. Este último seria eleito diretamente por sufrágio universal e teria direito a constituir uma “equipa governamental”, facto que faria dele o político mais poderoso da Europa.
O Grupo quer igualmente substituir os conselhos de ministros e de dirigentes europeus com a criação de uma segunda câmara, “dos Estados”, no Parlamento Europeu. Seriam atribuídas a esta Federação competências nacionais como, por exemplo, gestão de fronteiras, defesa e orçamento, em especial para “tornar o euro irreversível”.
Para Die Presse, não surpreende que sejam os diplomatas dos países que perderam toda a influência com o Tratado de Nice, assinado em 2000, e sobretudo depois do agudizar da crise, a querer recuperar hoje o seu direito. Mas o diário conclui que
um sistema democrático bem claro, semelhante a uma estrutura estatal, irá provavelmente ao encontro do desejo de inúmeras camadas da população. Quem quiser resistir ao desmoronamento da moeda, do mercado interno, da estabilidade política e ao desenvolvimento de novos fossos de riqueza entre o Norte e o Sul e ao reforço das tendências nacionalistas irá acabar por optar por esta solução.* Os ministros dos Negócios Estrangeiros alemão, austríaco, belga, dinamarquês, italiano, luxemburguês, holandês, polaco, português e espanhol
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